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Como trocar de contador?

Trocar de contador é uma decisão que muitos empresários adiam, mesmo quando já percebem sinais de insatisfação ou falhas na gestão contábil. 

No entanto, manter-se preso a um serviço que não entrega resultados pode custar caro, em impostos pagos a mais, autuações, desorganização financeira e falta de apoio estratégico para o crescimento do negócio. 

Neste artigo, a Five Consultant Contabilidade explica como trocar de contador de forma segura e eficiente, e também mostra os sinais que indicam que talvez já seja hora de fazer essa mudança.

Quando saber que está na hora de trocar de contador

Muitos empreendedores acreditam que a contabilidade serve apenas para emitir guias e entregar obrigações fiscais. 

Porém, o papel do contador moderno vai muito além disso: ele deve atuar como um parceiro estratégico, ajudando o empresário a economizar, planejar e crescer. 

Se o seu escritório atual não está cumprindo essa função, é provável que você precise repensar a parceria.

Alguns sinais claros de que pode ser a hora de trocar de contador incluem:

  • Falta de comunicação: Você precisa insistir para receber retorno, e as dúvidas nunca são respondidas de forma clara.

  • Atrasos nas obrigações fiscais: Guias, declarações ou folhas de pagamento são entregues fora do prazo, gerando multas.

  • Erros recorrentes: Cálculos incorretos de impostos, divergências na folha ou informações incoerentes nas demonstrações contábeis.

  • Ausência de relatórios gerenciais: Você não tem acesso a dados que ajudam na tomada de decisão.

  • Falta de proatividade: O contador apenas cumpre tarefas burocráticas, sem propor soluções para reduzir custos ou melhorar processos.

  • Dificuldade em acompanhar o crescimento: Se a empresa evoluiu e o contador continua usando métodos antigos, sem automação e sem visão estratégica, a parceria pode estar te impedindo de crescer.

Se algum desses pontos soa familiar, é sinal de alerta. Afinal, um contador desatento não é apenas um prestador de serviço ineficiente, ele pode se tornar um risco real para o seu negócio.

Por que muitos empresários têm medo de trocar de contador

Um dos principais motivos pelos quais os empresários hesitam em trocar de contador é o medo de burocracia. Muitos acreditam que o processo é complicado ou que podem ter problemas com a Receita Federal durante a transição.

Na realidade, a troca de contador é um procedimento simples, desde que feito com o devido cuidado. 

Com o apoio de um escritório contábil experiente, toda a migração de dados, documentos e obrigações fiscais é feita de forma segura e sem interrupção nas atividades da empresa.

Outro receio comum é o de “quebrar o vínculo” com alguém de confiança, especialmente quando o contador antigo é um conhecido de longa data. 

Mas é importante entender que lealdade não pode vir antes da eficiência. Uma contabilidade moderna e comprometida com resultados faz toda a diferença na saúde financeira da empresa.

Como trocar de contador com segurança

Agora que você já entendeu que a troca é possível e pode ser benéfica, veja o passo a passo para fazer a transição sem riscos e com total tranquilidade.

1. Verifique as pendências da contabilidade atual

Antes de iniciar a mudança, é importante saber se há obrigações pendentes, como guias em aberto, declarações não enviadas ou divergências em cadastros fiscais. Isso evita que problemas antigos sejam levados para a nova contabilidade. 

Um bom escritório fará essa auditoria inicial e orientará sobre como regularizar o que for necessário.

2. Solicite a documentação da empresa

Todo empresário tem direito a acessar os documentos contábeis da sua empresa. Isso inclui balanços, livros contábeis, folhas de pagamento, relatórios de impostos e procurações eletrônicas.

A contabilidade antiga é obrigada a fornecer esses arquivos à nova empresa contábil, pois eles são essenciais para garantir a continuidade dos registros.

3. Formalize o encerramento do contrato

Envie uma comunicação formal encerrando o contrato com o contador antigo, preferencialmente por escrito e com data definida. 

Isso evita cobranças indevidas e garante que o encerramento seja documentado.

4. Inicie a migração com o novo contador

Com toda a documentação em mãos, o novo escritório dará início à migração. Esse processo inclui a importação dos dados contábeis e fiscais, conferência de cadastros e emissão das próximas guias e declarações.

Se a transição for feita no início de um novo mês, é ainda mais fácil manter a organização e evitar sobreposição de informações.

Quando vale a pena trocar de contabilidade

A troca é recomendada quando você sente que o serviço atual não atende mais às necessidades do seu negócio. Mas, além dos sinais já citados, existem outras situações que indicam a necessidade de mudança:

  • Abertura de filial ou expansão do negócio: Quando a contabilidade atual não tem estrutura para acompanhar o crescimento.

  • Mudança de regime tributário: Se a empresa evoluiu e precisa migrar do Simples para o Lucro Presumido, é preciso encontrar um contador com expertise em Lucro Presumido e Lucro Real.

  • Problemas com o Fisco: Atrasos em declarações, pagamento de impostos em excesso, inconsistências em guias e multas constantes indicam falhas graves.

  • Falta de transparência: Se você não tem acesso às informações contábeis ou não entende o que está sendo cobrado, é hora de mudar.

Um bom contador não apenas cumpre prazos, mas também oferece previsibilidade financeira, orienta sobre economia tributária e ajuda o empresário a tomar decisões baseadas em dados reais.

Na Five Consultant Contabilidade, cada cliente conta com um atendimento personalizado, acompanhamento mensal e relatórios gerenciais que traduzem a contabilidade em resultados práticos.

Conclusão: trocar de contador é um passo para evoluir

Mudar de contador pode parecer um desafio, mas na prática, é um dos passos mais inteligentes que o empresário pode dar quando busca crescimento e segurança fiscal. 

Uma contabilidade atualizada e consultiva faz toda a diferença na gestão do negócio, oferecendo economia, clareza e suporte estratégico.

Se o seu contador atual não entrega essas soluções, talvez o problema não esteja na contabilidade em si, mas em quem a executa. Com o apoio certo, é possível transformar a gestão contábil em uma verdadeira ferramenta de sucesso.

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Converse com a equipe da Five Consultant Contabilidade e descubra como podemos ajudar sua empresa a crescer com eficiência, transparência e economia.

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Pendência fiscal: como consultar e regularizar

É muito comum que empreendedores se deparem com algum tipo de pendência fiscal, seja ela pequenas inconsistências cadastrais ou débitos em aberto junto aos órgãos públicos.

Essas pendências podem afetar o CNPJ, impedir a emissão de certidões negativas e até gerar restrições que dificultam o acesso a crédito e licitações.

Neste artigo da Five Consultant Contabilidade, você vai entender o que é uma pendência fiscal, como consultá-la nos principais órgãos e o passo a passo para regularizar a situação da sua empresa com segurança.

O que é uma pendência fiscal

Uma pendência fiscal é qualquer inconsistência, débito ou irregularidade identificada pelos órgãos fiscalizadores, como Receita Federal, estados ou prefeituras, relacionada ao pagamento de tributos ou ao cumprimento de obrigações acessórias.

Essas pendências podem ocorrer por vários motivos, desde erros simples em declarações até impostos não pagos. Em alguns casos, o empresário sequer percebe o problema, mas ele pode crescer com o tempo e gerar multas e juros.

As principais causas de pendências fiscais são:

  • Falta de envio de declarações obrigatórias, como DCTF, ECD, ECF, DEFIS ou SPED;

  • Atrasos no pagamento de tributos federais, estaduais ou municipais;

  • Divergências entre valores informados nas declarações e os registros da Receita Federal;

  • Débitos previdenciários não quitados;

  • Erros cadastrais no CNPJ;

  • Problemas no cadastro de inscrição estadual ou municipal;

  • Irregularidades no Simples Nacional, como débitos não parcelados.

Mesmo pequenas pendências podem gerar grandes complicações se não forem resolvidas rapidamente, como impedimentos fiscais, restrições no CNPJ e cobranças automáticas via dívida ativa.

Quais são os tipos de pendências fiscais

As pendências fiscais podem ocorrer em três níveis: federal, estadual e municipal. Entender onde está o problema é o primeiro passo para regularizar a situação.

1. Pendências federais

São aquelas relacionadas à Receita Federal ou à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que incluem tributos como:

  • IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica);

  • CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido);

  • PIS e Cofins;

  • INSS e contribuições previdenciárias;

  • Contribuição patronal (DCTFWeb).
    Essas pendências também podem incluir a falta de entrega de declarações e inconsistências nas informações enviadas.

2. Pendências estaduais

Referem-se principalmente ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e às obrigações acessórias vinculadas à Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz).

Empresas do comércio, indústria e transporte são as mais afetadas nesse tipo de pendência.

3. Pendências municipais

São relacionadas a impostos como ISS (Imposto sobre Serviços), taxas de alvará e outras cobranças específicas de prefeituras.

Profissionais liberais, prestadores de serviço e clínicas médicas, por exemplo, precisam estar atentos às obrigações municipais.

Como consultar pendências fiscais

Consultar regularmente a situação fiscal da empresa é uma boa prática para evitar surpresas. A seguir, veja onde e como verificar possíveis pendências nos diferentes órgãos.

1. Receita Federal (pendências federais)

O portal e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte) é o principal canal para consulta de pendências federais.

Para acessar, basta entrar no site usando o certificado digital. No menu “Situação Fiscal”, é possível visualizar:

  • Débitos tributários federais;

  • Pendências de declarações;

  • Informações sobre o CNPJ e regime tributário;

  • Autos de infração e notificações pendentes.

Se houver irregularidades, o sistema indicará quais obrigações precisam ser regularizadas e se há débitos em cobrança.

2. Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (dívida ativa da União)

Débitos não quitados junto à Receita Federal podem ser inscritos em dívida ativa e migrar para o sistema da PGFN.

A consulta é feita em https://www.regularize.pgfn.gov.br, onde o contribuinte pode emitir guias de pagamento, solicitar parcelamentos ou verificar a situação de débitos inscritos.

3. Secretaria da Fazenda Estadual (pendências de ICMS)

Cada estado possui seu próprio sistema de consulta. Em São Paulo, por exemplo, a verificação é feita pelo Posto Fiscal Eletrônico (PFE).

Basta informar o CNPJ para acessar as informações sobre débitos, autos de infração e obrigações acessórias em aberto.

4. Prefeitura Municipal (pendências de ISS e taxas)

As pendências municipais podem ser consultadas no site da prefeitura onde a empresa está estabelecida.

Geralmente, há um campo chamado “Consulta de Débitos” ou “Emissão de Certidão Negativa Municipal”, onde é possível identificar eventuais pendências de ISS, TFE, alvará ou outras taxas.

5. Certidões negativas

Outra forma prática de verificar pendências é solicitar as Certidões Negativas de Débito (CNDs).

Se a certidão não for emitida, é sinal de que há irregularidades. As principais são:

  • CND Federal: Emitida pela Receita Federal e PGFN;

  • CND Estadual: Emitida pela Sefaz do estado;

  • CND Municipal: Emitida pela prefeitura.

Manter todas essas certidões atualizadas é fundamental para comprovar a regularidade fiscal da empresa, principalmente em processos de licitação, financiamentos e contratos com grandes clientes.

Como regularizar pendências fiscais

Depois de identificar as pendências, é hora de agir para corrigir os problemas. O processo de regularização pode variar conforme o tipo de pendência, mas, em geral, envolve os seguintes passos:

1. Regularize as declarações pendentes

Se o problema for a falta de envio de obrigações acessórias, como ECD, ECF, DCTF ou DEFIS, é necessário transmiti-las imediatamente.

O atraso pode gerar multa automática, mas evita a inscrição da pendência em dívida ativa.

2. Quite ou parcele os débitos em aberto

Os débitos tributários podem ser pagos à vista ou parcelados. A Receita Federal e a PGFN permitem parcelamentos online, acessíveis pelo e-CAC ou pelo portal Regularize.

Existem diferentes modalidades, como o parcelamento ordinário (em até 60 vezes) e programas de transação tributária, que oferecem descontos em juros e multas para quem regulariza débitos antigos.

3. Corrija inconsistências de cadastro

Se a pendência for cadastral (como CNAE incorreto, endereço desatualizado ou inscrição estadual suspensa), é necessário atualizar as informações junto à Receita Federal, Junta Comercial e demais órgãos vinculados.

4. Regularize débitos estaduais e municipais

Cada estado e município possui regras próprias para parcelamento e quitação de débitos.

Em muitos casos, é possível emitir as guias diretamente nos portais das Secretarias da Fazenda ou prefeituras, sem necessidade de atendimento presencial.

5. Acompanhe o status das regularizações

Após o pagamento ou correção, verifique se as informações foram atualizadas nos sistemas oficiais.

O ideal é aguardar alguns dias e solicitar novamente as certidões negativas para garantir que o CNPJ está totalmente regularizado.

Conclusão

A pendência fiscal é um problema comum, mas que pode ser resolvido com organização e o apoio de uma contabilidade especializada.

Consultar regularmente a situação da empresa, manter os pagamentos em dia e contar com uma gestão fiscal automatizada são medidas que garantem tranquilidade e segurança para o negócio.

A Five Consultant Contabilidade está pronta para ajudar sua empresa a consultar, regularizar e prevenir pendências fiscais, com soluções completas em gestão tributária, planejamento e compliance fiscal.

Entre em contato e descubra como manter o seu CNPJ totalmente em dia com o Fisco e preparado para crescer de forma sustentável.

CategoriesAbertura de CNPJ

Holding: o que é, como funciona, tipos e benefícios

O termo holding tem se tornado cada vez mais comum no meio empresarial e patrimonial. Ele se refere a uma estrutura jurídica criada com o objetivo de organizar, proteger e otimizar a gestão de bens, empresas e investimentos, especialmente em grupos familiares ou empresariais.

A criação de uma holding é uma estratégia inteligente tanto para empreendedores que possuem mais de uma empresa quanto para famílias que desejam proteger e administrar seu patrimônio com segurança e eficiência tributária.

Neste artigo da Five Consultant Contabilidade, você vai entender o que é uma holding, como ela funciona, quais são os principais tipos e os benefícios de adotar essa estrutura.

O que é uma holding?

O termo vem do inglês to hold, que significa “segurar” ou “controlar”. Na prática, uma holding é uma empresa criada para controlar o patrimônio ou participações societárias de outras empresas.

Ou seja, ela não tem como objetivo principal produzir ou vender produtos, mas sim administrar, centralizar e gerenciar bens, investimentos e outras empresas.

Em uma holding, os sócios ou acionistas transferem suas participações para essa nova pessoa jurídica, que passa a ser a “controladora” das demais.

Essa centralização traz vantagens significativas, como melhor organização, sucessão planejada e proteção contra riscos jurídicos e financeiros.

Como uma holding funciona?

A holding funciona como uma “empresa-mãe” que detém o controle de outras empresas, chamadas de “controladas” ou “subsidiárias”. Ela é responsável por tomar decisões estratégicas, gerir ativos e definir políticas de investimento ou administração.

Na prática, o funcionamento de uma holding pode ocorrer de diferentes formas:

  • Controle societário: A holding detém cotas ou ações de outras empresas, exercendo poder de decisão sobre elas.

  • Gestão patrimonial: Quando a holding é usada para administrar imóveis, investimentos e bens familiares.

  • Centralização administrativa: Facilita a gestão financeira, contábil e tributária de um grupo econômico.

Por exemplo: imagine um empresário que possui três empresas, uma indústria, uma transportadora e uma distribuidora. Ele pode criar uma holding para concentrar o controle das três, simplificando a gestão e otimizando a carga tributária.

A holding passa a ser a detentora das participações societárias dessas empresas e, portanto, o ponto central de todas as decisões estratégicas do grupo.

Tipos de holding

Existem diferentes tipos de holding, cada um com características e finalidades específicas. Conhecer essas variações é essencial para definir qual modelo se adequa melhor à realidade de cada negócio ou família.

1. Holding pura

É o tipo mais simples e tradicional. Sua função é apenas deter participações societárias em outras empresas, sem exercer qualquer atividade operacional ou comercial.

A holding pura serve, principalmente, para centralizar o controle de empresas ou grupos familiares, unificando decisões e melhorando o planejamento sucessório.

2. Holding mista

A holding mista, além de controlar outras empresas, também realiza atividades próprias, como prestação de serviços, locações ou investimentos.

Esse tipo é bastante usado por grupos empresariais que desejam manter receitas próprias dentro da holding, otimizando o fluxo financeiro e aproveitando oportunidades de negócios.

3. Holding patrimonial

A holding patrimonial é uma das mais populares no Brasil. Ela é criada para proteger e administrar o patrimônio familiar ou empresarial, que pode incluir imóveis, veículos, investimentos e aplicações financeiras.

Nesse modelo, os bens são transferidos para a holding, e os sócios passam a ser detentores de cotas da empresa, e não mais dos bens individualmente. Isso traz segurança jurídica e vantagens fiscais, além de simplificar a sucessão familiar.

4. Holding familiar

A holding familiar é um tipo de holding patrimonial voltada especificamente para planejamento sucessório e organização da herança.

Ela permite que os bens da família sejam centralizados em uma empresa, cujas cotas são distribuídas entre os herdeiros conforme as regras definidas no estatuto. Assim, evita-se o processo de inventário, reduzindo custos, prazos e conflitos.

5. Holding administrativa ou de controle

Essa modalidade é criada para gerenciar e centralizar a administração de várias empresas de um mesmo grupo.

A holding administrativa é responsável por definir políticas de gestão, estratégias de expansão e controle financeiro. É muito comum em grandes conglomerados empresariais, pois oferece uma visão consolidada do grupo.

6. Holding de participação ou investimento

A holding de participação é uma empresa criada para investir em outras sociedades ou ativos financeiros, funcionando como uma espécie de “gestora de investimentos”.

Ela é comum entre investidores e empresários que desejam diversificar seus ativos, mantendo todos os investimentos sob uma única estrutura jurídica.

Benefícios de criar uma holding

A criação de uma holding pode trazer uma série de benefícios jurídicos, financeiros e fiscais, tanto para pessoas físicas quanto para grupos empresariais.

1. Proteção patrimonial

Ao transferir bens pessoais para uma pessoa jurídica (a holding), o proprietário protege seu patrimônio contra riscos de dívidas, processos e execuções judiciais que possam afetar empresas operacionais ou negócios individuais.

A separação entre bens pessoais e empresariais evita que um eventual problema em uma empresa comprometa o patrimônio familiar.

2. Planejamento sucessório eficiente

Um dos maiores benefícios da holding é a facilidade na sucessão familiar. Em vez de realizar um inventário (processo caro e demorado), o empresário pode distribuir cotas da holding entre os herdeiros em vida, garantindo continuidade e evitando disputas.

Além disso, o planejamento dentro de uma holding pode incluir regras claras de gestão e direitos de voto, permitindo que o fundador mantenha o controle das decisões enquanto estiver ativo.

3. Redução da carga tributária

Dependendo da estrutura e das atividades, uma holding pode oferecer vantagens tributárias significativas.

Por exemplo, os rendimentos obtidos pela pessoa jurídica (como aluguel ou dividendos de empresas controladas) geralmente têm tributação menor do que se fossem recebidos por uma pessoa física.

Além disso, há possibilidade de otimizar o regime de tributação (Lucro Real ou Presumido), conforme a atividade e a receita do grupo.

4. Organização e eficiência na gestão

A holding permite centralizar decisões e unificar a contabilidade e o controle financeiro das empresas do grupo. Isso facilita o acompanhamento de resultados, o planejamento orçamentário e a tomada de decisões estratégicas.

A gestão profissionalizada também aumenta a transparência e reduz o risco de conflitos entre sócios ou familiares.

5. Economia em custos operacionais e administrativos

Quando várias empresas são administradas por uma holding, é possível padronizar processos e reduzir custos com contabilidade, auditoria e assessoria jurídica.

Além disso, uma boa estrutura contábil e tributária dentro da holding evita retrabalho e multas decorrentes de erros fiscais.

6. Acesso facilitado a investimentos e crédito

Empresas organizadas sob uma holding costumam ter melhor reputação financeira e mais facilidade para acessar crédito e investidores.

A consolidação de ativos sob uma única estrutura aumenta a capacidade de garantia em negociações e amplia o poder de investimento do grupo.

Conclusão

Criar uma holding é uma decisão estratégica para quem deseja organizar o patrimônio, reduzir riscos, facilitar a sucessão e melhorar a gestão dos negócios.

Ao reunir ativos e participações sob uma estrutura única, o empresário ganha em controle, transparência e economia fiscal. No entanto, o sucesso dessa operação depende de um planejamento bem executado e da orientação de especialistas em contabilidade e direito societário.

A Five Consultant Contabilidade oferece assessoria completa para a constituição e manutenção de holdings, garantindo que todo o processo seja feito com segurança, economia e conformidade legal.

Quer saber qual modelo de holding é ideal para você?

Entre em contato com a Five Consultant Contabilidade e descubra como proteger seu patrimônio e expandir seus negócios com inteligência e segurança jurídica.

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TFF (Taxa de Fiscalização e Funcionamento): como funciona e quem precisa pagar?

Empresas de todos os portes precisam lidar com diversas obrigações fiscais e tributárias, e uma delas é a TFF — Taxa de Fiscalização e Funcionamento

Embora muitas vezes esquecida pelos empreendedores, essa taxa é essencial para manter o funcionamento regular da empresa perante a prefeitura e evitar problemas como multas, juros e até o fechamento do estabelecimento.

Neste artigo, a Five Consultant Contabilidade explica o que é a TFF, quem precisa pagar, como é calculada e o que acontece se a empresa deixar de cumprir essa obrigação.

O que é a TFF?

A Taxa de Fiscalização e Funcionamento (TFF) é um tributo municipal cobrado pelas prefeituras brasileiras de empresas, profissionais autônomos e demais estabelecimentos que exercem atividades comerciais, industriais ou de prestação de serviços.

O objetivo da taxa é financiar as atividades de fiscalização realizadas pelo município, garantindo que os estabelecimentos funcionem de acordo com as normas sanitárias, ambientais, de segurança e de posturas municipais.

Em outras palavras, a TFF é uma forma de autorizar e monitorar o funcionamento dos negócios dentro dos limites da cidade. Sem o pagamento dessa taxa, o estabelecimento pode ser considerado irregular, mesmo que tenha um CNPJ ativo.

Qual é a base legal da TFF?

A TFF está prevista no Código Tributário Nacional (CTN), que autoriza os municípios a instituir taxas pela utilização de serviços públicos ou pelo exercício do poder de polícia — que é justamente o caso da fiscalização de atividades comerciais.

Cada município possui uma lei própria que regulamenta a cobrança, o cálculo e os prazos de pagamento. Por isso, os valores e regras da TFF variam de cidade para cidade.

Por isso, é fundamental consultar a prefeitura local para saber exatamente como a taxa é aplicada.

Quem precisa pagar a TFF?

De forma geral, a TFF deve ser paga por todas as pessoas jurídicas e autônomos que mantenham um local físico destinado ao exercício de atividade econômica. Isso inclui:

  • Comércios e lojas físicas; 
  • Indústrias e fábricas; 
  • Prestadores de serviços (como clínicas, escritórios e consultórios); 
  • Profissionais autônomos com ponto comercial; 
  • Empresas com sede administrativa ou filial ativa.

Mesmo que a empresa não esteja em funcionamento, a TFF pode ser cobrada se o CNPJ e o alvará ainda estiverem ativos junto à prefeitura.

Quando e como a TFF deve ser paga?

O pagamento da TFF é feito anualmente, e o vencimento costuma ocorrer no primeiro trimestre de cada ano, embora o prazo exato varie conforme o município.

O valor é calculado com base em critérios definidos pela prefeitura, que podem incluir:

  • Tamanho do imóvel (área do estabelecimento); 
  • Número de funcionários; 
  • Ramo de atividade (baixo, médio ou alto risco); 
  • Localização da empresa; 
  • Capacidade de atendimento ou produção.

O pagamento pode ser feito:

  • À vista, com desconto; 
  • Parcelado, conforme regras locais.

O que acontece se a TFF não for paga?

Deixar de pagar a TFF pode gerar uma série de consequências legais e financeiras para a empresa. Entre elas:

  • Multas e juros de mora pelo atraso no pagamento; 
  • Inscrição do débito na dívida ativa municipal; 
  • Impedimento de renovar o alvará de funcionamento; 
  • Bloqueio de atividades comerciais; 
  • Impossibilidade de participar de licitações ou contratos públicos.

Além disso, o não pagamento da TFF pode causar problemas em outras esferas. Por exemplo, empresas que pretendem obter certidões negativas ou participar de licitações públicas podem ter o pedido indeferido por estarem em débito com o município.

Por isso, é essencial manter a contabilidade em dia e um controle anual das obrigações municipais.

A diferença entre TFF e Alvará de Funcionamento

Muitos empresários confundem a TFF (Taxa de Fiscalização e Funcionamento) com outros tributos municipais, mas cada um tem uma função específica:

  • TFF: Taxa cobrada anualmente pela fiscalização e funcionamento do estabelecimento; 
  • Alvará de Funcionamento: Documento emitido pela prefeitura que autoriza a empresa a exercer suas atividades no endereço cadastrado; 
  • Licença Sanitária ou Ambiental: Autorizações complementares necessárias em alguns segmentos (como saúde, alimentação e indústria).

Em resumo, pagar a TFF não substitui a necessidade do alvará. Ambos são obrigatórios e precisam ser mantidos válidos para que a empresa opere legalmente.

Como reduzir riscos e manter a regularidade

A melhor forma de evitar problemas com a TFF é ter uma gestão contábil e fiscal eficiente

Na prática, isso inclui manter os dados cadastrais atualizados na prefeitura, pagar as taxas dentro do prazo e contar com o apoio de uma contabilidade especializada.

A Five Consultant Contabilidade orienta seus clientes a adotar boas práticas como:

  • Verificar anualmente a emissão da TFF e do alvará; 
  • Conferir se há isenção ou redução prevista em lei municipal; 
  • Evitar deixar o CNPJ ativo se a empresa estiver inativa; 
  • Realizar a baixa correta junto à prefeitura ao encerrar as atividades.

Com essas medidas, é possível evitar multas, pendências fiscais e bloqueios que impactam diretamente o funcionamento do negócio.

A importância da contabilidade no controle de tributos municipais

Empresas muitas vezes focam apenas em impostos federais e estaduais, como IRPJ, PIS/COFINS e ICMS, mas as taxas municipais também merecem atenção, pois fazem parte do conjunto de obrigações legais da empresa.

Uma contabilidade eficiente garante:

  • Cumprimento de obrigações acessórias; 
  • Emissão e arquivamento de documentos fiscais; 
  • Atualização constante sobre mudanças na legislação municipal; 
  • Organização das certidões exigidas em auditorias e fiscalizações.

Com o suporte da Five Consultant Contabilidade, o empreendedor ganha tranquilidade para focar no crescimento do negócio, sabendo que sua empresa está em conformidade com todas as exigências legais.

Conclusão

A TFF (Taxa de Fiscalização e Funcionamento) é uma obrigação municipal essencial para o funcionamento regular de qualquer empresa. Ela garante que o estabelecimento esteja em conformidade com as normas locais e contribui para a manutenção da fiscalização urbana.

Apesar de parecer apenas mais uma taxa, ignorar seu pagamento pode gerar sérios transtornos, como multas, bloqueios e até a suspensão das atividades.

Por isso, manter o controle da TFF e contar com o apoio de uma contabilidade especializada, como a Five Consultant Contabilidade, é fundamental para evitar problemas e manter o negócio funcionando de forma segura e regular.

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CMV: o que é, por que é importante e como calcular de forma simples

Todo empreendedor que vende produtos, seja em uma loja física, e-commerce, mercado ou até em uma pequena revenda, precisa saber quanto realmente ganha em cada venda. E para descobrir isso, um dos indicadores mais importantes é o CMV (Custo das Mercadorias Vendidas).

Saber o valor do CMV é fundamental para entender quanto custa manter o negócio funcionando e se as vendas estão realmente dando lucro. 

Neste artigo, a Five Consultant Contabilidade explica o que é o CMV, como ele é calculado e por que ele é essencial para uma boa gestão financeira.

O que é CMV?

O CMV representa o custo de todas as mercadorias que a empresa vendeu em um determinado período.

Em outras palavras, ele mostra quanto você gastou para comprar os produtos que foram vendidos, e não apenas quanto foi gasto com estoque total.

Por exemplo: imagine que sua loja comprou 200 camisetas, mas vendeu apenas 150. O CMV vai considerar somente o custo das 150 camisetas vendidas, não das 200 compradas.

Isso é importante porque o CMV reflete o gasto real envolvido nas vendas e ajuda a entender se os preços praticados estão cobrindo os custos e gerando lucro.

Para que serve o CMV?

Calcular o CMV não é apenas uma obrigação contábil — é uma ferramenta de gestão poderosa. Veja por que ele é tão importante:

  • Ajuda a formar o preço de venda: Conhecendo o custo de cada produto, você define preços que realmente tragam lucro. 
  • Mostra a margem de lucro real: Sem o CMV, é impossível saber quanto sobra de cada venda após tirar o custo do produto. 
  • Facilita o controle de estoque: Você identifica quanto sai do estoque e quanto fica parado. 
  • Apoia decisões estratégicas: O CMV mostra se é hora de negociar melhor com fornecedores, revisar preços ou mudar produtos.

Em resumo, quem entende o CMV conhece o verdadeiro desempenho financeiro do negócio.

Como calcular o CMV

O cálculo do CMV é simples e pode ser feito por qualquer empreendedor. A fórmula mais prática é a seguinte:

👉 CMV = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final

Vamos entender o que significa cada parte:

  • Estoque Inicial: É o valor do estoque que você já tinha no começo do período (por exemplo, no início do mês). 
  • Compras: É o total gasto com novas mercadorias adquiridas durante o período. 
  • Estoque Final: É o valor do estoque que restou no final do período.

Substituindo os números, você encontra o custo das mercadorias que realmente foram vendidas.

Exemplo prático: Imagine que uma loja começou o mês com R$ 10.000 em produtos no estoque. Durante o mês, comprou mais R$ 15.000 em mercadorias. No fim do mês, ainda tinha R$ 8.000 em produtos no estoque.

Aplicando a fórmula: CMV = 10.000 + 15.000 – 8.000 = R$ 17.000

Isso significa que o custo das mercadorias vendidas foi de R$ 17.000.

Se a loja faturou R$ 30.000 em vendas no mesmo período, a margem bruta foi de: 30.000 – 17.000 = R$ 13.000 de lucro bruto.

Ou seja, com o CMV, é possível descobrir quanto realmente sobrou de cada venda antes de pagar despesas operacionais, impostos e outras contas.

O que entra no CMV

O CMV inclui todos os custos diretamente relacionados à compra ou produção das mercadorias vendidas. Entre eles:

  • Valor pago ao fornecedor; 
  • Frete de compra (para trazer o produto até o estoque); 
  • Taxas de importação (se houver); 
  • Impostos sobre compras (como ICMS-ST).

Não entram no CMV:

  • Despesas administrativas; 
  • Comissões de venda; 
  • Frete de entrega ao cliente; 
  • Custos com marketing; 
  • Contas de luz, água, aluguel etc.

Essas despesas são consideradas custos operacionais, e não fazem parte do cálculo do CMV.

CMV e precificação: como usar o indicador a seu favor

Saber o CMV é essencial para definir preços de venda com segurança.

Se você não conhece o custo exato de cada produto, corre o risco de vender por um valor que parece lucrativo, mas que, na prática, mal cobre o custo.

Veja um exemplo simples:

Você compra um produto por R$ 50,00 e vende por R$ 80,00. Parece um bom negócio, certo? Mas se você incluir o frete, embalagens e taxas de cartão, o custo real pode ser R$ 60.

Nesse caso, o lucro bruto é R$ 20,00 ou 25% de margem, e não 60%, como parecia inicialmente.

Ao acompanhar o CMV e calcular a margem corretamente, você evita erros de precificação e garante que suas vendas sejam realmente rentáveis.

Erros comuns no cálculo do CMV

Mesmo sendo simples, o cálculo do CMV exige atenção. Veja os erros mais frequentes:

  • Não atualizar o estoque: Sem inventário, o valor do estoque final fica incorreto e o resultado é distorcido. 
  • Confundir custo com despesa: Colocar fretes de entrega ou comissões de vendas dentro do CMV gera números irreais. 
  • Misturar estoque antigo com novo: Se os produtos têm preços diferentes de compra, o custo médio precisa ser atualizado. 
  • Não considerar devoluções: Devoluções de clientes ou fornecedores precisam ser ajustadas nas compras ou nas vendas.

Evitar esses erros garante que o CMV reflita a realidade da empresa e permita decisões mais acertadas.

Como uma contabilidade pode ajudar

Calcular o CMV corretamente é mais fácil quando você tem o suporte de uma contabilidade consultiva, que entende o funcionamento do seu negócio e te ajuda a transformar números em informações estratégicas.

A Five Consultant Contabilidade pode te auxiliar em:

  • Apuração mensal do CMV e da margem bruta; 
  • Organização do estoque e das compras; 
  • Precificação e controle de rentabilidade; 
  • Planejamento tributário alinhado ao regime mais vantajoso. 

Com esse acompanhamento, o empreendedor tem uma visão clara dos resultados e pode tomar decisões com base em dados, não em suposições.

Conclusão

O CMV (Custo das Mercadorias Vendidas) é um indicador essencial para quem quer entender a rentabilidade real do negócio. 

Ele mostra quanto foi gasto para gerar as vendas e serve de base para calcular a margem de lucro, planejar compras, precificar produtos e até ajustar estratégias tributárias.

👉 Quer entender como aplicar o CMV e outros indicadores na gestão do seu negócio? 

Fale com a Five Consultant Contabilidade e descubra como simplificar sua contabilidade e aumentar seu lucro com inteligência!

CategoriesContabilidade para indústrias

Planejamento tributário para redução de impostos na indústria

O setor industrial é um dos pilares da economia brasileira, mas também um dos mais impactados pela alta carga tributária.

Com margens de lucro cada vez mais apertadas e obrigações fiscais complexas, o planejamento tributário torna-se uma ferramenta essencial para reduzir impostos e aumentar a competitividade.

Neste artigo, a Five Consultant Contabilidade explica como o planejamento tributário funciona, quais estratégias podem ser aplicadas na indústria e de que forma uma contabilidade especializada pode ajudar a empresa a pagar menos impostos, de forma totalmente legal e segura.

O que é planejamento tributário

O planejamento tributário é o conjunto de ações estratégicas voltadas à economia de tributos, analisando as melhores formas de enquadramento, apuração e pagamento dos impostos de acordo com a realidade do negócio.

Ele pode envolver desde a escolha do regime tributário mais vantajoso até a organização interna de custos e despesas, sempre dentro dos limites legais.

Na prática, o objetivo é evitar pagamentos indevidos, aproveitar benefícios fiscais e garantir maior eficiência na gestão tributária.

Para a indústria, esse planejamento é especialmente importante, já que o setor lida com uma grande variedade de tributos, como IPI, ICMS, PIS, COFINS, IRPJ e CSLL, além das contribuições previdenciárias.

Por que o planejamento tributário é essencial para a indústria

O sistema tributário brasileiro é um dos mais complexos do mundo, e as indústrias estão entre as empresas mais afetadas por essa complexidade. Cada produto fabricado, vendido ou transportado pode envolver diferentes regras fiscais, alíquotas e obrigações acessórias.

Sem um acompanhamento técnico, é comum que o empresário acabe pagando mais do que o necessário. Com o planejamento tributário, é possível mapear todos os tributos incidentes nas operações e aplicar corretamente os créditos, isenções e incentivos fiscais.

Além disso, o planejamento traz benefícios como:

  • Redução da carga tributária total da empresa.

  • Prevenção de autuações fiscais e multas.

  • Melhor controle financeiro e previsibilidade orçamentária.

  • Aumento da competitividade no mercado, com margens mais atrativas.

Em outras palavras, o planejamento tributário é um instrumento de sobrevivência e crescimento para a indústria.

Regimes tributários: a base do planejamento

Um dos primeiros passos para reduzir impostos é escolher corretamente o regime tributário da empresa. Essa decisão deve considerar o porte, o faturamento, a estrutura de custos e a margem de lucro.

Os principais regimes disponíveis são:

Simples Nacional

O Simples Nacional é indicado para indústrias com faturamento anual até R$ 4,8 milhões. Reúne vários tributos em uma guia única (DAS), com alíquotas a partir de 4,5%.

Apesar da simplicidade, pode não ser o mais econômico quando há elevado volume de créditos de ICMS ou PIS/COFINS.

Lucro Presumido

O Lucro Presumido pode ser utilizado por empresas com faturamento até R$ 78 milhões/ano, com base de cálculo do IRPJ e CSLL presumida pelo governo.

Além disso, é preciso contribuir com outros impostos, como PIS, COFINS, ICMS e IPI.

Lucro Real

O Lucro Real é obrigatório para grandes indústrias e indicado para quem tem custos altos e margens reduzidas, pois os impostos incidem sobre o lucro líquido efetivo.

Permite aproveitamento de créditos e deduções, além de possibilitar restituições em casos de prejuízo fiscal.

Uma simulação contábil detalhada é essencial para escolher o regime mais econômico. Muitas indústrias pagam até 30% a mais em impostos simplesmente por estarem enquadradas de forma incorreta.

Principais estratégias de redução de impostos na indústria

O planejamento tributário não se resume à escolha do regime. Ele envolve uma série de medidas práticas que, aplicadas corretamente, podem gerar economias expressivas.

1. Aproveitamento de créditos de ICMS, PIS e COFINS

A indústria, por sua natureza, é sujeita ao regime de não cumulatividade. Isso significa que pode aproveitar créditos de tributos pagos na compra de insumos e matérias-primas para abater do valor devido nas vendas.

Um acompanhamento contábil preciso permite identificar todos os créditos possíveis e evitar o acúmulo indevido de impostos pagos em excesso.

2. Incentivos fiscais estaduais e federais

Muitos estados oferecem redução ou isenção de ICMS para determinados setores, produtos ou regiões. Além disso, alguns programas federais beneficiam empresas que investem em inovação e expansão.

Identificar e aderir a esses programas pode diminuir consideravelmente a carga tributária.

3. Reorganização societária

A estrutura jurídica e societária da empresa também influencia na tributação. Em alguns casos, a criação de filiais, holdings ou a segregação de atividades permite otimizar os impostos e reduzir riscos.

Essa estratégia deve ser elaborada com suporte jurídico e contábil, garantindo que todas as operações sejam legítimas e dentro da lei.

4. Gestão eficiente de estoque e produção

O controle de estoques e o correto registro das movimentações industriais são fundamentais para evitar erros fiscais e perdas financeiras.

A ausência de controle pode resultar em diferenças de ICMS, erros no Bloco K e autuações fiscais.
Com sistemas integrados de gestão e orientação contábil, é possível manter conformidade total com o SPED Fiscal e o SPED Contribuições.

5. Revisão fiscal e recuperação de créditos

Empresas que operam há anos no mesmo regime podem ter créditos tributários não aproveitados.

A revisão fiscal busca identificar pagamentos indevidos dos últimos cinco anos, possibilitando recuperar valores significativos junto ao Fisco.

Essa é uma das práticas mais eficazes de redução imediata de custos, e deve ser conduzida por contadores com experiência em legislação industrial.

O papel da contabilidade na gestão tributária industrial

O sucesso de um planejamento tributário depende da integração entre a contabilidade e a gestão da empresa.

Uma contabilidade tradicional pode não ter estrutura para lidar com as particularidades do setor industrial, como apuração de IPI, controle de créditos de ICMS, classificação fiscal de produtos (NCM) e gestão do Bloco K.

A Five Consultant Contabilidade atua com foco em soluções personalizadas para indústrias, combinando análise tributária detalhada, tecnologia e planejamento estratégico.

Com o apoio de especialistas, a empresa consegue:

  • Reduzir a carga tributária dentro da legalidade.

  • Evitar multas e autuações fiscais.

  • Organizar obrigações acessórias e declarações.

  • Garantir conformidade total com o Fisco.

  • Otimizar o fluxo de caixa e melhorar a rentabilidade.

Conclusão

O planejamento tributário é o melhor caminho para a indústria reduzir impostos sem riscos fiscais.

Com uma análise criteriosa dos regimes, incentivos e créditos disponíveis, é possível alcançar economias expressivas e fortalecer a competitividade da empresa.

Ignorar essa etapa significa continuar pagando mais do que o necessário, comprometendo o lucro e a capacidade de investimento.

👉 A Five Consultant Contabilidade é especialista em contabilidade industrial.

Nossa equipe auxilia empresas a estruturar um planejamento tributário completo, identificar oportunidades de economia e garantir segurança fiscal em todas as operações.

Fale com um consultor e descubra como pagar menos impostos e aumentar a lucratividade da sua indústria com o suporte de quem entende do seu negócio.

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Qual o melhor regime tributário para uma farmácia?

Escolher o melhor regime tributário para uma farmácia é uma decisão estratégica que influencia diretamente na lucratividade e na sustentabilidade do negócio. 

A carga tributária do setor farmacêutico é elevada, e um erro na escolha do regime pode representar pagamento indevido de impostos, comprometendo o capital de giro e a competitividade da empresa.

Neste artigo, preparado pela Five Consultant Contabilidade, você vai entender como funciona cada regime tributário, quais são suas vantagens e limitações e, principalmente, qual se encaixa melhor para farmácias de pequeno, médio ou grande porte.

A importância de escolher o regime tributário certo

O setor farmacêutico é um dos mais fiscalizados do país, pois lida com produtos controlados, tributação complexa e margens variáveis. 

Além disso, os tributos incidem em diferentes esferas, federal, estadual e municipal, e variam conforme o tipo de produto (medicamento, cosmético, perfumaria ou conveniência).

Por isso, definir corretamente o regime tributário é essencial para:

  • Evitar pagamento excessivo de impostos; 
  • Cumprir todas as obrigações fiscais; 
  • Aproveitar créditos e benefícios legais; 
  • Garantir regularidade com os órgãos fiscalizadores; 
  • Manter uma gestão financeira saudável.

A seguir, conheça as três opções mais comuns de enquadramento: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real.

1. Simples Nacional

O Simples Nacional é um regime tributário que pode ser utilizado por micro e pequenas empresas, ou seja, negócios com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões.

Nesse modelo, os tributos federais, estaduais e municipais são reunidos em uma única guia (DAS), com alíquota inicial a partir de 4%, o que simplifica o pagamento e reduz a burocracia.

Faixa Receita em 12 meses Alíquota Valor a deduzir
Até 180.000,00 4,00%
De 180.000,01 a 360.000,00 7,30% R$ 5.940,00
De 360.000,01 a 720.000,00 9,50% R$ 13.860,00
De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,70% R$ 22.500,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,30% R$ 87.300,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 19,00% R$ 378.000,00

Quando o Simples é vantajoso para farmácias:

O Simples Nacional costuma ser a melhor opção para farmácias com faturamento até R$ 2 milhões por ano, que tenham estrutura enxuta, poucos funcionários e margens equilibradas.

É ideal para negócios que estão em fase de consolidação e ainda não possuem grande volume de despesas fixas.

2. Lucro Presumido

O Lucro Presumido é uma excelente alternativa para farmácias de médio porte, com faturamento até R$ 78 milhões por ano.

Nesse regime, o cálculo dos impostos federais parte de uma presunção de lucro, definida por lei, ou seja, presume-se que uma parte da receita bruta representa o lucro tributável.

Para atividades comerciais, como as farmácias, a base de cálculo do IRPJ e da CSLL é 8% e 12%, respectivamente, sobre o faturamento.

Tributos no Lucro Presumido:

  • IRPJ (Imposto de Renda da Pessoa Jurídica): 1,20% sobre o faturamento;
  • CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido): 1,08% sobre o faturamento;
  • PIS e COFINS: Alíquotas fixas de 0,65% e 3%;
  • ICMS: Imposto estadual variável, conforme a localização da farmácia;
  • ISS: 2% a 5% se houver serviços farmacêuticos (ex.: aplicação de vacinas).

Quando o Lucro Presumido é vantajoso:

O Lucro Presumido tende a ser vantajoso para farmácias que:

  • Faturam entre R$ 2 milhões e R$ 10 milhões anuais; 
  • Têm lucro líquido consistente; 
  • Possuem controle de estoque eficiente e margens previsíveis; 
  • Não realizam investimentos elevados em equipamentos ou reformas.

3. Lucro Real

O Lucro Real é o regime obrigatório para empresas com faturamento acima de R$ 78 milhões por ano, mas pode ser escolhido voluntariamente por farmácias com despesas e investimentos elevados.

Nesse modelo, o IRPJ e a CSLL são calculados sobre o lucro líquido contábil, ajustado conforme a legislação fiscal.

A grande vantagem é que, se a farmácia tiver prejuízo em determinado período, não há imposto a pagar sobre o lucro inexistente.

Tributos no Lucro Real:

  • IRPJ (15%) e CSLL (9%), calculados sobre o lucro efetivo; 
  • PIS (1,65%) e COFINS (7,6%), com direito a créditos sobre compras e despesas; 
  • ICMS e ISS, conforme a localidade da empresa natureza das operações.

Quando o Lucro Real é vantajoso para farmácias

O Lucro Real é indicado para farmácias que:

  • Têm altos custos de operação, como folha de pagamento e aluguel; 
  • Realizam grandes investimentos em estoque, equipamentos e estrutura; 
  • Trabalham com programas de fidelidade, convênios e prazos longos de recebimento; 
  • Possuem planejamento tributário sólido e acompanhamento contábil especializado.

Em muitos casos, o Lucro Real se torna o regime mais econômico a longo prazo, especialmente quando bem administrado.

Comparativo entre os regimes tributários

Para resumir e facilitar a compreensão de todas as informações apresentadas até aqui, confira o quadro comparativo abaixo:

Aspecto Simples Nacional Lucro Presumido Lucro Real
Faturamento máximo Até R$ 4,8 milhões/ano Até R$ 78 milhões/ano Sem limite
Base de cálculo Receita bruta Percentual fixo do faturamento Lucro efetivo
Complexidade Baixa Média Alta
Créditos de PIS/COFINS Não permite Não permite Permite
Compensação de prejuízos Não permite Não permite Permite
Indicado para Pequenas farmácias Médias empresas Grandes redes ou farmácias com altos custos

A importância do planejamento tributário para farmácias

Independentemente do porte da sua farmácia, o ideal é realizar um planejamento tributário detalhado com o apoio de uma contabilidade especializada.

Esse processo envolve:

  • Simular os impostos em cada regime; 
  • Analisar custos fixos e margens de lucro; 
  • Avaliar despesas dedutíveis; 
  • Considerar créditos fiscais possíveis; 
  • Definir a melhor forma de distribuição de lucros.

Com uma análise precisa, é possível economizar até 30% da carga tributária total, sem infringir nenhuma lei, apenas aplicando estratégias de enquadramento corretas e aproveitando benefícios fiscais disponíveis.

Conclusão

Não existe uma resposta única para a pergunta “qual o melhor regime tributário para uma farmácia?”.

A escolha depende do faturamento, das despesas, da margem de lucro e da estrutura operacional do negócio.

O Simples Nacional é excelente para pequenas farmácias, o Lucro Presumido favorece empresas em expansão e o Lucro Real é ideal para redes maiores ou negócios com alto custo operacional.

💡 Quer descobrir qual regime é o mais vantajoso para a sua farmácia?

A Five Consultant Contabilidade realiza uma simulação tributária completa, analisando seu faturamento, despesas e oportunidades de economia fiscal.

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CategoriesContabilidade para indústrias

Quando uma indústria deve optar pelo Lucro Real?

O Lucro Real é um dos regimes mais complexos, mas também um dos mais vantajosos em determinadas situações.

A escolha do regime tributário é uma das decisões mais estratégicas para qualquer empresa industrial. Ela impacta diretamente o valor dos impostos, o fluxo de caixa e até mesmo a competitividade do negócio no mercado. 

Neste artigo preparado pela Five Consultant Contabilidade, você vai entender quando uma indústria deve optar pelo Lucro Real, quais são suas vantagens, como funciona o cálculo dos impostos e quais cuidados devem ser tomados antes da decisão.

O que é o Lucro Real

O Lucro Real é o regime tributário no qual o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) são calculados com base no lucro efetivo da empresa, ou seja, na diferença entre receitas e despesas reais, apuradas pela contabilidade.

Isso significa que, se a indústria tiver prejuízo em um determinado período, ela não paga IRPJ e CSLL sobre esse resultado, podendo inclusive compensar o prejuízo nos períodos seguintes.

Além do IRPJ e da CSLL, as empresas no Lucro Real também recolhem PIS e COFINS no regime não cumulativo, o que permite o aproveitamento de créditos fiscais sobre determinadas despesas e insumos usados na produção.

Por exigir uma contabilidade completa e detalhada, o Lucro Real costuma ser adotado por empresas de maior porte ou com estruturas contábeis mais robustas, que conseguem aproveitar seus benefícios de forma planejada.

Quando o Lucro Real é obrigatório

Nem todas as indústrias podem escolher livremente o regime tributário. Em alguns casos, o Lucro Real é obrigatório, conforme determina a legislação fiscal.

A opção é obrigatória para empresas que:

  • Têm faturamento anual superior a R$ 78 milhões;

  • Exercem atividades financeiras (como bancos, seguradoras e factoring);

  • Possuem lucros, rendimentos ou ganhos no exterior;

  • Têm benefícios fiscais específicos que exigem o regime do Lucro Real;

  • Foram autuadas por sonegação ou fraude fiscal.

Mesmo que a indústria não se enquadre nessas condições, o Lucro Real pode ser uma escolha estratégica para negócios que desejam aproveitar créditos fiscais e reduzir a carga tributária com base em resultados reais.

Quando a indústria deve considerar optar pelo Lucro Real

A decisão de adotar o Lucro Real deve ser tomada com base em uma análise técnica do perfil financeiro da empresa.

Algumas situações tornam o regime mais vantajoso, especialmente em indústrias com margens variáveis ou altos custos operacionais.

1. Quando há alta variação de lucro e períodos de prejuízo

O Lucro Real é ideal para indústrias que enfrentam oscilações de faturamento ou sazonalidade.

Como o imposto é calculado sobre o lucro efetivo, se a empresa tiver prejuízo, não haverá IRPJ nem CSLL a pagar, o que evita tributar algo que não foi ganho.

Esse diferencial é importante em setores como metalurgia, têxtil, automotivo e alimentício, que sofrem com variações de custo de insumos e volume de vendas.

2. Quando os custos e despesas são elevados

Empresas industriais com alta carga de despesas operacionais, depreciação e investimentos em maquinário tendem a se beneficiar do Lucro Real. 

Esses gastos são dedutíveis na apuração do lucro, o que reduz a base de cálculo dos impostos.

Por exemplo: se uma indústria investir em máquinas, energia e insumos, poderá abater esses custos do lucro tributável, reduzindo significativamente o IRPJ e a CSLL.

3. Quando há possibilidade de aproveitamento de créditos de PIS e COFINS

No Lucro Real, o PIS e a COFINS são recolhidos no regime não cumulativo, o que significa que a empresa pode gerar créditos sobre suas compras de insumos e serviços.

Esses créditos podem ser abatidos dos tributos devidos mensalmente, gerando economia relevante para indústrias com cadeia produtiva complexa.

É uma vantagem importante frente ao Lucro Presumido, que não permite esse tipo de compensação.

4. Quando há exportação de produtos

Indústrias que exportam produtos têm isenção de PIS e COFINS sobre as receitas de exportação.

Ao mesmo tempo, elas mantêm o direito aos créditos sobre os insumos utilizados, o que pode aumentar a margem de lucro e reduzir a carga tributária total.

5. Quando há incentivo fiscal ou benefício específico

Alguns incentivos fiscais, como os previstos na Lei do Bem (para inovação tecnológica), exigem que a empresa esteja no Lucro Real para poder usufruir das deduções e reduções de impostos.

Portanto, se a indústria realiza pesquisa e desenvolvimento (P&D), pode aproveitar esses benefícios para reduzir o IRPJ e a CSLL de forma expressiva.

Vantagens do Lucro Real para indústrias

Optar pelo Lucro Real pode trazer vantagens significativas, especialmente para empresas com controle contábil estruturado.

Entre os principais benefícios estão:

  • Base tributária justa: Os impostos incidem sobre o lucro efetivo, e não sobre uma presunção;

  • Aproveitamento de prejuízos fiscais: Até 30% do lucro líquido pode ser compensado com prejuízos anteriores;

  • Créditos de PIS e COFINS: Sobre insumos, energia, transporte e serviços;

  • Incentivos fiscais exclusivos: Como Lei do Bem, PAT e deduções de investimentos;

  • Transparência contábil: Valorizando a imagem da empresa perante investidores e instituições financeiras.

Essas vantagens tornam o Lucro Real uma excelente opção para indústrias que buscam crescimento sustentável e economia fiscal de longo prazo.

Como a Five Consultant Contabilidade pode ajudar

Optar pelo Lucro Real pode representar uma grande economia tributária para a sua indústria, desde que o processo seja planejado e acompanhado por especialistas.

A Five Consultant Contabilidade oferece um serviço completo de análise tributária e planejamento contábil, ajudando sua empresa a:

  • Simular a carga tributária em cada regime (Simples, Presumido e Real);

  • Controlar custos e despesas para maximizar deduções;

  • Gerar relatórios de desempenho e lucratividade;

  • Manter a conformidade fiscal com segurança;

  • Aproveitar incentivos fiscais exclusivos do Lucro Real.

Com uma equipe experiente e foco em indústrias de diversos segmentos, a Five Consultant garante que sua empresa pague apenas o necessário em impostos, e nada além disso.

Conclusão

A indústria deve optar pelo Lucro Real quando busca tributação justa, economia legal e planejamento financeiro de longo prazo.

Empresas com custos elevados, margens reduzidas ou operações complexas têm muito a ganhar com esse regime, desde que contem com uma contabilidade especializada e uma gestão eficiente dos dados financeiros.

💡 Quer descobrir se o Lucro Real é o regime ideal para a sua indústria? 

A equipe da Five Consultant Contabilidade pode realizar uma análise detalhada e gratuita do seu negócio.

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Crédito de ICMS na indústria: veja o que é e como aproveitar

O crédito de ICMS na indústria é um dos mecanismos mais importantes para reduzir custos e melhorar a competitividade das empresas do setor produtivo. 

No entanto, muitos empresários ainda não entendem como os créditos funcionam, e acabam deixando de aproveitar um benefício fiscal legítimo que pode gerar grande impacto positivo no fluxo de caixa.

Neste artigo completo, preparado pela equipe da Five Consultant Contabilidade, você vai entender o que é o crédito de ICMS, como ele funciona, quais operações dão direito ao crédito e como aproveitá-lo de forma correta e segura dentro da legislação.

O que é o ICMS e por que ele é tão relevante para a indústria

O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) é um tributo estadual cobrado sobre a venda de produtos, transporte, energia elétrica, comunicação e importações.

No setor industrial, o ICMS é um dos impostos mais significativos, pois incide em todas as etapas da cadeia produtiva, desde a compra de insumos até a venda do produto final.

A boa notícia é que, por ser um imposto não cumulativo, o ICMS permite que a indústria desconte (ou credite) o valor pago na aquisição de mercadorias, matérias-primas e serviços usados na produção. Esse desconto é o que chamamos de crédito de ICMS.

O que é o crédito de ICMS

O crédito de ICMS é o direito que a empresa tem de compensar o imposto pago nas etapas anteriores da cadeia com o imposto devido na etapa seguinte.

Funciona assim:

  • A indústria paga ICMS ao comprar insumos e matérias-primas. 
  • Quando vende o produto final, ela cobra ICMS do comprador. 
  • No momento da apuração, a empresa pode abater (creditar) o imposto que pagou na compra dos insumos do valor que deve pagar na venda.

Esse mecanismo evita a cobrança em cascata, garantindo que o imposto incida apenas sobre o valor agregado, isto é, a diferença entre o custo de produção e o preço de venda.

Fórmula simplificada:

ICMS a pagar = ICMS sobre as vendas – ICMS pago nas compras

Exemplo prático de crédito de ICMS na indústria:

Imagine uma indústria que fabrica móveis e compra madeira de um fornecedor.

Compra da madeira:

 

    • Valor da compra: R$ 100.000 
    • ICMS (18%): R$ 18.000 
    • Total pago ao fornecedor: R$ 118.000 

Venda do produto final:

 

    • Valor da venda: R$ 200.000 
    • ICMS (18%): R$ 36.000

Na apuração mensal, a empresa pode creditar os R$ 18.000 pagos na compra da madeira e abater esse valor do imposto devido nas vendas.

Resultado:

ICMS a recolher = R$ 36.000 (venda) – R$ 18.000 (compra) = R$ 18.000

Sendo assim, a indústria paga imposto apenas sobre o valor que agregou à mercadoria (R$ 100.000).

Quais operações geram direito ao crédito de ICMS

Nem toda despesa ou compra gera crédito de ICMS. A legislação prevê regras específicas que variam de acordo com o tipo de produto e sua destinação.

As principais situações que geram crédito para a indústria são:

1.Matérias-primas, insumos e produtos intermediários:

Todos os materiais que participam do processo de industrialização e que sofrem alteração física ou química (como aço, madeira, tintas, embalagens, etc.).

2. Energia elétrica utilizada na produção:

O crédito é permitido desde que a energia seja usada diretamente na linha de produção. Energia usada em áreas administrativas não gera crédito.

3.Serviços de transporte e comunicação:

O crédito é permitido quando o transporte é vinculado à circulação de mercadorias (por exemplo, transporte de insumos para a fábrica ou de produtos acabados para o cliente).

4.Bens do ativo imobilizado:

Máquinas, equipamentos e ferramentas usados no processo produtivo podem gerar crédito, mas ele é apropriado de forma parcelada, geralmente em 1/48 por mês (ou seja, em quatro anos).

5.Insumos importados:

A indústria que importa matérias-primas também pode se creditar do ICMS pago na importação desses insumos.

6.Devoluções de mercadorias:

Quando um cliente devolve produtos, a indústria pode recuperar o crédito correspondente ao ICMS destacado na nota original.

Como aproveitar melhor o crédito de ICMS na indústria

Para aproveitar o crédito de ICMS de forma estratégica e segura, siga estas orientações:

1.Faça um mapeamento completo das operações

Identifique todas as entradas de insumos, matérias-primas e serviços que podem gerar crédito.

2.Implemente controles automatizados

Use softwares de gestão fiscal integrados à contabilidade para evitar erros e garantir o registro correto de notas.

3.Mantenha sua escrituração fiscal em dia

Entregas como SPED Fiscal e EFD ICMS/IPI devem estar sempre atualizadas e coerentes com as notas fiscais.

4.Recupere créditos tributários de períodos anteriores

É possível revisar os últimos cinco anos e recuperar créditos de ICMS não aproveitados, desde que devidamente comprovados.

5.Conte com uma contabilidade especializada em indústria

Um contador especializado entende as particularidades de cada Estado e setor industrial, garantindo que a empresa aproveite o máximo de benefícios fiscais sem correr riscos.

Benefícios de um bom gerenciamento do crédito de ICMS

Empresas industriais que fazem o uso correto do crédito de ICMS alcançam vantagens competitivas importantes:

  • Redução direta da carga tributária; 
  • Aumento do fluxo de caixa com menor desembolso de impostos; 
  • Maior competitividade de preços no mercado; 
  • Regularidade fiscal e menor risco de autuações; 
  • Possibilidade de compensar ou ressarcir créditos acumulados.

Quando bem administrado, o crédito de ICMS se torna uma ferramenta de gestão estratégica, e não apenas uma obrigação fiscal.

O papel da contabilidade nesse processo

A Five Consultant Contabilidade atua lado a lado com indústrias de diversos segmentos para garantir o correto aproveitamento dos créditos de ICMS e outras oportunidades fiscais.

Nosso trabalho envolve:

  • Análise das operações e identificação de créditos permitidos; 
  • Revisão tributária para recuperação de créditos passados; 
  • Controle do ativo imobilizado e escrituração contábil completa; 
  • Planejamento fiscal personalizado para reduzir a carga tributária da empresa.

Com uma contabilidade especializada, sua indústria paga menos impostos de forma legal, aumenta a eficiência fiscal e melhora os resultados financeiros.

💬 Entre em contato conosco e descubra como nossa equipe pode ajudar sua indústria a pagar menos impostos com segurança e planejamento fiscal inteligente.

Five Consultant Contabilidade — parceira estratégica da indústria para crescimento com eficiência tributária.

CategoriesContabilidade Consultiva

Como incluir novas atividades (CNAE) no CNPJ da empresa

Saber como incluir novas atividades (CNAE) no CNPJ da empresa é fundamental para evitar problemas fiscais e garantir que a empresa possa atuar legalmente em novas áreas de negócio.

Neste artigo, vamos explicar o que é o CNAE, em quais situações é preciso alterá-lo, quais são os documentos necessários e o passo a passo para fazer a inclusão de novas atividades no CNPJ.

O que é o CNAE e por que ele é importante

O CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) é o código que identifica as atividades exercidas por uma empresa perante os órgãos fiscais e de registro, como Receita Federal, Prefeitura e Secretaria da Fazenda Estadual. 

Cada código CNAE descreve um tipo específico de atividade econômica, como comércio varejista, prestação de serviços ou indústria.

Manter o CNAE correto no CNPJ é essencial para:

  • Definir o regime tributário adequado (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real).

  • Determinar quais impostos e obrigações fiscais a empresa deve cumprir.

  • Evitar autuações e multas por exercer atividades não registradas.

Quando a empresa decide expandir seus serviços ou produtos, é obrigatório atualizar o cadastro e incluir as novas atividades (CNAEs) no CNPJ para atuar de forma legal.

Quando é necessário incluir um novo CNAE

A inclusão de um novo CNAE é necessária em várias situações:

  • Ampliação de serviços ou produtos: Por exemplo, uma empresa de marketing que passa a oferecer também serviços de design gráfico ou consultoria de TI.

  • Mudança de modelo de negócio: Como um restaurante que decide abrir um serviço de delivery ou um e-commerce que passa a vender em lojas físicas.

  • Diversificação de receitas: Quando a empresa amplia a atuação para outros segmentos para aumentar a lucratividade.

Em todos esses casos, é importante atualizar o CNPJ para que as novas atividades estejam formalmente registradas.

CNAE principal e CNAE secundário

Toda empresa possui um CNAE principal, que representa sua atividade econômica predominante, e pode ter diversos CNAEs secundários, que identificam atividades adicionais.

  • O CNAE principal deve sempre refletir a atividade que gera a maior parte da receita.

  • Os CNAEs secundários são usados para atividades complementares, mesmo que gerem receita menor.

Ao incluir novas atividades, é possível adicionar vários CNAEs secundários, desde que eles estejam de acordo com a legislação e não entrem em conflito com a atividade principal.

Passo a passo para incluir novas atividades (CNAE) no CNPJ da empresa

A inclusão de novas atividades no CNPJ exige uma atualização cadastral junto aos órgãos de registro. Veja como incluir novas atividades (CNAE) no CNPJ da empresa:

1. Consulte um contador especializado

O primeiro passo é buscar a orientação de um contador, que fará uma análise do negócio para definir quais códigos CNAE correspondem às novas atividades. 

Essa escolha deve ser feita com cuidado, pois cada CNAE possui regras tributárias específicas que podem impactar a carga de impostos.

O contador também avalia se a nova atividade é compatível com o regime tributário atual. Em alguns casos, a inclusão de determinados CNAEs pode exigir a migração de regime, especialmente no Simples Nacional.

2. Verifique o zoneamento municipal

Antes de formalizar a inclusão, é necessário conferir se a nova atividade é permitida no endereço registrado da empresa. 

Algumas atividades exigem licenciamento específico ou podem não ser permitidas em zonas estritamente residenciais. Essa verificação é feita na prefeitura por meio da consulta prévia de viabilidade.

3. Acesse a Junta Comercial e o Coletor Nacional

O processo de alteração do CNPJ começa na Junta Comercial do estado, por meio do Coletor Nacional, sistema da Receita Federal utilizado para atualizar dados cadastrais de empresas.

Será preciso informar:

  • Dados da empresa (razão social, CNPJ e endereço).

  • CNAE principal e os novos CNAEs secundários que serão incluídos.

  • Alterações no contrato social, se necessário.

4. Alteração do contrato social

Se a empresa for registrada como Sociedade Limitada (LTDA) ou Sociedade Unipessoal Limitada, será necessário fazer uma alteração no contrato social para incluir as novas atividades.

Esse documento deve especificar claramente as novas atividades econômicas e ser registrado na Junta Comercial. 

Para empresários MEIs, o procedimento é mais simples e não exige contrato social formal.

5. Atualização na Receita Federal

Após o registro da alteração na Junta Comercial, o próximo passo é atualizar o CNPJ na Receita Federal

O próprio Coletor Nacional envia as informações para a Receita, que emite um Comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral com os novos CNAEs.

6. Atualização em órgãos municipais e estaduais

Dependendo do tipo de atividade incluída, pode ser necessário atualizar a inscrição municipal (para atividades de prestação de serviços) ou a inscrição estadual (para atividades de comércio ou indústria).

  • Para atividades sujeitas a ISS, a prefeitura deve ser informada da mudança.

  • Para atividades sujeitas a ICMS, é preciso comunicar a Secretaria da Fazenda do estado.

7. Adequação de licenças e alvarás

Algumas atividades exigem licenças específicas, como da Vigilância Sanitária, Corpo de Bombeiros ou órgãos ambientais

Se a nova atividade exigir esses documentos, eles devem ser solicitados ou atualizados antes de iniciar a operação.

Vantagens de manter o CNPJ sempre atualizado

Manter o CNPJ com os CNAEs corretos garante:

  • Segurança jurídica para operar em todas as atividades da empresa.

  • Acesso a incentivos fiscais e linhas de crédito adequadas para cada segmento.

  • Credibilidade no mercado, transmitindo confiança para clientes e parceiros.

Além disso, um CNPJ atualizado evita problemas em fiscalizações e garante que a empresa esteja apta a emitir notas fiscais para todos os serviços ou produtos oferecidos.

Conclusão

Saber como incluir novas atividades (CNAE) no CNPJ da empresa é essencial para empreendedores que desejam diversificar seus serviços ou produtos e crescer de forma legal e segura. 

O processo envolve a escolha correta dos códigos CNAE com o auxílio de um contador, a consulta prévia de viabilidade na prefeitura, a alteração do contrato social, o registro na Junta Comercial e a atualização na Receita Federal.

Com o acompanhamento de um contador especializado, a empresa garante que a alteração seja feita de forma rápida, evita problemas com a fiscalização e se mantém em conformidade com as regras tributárias. 

Essa é a maneira mais segura de expandir os negócios, aproveitar novas oportunidades e garantir a regularidade fiscal em todas as frentes de atuação.

Para saber mais e obter orientação especializada, entre em contato com o time da Five Consultant Contabilidade.