CategoriesContabilidade para indústrias

Qual o melhor regime tributário para indústria?

A escolha do regime tributário é uma das decisões mais estratégicas que uma indústria pode tomar, pois impacta diretamente na competitividade, na margem de lucro e no fluxo de caixa. 

No Brasil, existem três opções principais: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. Cada regime possui regras, alíquotas e obrigações acessórias distintas, devendo ser avaliado em função de fatores como faturamento, estrutura de custos, margem de lucro, e perfil de investimentos da empresa. 

Neste artigo da Five Consultant Contabilidade, vamos detalhar cada regime, apontar suas vantagens e desvantagens para o setor industrial e lhe ajudar a decidir qual é o melhor caminho para a sua fábrica.

Simples Nacional para indústrias

O Simples Nacional é um regime simplificado voltado a micro e pequenas empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. Ele unifica até oito tributos (IRPJ, CSLL, PIS, COFINS IPI, ICMS, ISS e CPP) em uma única guia de recolhimento (DAS).

Indústrias optantes pelo Simples Nacional são tributadas com base no Anexo I do regime, com alíquota a partir de 4% sobre o faturamento, conforme tabela abaixo:

 

Faixa Receita em 12 meses Alíquota Valor a deduzir
Até 180.000,00 4,00%
De 180.000,01 a 360.000,00 7,30% R$ 5.940,00
De 360.000,01 a 720.000,00 9,50% R$ 13.860,00
De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,70% R$ 22.500,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,30% R$ 87.300,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 19,00% R$ 378.000,00

Por sua vez, dentre os principais benefícios deste regime, podemos destacar:

  • Burocracia reduzida: Única guia mensal, menor volume de SPEDs e obrigações acessórias simplificadas.

  • Alíquotas progressivas: Variam conforme a faixa de receita, podendo ser atraentes para indústrias de baixo faturamento.

  • Cálculo automático: Sistema da Receita calcula a alíquota conforme a receita acumulada nos últimos 12 meses.

Por outro lado, as principais desvantagens do regime são as seguintes:

  • Limite de faturamento: Restrito a R$ 4,8 milhões/ano, muitas indústrias ultrapassam esse teto.

  • Tributação sobre faturamento: Incide sobre a receita bruta, independente de margem, o que pode onerar indústrias com elevados custos de produção e margens apertadas.

  • IPI incluído no cálculo: Apesar de ser um tributo de competência federal para indústria, o IPI no Anexo I pode elevar a alíquota efetiva.

O Simples Nacional pode ser vantajoso para pequenas indústrias com margens relativamente altas, que consigam se manter confortavelmente abaixo do teto de faturamento. Nesse caso, a simplicidade operacional e a unificação tributária compensam.

Lucro Presumido para indústrias

O Lucro Presumido é um regime para empresas com faturamento anual de até R$ 78 milhões. Nele, a base de cálculo do IRPJ e da CSLL é determinada pela aplicação de um percentual fixo sobre a receita bruta, variando conforme o setor de atividade.

Margem de presunção para indústria:

  • Indústria em geral: 8% da receita bruta para IRPJ e 12% para CSLL.

  • Receita de venda de produtos sujeitos a regime monofásico: margens específicas definidas pela legislação.

Alíquotas aplicáveis:

  • IRPJ: 15% sobre a base presumida + adicional de 10% sobre o que ultrapassar R$ 60.000,00 trimestrais.

  • CSLL: 9% sobre a base presumida.

  • PIS/COFINS: Regime cumulativo, com alíquotas de 0,65% e 3%, respectivamente.

  • ICMS: Recolhido à parte, conforme alíquota do produto e estado de operação.

Por sua vez, dentre as principais vantagens do regime, podemos destacar:

  • Previsibilidade: Alíquotas fixas e conhecidas, facilitando orçamentos e projeções.

  • Possível economia: Quando a margem de lucro efetiva for inferior à margem presumida (por exemplo, indústrias de baixo mark-up).

  • Menor burocracia: Em relação ao Lucro Real, mas mais obrigações que o Simples.

Por outro lado, as principais desvantagens são as seguintes:

  • Sem compensação de prejuízos fiscais: Mesmo se o negócio der prejuízo, a base de cálculo permanece fixa.

  • Tributação cumulativa de PIS/COFINS: Não há créditos na cadeia de produção, elevando a carga tributária sobre insumos.

  • Obrigações acessórias: Mais complexas que o Simples, exigindo controle mais apurado de notas fiscais e balancetes.

Indústrias com margens de lucro altas, que não consigam aproveitar a ampla compensação de custos e despesas no Lucro Real, podem encontrar no Lucro Presumido carga tributária menor. 

Também é opção para quem fatura acima do teto do Simples, mas ainda está em patamar que não justifique o custo de compliance do Lucro Real.

Lucro Real para indústrias

O Lucro Real é obrigatório para empresas com faturamento anual acima de R$ 78 milhões, mas pode ser opcional para negócios menores. Nele, o IRPJ e a CSLL incidem sobre o lucro contábil ajustado pelas adições e exclusões da legislação fiscal.

As alíquotas aplicáveis neste regime são as seguintes:

  • IRPJ: 15% sobre o lucro + 10% adicional sobre a parcela trimestral que exceder R$ 60 mil.

  • CSLL: 9% sobre o lucro.

  • PIS/Cofins: Alíquotas de 1,65% e 7,6% no regime não cumulativo, com créditos sobre insumos.

  • ICMS: Pago conforme legislação estadual.

Por sua vez, dentre as principais vantagens do Lucro Real, podemos destacar:

  • Tributação alinhada ao resultado: Paga-se imposto apenas sobre o lucro real, sendo interessante para indústrias com margens muito variáveis ou menores.

  • Aproveitamento de créditos de PIS/Cofins: Na aquisição de matérias-primas, energia e serviços, reduzindo custos tributários.

  • Compensação de prejuízos fiscais: No Lucro Real, as empresas podem abater prejuízos da base de cálculo do IRPJ e da CSLL.

Por outro lado, as principais desvantagens do regime são as seguintes:

  • Complexidade operacional: Exige contabilidade robusta, sistemas ERP integrados e equipe especializada.

  • Lista de obrigações acessórias extensas: Como SPED Contábil (ECD), SPED Fiscal, ECF, DCTF, além de controles internos rigorosos.

  • Custo de compliance elevado: Que pode não compensar para empresas de menor porte.

O Lucro Real é a melhor opção para indústrias com margens de lucro reduzidas ou que estejam sujeitas a variações volumétricas acentuadas (sazonalidade). 

Também é indicado para quem planeja grandes investimentos, pois facilita a apropriação de créditos e amortizações.

Para saber mais, e contar com o apoio de especialistas para descobrir qual é o melhor regime tributário para sua indústria, clique no botão do WhatsApp e entre em contato conosco!

CategoriesContabilidade para Farmácias

Quais documentos preciso para abrir uma farmácia?

Se você está planejando abrir uma farmácia, é muito importante conhecer todos os documentos necessários para tirar os seus planos do papel. 

Ter a papelada em ordem não só agiliza o registro do estabelecimento junto aos órgãos competentes, mas também garante que sua farmácia esteja em conformidade com as normas sanitárias, tributárias e societárias desde o primeiro dia de funcionamento. 

Neste guia completo, você vai descobrir quais são os principais documentos exigidos em cada esfera (federal, estadual e municipal), entender o passo a passo para reuni-los e conferir dicas valiosas para evitar contratempos na hora de legalizar o seu negócio.

Por que a documentação correta é essencial para abrir uma farmácia?

Ter todos os papéis em dia é muito mais do que mera formalidade: é uma exigência legal que assegura a responsabilidade técnica, a segurança dos clientes e a credibilidade da farmácia no mercado. 

Sem a documentação adequada, você pode enfrentar multas, interdições ou até mesmo o cancelamento do alvará de funcionamento.

Além disso, investidores, parceiros e instituições financeiras costumam avaliar o nível de conformidade documental antes de conceder financiamentos ou firmar parcerias. 

Quanto mais organizado estiver o processo de abertura e legalização, mais confiança você transmite ao mercado.

Documentos essenciais para abrir uma farmácia

Antes de entrar nos detalhes por órgão, veja a seguir uma visão geral dos principais documentos que você precisará reunir:

  • Documentação societária e cadastral dos sócios

  • Alvará de funcionamento

  • Licença da Vigilância Sanitária (VISA)

  • Inscrição estadual e municipal

  • Registro no Conselho Regional de Farmácia

Cada um desses itens envolve etapas específicas e prazos diferentes. Nos tópicos a seguir, vamos detalhar tudo o que você precisa para não ter dúvidas na hora de abrir uma farmácia.

Documentos federais obrigatórios

Antes de tudo, sua empresa deve estar regularmente inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ). Para isso, você precisará:

  1. Contrato social ou requerimento de empresário: Documento que formaliza a constituição da sociedade ou do empresário individual.

  2. CPF e RG dos sócios: Cópias legíveis e atualizadas, necessárias para a identificação dos sócios junto à Receita Federal.

Esses documentos devem ser protocolados na Junta Comercial do seu estado, que solicitará o Número de Identificação do Registro de Empresa (NIRE). Com o NIRE em mãos, você obtém o CNPJ diretamente pela Receita Federal.

Documentos estaduais

Após obter o CNPJ, é preciso realizar a inscrição estadual na Secretaria da Fazenda do seu estado. A inscrição estadual é obrigatória para estabelecimentos que comercializam produtos sujeitos à tributação de ICMS, como medicamentos:

  1. Documento de inscrição estadual: Preenchimento do formulário específico da Sefaz, disponível no portal do governo estadual.

  2. Comprovante de endereço comercial: Conta de água, luz ou contrato de locação com CEP atualizado.

A inscrição estadual libera sua farmácia para emitir notas fiscais eletrônicas de venda ao consumidor e ao atacado, além de recolher o ICMS de forma correta.

Documentos municipais

Cada município possui sua própria legislação sobre alvará de funcionamento e licença sanitária. De modo geral, você deverá providenciar:

  1. Alvará de funcionamento: Emitido pela prefeitura, comprova que a atividade comercial é permitida no local. Normalmente, requer apresentação de planta baixa do imóvel aprovada pela vigilância municipal e pagamento de taxas.

  2. Licença da Vigilância Sanitária (VISA): Documento emitido pela vigilância local que atesta as condições sanitárias e estruturais do estabelecimento.

Antes de protocolar esses pedidos, certifique-se de que a planta do imóvel atende às normas de segurança, acessibilidade e armazenamento de medicamentos, conforme RDC da Anvisa.

Documentação específica para abrir uma farmácia de manipulação

Se o seu objetivo é abrir uma farmácia que também manipula fórmulas, há exigências adicionais:

  1. Alvará de manipulação da Anvisa: Além da licença sanitária municipal, é preciso obter autorização para manipulação de medicamentos, que envolve inspeção criteriosa das instalações.

  2. Manutenção de Livro de Registro de Receituário (LRRF): Documento obrigatório para controlar o recebimento e a dispensação de fórmulas manipuladas. Deve ser atualizado diariamente.

Esses requisitos visam garantir a rastreabilidade dos insumos e a qualidade dos produtos manipulados.

Passo a passo para reunir e validar seus documentos

  1. Defina a estrutura societária: Escolha entre empresário individual, sociedade limitada ou outra modalidade, considerando questões tributárias e de responsabilidade.

  2. Elabore o contrato social: Conte com o auxílio de um contador experiente para evitar erros que possam atrasar o registro.

  3. Protocolize o NIRE e obtenha o CNPJ: Siga as instruções da Junta Comercial e da Receita Federal.

  4. Inscreva-se na Sefaz (estadual) e na prefeitura (municipal): Cada órgão possui sistemas online para protocolo e acompanhamento.

  5. Solicite a licença sanitária: Agende a vistoria e prepare o estabelecimento conforme as normas da Anvisa.

  6. Registre o responsável técnico: O farmacêutico responsável deve estar inscrito no Conselho Regional de Farmácia e designado no contrato social ou documento equivalente.

Realizar cada etapa com atenção aos prazos e exigências evita retrabalhos e garante que sua farmácia entre em operação no tempo planejado.

Dicas para evitar atrasos na abertura da sua farmácia

Confira algumas dicas importantes para evitar atrasos na abertura da sua farmácia:

  • Planeje com antecedência: Inicie a preparação dos documentos pelo menos 60 dias antes da data prevista de inauguração.

  • Conte com um contador especializado: Profissionais experientes em abertura de farmácias conhecem as particularidades do setor e das legislações locais.

  • Verifique a documentação do imóvel: Previna surpresas ao descobrir exigências estruturais de última hora.

  • Mantenha comunicação direta com os órgãos: Acompanhe o status dos protocolos e responda rapidamente a solicitações de correções.

  • Organize seus arquivos digitalmente: Facilite o envio de cópias eletrônicas e o controle das versões dos documentos.

Seguir essas recomendações ajuda a minimizar imprevistos e a reduzir o tempo de espera entre o protocolo e a emissão das autorizações.

Conclusão

Reunir toda a documentação necessária é o primeiro passo para o sucesso de quem deseja abrir uma farmácia. Além de garantir a conformidade legal, esse cuidado proporciona maior segurança jurídica e operacional para o seu negócio. 

Se você busca agilidade, segurança e o suporte de especialistas em abertura de farmácias, a Five Consultant Contabilidade está pronta para ajudar em cada etapa do processo.

🚀 Entre em contato e conheça nossos serviços especializados em abertura de farmácias!

CategoriesContabilidade para Farmácias

Farmácias precisam de contador?

Afinal, farmácias precisam de contador? Ao abrir ou gerir uma farmácia, o empreendedor enfrenta desafios que vão muito além de escolher fornecedores, montar prateleiras e negociar preços.

Não há como negar, em um ambiente de rígidas normas sanitárias, regras tributárias muito complexas e diversas obrigações acessórias, manter a operação regularizada e saudável torna-se tarefa para especialista.

Esse é o ponto de partida para reconhecer que a contabilidade não é custo, mas sim, um investimento na longevidade do seu negócio.

Farmácias precisam de contador: o contexto fiscal e sanitário do setor farmacêutico

Diferentemente de muitos segmentos de varejo, a farmácia trabalha com produtos que são regulados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

Cada lote de medicamento exige a entrada no sistema de rastreabilidade, bem como, o controle de temperatura e prazo de validade, sob risco de penalidades que podem incluir apreensão de estoque ou até interdição do estabelecimento. 

Por sua vez, simultaneamente, a área fiscal impõe obrigações a apuração de uma série de impostos, dentre os quais, podemos destacar:

  • IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica;
  • CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido;
  • PIS – Programa de Integração Social;
  • COFINS – Contribuição para Financiamento da Seguridade Social;
  • ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços;
  • CPP – Contribuição Previdenciária Patronal.

Somar às exigências sanitárias aos detalhes da apuração de impostos em regimes como o Simples Nacional, o Lucro Presumido ou do Lucro Real deixa claro que a farmácia não pode confiar em uma contabilidade sem expertise na área. 

Cada regime tributário traz regras de cálculo distintas e impactos singulares sobre o fluxo de caixa, sobre as margens de lucro e sobre a precificação de produtos.

O suporte da contabilidade especializada na prevenção de multas e autuações

Auditorias fiscais e sanitárias acontecem com frequência, sendo assim, um pequeno erro no preenchimento do Sped Fiscal ou um atraso na entrega da EFD-Contribuições pode resultar em multas elevadas, às vezes superiores a 10% do faturamento mensal. 

Por sua vez, a falta de documentos obrigatórios, que são exigidos pela Vigilância Sanitária, é um ponto que pode levar à interdição do estabelecimento. 

Nesse cenário, o contador especializado atua preventivamente, orientando o empresário sobre prazos, documentos necessários e boas práticas para manter tudo em dia.

O papel da contabilidade na escolha do regime tributário mais econômico

De acordo com a legislação em vigor, as farmácias podem ser tributadas com base nas regras de um dos seguintes regimes tributários:

  • Simples Nacional;
  • Lucro Presumido;
  • Lucro Real.

Por sua vez, cada regime tributário possui suas características, regras próprias e alíquotas, o que torna essencial a elaboração de um planejamento tributário por uma contabilidade especializada, ou seja, farmácias precisam de contador, principalmente quando o objetivo é economizar de forma legal no pagamento de impostos.

Na sequência, vamos apresentar as alíquotas e principais informações sobre cada um dos regimes tributários disponíveis. Confira!

Simples Nacional para farmácias

As farmácias tributadas no Simples Nacional, recolhem seus impostos em uma guia única mensal, cuja alíquota inicia em apenas 4% sobre o faturamento.

Veja a tabela abaixo:

Faixa Receita em 12 meses Alíquota Valor a deduzir
Até 180.000,00 4,00%
De 180.000,01 a 360.000,00 7,30% R$ 5.940,00
De 360.000,01 a 720.000,00 9,50% R$ 13.860,00
De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,70% R$ 22.500,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,30% R$ 87.300,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 19,00% R$ 378.000,00

Esse regime pode ser utilizado por farmácias que faturam até R$ 4,8 milhões por ano, mas nem sempre é a opção mais econômica do ponto de vista fiscal.

Lucro Presumido para farmácias

Por sua vez, no Lucro Presumido, a tributação das farmácias é baseada nas seguintes alíquotas:

  • IRPJ: 1,20% sobre o faturamento;
  • CSLL: 1,08% sobre o faturamento;
  • COFINS: 3% sobre o faturamento;
  • PIS: 0,65% sobre o faturamento;
  • ICMS: Alíquota variável de acordo com o estado e tipo de medicamento comercializado.

Este regime tributário pode ser utilizado por farmácias que faturam até R$ 78 milhões por ano.

Lucro Real para farmácias

Por fim, no Lucro Real, a tributação para drogarias é pautada nas seguintes alíquotas:

  • IRPJ: 15% sobre o lucro;
  • CSLL: 9% sobre o lucro;
  • COFINS: 7,6% sobre o faturamento;
  • PIS: 1,65% sobre o faturamento;
  • ICMS: Alíquota variável de acordo com a legislação de cada estado.

Além de todos os possíveis regimes citados, é importante destacar que determinados produtos podem contar com alíquotas fiscais diferenciadas ou isenções. 

Todos esses detalhes, precisam ser levados em consideração pelo contador, afim de garantir a maior economia possível de impostos para o estabelecimento.

O que faz uma contabilidade para farmácias?

Devido ao caráter regulado do setor farmacêutico e à complexidade tributária brasileira, uma assessoria contábil especializada precisa cobrir várias frentes para garantir a conformidade legal e a segurança ao empresário. 

Abaixo, apresentamos as principais obrigações que a contabilidade de uma farmácia deve assumir:

  • Avaliação periódica de regimes (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real): Simulando cenários de carga tributária conforme faturamento, mix de produtos e margens.
  • Apuração correta de tributos: ICMS (com suas alíquotas diferenciadas para medicamentos), PIS e Cofins (sistemática cumulativa ou não cumulativa), IRPJ e CSLL.
  • Entrega de declarações: DEFIS (Simples Nacional), DCTF, ECF (Escrituração Contábil Fiscal) ou ECD (Escrituração Contábil Digital), conforme o regime.
  • EFD Fiscal (SPED Fiscal): Registro de notas fiscais de entrada e saída para ICMS e IPI.
  • EFD Contribuições: Apuração de créditos e débitos de PIS/Cofins.
  • ECD (Escrituração Contábil Digital): Envio do livro razão e balancetes em formato digital, quando não enquadrada no Simples.
  • ECF (Escrituração Contábil Fiscal): Apuração anual de IRPJ e CSLL via SPED, para empresas em Lucro Presumido ou Real.
  • Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultados do Exercício (DRE): Fundamentais para avaliação de solvência e lucratividade.
  • Folha de Pagamento: Admissão de farmacêuticos, atendentes e auxiliares, com cálculo de folha de pagamento, 13º salário, férias, FGTS, INSS e demais encargos.
  • eSocial: Envios periódicos para obrigações trabalhistas e de seguro-desemprego.
  • Emissão e renovação de Licenças e Alvarás de Funcionamento: Incluindo acompanhamento de certidões negativas e taxas municipais.

Não tenha dúvidas, farmácias precisam de contador, e se você busca um suporte especializado, saiba que pode contar com a Five Consultant Contabilidade!

CategoriesContabilidade para Farmácias

Controle de ponto e folha de pagamento para farmácias

O controle de ponto e a gestão da folha de pagamento são pilares fundamentais para qualquer farmácia que preze pela eficiência operacional e pela conformidade legal.

Em um tipo de negócio, que lida com escalas diferenciadas, como jornadas 12×36 e turnos noturnos, manter registros precisos de horários e de remunerações é tão importante quanto garantir a qualidade dos serviços de atendimento ao cliente.

Além de atender às exigências da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e das normas específicas de vigilância sanitária, um sistema de controle de ponto confiável e integrado à folha de pagamento previne passivos trabalhistas, evita multas e assegura a tranquilidade da equipe e da gestão.

Ao longo deste artigo, você vai descobrir as modalidades de registro de jornada, melhores práticas de apuração de horas extras e adicionais, e as vantagens de contar com uma contabilidade especializada para farmácias.

Importância do controle de ponto em farmácias

O controle de ponto em farmácias é fundamental para assegurar a correta apuração da jornada de trabalho, garantir o cumprimento da legislação e evitar passivos trabalhistas.

Em um segmento que mistura atendimento ao público, manipulação de medicamentos e plantões noturnos, manter registros precisos de entrada, saída e intervalos contribui para uma gestão eficiente e transparente.

Além de atender a exigências legais, um sistema de ponto confiável auxilia na gestão de custos de pessoal, no planejamento de escalas e na identificação de necessidades de contratação.

Exigências legais sobre jornada de trabalho

A legislação trabalhista brasileira, prevista na CLT, determina limites de jornada e intervalos obrigatórios:

  • A jornada padrão de 8 horas diárias e 44 horas semanais deve ser rigorosamente registrada.
  • Todo dia de trabalho precisa ter registro de ponto, seja manual, mecânico ou eletrônico.
  • O intervalo intrajornada, no mínimo de uma hora para jornadas acima de seis horas, também deve constar no despacho de ponto.

O não cumprimento dessas regras pode gerar condenações em ações trabalhistas, com pagamento de horas extras, adicional de 50% (ou 100% em feriados) e indenizações por danos morais.

Jornadas especiais (12×36, plantões)

Em farmácias que operam 24 horas ou oferecem plantões, é comum adotar a jornada 12×36. Nesse regime, o colaborador trabalha 12 horas seguidas e descansa 36 horas.

O controle desse modelo exige atenção: é preciso registrar corretamente cada turno, considerando início, término e compensação de intervalos. Qualquer falha no registro ou pagamento incorreto de horas extras e adicionais noturnos pode resultar em autuações e passivos trabalhistas elevados.

Modalidades de controle de ponto

Existem diferentes formas de controlar o ponto em farmácias, cada uma com vantagens e desafios. A escolha deve considerar o tamanho da equipe, a complexidade dos turnos e a necessidade de integração com o sistema de folha de pagamento.

Controle manual versus mecânico

No controle manual, o colaborador assina em livro ou cartão de ponto. Esse método é barato, mas suscetível a fraudes e erros de transcrição. A conferência mensal exige muito tempo do departamento pessoal, que precisa digitar manualmente cada marcação.

Já o controle mecânico, por meio de relógio de ponto cartográfico, reduz erros de digitação ao gravar data e hora automaticamente no cartão. No entanto, ainda é vulnerável a fraudes (como empréstimo de cartão) e requer manutenção periódica do equipamento.

Sistemas eletrônicos e em nuvem

Sistemas eletrônicos de ponto por biometria, cartão RFID ou aplicativa via smartphone garantem maior segurança e agilidade.

A biometria elimina cartões emprestados, e o acesso em nuvem permite que gestores monitorem marcações em tempo real.

Essas soluções oferecem relatórios automáticos e integração direta com softwares de folha de pagamento, reduzindo retrabalho e riscos de inconsistências.

Como integrar o controle de ponto à folha de pagamento

A integração eficiente entre ponto e folha de pagamento é peça-chave para garantir cálculos precisos de salários, horas extras, adicionais e descontos. Automatizar esse fluxo minimiza erros, acelera o fechamento da folha e melhora a governança corporativa.

Apuração de horas extras e adicionais

A apuração de horas extras deve observar a jornada contratual e as marcações de ponto. Horas excedentes são remuneradas com, no mínimo, 50% de adicional sobre a hora normal, podendo chegar a 100% em domingos e feriados.

O adicional noturno (20% entre 22h e 5h) exige cálculo sobre a hora reduzida (52 minutos e 30 segundos). Um sistema integrado emite relatórios que detalham esses valores, evitando cálculos manuais e garantindo o pagamento correto.

Gestão de faltas, atrasos e banco de horas

Registros de faltas e atrasos devem ser automáticos para evitar discussões. O banco de horas, previsto em acordo ou convenção coletiva, permite compensar horas em excesso com folgas futuras.

O sistema registra saldo de horas acumuladas e vencimentos de banco, gerando relatórios de inadimplência de compensação e indicando quando realizar pagamentos em dinheiro, conforme regras legais ou negociações sindicais.

Benefícios de uma contabilidade especializada para farmácias

Contar com uma contabilidade experiente no setor farmacêutico faz toda a diferença na gestão de ponto e folha de pagamento.

Profissionais especializados compreendem as particularidades do mercado, as normas da Vigilância Sanitária e os acordos coletivos da categoria.

Uma contabilidade focada em farmácias oferece soluções sob medida, garantindo conformidade e segurança jurídica, além de liberar o gestor para focar no crescimento do negócio.

  • Conformidade fiscal e trabalhista: O parceiro contábil assegura que todas as obrigações acessórias (eSocial, RAIS, DIRF) sejam atendidas nos prazos corretos e com dados consistentes. Isso reduz drasticamente o risco de autuações trabalhistas e fiscais, protegendo a farmácia de multas pesadas.

 

  • Otimização de processos e redução de passivos: Ao padronizar processos de controle de ponto e folha, a contabilidade especializada identifica oportunidades de redução de custos, correção de inconsistências e implantação de melhores práticas.

Com isso, a farmácia evita passivos futuros e zera as pendências, garantindo tranquilidade para investimentos e expansões.

Conclusão

O controle de ponto e folha de pagamento para farmácias é um elemento estratégico que vai além da simples prestação de informações ao fisco.

Conte com a Five Consultant Contabilidade, expert em gestão trabalhista e contábil para farmácias.

Nossa equipe oferece diagnóstico completo, atendimento às obrigações legais e suporte contínuo para que sua farmácia opere sempre dentro da lei e com a máxima eficiência.

Entre em contato e descubra como podemos ajudar você a proteger seu negócio e sua equipe!

CategoriesContabilidade para Profissionais da Saúde

Como funciona o pró-labore para médicos e dentistas com CNPJ?

Você sabe o que é e como retirar um pró-labore? Profissionais da saúde, como médicos e dentistas, que decidem abrir um CNPJ para atuar como pessoas jurídicas, ganham uma série de vantagens tributárias e operacionais.

No entanto, com essa formalização, surgem também algumas obrigações contábeis, e entre elas está o pagamento dos rendimentos como empreendedor.

Neste artigo, a Five Consultant Contabilidade explica tudo o que médicos e dentistas com CNPJ precisam saber sobre o assunto, incluindo: o que é, como funciona, quais os encargos envolvidos, como calcular e quais as boas práticas para manter a conformidade com o fisco.

O que é o pró-labore?

O pró-labore é a remuneração obrigatória paga ao sócio que exerce função dentro da empresa. Diferente da distribuição de lucros, o pró-labore equivale a um “salário” pelo trabalho efetivamente prestado.

Por esse motivo, está sujeito a tributação, incluindo a contribuição para o INSS e, eventualmente, o Imposto de Renda.

Médicos e dentistas que possuem uma empresa (como uma Sociedade Limitada Unipessoal ou Sociedade Simples) e atuam nela diretamente — por exemplo, atendendo pacientes ou gerindo o consultório — devem receber mensalmente esse valor como pró-labore.

Por que médicos e dentistas precisam receber pró-labore?

A obrigatoriedade do pró-labore para os sócios que atuam na empresa vem da legislação previdenciária. Ao exercerem funções na empresa, esses profissionais são enquadrados como contribuintes obrigatórios do INSS na qualidade de sócios e empresários.

Além disso, o pagamento garante ao profissional o direito à contagem de tempo para aposentadoria, afastamentos por doença ou licença-maternidade, dentre outros benefícios previdenciários.

Não pagar pró-labore regularmente pode acarretar problemas com a Receita Federal, especialmente em fiscalizações que verifiquem inconsistências entre o faturamento da empresa e a ausência de contribuições mensais ao INSS.

Diferença entre pró-labore e distribuição de lucros

É muito comum a confusão entre pró-labore e distribuição de lucros. Ambos são formas de remuneração dos sócios, mas com diferenças importantes:

  • Pró-labore: Remuneração obrigatória pela atuação na empresa; sofre incidência de INSS e, em alguns casos, IR.

  • Distribuição de lucros: Valor repassado ao sócio com base no lucro líquido da empresa após apuração contábil; é isento de IR se a empresa estiver em dia com as obrigações contábeis.

Médicos e dentistas com CNPJ devem entender que o pró-labore é o valor mínimo mensal obrigatório.

A distribuição de lucros, por sua vez, representa um ganho extra — e vantajoso, pois é isento de tributos — que pode ser feito periodicamente, conforme o resultado financeiro da empresa.

Como calcular o pró-labore para médicos e dentistas?

Não há um valor mínimo definido por lei, mas ele deve ser compatível com o mercado e as funções exercidas.

Para efeito de contribuição ao INSS, o valor mínimo considerado deve ser de, pelo menos, um salário-mínimo vigente, mas esse valor pode (e normalmente deve) ser superior.

Exemplo prático:

Um dentista com CNPJ estipula um pró-labore de R$ 5.000,00 mensais.

Tributos incidentes:

  • INSS: 11% sobre o valor recebido → R$ 550,00

  • IR: 27,50% conforme tabela progressiva do IRPF

O cálculo do IR sobre o pró-labore segue a mesma lógica da tributação da pessoa física, ou seja, por meio da tabela progressiva mensal, com deduções por dependentes, quando for o caso.

Como declarar no Imposto de Renda?

Todo médico ou dentista que recebe pró-labore precisa declarar esses rendimentos como rendimentos tributáveis na sua declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF).

Essas informações devem constar na ficha “Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoa Jurídica”, e precisam ser informadas com base nos informes de rendimentos emitidos pela empresa.

Já os lucros distribuídos devem ser lançados como “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”.

Obrigações acessórias da empresa sobre o rendimento do sócio

Além de realizar o pagamento ao sócio, a empresa precisa cumprir com obrigações acessórias:

  • Recolhimento do INSS patronal;

  • Envio do eSocial com as informações mensais de pagamento;

  • Emissão do informe de rendimentos para os sócios, até fevereiro do ano seguinte;

  • Geração da guia GPS para pagamento do INSS do sócio.

Essas obrigações devem ser feitas com o apoio de um contador especializado, como a equipe da Five Consultant Contabilidade.

Qual o valor ideal de pró-labore?

Essa é uma pergunta que precisa ser respondida com base em planejamento tributário. Definir um valor de pró-labore muito alto pode aumentar a carga tributária sobre a pessoa física do médico ou dentista.

Por outro lado, estabelecer um valor muito baixo pode chamar a atenção da Receita Federal, além de reduzir o valor da contribuição previdenciária e dos benefícios futuros.

O ideal é encontrar um equilíbrio. Muitas vezes, um pró-labore entre R$ 2.000,00 e R$ 4.000,00 já é suficiente para garantir os benefícios legais e ainda viabilizar uma boa distribuição de lucros ao final do mês, com carga tributária otimizada.

Dicas para gestão eficiente dos rendimentos

Confira algumas boas práticas para administrar corretamente o pró-labore no seu consultório ou clínica:

  1. Defina o valor com ajuda de um contador: O profissional saberá avaliar o impacto do valor dos seus rendimentos sobre os impostos e a contribuição previdenciária.

  2. Registre os pagamentos no sistema financeiro: Mesmo que o valor seja transferido para uma conta bancária pessoal, é necessário que ele esteja devidamente contabilizado.

  3. Faça o recolhimento do INSS em dia: Atrasos no pagamento geram multa e juros, além de afetarem a regularidade da empresa.

  4. Evite misturar os lucros com o pró-labore: Para fins fiscais e contábeis, é importante manter os registros separados.

  5. Aproveite a isenção da distribuição de lucros: Com uma contabilidade bem organizada, você pode retirar parte da renda da empresa como lucro isento de impostos.

A importância de uma contabilidade especializada

Tanto para médicos quanto para dentistas, contar com uma contabilidade especializada é essencial para garantir conformidade com o fisco e, ao mesmo tempo, economia no pagamento de impostos.

A Five Consultant Contabilidade oferece todo o suporte necessário para abertura de empresa, definição do regime tributário, cálculo de pró-labore, emissão de guias e planejamento contábil completo para profissionais da saúde.

Nosso foco é ajudar você a pagar o menor imposto possível, de forma legal, ética e estratégica, preservando sua segurança financeira e a tranquilidade no dia a dia.

Conclusão

O pró-labore é um dos principais elementos da remuneração de médicos e dentistas com CNPJ. Ele garante a contribuição para a Previdência Social, possibilita acesso a benefícios e deve ser declarado corretamente no IR.

Com o apoio de uma contabilidade especializada como a Five Consultant Contabilidade, é possível estruturar sua empresa da forma correta, pagar o pró-labore de forma estratégica e legal, e ainda aproveitar os benefícios da distribuição de lucros isenta de IR.

📞 Quer saber mais? Entre em contato com a Five Consultant Contabilidade e descubra como podemos ajudar você a estruturar sua clínica ou consultório com segurança, economia e tranquilidade.

CategoriesAbertura de CNPJ

Médico pessoa física ou jurídica: o que compensa mais financeiramente?

Atuar como médico pessoa física ou jurídica? Essa é uma dúvida recorrente entre profissionais da saúde que desejam melhorar sua rentabilidade e pagar menos impostos.

Afinal, com diferentes formas de tributação e possibilidades de estruturação do trabalho, é natural questionar qual delas é mais vantajosa.

Pensando nisso, a Five Consultant Contabilidade, sua assessoria contábil especializada em profissionais da área da saúde, preparou este guia completo com comparações práticas, simulações e orientações que vão ajudar você a tomar a melhor decisão para sua carreira.

Impostos pagos pelo médico pessoa física

Quando o médico atua como autônomo ou realiza atendimentos sem um CNPJ, ele é tributado como pessoa física, seguindo as regras do Imposto de Renda da Receita Federal.

A principal característica desse modelo é a alta carga tributária incidente sobre a renda mensal.

Alíquotas do IRPF em 2025:

Base de cálculo mensal Alíquota Parcela a deduzir
Até R$ 2.112,00 Isento Isento
De R$ 2.112,01 até R$ 2.826,65 7,50% R$ 158,40
De R$ 2.826,66 até R$ 3.751,05 15% R$ 370,40
De R$ 3.751,06 até R$ 4.664,68 22,50% R$ 651,73
Acima de R$ 4.664,68 27,50% R$ 884,96

Além do IRPF, o médico autônomo precisa recolher:

  • INSS de 20% sobre o rendimento mensal, limitado ao teto do regime geral (R$ 8.157,41 em 2025);

  • ISS (Imposto Sobre Serviços), que pode variar de 2% a 5% de acordo com o município;

Importante: O preenchimento mensal do Carnê-Leão, obrigatório para profissionais liberais que recebem de pessoas físicas.

📌 Na prática, a carga tributária total pode ultrapassar 40% da renda, tornando essa forma de atuação uma das menos vantajosas do ponto de vista financeiro.

Impostos pagos pelo médico pessoa jurídica

Ao formalizar um CNPJ, o médico passa a ser considerado pessoa jurídica (PJ), podendo atuar com mais liberdade e escolher entre os regimes do Simples Nacional ou Lucro Presumido, ambos com alíquotas significativamente menores.

Simples Nacional para médicos

O Simples Nacional unifica tributos federais, estaduais e municipais em uma única guia (DAS), com alíquotas que variam conforme o faturamento anual e a regra do Fator R.

Entenda o Fator R:

Se os gastos com pró-labore e folha de pagamento forem iguais ou superiores a 28% do faturamento, o médico será tributado pelo Anexo III, com alíquotas a partir de 6%;

Faixa Receita em 12 meses Alíquota Valor a deduzir
Até 180.000,00 6,00%
De 180.000,01 a 360.000,00 11,20% R$ 9.360,00
De 360.000,01 a 720.000,00 13,20% R$ 17.640,00
De 720.000,01 a 1.800.000,00 16,00% R$ 35.640,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 21,00% R$ 125.640,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 33,00% R$ 648.000,00

Se forem inferiores a 28%, a tributação segue o Anexo V, com alíquotas a partir de 15,5%.

Faixa Receita em 12 meses Alíquota Valor a deduzir
Até 180.000,00 15,50%
De 180.000,01 a 360.000,00 18,00% R$ 4.500,00
De 360.000,01 a 720.000,00 19,50% R$ 9.900,00
De 720.000,01 a 1.800.000,00 20,50% R$ 17.100,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 23,00% R$ 62.100,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,50% R$ 540.000,00

✅ Um médico que fatura até R$ 15 mil por mês, com pró-labore acima de R$ 4.200, pode pagar apenas 6% de impostos, ao invés dos mais de 30% pagos como PF.

Lucro Presumido para médicos

Já o Lucro Presumido é uma opção interessante para médicos que:

  • Faturam mais de R$ 4,8 milhões por ano;

  • Não conseguem se enquadrar no Anexo III;

  • Prestam serviços para empresas com retenções de impostos na fonte.

Alíquotas do Lucro Presumido:

  • Impostos Federais: 11,33% sobre o faturamento;

  • ISS: varia de 2% a 5%, conforme o município.

📌 A carga tributária total varia de 13,33% a 16,33% sobre o faturamento.

Vantagens de atuar como médico PJ

Além da economia fiscal, a atuação como pessoa jurídica oferece outros benefícios importantes:

1.Mais oportunidades de trabalho: Hospitais e clínicas estão optando por contratar médicos como PJ, evitando encargos trabalhistas. Com CNPJ ativo, o médico aumenta suas chances de parceria e contratação.

2.Planos de saúde empresariais: Pessoas jurídicas podem contratar planos de saúde com cobertura ampla e valores reduzidos, o que beneficia tanto o profissional quanto seus colaboradores.

3.Acesso a crédito empresarial: Contas bancárias empresariais oferecem linhas de crédito com taxas mais baixas, cheque especial, cartão corporativo e capital de giro.

4.Lucro isento de IR: Após o pagamento de tributos no CNPJ, os lucros distribuídos ao sócio são isentos de Imposto de Renda na pessoa física, desde que a empresa mantenha contabilidade regular.

Como abrir CNPJ para médico?

Agora que você já sabe que vale a pena atuar como pessoa jurídica, ou seja, abrir um CNPJ, para economizar no pagamento de impostos, é hora de conferir o passo a passo para tirar os seus planos do papel.

A boa notícia, é que ao contrário do que muitos pensam, abrir um CNPJ é um processo prático e rápido, composto por apenas algumas etapas. Confira!

1.Contrate uma contabilidade especializada

A primeira etapa é contar com uma contabilidade para médicos, como a Five Consultant.

A contabilidade fornecerá orientações importantes, esclarecendo suas dúvidas, além de cuidar dos trâmites para abertura do CNPJ, e lhe ajudar a economizar no pagamento de impostos.

2.Separe a documentação

Por sua vez, logo após contratar um contador, será necessário separar os documentos exigidos para abertura do CNPJ, dentre eles:

  • Documento de identidade (RG e CPF);

  • Comprovante de residência;

  • Registro profissional no CRM;

  • IPTU do local de exercício da atividade (se houver).

3. Escolha o tipo de empresa e regime tributário

Com o apoio da contabilidade também é muito importante escolher o tipo de empresa e regime tributário mais adequado para os seus objetivos.

  • Quanto ao tipo de empresa, os médicos normalmente optam entre a Sociedade Limitada Unipessoal (SLU) e a Sociedade Empresária Limitada;

  • Por sua vez, com relação ao regime tributário, normalmente utiliza-se o Simples Nacional ou o Lucro Presumido.

4. Regularização e início das atividades

Por fim, a contabilidade cuidará de todos os trâmites para abertura do CNPJ, o que inclui:

  • Registro na Junta Comercial;

  • Emissão do CNPJ;

  • Inscrição Municipal;

  • Emissão de alvará (se necessário);

  • Certificação digital para emissão de notas fiscais.

Em poucos dias úteis, você poderá atuar com total segurança jurídica como médico PJ.

Conclusão: médico pessoa física ou jurídica?

Do ponto de vista financeiro, atuar como pessoa jurídica é a melhor escolha para a maioria dos médicos. A economia tributária, somada à possibilidade de emitir notas fiscais, ter um plano de saúde mais acessível e ampliar suas oportunidades de trabalho, torna essa alternativa muito mais vantajosa.

A Five Consultant Contabilidade está pronta para ajudar você a abrir seu CNPJ, pagar menos impostos e organizar sua vida financeira com inteligência.

📞 Clique no botão do WhatsApp e fale com um contador especializado. Vamos mostrar, com números, o quanto você pode economizar atuando como PJ.

Five Consultant Contabilidade — Especialistas em contabilidade para médicos!

CategoriesContabilidade para Farmácias

Contabilidade para farmácias: principais obrigações e cuidados fiscais

O setor farmacêutico é um dos mais regulados do país, tanto pela vigilância sanitária quanto pelas exigências tributárias, reforçando a importância do suporte especializado de uma boa contabilidade para farmácias. 

Para quem administra uma farmácia, é fundamental entender não apenas as rotinas de vendas e de controle de estoque, mas também as obrigações fiscais que envolvem desde a emissão de notas fiscais eletrônicas até as declarações periódicas junto à Receita Federal e aos fiscos estaduais. 

Uma contabilidade especializada reduz riscos de autuações, otimiza o fluxo de caixa e garante conformidade com as normas vigentes.

Características e desafios da contabilidade para farmácias

Farmácias trabalham com um mix amplo de produtos: medicamentos de referência, genéricos, similares, suplementos, cosméticos e perfumaria. 

Cada categoria tem regras específicas de armazenagem, prazo de validade e classificação fiscal. Além disso, os preços dos medicamentos podem sofrer variações constantes por determinação governamental, o que exige atualização contínua de tabelas e sistemas de gestão.

As principais peculiaridades que impactam a contabilidade são:

  • Controle de validade e perdas: medicamentos vencidos geram provisões de estoque e ajustes contábeis.

  • Classificação fiscal: códigos NCM e CEST precisam estar corretos para correta tributação de ICMS e PIS/COFINS.

  • Registros no SNGPC: movimentação de substâncias controladas deve ser informada mensalmente.

Essas características aumentam a complexidade do cálculo do CMV (Custo das Mercadorias Vendidas), influenciam diretamente a apuração de impostos e requerem integração entre o sistema de gestão (PDV/ERP) e a contabilidade.

Escolha do regime tributário: Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real

A decisão sobre o regime tributário afeta a carga de impostos, o custo administrativo e a capacidade de crescer de forma sustentável, Confira na sequência, um resumo sobre os regimes tributários disponíveis em nosso país:

Simples Nacional

  • Faturamento anual até R$ 4,8 milhões.

  • Tributos unificados no DAS (IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, ICMS, ISS e CPP).

  • Alíquotas crescentes conforme faixas de receita (Anexo I para comércio).

  • Vantagem: simplicidade e redução de obrigações acessórias.

  • Desvantagem: sem aproveitamento de créditos de PIS/COFINS e teto baixo para expansão.

Lucro Presumido

  • Faturamento anual até R$ 78 milhões.

  • Base de cálculo de IRPJ (8% ou 32% da receita, dependendo do serviço) e CSLL (12%).

  • PIS (0,65%) e COFINS (3%) em regime cumulativo.

  • Vantagem: previsibilidade tributária e potencial economia se a margem efetiva for superior à presunção.

  • Desvantagem: sem créditos de PIS/COFINS e obrigações acessórias mais complexas.

Lucro Real

  • Obrigatório para faturamento acima de R$ 78 milhões ou sociedades financeiras.

  • IRPJ e CSLL calculados sobre o lucro contábil ajustado.

  • PIS/COFINS em não‑cumulativo, com créditos sobre insumos e serviços.

  • Vantagem: aproveitamento de prejuízos fiscais e créditos de PIS/COFINS; ideal para margens baixas ou variáveis.

  • Desvantagem: maior custo operacional, necessidade de escrituração rigorosa e maior complexidade.

A farmácia deve simular, em conjunto com o contador, todos os regimes levando em conta lucros, despesas financeiras, investimento em tecnologia e sazonalidades de vendas antes de definir a melhor opção.

Contabilidade para farmácias: obrigações fiscais essenciais

Manter a contabilidade em dia envolve o acompanhamento e a entrega de diversas obrigações acessórias, dentre as quais, podemos destacar:

Emissão de NF‑e

  • A Nota Fiscal Eletrônica obrigatória para vendas, devoluções a fornecedores e transferências entre filiais.
  • Cuidados para configurar corretamente CFOP, CST/CSOSN e descrever cada item conforme NCM.

SPED Fiscal (EFD ICMS/IPI)

  • Integra lançamentos de ICMS e IPI em arquivo digital.
  • Envio mensal via Sistema Público de Escrituração Digital (SPED).

EFD‑Contribuições (PIS/COFINS

  • Escrituração obrigatória para empresas no regime não‑cumulativo.
  • Permite créditos sobre insumos, embalagens e frete; deve ser gerada e transmitida mensalmente.

DCTF/DCTFWeb e EFD‑Reinf

  • DCTF/DCTFWeb: declaração de débitos e créditos tributários federais.
  • EFD‑Reinf: apura retenções de INSS, IRRF e contribuições de terceiros.

FGTS e INSS

  • É preciso enviar informações sobre a folha de pagamento, para fins de cálculo do FGTS e INSS.
  • Também é preciso efetuar o pagamento das guias de recolhimento, dentro do prazo estabelecido pela legislação em vigor.

DIRF

  • Informe de rendimentos pagos e retenções de IR na fonte, entregue anualmente.
  • Cada uma dessas obrigações tem prazos específicos, e o não cumprimento pode gerar multas, juros e dificuldades de obtenção de certidões negativas.

Contabilidade para farmácias: controle de estoque e SNGPC

O Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC) exige que farmácias informem mensalmente entradas e saídas de medicamentos sujeitos a controle especial. A conciliação entre o SNGPC e o estoque contábil deve ser rigorosa:

  • Inventários rotativos garantem o alinhamento de saldos físicos e contábeis.

  • Provisionamento de perdas: produtos vencidos ou danificados devem ser baixados no estoque e reconhecidos como despesa.

  • Validação de lotes: cada lote de medicamento precisa ser registrado corretamente para rastreabilidade.

Erros no SNGPC podem resultar em multas elevadas pela ANVISA e inconsistências na contabilidade fiscal, afetando a apuração de PIS/COFINS e ICMS.

Contabilidade para farmácias e boas práticas

Para fechar este conteúdo com chave de ouro, é hora de conferir algumas práticas recomendadas para uma boa gestão contábil de farmácias:

Integração total de sistemas: Conectar PDV, ERP e plataforma de e‑commerce (quando houver) para emissão automática de NF‑e e geração de SPED.

Conciliação periódica: Confrontar notas fiscais de compra e venda com extratos bancários, balancetes e saldos de estoque, visando identificar quaisquer divergências até o quinto dia útil após fechamento de mês.

Planejamento de fluxo de caixa: Provisionar mensalmente os principais tributos e encargos trabalhistas para evitar surpresas no desembolso.

Além disso, é importante avaliar sazonalidades (campanhas de vacinação, temporadas de gripes) para ajustar capital de giro.

Acompanhamento de indicadores: Além disso, defina KPIs como ticket médio, giro de estoque, lucratividade e faturamento.

Monitore os indicadores de perto, e se necessário, implemente o mais rápido possível, as ações corretivas necessárias.

Conclusão

Uma contabilidade para farmácias estruturada e alinhada às particularidades do setor farmacêutico é imprescindível para reduzir riscos, manter a conformidade e melhorar a rentabilidade. 

A Five Consultant Contabilidade oferece suporte completo:

  • Análise e escolha do regime tributário mais adequado.

  • Implantação e automação de obrigações acessórias.

  • Gestão integrada de estoque e SNGPC.

  • Consultoria contínua de planejamento financeiro e tributário.

Entre em contato conosco e garanta uma contabilidade especializada, que protege seu negócio e fortalece sua competitividade!

CategoriesContabilidade para indústrias

Gestão contábil e financeira para pequenas indústrias: como organizar e crescer com segurança

A gestão contábil e financeira é o coração de qualquer negócio — e nas pequenas indústrias, onde os recursos são mais limitados e os riscos operacionais elevados, organizar bem essas áreas é essencial para garantir a sobrevivência e o crescimento com segurança.

Apesar da complexidade do ambiente industrial, muitas empresas ainda cometem o erro de deixar a contabilidade em segundo plano ou negligenciar a gestão financeira no dia a dia. O resultado? Perda de controle, desperdício de recursos, problemas com o fisco e dificuldade para tomar decisões estratégicas.

Neste artigo, a Five Consultant Contabilidade mostra os pilares para uma gestão contábil e financeira eficiente em pequenas indústrias, explicando como essas áreas se complementam, o que precisa ser monitorado e como uma contabilidade especializada pode ajudar a transformar resultados.

Por que a gestão contábil e financeira é tão importante na indústria?

A indústria, mesmo de pequeno porte, lida com uma estrutura operacional mais robusta que outros segmentos, envolvendo:

  • Compra de insumos e matéria-prima;

  • Controle de estoque e processos produtivos;

  • Custos industriais (fixos e variáveis);

  • Folha de pagamento;

  • Tributação complexa;

  • Necessidade de capital de giro.

Sem controle sobre essas variáveis, a margem de lucro desaparece e a empresa perde competitividade.

Enquanto a gestão financeira cuida do fluxo de caixa, orçamentos, pagamentos e recebimentos, a gestão contábil garante o correto enquadramento tributário, escrituração das obrigações fiscais e apuração precisa dos lucros. Ambas caminham juntas e devem ser vistas como áreas estratégicas, não apenas operacionais.

Principais desafios da pequena indústria na contabilidade e finanças

  1. Mistura entre finanças pessoais e empresariais

  2. Falta de controle de fluxo de caixa

  3. Tributação inadequada ao porte da empresa

  4. Desorganização nos lançamentos contábeis

  5. Desconhecimento sobre indicadores financeiros

  6. Falta de planejamento de investimentos e estoques

Esses problemas comprometem o crescimento e deixam a empresa vulnerável à inadimplência, à alta carga tributária e a autuações fiscais.

Pilares da gestão contábil para pequenas indústrias

1. Escolha do regime tributário ideal

O primeiro passo é escolher o melhor regime de tributação:

  • Simples Nacional: ideal para faturamento anual até R$ 4,8 milhões. Oferece guia única de impostos e simplificação.

  • Lucro Presumido: indicado para empresas com boas margens e faturamento até R$ 78 milhões.

  • Lucro Real: obrigatório para empresas com faturamento superior ou segmentos específicos. Permite dedução de custos e apuração detalhada.

📌 A escolha errada do regime pode gerar pagamento excessivo de impostos ou risco de autuação fiscal.

2. Escrituração contábil regular

A escrituração correta garante:

  • Emissão do Balanço Patrimonial e DRE;

  • Apuração de lucros e prejuízos;

  • Suporte para tomada de decisões;

  • Base para crédito e financiamentos;

  • Conformidade com a legislação fiscal.

Contadores especializados em indústria são capazes de interpretar essas demonstrações e orientar o gestor de forma clara e estratégica.

3. Cumprimento das obrigações fiscais

Toda empresa industrial precisa entregar mensalmente ou anualmente obrigações como:

  • SPED Fiscal e Contábil;

  • DCTF, DIRF, EFD-Contribuições;

  • Apuração de ICMS, IPI, PIS, Cofins e IRPJ/CSLL;

  • Folha de pagamento, GFIP e eSocial.

O não cumprimento ou o atraso na entrega dessas obrigações pode gerar multas expressivas e entraves ao crescimento da empresa.

Pilares da gestão financeira para pequenas indústrias

1. Controle de fluxo de caixa

É vital registrar entradas e saídas diariamente, projetar os próximos meses e identificar gargalos ou folgas de caixa. Um bom controle evita:

  • Atrasos em pagamentos;

  • Uso indevido de capital de giro;

  • Endividamento desnecessário;

  • Falta de recursos para produção.

📌 Utilize planilhas organizadas ou softwares de gestão financeira adaptados ao segmento industrial.

2. Precificação com base em custos reais

Muitas indústrias precificam mal seus produtos por não conhecerem com precisão seus custos. A precificação deve levar em conta:

  • Custos diretos (matéria-prima, mão de obra);

  • Custos indiretos (energia, depreciação);

  • Custos fixos e variáveis;

  • Margem de lucro desejada.

A contabilidade de custos ajuda o gestor a entender quanto realmente custa produzir cada item e qual o ponto de equilíbrio do negócio.

3. Controle de estoque

Estoques mal controlados representam dinheiro parado ou prejuízo com perdas e vencimentos. Uma boa gestão de estoque envolve:

  • Giro dos produtos;

  • Inventário periódico;

  • Curva ABC (produtos mais importantes);

  • Integração com produção e vendas.

Estoque é patrimônio — e deve estar presente nos relatórios contábeis com precisão.

4. Planejamento de investimentos

Pequenas indústrias precisam reinvestir com inteligência. O planejamento financeiro ajuda a:

  • Determinar o melhor momento para investir;

  • Evitar descapitalização;

  • Comparar financiamentos e linhas de crédito;

  • Planejar expansão com segurança.

Como a contabilidade especializada pode ajudar

A Five Consultant Contabilidade é especializada em indústrias e oferece soluções sob medida para:

✅ Escolha do regime tributário ideal
✅ Redução legal da carga tributária
✅ Escrituração contábil com foco em controle e gestão
✅ Apuração precisa de custos e lucros
✅ Análise de viabilidade para investimentos
✅ Cumprimento de obrigações acessórias sem erros
✅ Relatórios e dashboards financeiros mensais

Com o apoio de um contador consultivo, a pequena indústria pode sair da informalidade, se organizar e crescer com base sólida, evitando riscos fiscais e otimizando resultados.

Dicas práticas para melhorar a gestão contábil e financeira da sua indústria

  1. Separe as contas pessoais e da empresa

  2. Tenha um contador especializado no setor industrial

  3. Use um sistema de gestão (ERP) que integre produção, estoque e finanças

  4. Revise seu regime tributário anualmente

  5. Faça conciliações bancárias mensais

  6. Controle a inadimplência com indicadores e limites de crédito

  7. Treine sua equipe administrativa para cuidar bem do fluxo de caixa

  8. Solicite relatórios periódicos do contador para acompanhar a saúde do negócio

Conclusão

A gestão contábil e financeira para pequenas indústrias não é apenas uma obrigação legal — é um instrumento fundamental para o crescimento com segurança, sustentabilidade e rentabilidade.

Se você deseja reduzir impostos, organizar suas finanças, melhorar seus resultados e se preparar para crescer, conte com o time da Five Consultant Contabilidade.

📞 Fale agora com nossos especialistas e descubra como levar a sua indústria ao próximo nível com uma contabilidade verdadeiramente estratégica!

CategoriesContabilidade para indústrias

Lucro Real ou Lucro Presumido para indústria? Entenda o impacto na carga tributária

A escolha entre Lucro Real ou Lucro Presumido é uma das decisões mais importantes para o setor industrial. Essa escolha impacta diretamente a carga tributária, o fluxo de caixa e até mesmo a competitividade do negócio.

Para indústrias de pequeno, médio ou grande porte, é fundamental entender as diferenças entre os regimes e saber qual deles oferece maior economia e segurança fiscal.

Neste artigo, a equipe da Five Consultant Contabilidade explica de forma clara e prática como funciona o Lucro Real e o Lucro Presumido, além de destacar as principais vantagens, desvantagens e critérios que uma indústria deve considerar antes de optar por um desses regimes.

O que é o Lucro Presumido?

O Lucro Presumido é um regime tributário simplificado, voltado a empresas com receita bruta anual de até R$ 78 milhões.

Nele, o governo presume qual é o lucro da empresa com base em uma margem de lucro predefinida, e os tributos são calculados sobre essa base, independentemente do lucro real obtido pela indústria.

Como funciona a base de cálculo no Lucro Presumido?

A Receita Federal estabelece uma margem de lucro presumida sobre a receita bruta da empresa. Para indústrias, essa margem geralmente é de:

  • 8% para IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica)

  • 12% para CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido)

📌 Exemplo: Se a indústria fatura R$ 100.000, o IRPJ será calculado sobre R$ 8.000 (8%), e a CSLL sobre R$ 12.000 (12%).

Sobre esses valores aplicam-se:

  • IRPJ: 15% sobre a base + adicional de 10% sobre o que exceder R$ 20.000 mensais;

  • CSLL: 9% sobre a base;

  • PIS e Cofins (cumulativo): alíquotas fixas de 0,65% e 3%, respectivamente.

O que é o Lucro Real?

O Lucro Real é um regime mais complexo, mas necessário para empresas com receita superior a R$ 78 milhões ou que atuam em segmentos obrigatórios.

Nesse modelo, os tributos são calculados com base no lucro efetivamente apurado, após considerar todas as receitas e despesas da empresa.

Esse regime permite maior controle fiscal e possibilidade de dedução de despesas operacionais, o que pode representar economia para indústrias com margens apertadas ou custos elevados.

Como funciona a base de cálculo no Lucro Real?

No Lucro Real, o IRPJ e a CSLL incidem sobre o lucro contábil ajustado, que leva em conta:

  • Receitas operacionais;

  • Custos e despesas dedutíveis;

  • Adições e exclusões conforme legislação fiscal.

As alíquotas são:

  • IRPJ: 15% sobre o lucro + adicional de 10% sobre lucros mensais acima de R$ 20.000;

  • CSLL: 9% sobre o lucro ajustado;

  • PIS e Cofins (não cumulativo): 1,65% e 7,6%, com possibilidade de créditos sobre insumos.

Comparativo prático: Lucro Real x Lucro Presumido

Critério Lucro Presumido Lucro Real
Base de cálculo Percentual fixo sobre a receita bruta Lucro contábil ajustado
Simplicidade Mais simples de calcular Mais complexo e detalhado
PIS e Cofins Cumulativo (0,65% + 3%) Não cumulativo (1,65% + 7,6%) com créditos
Dedução de despesas Não permite deduções Permite deduzir despesas operacionais
Carga tributária efetiva Pode ser mais alta em empresas com pouco lucro Pode ser menor se bem administrado
Obrigatoriedade Receita até R$ 78 milhões Receita superior a R$ 78 milhões ou obrigatoriedade legal

Quando o Lucro Presumido pode ser mais vantajoso?

O Lucro Presumido costuma ser mais interessante para:

  • Indústrias com margens de lucro elevadas;

  • Empresas com poucas despesas dedutíveis;

  • Negócios com estrutura contábil enxuta, que desejam simplicidade;

  • Indústrias que não geram muitos créditos de PIS e Cofins.

📌 Exemplo: uma indústria que fatura R$ 60.000 por mês e tem uma margem de lucro real próxima de 15% pode pagar menos impostos no Lucro Presumido, já que a base tributável será fixa e previsível.

Quando o Lucro Real é mais indicado?

O Lucro Real é geralmente recomendado quando:

  • A indústria tem margens de lucro reduzidas;

  • Os custos operacionais são elevados;

  • A empresa faz investimentos em pesquisa e inovação;

  • Existem benefícios fiscais e incentivos que podem ser aproveitados;

  • A empresa gera créditos relevantes de PIS e Cofins, especialmente com muitos insumos.

📌 Exemplo: indústrias químicas, de alimentos ou metalúrgicas com custos elevados na cadeia produtiva tendem a se beneficiar mais com o Lucro Real.

Impacto na carga tributária

A escolha do regime impacta diretamente na carga tributária efetiva. Veja dois exemplos hipotéticos:

Cenário 1: Lucro Presumido

  • Receita bruta: R$ 150.000/mês

  • Margem presumida: 8%

  • Base IRPJ: R$ 12.000 (8%)

  • Base CSLL: R$ 18.000 (12%)

  • IRPJ (15%): R$ 1.800

  • CSLL (9%): R$ 1.620

  • PIS + Cofins: R$ 5.475 (3,65%)

  • Total de tributos: R$ 8.895 (~5,9%)

Cenário 2: Lucro Real

  • Receita bruta: R$ 150.000/mês

  • Lucro efetivo: R$ 5.000 (após deduções)

  • IRPJ (15%): R$ 750

  • CSLL (9%): R$ 450

  • PIS + Cofins: R$ 3.825 (após abatimento de créditos)

  • Total de tributos: R$ 5.025 (~3,35%)

🔎 Resultado: dependendo do nível de despesas e da geração de créditos, o Lucro Real pode ser mais vantajoso, mesmo com maior complexidade.

Riscos de escolha errada

Escolher o regime inadequado pode resultar em:

  • Pagamento excessivo de tributos;

  • Risco de autuações fiscais;

  • Perda de oportunidades de créditos tributários;

  • Problemas com o fluxo de caixa da indústria.

Por isso, é fundamental contar com o apoio de um contador experiente em planejamento tributário industrial.

Como escolher o regime certo para sua indústria?

A decisão entre Lucro Real ou Lucro Presumido não deve ser feita com base apenas na simplicidade, mas sim a partir de:

  • Análise da margem de lucro real;

  • Simulações da carga tributária nos dois regimes;

  • Avaliação do volume de créditos fiscais disponíveis;

  • Projeções de crescimento da empresa;

  • Setor de atuação e benefícios fiscais específicos.

Conte com a Five Consultant Contabilidade

A escolha entre Lucro Real ou Lucro Presumido pode representar a diferença entre o crescimento sustentável e a perda de competitividade no mercado.

Na Five Consultant Contabilidade, oferecemos:

✅ Análise comparativa personalizada
✅ Planejamento tributário para indústrias
✅ Simulações completas com foco em economia
✅ Suporte na apuração e escrituração fiscal
✅ Consultoria estratégica para indústrias de todos os portes

📞 Entre em contato com nossos especialistas e descubra qual regime tributário é mais vantajoso para a sua indústria. Reduza a carga tributária e aumente a lucratividade com segurança!

CategoriesContabilidade para Farmácias

Como manter a farmácia regularizada com a Vigilância Sanitária e a Receita Federal?

Manter uma farmácia regularizada no Brasil é um desafio que exige atenção redobrada não só às regras contábeis e fiscais, mas também às normas sanitárias.

Na prática, isso porque o setor farmacêutico está entre os mais fiscalizados do país — o que faz com que o empresário do ramo precise cumprir exigências tanto da Receita Federal quanto da Vigilância Sanitária.

Qualquer descuido pode gerar multas, suspensão da licença sanitária e até fechamento do estabelecimento.

Por isso, a equipe da Five Consultant Contabilidade preparou este guia completo com tudo o que você precisa saber para manter sua farmácia 100% regularizada.

Por que a regularização da farmácia é tão importante?

Farmácias e drogarias lidam com medicamentos, substâncias controladas e produtos para a saúde pública. Por isso, a legislação exige que esses estabelecimentos cumpram uma série de normas relacionadas à:

  • Segurança sanitária;

  • Controle de estoque;

  • Responsabilidade técnica;

  • Emissão de documentos fiscais;

  • Recolhimento de tributos;

  • Envio de obrigações acessórias ao Fisco.

Ao manter a farmácia regularizada, o empresário garante:

✅ Autorização para funcionar sem riscos;
✅ Acesso a fornecedores e distribuidoras confiáveis;
✅ Menor risco de sanções e autuações;
✅ Boa reputação no mercado;
✅ Segurança para participar de licitações públicas ou ampliar o negócio.

Quais são os principais órgãos que fiscalizam uma farmácia?

Antes de detalhar como manter sua farmácia regularizada, é importante entender os principais órgãos que fiscalizam o setor:

1. Vigilância Sanitária: Responsável por fiscalizar as condições sanitárias da farmácia, exigindo que o local atenda às normas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e da RDC 44/2009, entre outras.

2. Receita Federal: Fiscaliza as obrigações tributárias e fiscais, como a emissão correta de notas fiscais, pagamento de impostos e entrega de declarações.

3. Conselho Regional de Farmácia (CRF): Exige a presença de responsável técnico (farmacêutico), devidamente registrado e com carga horária compatível com o funcionamento do estabelecimento.

4. Prefeitura e órgãos estaduais: Cuidam do alvará de funcionamento, licenças ambientais e vigilância sanitária municipal.

Documentação essencial para manter a farmácia regularizada

Para manter sua farmácia legalizada, é fundamental ter a documentação em dia. Abaixo, listamos os principais documentos exigidos:

Documentos fiscais e contábeis:

  • CNPJ ativo e regularizado;

  • Inscrição estadual e municipal;

  • Alvará de funcionamento;

  • Certidões negativas de débitos (municipal, estadual e federal);

  • Emissão de notas fiscais eletrônicas (NF-e);

  • Livro caixa e registros contábeis atualizados;

  • DRE e balanço patrimonial, exigidos para regimes como Lucro Presumido ou Lucro Real;

  • Entrega da DIME, SPED e outras obrigações acessórias, conforme o regime tributário.

Documentos sanitários e técnicos:

  • Alvará sanitário atualizado;

  • Licença da Anvisa, quando necessário;

  • Certificado de regularidade do CRF;

  • Contrato de prestação de serviços com farmacêutico responsável técnico;

  • Documentação de controle de estoque de medicamentos controlados (SNGPC);

  • Manual de boas práticas e POPs (procedimentos operacionais padrão);

  • Controle de temperatura, umidade e conservação de produtos.

Como manter a regularidade com a Vigilância Sanitária?

A Vigilância Sanitária é extremamente rigorosa com farmácias e pode realizar fiscalizações a qualquer momento, sem aviso prévio. Por isso, é essencial estar em conformidade com as normas sanitárias o tempo todo.

Veja os principais pontos de atenção:

✅ 1. Licenciamento sanitário

  • Solicite o alvará sanitário junto ao órgão municipal ou estadual;

  • Faça a renovação anual;

  • Informe alterações no layout, atividades ou responsável técnico.

✅ 2. Responsável técnico (RT)

  • O farmacêutico deve estar presente durante todo o horário de funcionamento;

  • Deve possuir vínculo formal com a farmácia (contrato CLT ou prestação de serviço);

  • O nome do RT deve constar nas embalagens e documentos exigidos pela Anvisa.

✅ 3. SNGPC – Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados

  • Farmácias que comercializam medicamentos da Portaria 344 (psicotrópicos, antibióticos etc.) devem utilizar o SNGPC;

  • É obrigatório cadastrar os medicamentos e enviar os dados à Anvisa regularmente;

  • A ausência de envio pode gerar bloqueios, multas e suspensão da licença sanitária.

✅ 4. Boas práticas de armazenamento e controle

  • Controle de temperatura e umidade no ambiente de estocagem;

  • Separação correta de medicamentos vencidos ou em quarentena;

  • Higiene e organização dos espaços;

  • Manual de boas práticas disponível para consulta da equipe.

Como manter a farmácia regular com a Receita Federal?

Além das exigências sanitárias, a farmácia também deve seguir uma série de obrigações fiscais e tributárias para evitar problemas com o Fisco.

Veja os principais cuidados:

✅ 1. Escolha do regime tributário

A escolha correta entre Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real impacta diretamente no valor dos impostos e no controle das obrigações.

  • Simples Nacional: opção mais simples, mas com restrições (ex: limite de faturamento de R$ 4,8 milhões/ano e restrições conforme o Anexo III ou V).

  • Lucro Presumido: pode ser vantajoso para farmácias com margem de lucro maior.

  • Lucro Real: obrigatório para grandes empresas ou com atividade específica, exige contabilidade completa e detalhada.

💡 A Five Consultant Contabilidade pode ajudar a definir o melhor regime com base no faturamento e nas despesas da farmácia.

✅ 2. Emissão de notas fiscais

  • Utilize sistema emissor de NF-e compatível com a Secretaria da Fazenda estadual;

  • Mantenha todos os XMLs arquivados por pelo menos 5 anos;

  • Emita notas corretamente para vendas com CPF e CNPJ.

✅ 3. Recolhimento de tributos

  • Pague os tributos no prazo correto (DAS, ICMS, PIS, COFINS, IRPJ, CSLL, etc.);

  • Fique atento aos impostos estaduais sobre medicamentos;

  • Utilize software de gestão contábil para acompanhar vencimentos e guias.

✅ 4. Entrega de obrigações acessórias

  • SPED Fiscal;

  • EFD Contribuições;

  • DCTFWeb;

  • DIRF (quando aplicável);

  • Escrituração Contábil Fiscal (ECF) e Escrituração Contábil Digital (ECD), se exigido.

Como a contabilidade especializada ajuda?

Farmácias enfrentam exigências fiscais, legais e sanitárias muito específicas. Por isso, contar com um escritório contábil que conhece o setor é essencial para evitar erros e manter o negócio saudável.

A Five Consultant Contabilidade oferece:

✅ Abertura e regularização de farmácias;
✅ Suporte completo para vigilância sanitária e CRF;
✅ Controle contábil e fiscal automatizado;
✅ Apuração correta de tributos e entrega de obrigações;
✅ Apoio na emissão de notas e integração com sistemas ERP.

Conclusão

Manter uma farmácia regularizada exige atenção a diversas normas da Vigilância Sanitária, da Receita Federal, do CRF e da legislação municipal.

Estar em dia com todas essas obrigações evita multas, garante o funcionamento contínuo do estabelecimento e transmite confiança para os clientes.

Se você quer ter tranquilidade para focar no atendimento e nas vendas, conte com o suporte da Five Consultant Contabilidade.

Nossa equipe é especializada no setor farmacêutico e está pronta para ajudar sua farmácia a crescer com segurança, controle e conformidade.

📞 Entre em contato agora mesmo e solicite uma consultoria especializada para sua farmácia!