CategoriesContabilidade Consultiva

Vale a pena terceirizar a contabilidade da empresa?

Vale a pena terceirizar a contabilidade da empresa? A contabilidade é um dos pilares de qualquer negócio. Ela garante que a empresa cumpra suas obrigações legais, mantenha a saúde financeira e tenha informações estratégicas para tomar decisões.

Essa é uma dúvida comum, principalmente em tempos de transformação digital, em que os processos contábeis se tornaram mais complexos e, ao mesmo tempo, mais automatizados.

Neste artigo, a Five Consultant Contabilidade explica em detalhes os benefícios, desafios e pontos de atenção ao optar pela terceirização contábil. Ao final, você terá uma visão clara para decidir se essa é a melhor alternativa para o seu negócio.

O que significa terceirizar a contabilidade

Terceirizar a contabilidade é contratar um escritório ou empresa especializada para cuidar de todas as rotinas contábeis, fiscais e, em muitos casos, financeiras da sua empresa. Isso inclui:

  • Escrituração contábil e fiscal.

  • Emissão e conferência de notas fiscais.

  • Elaboração de demonstrações financeiras e relatórios de resultados.

  • Apuração e recolhimento de impostos.

  • Obrigações acessórias junto aos órgãos de fiscalização.

  • Planejamento tributário e orientações estratégicas.

Ao delegar essas atividades, o empresário deixa de ter uma equipe interna dedicada exclusivamente à contabilidade e passa a contar com o apoio de profissionais especializados.

Por que a terceirização contábil tem ganhado espaço

Nos últimos anos, a complexidade tributária do Brasil aumentou consideravelmente. São inúmeras obrigações acessórias, mudanças constantes na legislação e exigências de tecnologia, como a emissão de notas fiscais eletrônicas e o cumprimento de obrigações digitais (SPED, eSocial, EFD-Reinf).

Para muitas empresas, manter um departamento contábil interno capaz de lidar com tudo isso significa altos custos com pessoal, treinamentos e tecnologia.

Ao mesmo tempo, os escritórios de contabilidade se modernizaram. Hoje, oferecem sistemas integrados, atendimento remoto e relatórios em tempo real, permitindo ao empresário ter acesso às informações com agilidade e segurança. Esse cenário faz com que a terceirização seja não apenas viável, mas também estratégica.

Principais benefícios de terceirizar a contabilidade

A decisão de terceirizar traz uma série de vantagens que vão além da economia. Entre as mais importantes:

Redução de custos operacionais

Manter um departamento contábil interno exige salários, encargos trabalhistas, treinamentos e aquisição de softwares.

Ao terceirizar, todos esses custos são diluídos em um contrato mensal, que costuma ser significativamente menor do que a folha de pagamento de uma equipe própria.

Acesso a especialistas

Escritórios contábeis lidam diariamente com diferentes segmentos de mercado e têm conhecimento atualizado sobre legislação e boas práticas.

Na prática, isso garante que a empresa esteja sempre em conformidade, evitando autuações e multas.

Uso de tecnologia de ponta

Empresas de contabilidade investem em softwares modernos de gestão, automação e inteligência de dados.

Assim, o cliente tem acesso a relatórios, dashboards e indicadores financeiros sem precisar investir diretamente em tecnologia.

Cuidados e desafios da terceirização contábil

Apesar dos benefícios, terceirizar a contabilidade exige atenção para evitar problemas.

Escolha criteriosa do parceiro: É fundamental pesquisar a reputação, verificar se a empresa possui registro no CRC (Conselho Regional de Contabilidade) e buscar referências de outros clientes.

Alinhamento de expectativas: Antes de assinar contrato, é essencial definir claramente as responsabilidades: quais serviços estão incluídos, quais relatórios serão entregues, prazos de entrega e como será o suporte em caso de dúvidas ou fiscalizações.

Segurança da informação: A contabilidade lida com dados financeiros sensíveis. Verifique se o parceiro utiliza protocolos de segurança, backup em nuvem e controle de acessos, garantindo a proteção das informações.

Comunicação constante: Mesmo terceirizando, o empresário precisa manter uma boa comunicação com o escritório contábil, enviando documentos em dia e informando mudanças importantes na operação. A relação é de parceria, e não de total desligamento.

Quando terceirizar é a melhor opção

Embora a terceirização seja vantajosa para a maioria dos negócios, ela é especialmente indicada em alguns cenários:

  • Empresas em crescimento que precisam escalar rapidamente sem aumentar custos fixos.

  • Negócios de pequeno e médio porte que não justificam a contratação de uma equipe interna completa.

  • Empresas com estrutura complexa, que demandam planejamento tributário sofisticado e acompanhamento próximo da legislação.

Em todos esses casos, terceirizar significa ganhar eficiência e reduzir riscos, enquanto se mantém o foco no que realmente gera receita.

Como garantir uma terceirização bem-sucedida

Para que a parceria seja duradoura e benéfica, siga alguns passos:

  1. Pesquise referências: Busque indicações de outros empresários e avalie o histórico do escritório.

  2. Solicite uma proposta detalhada: Entenda todos os serviços incluídos, os prazos e a forma de cobrança.

  3. Avalie a tecnologia utilizada: Plataformas de gestão, dashboards e acesso online facilitam o acompanhamento.

  4. Defina um canal de comunicação claro: Estabeleça como será o envio de documentos e a frequência das reuniões de alinhamento.

  5. Acompanhe os resultados: Mesmo terceirizando, o empresário deve acompanhar indicadores financeiros e fiscais.

O papel estratégico da contabilidade terceirizada

Mais do que cumprir obrigações legais, um bom escritório de contabilidade terceirizada pode atuar como parceiro estratégico da empresa. Isso significa:

  • Orientar decisões financeiras, com base em relatórios e projeções.

  • Analisar a viabilidade de investimentos e novos projetos.

  • Sugerir regimes tributários mais vantajosos em momentos de mudança legislativa, como a reforma tributária.

  • Auxiliar na captação de recursos e no relacionamento com instituições financeiras.

Ao transformar números em informação de valor, a contabilidade terceirizada contribui diretamente para o crescimento sustentável do negócio.

Five Consultant Contabilidade: seu parceiro de confiança

Na Five Consultant Contabilidade, a terceirização não significa apenas “fazer a contabilidade”, mas oferecer consultoria completa, ajudando empresas a reduzir custos, melhorar processos e tomar decisões mais seguras.

Nossa equipe é formada por profissionais experientes, que atuam de forma proativa para garantir conformidade fiscal e aproveitar oportunidades de economia tributária.

Com tecnologia de ponta e atendimento personalizado, transformamos a contabilidade em um instrumento de gestão e planejamento, para que sua empresa possa crescer com segurança e rentabilidade.

Conclusão: uma decisão estratégica para o futuro

Diante de um ambiente de negócios cada vez mais competitivo e de uma legislação tributária complexa, terceirizar a contabilidade da empresa é mais do que uma tendência: é uma estratégia inteligente.

Ao contar com um parceiro especializado, você garante conformidade legal, planejamento fiscal eficiente e informações de qualidade para a tomada de decisão.

Se você deseja saber como a terceirização pode trazer economia e eficiência para o seu negócio, fale com a Five Consultant Contabilidade.

Juntos, podemos desenvolver um modelo de gestão contábil que atenda às necessidades da sua empresa e ajude a impulsionar o crescimento de forma sustentável.

CategoriesContabilidade Consultiva

Como reativar CNPJ suspenso?

Em algumas situações, seja por por descuido ou falta de informação, o CNPJ pode acabar sendo suspenso pela Receita Federal, impedindo a emissão de notas fiscais, o acesso a linhas de crédito e até a participação em licitações.

Se você está enfrentando essa situação, é importante saber que é possível reativar um CNPJ suspenso, desde que sejam cumpridas as exigências legais e fiscais. 

Neste artigo, vamos explicar as principais causas da suspensão, as consequências para o negócio e o passo a passo completo para regularizar a empresa, além de mostrar como a Five Consultant Contabilidade pode ajudar em todo o processo.

O que significa ter um CNPJ suspenso

Um CNPJ suspenso é aquele que está com sua situação cadastral irregular na Receita Federal. Isso ocorre quando a empresa descumpre obrigações fiscais, cadastrais ou legais, resultando em restrições que limitam suas operações.

Na prática, a suspensão significa que a empresa não pode exercer suas atividades de forma normal, sendo impedida de:

  • Emitir notas fiscais;

  • Participar de licitações públicas;

  • Abrir ou movimentar contas bancárias em nome da empresa;

  • Contratar financiamentos ou linhas de crédito;

  • Realizar alterações contratuais, como mudança de endereço ou inclusão de sócios.

Por isso, reativar o CNPJ é uma medida urgente para garantir a continuidade do negócio.

Principais motivos para a suspensão do CNPJ

A Receita Federal pode suspender o CNPJ de uma empresa por diversos motivos. Os mais comuns são:

1. Ausência de declarações obrigatórias

A falta de envio de obrigações fiscais é uma das principais razões para a suspensão. Isso inclui:

  • Declaração de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ);

  • Escrituração Contábil Digital (ECD) e Escrituração Fiscal Digital (EFD);

  • Declarações do Simples Nacional (DASN-SIMEI ou PGDAS-D).

Quando a empresa deixa de apresentar essas declarações por um longo período, a Receita Federal considera a situação irregular e pode suspender o cadastro.

2. Inatividade prolongada

Empresas que ficam inativas por mais de cinco anos sem comunicar a Receita Federal podem ter o CNPJ suspenso por presunção de abandono das atividades.

3. Irregularidades cadastrais

Informações desatualizadas, como endereço ou dados dos sócios, também podem levar à suspensão. A Receita exige que os dados cadastrais estejam sempre corretos e atualizados.

4. Débitos em aberto

A existência de dívidas fiscais não regularizadas junto à Receita Federal, INSS ou outros órgãos pode motivar a suspensão, especialmente quando o contribuinte não busca parcelamento ou acordo.

5. Fraudes ou inconsistências

A constatação de fraudes ou inconsistências cadastrais, como uso indevido de dados, também é motivo para a suspensão imediata do CNPJ.

Consequências de um CNPJ suspenso

Ter o CNPJ suspenso traz graves consequências para o negócio, como:

  • Perda de credibilidade com clientes, fornecedores e instituições financeiras;

  • Multas e juros acumulados pela falta de declarações e tributos;

  • Impossibilidade de emitir notas fiscais, o que inviabiliza operações;

  • Dificuldade para acessar crédito ou renegociar dívidas;

  • Risco de baixa definitiva do CNPJ se a situação não for regularizada.

Por isso, quanto mais rápido for o processo de reativação, menores serão os prejuízos.

Passo a passo para reativar CNPJ suspenso

Reativar um CNPJ suspenso exige organização e atenção às exigências da Receita Federal. Confira o passo a passo completo:

1. Consulte a situação cadastral

O primeiro passo é verificar a situação do CNPJ no site da Receita Federal. Basta acessar a página de consulta de CNPJ e inserir o número da empresa. O resultado informará se a situação está:

  • Ativa;

  • Suspensa;

  • Baixada;

  • Nula;

  • Inapta.

Se estiver “suspenso” ou “inapto”, será necessário identificar o motivo exato da irregularidade.

2. Identifique a causa da suspensão

Através do Portal e-CAC, é possível identificar, quais declarações ou obrigações não foram cumpridas. Essa etapa é fundamental para saber quais medidas adotar.

3. Regularize as pendências fiscais

Com base no relatório da Receita, é hora de regularizar:

  • Entrega de declarações em atraso, como IRPJ, PGDAS-D, ECD ou EFD;

  • Pagamento ou parcelamento de débitos fiscais;

  • Correção de eventuais inconsistências cadastrais, como endereço desatualizado.

4. Atualize o cadastro da empresa

Se a suspensão foi motivada por dados cadastrais desatualizados, é necessário corrigir as informações no Coletor Nacional da Receita Federal e, se for o caso, na Junta Comercial do estado.

5. Protocole o pedido de reativação

Após regularizar todas as pendências, a própria Receita Federal reativa automaticamente o CNPJ

Em alguns casos, pode ser necessário protocolar um pedido formal de reativação, apresentando comprovantes de regularização.

O papel da contabilidade no processo de reativação

Regularizar um CNPJ suspenso pode ser um processo complexo, principalmente quando há diversas pendências fiscais acumuladas. Nesse momento, contar com uma contabilidade especializada é essencial para:

  • Consultar a situação cadastral e identificar rapidamente o motivo da suspensão;

  • Preparar e entregar as declarações em atraso;

  • Auxiliar no parcelamento ou quitação de débitos fiscais;

  • Atualizar o cadastro da empresa junto aos órgãos competentes;

  • Acompanhar o processo de reativação junto à Receita Federal.

Um contador experiente garante que todas as etapas sejam concluídas com agilidade, evitando erros que possam atrasar a reativação.

A Five Consultant Contabilidade pode ajudar

A Five Consultant Contabilidade possui experiência em regularização de CNPJ suspenso e oferece um serviço completo para empresas de todos os portes e segmentos. Nossa equipe especializada atua em:

  • Diagnóstico detalhado da situação da empresa;

  • Regularização de declarações e débitos;

  • Planejamento tributário para evitar novas pendências;

  • Acompanhamento de todo o processo junto à Receita Federal.

Com nosso suporte, sua empresa volta a operar de forma regular, recupera a credibilidade no mercado e evita prejuízos futuros.

Conclusão

Um CNPJ suspenso pode trazer sérios problemas para a empresa, impedindo operações básicas e comprometendo a imagem do negócio. No entanto, com organização e o apoio de uma contabilidade especializada, é possível reativar o cadastro de forma rápida e segura.

👉 A Five Consultant Contabilidade é a parceira ideal para reativar o seu CNPJ suspenso

Nossa equipe cuida de todo o processo de regularização, garantindo que sua empresa volte a operar legalmente e esteja protegida contra novas irregularidades. 

Entre em contato e descubra como podemos ajudar a restabelecer a situação fiscal da sua empresa com agilidade e eficiência.

CategoriesAbertura de CNPJ

Como abrir uma filial da minha empresa?

Quando a demanda cresce e surge a oportunidade de atuar em novas regiões, muitos empresários se perguntam: como abrir uma filial da minha empresa?

A abertura de uma filial é um caminho estratégico para aumentar a presença da marca, conquistar novos mercados e melhorar a logística de atendimento.

Porém, para que a expansão ocorra com segurança e dentro da lei, é necessário seguir uma série de procedimentos jurídicos, contábeis e fiscais.

Neste guia completo, a Five Consultant Contabilidade explica tudo o que você precisa saber para abrir uma filial: desde o conceito e os benefícios até o passo a passo de legalização, além de dicas de gestão para garantir que a nova unidade contribua para o crescimento sustentável da empresa.

O que é uma filial

A filial é uma extensão da empresa matriz, ou seja, um novo estabelecimento que atua com o mesmo CNPJ raiz da sede principal.

Embora tenha endereço próprio e possa usar um nome fantasia diferente, a filial é juridicamente vinculada à matriz e não possui personalidade jurídica própria.

Em termos práticos, ela funciona como uma unidade de negócios adicional, que compartilha a contabilidade e as obrigações fiscais da empresa principal.

É importante não confundir filial com a abertura de uma nova empresa. Ao criar uma filial, você mantém o controle centralizado e a responsabilidade unificada, o que facilita a gestão administrativa e tributária.

Por que abrir uma filial pode ser vantajoso

Abrir uma filial não é apenas uma formalidade burocrática. Trata-se de uma decisão estratégica que pode trazer diversos benefícios:

  • Expansão de mercado: Permite atender clientes em novas regiões, ampliando a base de consumidores.

  • Fortalecimento da marca: Quanto mais pontos de presença, maior a credibilidade e a lembrança de marca.

  • Melhoria logística: Filiais em locais estratégicos reduzem custos de transporte e prazos de entrega.

  • Aumento da competitividade: Estar presente em diferentes localidades pode garantir vantagem sobre concorrentes.

  • Aproveitamento de oportunidades regionais: Algumas regiões oferecem incentivos fiscais ou possuem grande potencial de consumo.

Para colher esses benefícios, é fundamental que a expansão seja bem planejada e acompanhada por profissionais especializados.

Documentos necessários para abrir uma filial

O processo de abertura de uma filial exige a apresentação de documentos na Junta Comercial e em outros órgãos públicos. Em geral, são necessários:

  • Contrato Social ou Estatuto da empresa matriz, devidamente registrado.

  • Alteração Contratual ou Ata de Assembleia, incluindo a criação da filial com endereço, atividades e eventual nome fantasia.

  • Comprovante de endereço da nova unidade.

  • Documentos pessoais dos sócios (quando exigidos pela Junta Comercial).

  • Alvará de Funcionamento, emitido pela prefeitura local.

  • Inscrição Estadual, se a atividade envolver comércio ou indústria.

  • Licenças específicas, como vigilância sanitária ou órgãos ambientais, dependendo do ramo de atuação.

Vale lembrar que a lista exata de documentos pode variar de acordo com o estado e o município onde a filial será aberta.

Passo a passo para abrir uma filial da sua empresa

Para evitar atrasos ou exigências adicionais, siga este passo a passo cuidadosamente:

1. Planejamento estratégico

Antes de iniciar a parte burocrática, avalie se a empresa está financeiramente preparada para manter uma nova unidade. É importante:

  • Fazer um estudo de mercado para identificar a demanda local.

  • Calcular o investimento inicial (aluguel, reformas, equipamentos).

  • Projetar o custo fixo mensal da nova operação.

  • Definir a equipe necessária e a logística de fornecimento.

Essa análise garante que a expansão seja sustentável e não comprometa a saúde financeira da matriz.

2. Alteração do contrato social

O primeiro ato formal é elaborar uma alteração contratual (ou ata de assembleia, no caso de sociedades anônimas) para registrar a criação da filial. O documento deve especificar:

  • Endereço completo da nova unidade.

  • Atividades que serão desenvolvidas.

  • Nome fantasia (se houver).

  • Responsável pela filial (caso seja designado um gerente).

A alteração precisa ser assinada pelos sócios e registrada na Junta Comercial do estado da matriz.

3. Registro na Junta Comercial do estado da filial

Com a alteração contratual aprovada, é preciso registrar a filial na Junta Comercial do estado onde ela funcionará.

Se a filial for em outro estado, pode ser necessário registrar em duas Juntas Comerciais: a do estado da matriz e a do estado da nova unidade.

Esse registro é essencial para que a filial seja reconhecida legalmente e possa obter o CNPJ específico da unidade.

4. Solicitação do CNPJ para a filial

Embora compartilhe o mesmo CNPJ raiz da matriz, a filial precisa de um número de inscrição próprio para fins de controle fiscal. O pedido é feito junto à Receita Federal, após o registro na Junta Comercial.

O CNPJ da filial seguirá a numeração da matriz, acrescida de um identificador que diferencia cada unidade.

5. Inscrições fiscais: estadual e municipal

Dependendo da atividade, será necessário obter:

  • Inscrição Municipal, para recolhimento do ISS (Imposto Sobre Serviços).

  • Inscrição Estadual, quando a empresa atua no comércio ou na indústria e precisa recolher ICMS.

Essas inscrições garantem que a filial esteja regular para emissão de notas fiscais.

6. Alvará de Funcionamento e licenças

A filial só pode iniciar as atividades após obter o Alvará de Funcionamento, emitido pela prefeitura local.

Em setores específicos, como saúde, alimentos ou meio ambiente, podem ser exigidas licenças adicionais da Vigilância Sanitária ou órgãos ambientais.

7. Estruturação da operação

Com a parte burocrática concluída, é hora de estruturar a nova unidade: contratar equipe, instalar equipamentos, implementar sistemas de gestão e integrar processos com a matriz.

O padrão de qualidade e o atendimento devem ser os mesmos em todas as unidades para garantir a identidade da marca.

Vantagens de contar com uma contabilidade especializada

O apoio de um escritório de contabilidade experiente, como a Five Consultant Contabilidade, é essencial em todas as etapas:

  • Elaboração e registro da alteração contratual sem riscos de exigências.

  • Obtenção de CNPJ e inscrições fiscais de forma ágil.

  • Planejamento tributário, avaliando o impacto da filial no regime de tributação (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real).

  • Organização contábil para acompanhar separadamente os resultados de cada unidade.

  • Consultoria contínua, garantindo que a expansão ocorra de forma legal e financeiramente saudável.

Com o suporte de profissionais especializados, o empresário ganha tranquilidade para se concentrar no crescimento do negócio, enquanto a equipe contábil cuida de toda a parte burocrática.

Conclusão

Abrir uma filial é uma excelente estratégia para escalar os negócios, ampliar a presença da marca e aumentar a receita.

No entanto, para que essa expansão seja bem-sucedida, é essencial seguir corretamente todos os procedimentos legais, fiscais e contábeis.

Com o apoio da Five Consultant Contabilidade, sua empresa terá um parceiro especializado para cuidar de cada etapa: da alteração contratual à emissão do CNPJ, das inscrições fiscais ao planejamento tributário.

Assim, você pode concentrar seus esforços na gestão e no crescimento da nova unidade, com a certeza de que a expansão está sendo feita de forma segura e estratégica. Entre em contato conosco!

CategoriesContabilidade Consultiva

O que é e quando entra em vigor a Nota Fiscal de Serviços Nacional (NFS-e)?

A Nota Fiscal de Serviços Nacional (NFS-e Nacional) é uma das mudanças mais relevantes do sistema tributário brasileiro recente. 

O novo modelo de nota fiscal, nasce para acabar com a fragmentação entre milhares de sistemas municipais de emissão de nota de serviço, substituindo esse labirinto por um padrão único, com processos simplificados e melhor integração entre contribuintes e prefeituras.

Essa padronização não é assunto apenas para grandes empresas. Profissionais liberais, prestadores de serviços, MEIs e pequenas empresas também são impactados e precisam se adequar. 

Por isso, entender o que é, como funciona e quando entra em vigor é essencial para evitar erros, multas e retrabalho, e para organizar a sua operação com antecedência.

O que é a NFS-e Nacional

A NFS-e Nacional é um documento fiscal eletrônico padronizado que substitui os diferentes modelos de notas de serviço usados pelas prefeituras brasileiras. 

Até agora, cada município definia seu próprio sistema e suas próprias regras de emissão, gerando formatos, exigências e procedimentos diferentes. 

Para quem presta serviços em várias cidades, isso significava aprender “um idioma novo” a cada cliente, com mais custo administrativo, chances de erro e dificuldade de integração com sistemas de gestão.

Com a NFS-e Nacional, esse cenário muda de forma estrutural: o formato passa a ser único em todo o país e a emissão fica centralizada em um ambiente federal, operado em conjunto pela Receita Federal e pelos municípios. 

Como funciona a NFS-e Nacional

A emissão pode acontecer por duas rotas, ambas conectadas ao mesmo padrão e ao mesmo repositório nacional de informações:

  1. Emissor gratuito: Disponível em versão web e aplicativo para celular, ideal para quem precisa de um caminho simples para emitir notas.

  2. Integração de sistemas (ERPs): Empresas que já utilizam softwares de gestão podem seguir emitindo suas notas dentro do fluxo atual, só que agora no padrão nacional.

Independentemente do caminho escolhido, os campos obrigatórios seguem a mesma lógica, a numeração tem padrão nacional e todas as notas ficam armazenadas no  sistema emissor nacional.

Quem precisa emitir a NFS-e Nacional?

A regra alcança qualquer pessoa jurídica que preste serviços, incluindo MEI prestador. Exemplos práticos:

  • MEIs de serviços (designers, cabeleireiros, pintores, programadores etc.);

  • Empresas de marketing, tecnologia e consultoria;

  • Clínicas e consultórios (médicos, odontológicos, psicológicos, fisioterapia, diagnóstico);

  • Profissionais autônomos com CNPJ.

Importante: Se você vende produtos, continua emitindo NF-e (Nota Fiscal Eletrônica de produtos). A NFS-e é exclusiva para serviços.

Quando entra em vigor?

  • MEI prestador de serviços: A obrigatoriedade já está em vigor, com emissão pelo emissor nacional (web/app).

  • Demais empresas prestadoras de serviços: A obrigatoriedade passa a valer em janeiro de 2026.

Isso significa que quem não é MEI ainda tem algum tempo para se preparar, ajustar sistemas, treinar o time e organizar cadastros antes da virada para o padrão nacional.

Passo a passo para emitir a NFS-e Nacional

Há dois caminhos: aplicativo (celular) ou portal web. O fluxo é simples, mas convém criar um checklist interno para evitar retrabalho.

1.Acesse o sistema

Antes de tudo, garanta o acesso via Gov.br.

2.Preencha os dados da nota

No emissor, informe:

  • Dados do cliente (nome/razão social, CPF ou CNPJ);

  • Descrição do serviço prestado (clareza aqui evita questionamentos e refações);

  • Valor do serviço e condições (ex.: descontos combinados);

  • Local da prestação (alguns serviços podem ter regra de localidade para fins de ISS).

Revise antes de emitir: erros nessa etapa costumam virar cancelamento depois — e nem sempre o prazo municipal para cancelamento é generoso.

3.Emita a NFS-e

Com tudo conferido, clique em Emitir. O sistema gera a nota com código de verificação. Você pode baixar o PDF, imprimir, enviar por e-mail ou compartilhar.

Dica prática: Padronize descrições, códigos de serviço e observações no seu emissor. Isso reduz erros, acelera a conferência e facilita auditorias.

Perguntas comuns (FAQ)

  • Preciso de contador para emitir a NFS-e Nacional?

Se você é MEI, consegue emitir sozinho pelo app/portal. Já empresas em outros regimes devem contar com uma contabilidade, porque além da emissão existem obrigações fiscais (apuração, declarações, retenções) que exigem acompanhamento técnico.

  • A NFS-e Nacional substitui a nota de produtos (NF-e)?

Não. Para venda de mercadorias, permanece a NF-e. A NFS-e é exclusiva para serviços.

  • Preciso de certificado digital?

O MEI não precisa. Para demais empresas, o certificado digital é exigido.

  • Posso cancelar uma NFS-e emitida?

Sim, o sistema permite cancelamento. Mas cada prefeitura pode definir prazos e condições. Padronize internamente um procedimento de revisão antes da emissão e um protocolo de cancelamento para situações inevitáveis.

Como a Five Consultant Contabilidade pode ajudar

A Five Consultant Contabilidade já trabalha com o padrão nacional e pode conduzir a sua transição do início ao fim:

  • Diagnóstico de cenário: Serviços, códigos, municípios, retenções e riscos.

  • Parametrização no emissor nacional ou integração ERP com o ambiente nacional.

  • Treinamento personalizado para seu time.

  • Revisão de contratos e rotinas (ex.: retenções e prazos de cancelamento).

  • Auditoria mensal das NFS-e (conciliação com financeiro e relatórios).

  • Suporte contínuo para dúvidas do dia a dia e atualizações de regras.

Nosso objetivo é que você emita corretamente desde a primeira nota, sem atrasos, sem autuações e com processos alinhados à sua realidade.

Conclusão

A NFS-e Nacional representa uma virada de chave: menos sistemas paralelos, mais padronização, mais segurança e um caminho claro para um ambiente tributário mais simples. 

Para o MEI prestador, a obrigatoriedade já é realidade; para as demais empresas de serviços, a virada acontece em janeiro de 2026.

Usar esse período para organizar cadastros, treinar o time e ajustar sistemas é a melhor estratégia. Com o apoio certo, a mudança deixa de ser fonte de risco e passa a ser ganho de eficiência.

Precisa se adaptar à Nota Fiscal de Serviços Nacional com tranquilidade?

Fale com a Five Consultant Contabilidade e conte com uma equipe que cuida de todo o processo, do planejamento à emissão, para você possa focar no que importa: crescer com segurança, pagar o justo e ficar em dia.

Clique aqui para adequar sua empresa, com o apoio de um contador especialista!

CategoriesContabilidade para Farmácias

Como obter o alvará de vigilância sanitária para uma farmácia

Abrir uma farmácia no Brasil exige muito mais do que investimento financeiro e escolha de um bom ponto comercial. Trata-se de uma atividade altamente regulada, que lida diretamente com a saúde da população e, por isso, precisa seguir normas rígidas estabelecidas pelos órgãos de fiscalização.

Um dos documentos mais importantes nesse processo é o alvará de vigilância sanitária, obrigatório para que a farmácia possa funcionar legalmente. Sem ele, o empreendimento pode ser multado, interditado e até ter suas atividades suspensas.

Neste artigo, vamos explicar em detalhes o que é o alvará da vigilância sanitária, por que ele é necessário, os documentos exigidos, o passo a passo para obtê-lo e como a contabilidade especializada pode ajudar sua farmácia a se manter regularizada.

O que é o alvará de vigilância sanitária?

O alvará de vigilância sanitária é um documento emitido pela autoridade sanitária local (geralmente a Secretaria Municipal de Saúde ou órgão correspondente) que autoriza o funcionamento de estabelecimentos que lidam com produtos e serviços que impactam a saúde pública.

No caso das farmácias, o alvará garante que o local cumpre todas as exigências legais e sanitárias, como:

  • Condições adequadas de higiene e estrutura física;

  • Presença de um responsável técnico farmacêutico, registrado no Conselho Regional de Farmácia (CRF);

  • Armazenamento correto de medicamentos;

  • Cumprimento de normas de biossegurança;

  • Regularidade nos cadastros junto aos órgãos de fiscalização.

Sem esse documento, a farmácia não pode exercer atividades como venda de medicamentos, manipulação de fórmulas ou comercialização de produtos controlados.

Por que a farmácia precisa do alvará sanitário?

O alvará não é apenas uma exigência burocrática: ele garante a segurança da população e protege o próprio empreendedor contra riscos legais e financeiros.

Entre os principais motivos para obtê-lo estão:

  1. Legalidade: Só com o alvará a farmácia pode atuar de forma regular.

  2. Confiança dos clientes: Consumidores se sentem mais seguros ao comprar em um estabelecimento autorizado e fiscalizado.

  3. Fiscalização constante: Sem o alvará, a farmácia pode ser multada ou interditada pela vigilância sanitária.

  4. Credibilidade no mercado: Farmácias sem alvará podem ser impedidas de firmar contratos com laboratórios, fornecedores e convênios.

  5. Obrigatoriedade em outras licenças: Para conseguir autorizações complementares, como o cadastro no SNGPC (Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados), o alvará é indispensável.

Documentos necessários para solicitar o alvará de vigilância sanitária

A lista pode variar conforme o município, mas em geral, os principais documentos exigidos para farmácias são:

  • Requerimento padrão do órgão de vigilância sanitária local;

  • Contrato social ou requerimento de empresário individual registrado na Junta Comercial;

  • CNPJ ativo e atualizado;

  • Inscrição estadual (quando aplicável);

  • Alvará de localização e funcionamento expedido pela prefeitura;

  • Registro do responsável técnico no Conselho Regional de Farmácia (CRF);

  • Comprovante de vínculo do farmacêutico com a empresa (contrato de trabalho ou prestação de serviços);

  • Planta baixa do estabelecimento aprovada pelos órgãos competentes;

  • Laudo do Corpo de Bombeiros, atestando a segurança contra incêndios;

  • Certificado de limpeza e controle de pragas;

  • Outros documentos específicos que a vigilância local pode solicitar.

É importante lembrar que a farmácia deve ter um farmacêutico responsável técnico presente durante todo o horário de funcionamento, exigência fiscalizada tanto pelo CRF quanto pela vigilância sanitária.

Estrutura física exigida para obter o alvará

Além dos documentos, a farmácia precisa estar adequada às normas sanitárias e estruturais para conseguir o alvará. Alguns requisitos básicos incluem:

  • Ambiente limpo, ventilado e organizado;

  • Espaço separado para estoque de medicamentos;

  • Área de dispensação adequada para atendimento ao público;

  • Condições apropriadas de iluminação;

  • Controle de temperatura e umidade para armazenamento de remédios;

  • Local adequado para descarte de resíduos, conforme normas ambientais;

  • Acessibilidade para pessoas com deficiência, de acordo com a legislação.

Farmácias de manipulação possuem exigências adicionais, como laboratórios específicos para preparo de fórmulas e controle rigoroso de qualidade.

Passo a passo para obter o alvará de vigilância sanitária

Agora que você já sabe os documentos e condições necessárias, veja o passo a passo para conseguir o alvará:

1.Formalize a abertura da farmácia: Antes de solicitar o alvará, é preciso ter o CNPJ, o alvará de funcionamento da prefeitura e o registro do contrato social.

2.Contrate um farmacêutico responsável técnico: Nenhuma farmácia pode funcionar sem a presença de um profissional habilitado. Ele deve estar inscrito no CRF e vinculado ao estabelecimento.

3.Adeque a estrutura física: Garanta que o espaço esteja em conformidade com as normas da Anvisa e da vigilância sanitária local. Isso inclui limpeza, organização, acessibilidade e áreas destinadas a estoque e atendimento.

4.Reúna a documentação exigida: Separe todos os documentos listados anteriormente, incluindo registros da empresa, vínculo do farmacêutico e laudos obrigatórios.

5.Protocole o pedido na vigilância sanitária: O processo é feito na Secretaria Municipal de Saúde ou órgão correspondente. Em alguns municípios, o protocolo pode ser online.

6.Aguarde a vistoria técnica: A vigilância sanitária realizará uma inspeção presencial na farmácia, verificando se o local cumpre todos os requisitos legais e estruturais.

7.Receba o alvará: Se não houver irregularidades, o órgão emite o alvará de vigilância sanitária, autorizando a farmácia a funcionar legalmente.

Renovação do alvará

O alvará de vigilância sanitária não é definitivo. Ele deve ser renovado anualmente ou no prazo determinado pelo município.

Durante a renovação, a farmácia passa novamente por vistoria, garantindo que continua atendendo às normas sanitárias. Se houver irregularidades, o alvará pode ser suspenso ou cancelado.

Penalidades para farmácias sem alvará

Atuar sem o alvará é um risco enorme. Entre as consequências possíveis estão:

  • Multas elevadas;

  • Interdição do estabelecimento;

  • Apreensão de medicamentos;

  • Processos administrativos e judiciais;

  • Prejuízos à imagem e credibilidade da farmácia.

Ou seja, abrir as portas sem o documento é sinônimo de problemas e pode até inviabilizar o negócio.

O papel da contabilidade especializada

A obtenção do alvará de vigilância sanitária faz parte de um conjunto de etapas burocráticas que exigem conhecimento técnico e organização. 

Uma contabilidade especializada em farmácias pode ajudar em várias frentes:

  • Orientação na escolha da natureza jurídica e regime tributário mais vantajoso;

  • Apoio na formalização da empresa junto à Receita Federal e Junta Comercial;

  • Auxílio na obtenção de licenças municipais e estaduais;

  • Acompanhamento da parte fiscal, trabalhista e previdenciária;

  • Suporte contínuo para manter a farmácia em conformidade legal e sanitária.

Com esse suporte, o empresário tem mais segurança para focar na gestão e no atendimento, enquanto a contabilidade cuida da burocracia.

Conclusão

O alvará de vigilância sanitária é um documento indispensável para o funcionamento de qualquer farmácia. Mais do que uma obrigação legal, ele representa um compromisso com a saúde pública e com a qualidade do atendimento prestado aos clientes.

Seguir o passo a passo corretamente, reunir toda a documentação e manter a estrutura adequada são pontos fundamentais para obter o alvará sem complicações. 

Além disso, contar com o apoio de uma contabilidade especializada pode tornar esse processo mais ágil, seguro e eficiente.

👉 Se você está planejando abrir uma farmácia ou precisa regularizar seu negócio, fale com a Five Consultant Contabilidade. 

Nossa equipe é especializada em empreendimentos da área da saúde e pode ajudar sua farmácia a conseguir o alvará de vigilância sanitária e manter a conformidade fiscal e contábil.

CategoriesImposto

Quando a reforma tributária entra em vigor e como se planejar

A reforma tributária é um dos assuntos mais comentados do cenário econômico brasileiro nos últimos anos. 

Depois de décadas de discussões, finalmente o país aprovou uma mudança estrutural em seu sistema de impostos, que promete simplificar a arrecadação, reduzir distorções e trazer mais transparência para empresas e consumidores.

Mas uma dúvida recorrente entre empresários e gestores é: quando a reforma tributária começa a valer na prática? 

E mais importante: o que fazer para se preparar para essa transição sem comprometer o fluxo de caixa e a regularidade fiscal do negócio?

Neste artigo preparado pela Five Consultant Contabilidade, você vai entender em detalhes os prazos de implementação da reforma, as principais mudanças previstas e as estratégias de planejamento que sua empresa deve adotar desde já para enfrentar esse novo cenário.

Linha do tempo da reforma tributária

A reforma tributária foi aprovada por meio da Emenda Constitucional nº 132/2023, regulamentada posteriormente por leis complementares em 2024 e 2025. 

No entanto, sua implementação não acontece de forma imediata, mas sim de maneira gradual, com um período de transição que vai até 2033.

Confira os principais marcos do cronograma:

  • 2026: Início da cobrança da CBS e do IBS em fase de teste, com alíquotas simbólicas de 0,9% e 0,1, respectivamente%. 
  • 2027: Começa a cobrança da CBS em sua totalidade, juntamente com a implementação do Imposto Seletivo. 
  • 2029 a 2032: A substituição do ICMS e do ISS pelo IBS ocorrerá de forma progressiva ao longo desse período. 
  • 2033: Fim da transição, PIS, COFINS, ICMS, ISS e IPI, são plenamente substituídos pelo IBS e CBS. 

Sendo assim, embora a reforma já tenha sido aprovada, a entrada em vigor será escalonada. Isso dá tempo para empresas, contadores e órgãos públicos se adaptarem às novas regras.

Quais tributos serão substituídos?

A principal mudança está na unificação de tributos sobre o consumo, que hoje são complexos e fragmentados.

  • PIS e COFINS → Serão substituídos pela CBS, de competência federal. 
  • ICMS (estadual) e ISS (municipal) → Serão substituídos pelo IBS, administrado de forma compartilhada por União, Estados e Municípios. 
  • Além disso, será criado o Imposto Seletivo (IS), que incidirá sobre produtos considerados prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, como cigarros, bebidas alcoólicas e combustíveis fósseis.

Essa simplificação é um dos maiores avanços, pois reduz a burocracia e elimina a chamada “guerra fiscal” entre estados e municípios.

Como a reforma impacta as empresas

O impacto da reforma tributária não será uniforme. Cada setor da economia poderá sentir efeitos diferentes, dependendo do tipo de atividade, da margem de lucro e da estrutura de custos.

Alguns exemplos:

  • Setor de serviços: Pode ser mais impactado, já que hoje muitos prestadores recolhem ISS com alíquotas baixas (2% a 5%) e passarão a pagar alíquotas maiores no IBS. 
  • Indústria e comércio: Tendem a ser beneficiados pela eliminação da cumulatividade, pois poderão recuperar créditos em toda a cadeia. 
  • Agronegócio: Terá regras específicas de compensação de créditos e pode ser favorecido pela exportação com isenção. 
  • E-commerce e negócios digitais: Precisarão se adaptar à nova sistemática de incidência, especialmente na prestação de serviços digitais.

Independentemente do setor, todas as empresas precisarão rever suas práticas de precificação, gestão de créditos tributários e fluxo de caixa.

O que muda no fluxo de caixa

Um dos pontos de maior atenção está na organização financeira do fluxo de caixa. Hoje, muitas empresas sofrem com o descompasso entre a geração de receitas e o pagamento de tributos.

Com a reforma, alguns mecanismos vão precisar de atenção especial, como a possibilidade de aproveitamento de créditos amplos e o split payment.

No split payment, por exemplo, parte do valor da nota fiscal será automaticamente destinado ao recolhimento de tributos, reduzindo riscos de inadimplência fiscal, mas exigindo maior organização financeira da empresa.

Como se planejar para a reforma tributária

Diante desse cenário de mudanças, o planejamento é essencial. Veja algumas estratégias que sua empresa pode adotar desde já:

1. Conte com uma contabilidade especializada

O primeiro passo é contar com uma assessoria contábil que acompanhe de perto a implementação da reforma. 

Apenas profissionais especializados conseguem interpretar corretamente a legislação e indicar a melhor forma de adaptar sua empresa.

A Five Consultant Contabilidade, por exemplo, já está preparada para orientar seus clientes durante todo o processo de transição, oferecendo simulações e análises personalizadas.

2. Faça simulações tributárias

Cada regime tributário (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real) será afetado de forma distinta. 

Por isso, é importante simular diferentes cenários de faturamento, margens de lucro e custos, para identificar qual modelo será mais vantajoso para sua empresa no médio e longo prazo.

3. Reforce o controle do fluxo de caixa

Com a chegada do split payment e das novas formas de recolhimento, a gestão de caixa precisará ser ainda mais rigorosa. 

Implementar ferramentas de BPO financeiro ou softwares de gestão pode ajudar a evitar surpresas desagradáveis.

4. Aproveite o período de transição

Até 2033, as empresas terão tempo para se adaptar. Esse período deve ser usado para testar processos, ajustar sistemas e revisar práticas contábeis. 

Na prática, quanto antes sua empresa começar, menor será o impacto que ela sentirá no futuro.

Conclusão

A reforma tributária já é uma realidade, mas sua implementação será gradual, com prazo de transição até 2033. Isso significa que as empresas têm tempo para se preparar, mas não podem deixar para a última hora.

Planejar agora é o diferencial para garantir competitividade no futuro. Revisar o regime tributário, simular cenários e organizar o fluxo de caixa são passos fundamentais para atravessar essa mudança com segurança.

A Five Consultant Contabilidade está pronta para ser sua parceira nesse processo, oferecendo orientação especializada e soluções personalizadas para que sua empresa pague apenas o necessário em impostos e se mantenha competitiva no novo cenário fiscal brasileiro.

📞 Entre em contato com nossa equipe e descubra como podemos ajudar sua empresa a se preparar para a reforma tributária com eficiência e tranquilidade.

CategoriesContabilidade para Farmácias

Reforma tributária no setor farmacêutico: como preparar sua farmácia

A reforma tributária é, sem dúvida, uma das maiores transformações do sistema fiscal brasileiro nos últimos anos. 

Com a aprovação da Emenda Constitucional 132/2023 e a regulamentação pela Lei Complementar 214/2025, farmácias e drogarias precisam estar atentas às mudanças que impactarão diretamente a forma de recolhimento de impostos, a precificação dos medicamentos e a gestão financeira.

O novo modelo prevê a substituição de tributos como PIS, COFINS, IPI, ICMS e ISS por dois novos: o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) e a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que formam o sistema de IVA Dual

Embora a promessa seja de simplificação, a realidade é que o setor farmacêutico, caracterizado por margens apertadas e alta carga tributária, precisará se adaptar rapidamente para não perder competitividade.

Neste artigo, você vai entender como a reforma afeta as farmácias, quais cuidados tomar e como se preparar para esse novo cenário tributário.

O que muda com a reforma tributária?

O atual sistema de impostos sobre consumo é considerado um dos mais complexos do mundo. A reforma busca simplificar e padronizar, mas isso significa mudanças significativas:

  • Extinção do PIS, COFINS, ICMS, ISS e IPI. 
  • Criação da CBS (federal) e do IBS (estadual/municipal). 
  • Aplicação da lógica do IVA (Imposto sobre Valor Agregado), já usada em países da Europa. 
  • Alíquota única ampla para a maioria dos produtos e serviços, com poucas exceções. 
  • Destacamento obrigatório dos impostos na nota fiscal. 
  • Split payment, sistema onde o tributo passa a ser recolhido no momento da transação, sem que o dinheiro passe integralmente pela conta da farmácia.

Na prática, isso exige novos sistemas de gestão, revisão de preços e maior rigor na organização contábil.

Impactos da reforma tributária nas farmácias

O setor farmacêutico tem características específicas que o tornam especialmente sensível às mudanças. Veja os principais impactos esperados:

1.Carga tributária sobre serviços contratados

Farmácias dependem fortemente de serviços como logística, sistemas de gestão, marketing e meios de pagamento. Atualmente, esses serviços são tributados em torno de 11% a 16%. Com a reforma, essa alíquota pode subir para cerca de 25% a 26%.

Isso significa aumento no custo operacional e necessidade de repensar a precificação dos medicamentos e produtos de perfumaria.

2.Destacamento dos tributos na nota

Os novos impostos serão destacados de forma mais clara nas notas fiscais, o que pode gerar maior sensibilidade de preço por parte dos consumidores. 

Para um setor em que o cliente compara valores facilmente, qualquer percepção de aumento pode afetar as vendas.

As farmácias precisarão trabalhar com estratégias comerciais e de comunicação para mostrar o valor agregado de seus serviços, como atendimento qualificado, conveniência e programas de fidelidade.

3.Split payment e o fluxo de caixa

O split payment será uma das mudanças mais desafiadoras. Atualmente, a farmácia recebe o valor integral da venda e depois recolhe os tributos. 

Com a reforma, o imposto será retido automaticamente no pagamento e repassado ao governo.

Isso pode reduzir a previsibilidade de caixa e exigir planejamento financeiro ainda mais rigoroso, já que a farmácia terá acesso apenas ao valor líquido da venda.

4.Aproveitamento de créditos tributários

No modelo de IVA, as farmácias terão direito a créditos sobre impostos pagos em suas compras. 

Porém, para aproveitá-los, é essencial que todos os fornecedores emitam notas fiscais corretas e que as despesas da farmácia estejam devidamente registradas no CNPJ.

Sem esse cuidado, a empresa pode perder créditos importantes e pagar mais tributos do que deveria.

5.Medicamentos e alíquotas diferenciadas

O governo já sinalizou que medicamentos podem ter tratamento tributário diferenciado dentro do IVA, com possibilidade de alíquota reduzida em relação a outros produtos. 

Contudo, ainda haverá regras específicas para definir quais categorias de medicamentos se beneficiarão.

Na prática, isso exigirá atenção constante à legislação e uma contabilidade especializada para aplicar corretamente os benefícios fiscais e evitar autuações.

Como preparar sua farmácia para a reforma tributária

Diante desse novo cenário, farmácias que se anteciparem terão vantagens competitivas. Veja as principais estratégias:

1.Revisar o cadastro fiscal dos produtos

Cada medicamento ou produto precisa estar corretamente classificado no sistema com NCM atualizado. Um erro na classificação pode gerar tributação incorreta ou perda de créditos.

Investir na revisão do cadastro fiscal é um dos primeiros passos para se adequar à reforma.

2.Fortalecer o controle financeiro

Com o split payment, a gestão do fluxo de caixa será ainda mais crítica. É fundamental:

  • Ter projeções financeiras detalhadas. 
  • Acompanhar diariamente entradas e saídas. 
  • Manter reservas de emergência para períodos de menor faturamento. 
  • Usar ferramentas de conciliação bancária integradas.

3.Formalizar todas as despesas

Para não perder créditos tributários, todas as despesas precisam estar vinculadas ao CNPJ da farmácia e acompanhadas de nota fiscal. Misturar contas pessoais com empresariais pode custar caro nesse novo cenário.

Além disso, sistemas de gestão financeira e contábil integrados serão fundamentais para lidar com as novas exigências. 

O sistema precisa ser capaz de emitir notas fiscais já adaptadas ao IBS e CBS, controlar créditos tributários e gerar relatórios confiáveis para o contador.

4.Avaliar o regime tributário

A reforma pode alterar a atratividade dos regimes atuais, como o Simples Nacional e o Lucro Presumido

Algumas farmácias poderão se beneficiar do chamado Simples Híbrido, em que permanecem no Simples, mas destacam IBS e CBS separadamente.

Uma análise criteriosa, junto à contabilidade, ajudará a identificar a melhor estrutura tributária para cada caso.

5.Contar com assessoria contábil especializada no setor farmacêutico

A complexidade da tributação sobre medicamentos e o impacto da reforma exigem o suporte de profissionais com experiência no setor. 

Uma contabilidade especializada ajuda a:

  • Garantir conformidade fiscal. 
  • Aproveitar alíquotas reduzidas e benefícios fiscais. 
  • Planejar a precificação e o fluxo de caixa. 
  • Evitar autuações e multas.

Cronograma da reforma: quando sua farmácia será afetada

A implementação será gradual, o que dá tempo para se adaptar:

  • 2026: Início das alíquotas-teste (CBS 0,9% e IBS 0,1%), sem recolhimento efetivo, mas com obrigatoriedade de destaque nas notas fiscais. 
  • 2027: Extinção de PIS e Cofins, entrada da CBS com alíquota cheia e início do split payment. 
  • 2029: Entrada gradual do IBS, substituindo ICMS e ISS. 
  • 2033: Finalização do processo de transição entre formatos de tributação.

Conclusão

A reforma tributária no setor farmacêutico representa um grande desafio, mas também uma oportunidade. Farmácias que se anteciparem, organizarem seus processos e contarem com o apoio de uma contabilidade especializada terão condições de se adaptar sem prejuízos e até de ganhar competitividade.

A preparação envolve desde a revisão de cadastros fiscais até a modernização da gestão de caixa e a análise do melhor regime tributário.

Na Five Consultant Contabilidade, somos especialistas em apoiar farmácias e drogarias na adequação às novas regras fiscais e no fortalecimento da gestão financeira. 

Se você deseja preparar sua farmácia para a reforma tributária e garantir segurança e lucratividade, fale com nossos especialistas.

👉 Entre em contato com a Five Consultant Contabilidade e descubra como podemos ajudar sua farmácia a crescer com segurança no novo cenário tributário.

CategoriesContabilidade para indústrias

Quais os impactos da reforma tributária na indústria?

A reforma tributária é um dos temas mais discutidos no cenário econômico brasileiro nos últimos anos. 

O objetivo principal é simplificar o sistema atual, considerado complexo e oneroso, ao substituir uma série de tributos federais, estaduais e municipais por um modelo mais moderno e alinhado com práticas internacionais.

Mas a grande pergunta que surge é: como essas mudanças vão impactar a indústria, um dos setores mais relevantes da economia brasileira e também um dos mais prejudicados pela carga tributária atual?

Neste artigo da Five Consultant Contabilidade, você vai entender os principais pontos da reforma, o que muda na tributação da indústria e quais os desafios e oportunidades para o setor

Panorama atual da tributação da indústria

Hoje, a indústria convive com um sistema tributário fragmentado e de difícil gestão. Entre os principais impostos e contribuições incidentes sobre a produção estão:

  • IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados): De competência federal, incide sobre produtos industrializados. 
  • ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços): De competência estadual, com alíquotas que variam conforme o estado e o produto. 
  • PIS e Cofins: Contribuições federais que incidem sobre o faturamento, com regimes cumulativo e não cumulativo. 
  • ISS (Imposto Sobre Serviços): De competência municipal, relevante quando a indústria presta serviços específicos.

Esse conjunto de tributos gera uma série de problemas:

  • Cumulatividade de impostos, que aumenta artificialmente o preço final dos produtos; 
  • Complexidade na apuração e no cumprimento das obrigações acessórias, exigindo forte aparato contábil e fiscal; 
  • Guerra fiscal entre estados, em função dos benefícios de ICMS; 
  • Insegurança jurídica, já que interpretações diferentes levam a frequentes disputas judiciais.

Não é exagero dizer que, atualmente, a indústria brasileira compete em desvantagem tanto no mercado interno quanto no cenário internacional devido à elevada carga tributária.

O que muda com a reforma tributária?

A proposta da reforma tributária prevê a unificação de tributos em um modelo de IVA (Imposto sobre Valor Adicionado), prática já adotada em diversos países.

No Brasil, ele será dividido em duas frentes:

  • CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços): De competência federal, substituindo PIS, Cofins e IPI. 
  • IBS (Imposto sobre Bens e Serviços): De competência compartilhada entre estados e municípios, substituindo ICMS e ISS.

Além disso, haverá um Imposto Seletivo, aplicado a produtos que geram impacto negativo à saúde ou ao meio ambiente, como cigarros e bebidas alcoólicas.

Principais mudanças que afetam a indústria:

  1. Fim da cumulatividade: O crédito tributário passa a ser garantido em todas as etapas da cadeia, reduzindo o efeito cascata. 
  2. Unificação das regras: CBS e IBS terão legislação uniforme, eliminando divergências de ICMS entre estados. 
  3. Tributação no destino: Os tributos serão cobrados no local de consumo, e não de origem, reduzindo a guerra fiscal. 
  4. Transição gradual: Haverá um período de adaptação, previsto para até 2033, com redução progressiva dos tributos antigos.

Impactos positivos para a indústria

Apesar das dúvidas e resistências iniciais, a reforma traz diversos potenciais benefícios para a indústria:

1.Redução da cumulatividade: Hoje, muitos insumos acabam sofrendo bitributação, pois nem sempre geram crédito fiscal. Com o IVA, todo imposto pago em etapas anteriores poderá ser compensado, reduzindo o custo de produção.

2.Maior competitividade: A indústria nacional terá condições mais justas de competir com produtos importados, já que o sistema simplificado reduz distorções tributárias.

3.Simplificação tributária: O setor industrial, que lida com grande variedade de produtos e tributações, terá uma rotina contábil mais simples, com menos declarações e regras unificadas.

4.Segurança jurídica: Com regras padronizadas e claras, a indústria tende a reduzir disputas judiciais e interpretações divergentes.

5.Estímulo a investimentos: A previsibilidade tributária é um fator essencial para atrair novos investimentos, tanto nacionais quanto estrangeiros, especialmente em setores de base como automotivo, siderúrgico, químico e têxtil.

Impactos negativos e desafios

Por outro lado, a reforma também traz desafios e riscos para a indústria, que precisam ser considerados:

1.Aumento da alíquota efetiva: Para manter a carga tributária estável, a alíquota do novo IVA pode ser elevada. Há estimativas de que ela fique entre 25% e 27%, o que preocupa segmentos industriais com margens menores.

2.Setores mais afetados: Indústrias de bens de consumo populares, que não terão benefícios fiscais significativos, podem sentir maior pressão sobre custos e preços.

3.Transição complexa: Apesar de prevista, a fase de transição exigirá adaptação tecnológica e contábil para conviver com dois sistemas em paralelo (o antigo e o novo).

4.Fim de benefícios fiscais estaduais: Muitos estados utilizam a concessão de incentivos de ICMS como estratégia de atração de indústrias. Com a tributação no destino, esses benefícios perderão força, exigindo que empresas reavaliem sua estratégia de localização.

5.Setores específicos com mais tributação: Produtos como bebidas, cigarros e itens considerados prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente pagarão o Imposto Seletivo, o que pode aumentar o custo final ao consumidor.

Como a indústria deve se preparar?

Diante desse cenário, não basta esperar a implementação da reforma. As empresas industriais precisam se preparar desde já.

  • Revisão do planejamento tributário

É fundamental simular os impactos da nova tributação no faturamento e nos custos de produção.

  • Adequação de sistemas contábeis e fiscais

A transição exigirá que os sistemas ERP e softwares fiscais sejam adaptados para atender às novas regras.

  • Gestão eficiente de créditos

A nova sistemática dará ainda mais importância ao controle de créditos tributários, que poderá ser usado como diferencial competitivo.

  • Avaliação da cadeia produtiva

Empresas precisam mapear todos os fornecedores e parceiros para entender como os custos serão impactados em cada elo da cadeia.

  • Apoio especializado

Contar com uma contabilidade consultiva será essencial para interpretar a legislação, planejar estratégias e evitar riscos de autuações.

Conclusão

A reforma tributária representa uma transformação histórica no sistema fiscal brasileiro e terá profundos impactos na indústria.

Se, por um lado, ela promete simplificação, redução da cumulatividade e maior competitividade, por outro impõe desafios relevantes, como a possibilidade de aumento de carga em determinados segmentos e o fim dos incentivos estaduais.

A boa notícia é que, com planejamento tributário e acompanhamento especializado, a indústria pode não apenas se adaptar, mas aproveitar a reforma como uma oportunidade para crescer e se modernizar.

Na Five Consultant Contabilidade, ajudamos empresas industriais a enfrentar as mudanças tributárias com segurança e eficiência, elaborando estratégias personalizadas que reduzem custos e garantem conformidade legal.

📌 Quer entender como a reforma tributária vai impactar a sua indústria?

Entre em contato com a nossa equipe e descubra como podemos preparar o seu negócio para essa nova realidade.

CategoriesImposto

Quando a reforma tributária entra em vigor e quais serão as alíquotas?

A reforma tributária é considerada a maior mudança no sistema de impostos do Brasil nas últimas décadas.

Seu objetivo é simplificar a cobrança de tributos sobre o consumo, substituir impostos atuais por novos e reduzir distorções que afetam a competitividade das empresas.

Mas afinal, quando ela começa a valer na prática? E, talvez o ponto mais importante para empresários e profissionais liberais: quais serão as alíquotas a serem pagas?

Neste artigo, vamos explicar de forma clara o cronograma de implementação, as fases de transição e como funcionará a definição das alíquotas no novo modelo tributário.

O que muda com a reforma tributária

A principal mudança é a unificação de cinco tributos sobre o consumo:

  • PIS e Cofins (federais)
  • ICMS (estadual)
  • ISS (municipal)
  • IPI (federal, com exceções)

Eles serão substituídos por dois novos impostos no modelo de IVA Dual (Imposto sobre Valor Agregado):

  • CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) – federal
  • IBS (Imposto sobre Bens e Serviços) – estadual e municipal

Além disso, será criado o Imposto Seletivo (IS), que incidirá sobre produtos e serviços prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, como cigarro, bebidas alcoólicas e extração mineral.

Quando a reforma tributária entra em vigor

A implementação será gradual, em fases, para que empresas e governos se adaptem às mudanças.

Fase 1 – Período de teste (2026): A partir de 1º de janeiro de 2026, começam a ser cobradas alíquotas simbólicas apenas para teste:

    • CBS: 0,9%
    • IBS: 0,1%

Essa cobrança será compensada com tributos atuais (PIS/Pasep e Cofins) ou poderá ser ressarcida. O objetivo é testar sistemas e ajustar procedimentos antes da substituição total.

Fase 2 – Substituição parcial (2027): O PIS/Pasep e Cofins deixam de existir.

Nesta fase, a CBS passa a ser cobrada em sua alíquota definitiva (com redução temporária de 0,1%). O IPI será reduzido a zero, exceto em produtos específicos (como os da Zona Franca de Manaus).

Além disso, teremos o início do Imposto Seletivo sobre determinados produtos e serviços.

Fase 3 – Transição do ICMS e ISS para IBS (2029 a 2032): O ICMS (estadual) e ISS (municipal) começam a ser reduzidos gradualmente:

    • 2029: redução de 90%
    • 2030: redução de 80%
    • 2031: redução de 70%
    • 2032: redução de 60% 

Simultaneamente, a alíquota do IBS será aumentada para compensar a queda de arrecadação dos entes federativos.

Fase 4 – Novo sistema completo (2033): Nesta fase, teremos o fim definitivo do ICMS e ISS. Sendo assim, as alíquotas de IBS e CBS passam a ser  cobradas de forma estável.

Quais serão as alíquotas no novo sistema

Uma das principais dúvidas de empresários é: quanto vou pagar de imposto com a reforma tributária?

A resposta é: depende do setor, do produto ou serviço e do ente federativo.

Isso porque, no novo modelo, cada esfera de governo poderá definir suas próprias alíquotas de referência (dentro de regras estabelecidas), o que significa que o percentual pode variar de estado para estado e de cidade para cidade.

Alíquota de referência

Durante o período de transição, o Senado Federal definirá uma alíquota de referência nacional com o objetivo de manter a carga tributária atual.

  • Essa alíquota servirá como base de cálculo para CBS (federal) e IBS (estadual/municipal).
  • Os estados e municípios poderão adotar valores diferentes da referência, respeitando limites constitucionais.

Projeções do governo

Estudos apresentados indicam que a alíquota padrão do IVA Dual (CBS + IBS) poderá ficar em torno de 26,5% para a maioria dos bens e serviços. Esse percentual é composto por:

  • CBS: aproximadamente 8,8%
  • IBS: aproximadamente 17,7%

Porém, haverá fatores redutores para determinados setores, como saúde, educação e transporte coletivo, o que diminuirá o peso do imposto para essas atividades.

Exemplos de alíquotas com fator redutor

O texto da Lei Complementar nº 214/2025 traz exemplos claros de como setores estratégicos terão redução:

  • Serviços médicos e hospitalares: Fator redutor de 60% (alíquota final de 10,6%)
  • Educação: Fator redutor de 60% (alíquota final de 10,6%)
  • Profissionais liberais regulamentados (como contadores, advogados e engenheiros): Fator redutor de 30% (alíquota final de 18,55%)
  • Alimentos da cesta básica nacional: Isenção total (alíquota zero)

Esses percentuais resultam da aplicação do fator redutor sobre a alíquota padrão do IVA Dual.

Como será a cobrança

O novo modelo adota a tributação no destino, ou seja, o imposto será recolhido no local onde o bem ou serviço é consumido, e não onde é produzido. 

Na prática, isso muda a lógica atual, em que empresas escolhem onde se instalar buscando benefícios fiscais, e tende a reduzir a guerra fiscal entre estados.

Outra mudança importante é que o cálculo será feito “por fora”, ou seja, o valor do imposto não será incorporado ao preço para compor nova base de cálculo — tornando a cobrança mais transparente.

O que empresas precisam fazer agora

Mesmo que a cobrança plena do novo sistema só ocorra a partir de 2033, as empresas devem começar a se preparar já em 2025 e 2026, para evitar impactos negativos.

Passos recomendados:

  1. Mapear operações: Entender quais produtos e serviços terão fator redutor e quais ficarão na alíquota cheia.
  2. Ajustar sistemas: Garantir que o ERP e as ferramentas fiscais estejam adaptados ao novo modelo.
  3. Capacitar a equipe: Treinar colaboradores da área fiscal, contábil e de faturamento.
  4. Acompanhar regulamentações: Estados e municípios ainda vão definir regras próprias para o IBS.
  5. Planejar o caixa: Considerar que, em alguns setores, a alíquota efetiva poderá aumentar.

Conclusão

A reforma tributária começa oficialmente em 2026, mas de forma simbólica, com alíquotas mínimas apenas para teste. O sistema completo entrará em vigor em 2033, com a extinção de ICMS e ISS e a aplicação plena do IVA Dual (CBS + IBS).

A alíquota padrão deve girar em torno de 26,5%, mas setores como saúde, educação e profissionais liberais terão redução por meio de fatores redutores.

Empresários e profissionais devem aproveitar o período de transição para se adaptar gradualmente, revisar processos e investir em tecnologia e capacitação, garantindo que o impacto seja o menor possível.

📊 A Five Consultant Contabilidade acompanha de perto todas as mudanças e está pronta para ajudar sua empresa a entender as novas regras, identificar oportunidades de economia e manter a conformidade fiscal no novo cenário. 

Entre em contato e prepare-se com segurança para a Reforma Tributária!

CategoriesImposto

O que é IBS e CBS na reforma tributária?

A reforma tributária aprovada no Brasil trouxe mudanças estruturais no sistema de impostos, e duas siglas ganharam destaque nesse novo cenário: IBS e CBS

Esses dois tributos substituirão vários impostos atuais, simplificando a cobrança e buscando mais transparência na tributação.

Para empresários, profissionais liberais e investidores, entender como o IBS e a CBS funcionarão é essencial para planejar as finanças e evitar surpresas na carga tributária.

Neste artigo, vamos explicar em detalhes o que significam essas siglas, como serão aplicadas, quais impostos elas substituem, quais os impactos para as empresas e quais estratégias podem ajudar a se adaptar à nova realidade.

O que é o IBS?

O IBS significa Imposto sobre Bens e Serviços. Ele será um tributo de competência compartilhada entre estados e municípios, criado para unificar dois impostos atualmente existentes:

  • ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços): Cobrado pelos estados.

  • ISS (Imposto sobre Serviços): Cobrado pelos municípios.

Com o IBS, a cobrança será nacional e padronizada, acabando com as diferenças de alíquotas e regras entre estados e cidades. Isso deve reduzir disputas tributárias, simplificar a vida das empresas e tornar a arrecadação mais previsível.

A principal característica do IBS será o modelo de cobrança no destino. Sendo assim, o imposto será recolhido no local onde o bem ou serviço é consumido, e não mais onde é produzido. Essa mudança busca corrigir distorções que beneficiavam estados produtores em detrimento de estados consumidores.

O que é a CBS?

A CBS significa Contribuição sobre Bens e Serviços e será um imposto federal, substituindo:

  • PIS (Programa de Integração Social).

  • COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social).

Assim como o IBS, a CBS seguirá o modelo de IVA (Imposto sobre Valor Agregado), permitindo o aproveitamento de créditos tributários ao longo da cadeia produtiva. 

Na prática, isso significa que empresas poderão abater o imposto pago na compra de insumos do valor a ser recolhido sobre suas vendas, evitando a chamada cumulatividade tributária.

A CBS também terá cobrança no destino e seguirá alíquotas uniformes, o que deve facilitar o cálculo e reduzir interpretações divergentes que hoje geram litígios.

Por que o IBS e a CBS foram criados?

O sistema tributário brasileiro é conhecido por sua complexidade e alta carga burocrática

Com inúmeros impostos sobre o consumo, diferentes legislações estaduais e municipais, e um emaranhado de regras para cálculo e recolhimento, as empresas gastam tempo e recursos excessivos apenas para cumprir obrigações fiscais.

O IBS e a CBS foram criados com três grandes objetivos:

  1. Simplificação tributária: Menos impostos, com regras unificadas e procedimentos padronizados.

  2. Neutralidade: A tributação será igual para diferentes setores, evitando distorções e favorecimentos.

  3. Transparência: Com alíquotas claras e cobrança no destino, será mais fácil para o contribuinte entender quanto está pagando de imposto.

Como será a transição para IBS e CBS?

A implementação do IBS e da CBS será gradual, com um período de transição para que empresas, governos e consumidores se adaptem.

O cronograma previsto é o seguinte:

  • 2026: Início da cobrança da CBS, substituindo PIS e Cofins.

  • 2027: IBS começa a ser cobrado de forma parcial, em coexistência com ICMS e ISS.

  • 2032: Extinção completa de ICMS, ISS, PIS e Cofins, ficando apenas IBS e CBS como tributos sobre o consumo.

Durante o período de transição, as alíquotas serão ajustadas progressivamente até atingir o valor definitivo.

Regimes diferenciados e exceções no IBS e CBS

Embora o objetivo da reforma seja padronizar as alíquotas, a lei prevê regimes diferenciados para alguns setores e produtos essenciais. Entre eles:

  • Cesta básica nacional de alimentos: Isenção ou alíquota zero.

  • Serviços de saúde, educação e transporte coletivo: Redução de alíquota.

  • Produtos culturais e jornalísticos: Possíveis incentivos fiscais.

  • Zona Franca de Manaus: Manutenção de benefícios regionais.

Essas exceções têm como objetivo evitar aumento abrupto de preços e garantir acesso a bens e serviços essenciais para a população.

Impacto do IBS e CBS nas empresas

O impacto para as empresas dependerá de fatores como setor de atuação, regime tributário e perfil de clientes. De forma geral, podemos destacar:

  • Mais simplicidade no cálculo e recolhimento, especialmente para empresas que atuam em mais de um estado.

  • Maior transparência na carga tributária, com alíquotas explícitas na nota fiscal.

  • Possibilidade de crédito amplo, reduzindo a cumulatividade de impostos.

  • Necessidade de adaptação nos sistemas de gestão e ERP para atender às novas exigências.

  • Ajuste de preços para refletir a nova carga tributária e evitar perdas de competitividade.

Empresas que vendem para outras empresas poderão se beneficiar mais do sistema de créditos do IVA, enquanto negócios voltados ao consumidor final precisarão avaliar estratégias para manter margens sem perder clientes.

IBS e CBS para empresas do Simples Nacional

O Simples Nacional continuará existindo após a reforma, mas com novidades. As micro e pequenas empresas terão a opção de:

  1. Incluir IBS e CBS dentro da guia única do Simples Nacional, como é feito hoje.

  2. Recolher IBS e CBS separadamente, aproveitando créditos tributários.

A escolha exigirá análise cuidadosa, pois o modelo separado pode ser vantajoso para empresas que vendem para outras pessoas jurídicas, mas desnecessário para negócios que atendem apenas consumidores finais.

Estratégias para se preparar

Para se adaptar ao novo cenário tributário, as empresas podem adotar algumas estratégias desde já:

  • Atualizar sistemas fiscais e contábeis para as novas exigências.

  • Revisar o planejamento tributário considerando a possibilidade de créditos mais amplos.

  • Treinar equipes internas para lidar com as mudanças.

  • Simular cenários para definir a melhor forma de recolhimento no Simples Nacional.

  • Buscar assessoria contábil especializada para acompanhar a transição.

Conclusão

O IBS e a CBS representam uma mudança profunda no sistema tributário brasileiro, com o objetivo de simplificar, trazer mais transparência e reduzir distorções na cobrança de impostos sobre o consumo.

Embora o período de transição exija ajustes operacionais e estratégicos, o novo modelo pode beneficiar empresas que se prepararem com antecedência, aproveitando créditos tributários e ganhando eficiência fiscal.

Na Five Consultant Contabilidade, acompanhamos de perto cada etapa da reforma e ajudamos nossos clientes a entender o impacto das mudanças em seu negócio, garantindo que estejam prontos para aproveitar as oportunidades e minimizar riscos.