CategoriesContabilidade para indústrias

Formação de preço de venda na indústria: como garantir lucratividade e competitividade

A formação de preço de venda na indústria é uma etapa estratégica que pode determinar o sucesso ou o fracasso de um negócio. Preços mal calculados podem gerar prejuízos silenciosos, perda de competitividade e até comprometer a continuidade da empresa.

Ao contrário do comércio, onde há uma margem mais direta sobre a revenda, a indústria precisa considerar custos de produção, despesas operacionais, impostos, margem de lucro e ainda analisar o mercado e a concorrência para precificar corretamente seus produtos.

Neste artigo, vamos explicar como funciona o processo de formação de preços na indústria, quais fatores devem ser considerados e como evitar erros comuns. Se você é dono ou gestor de uma empresa industrial, acompanhe este conteúdo até o final!

Por que a formação de preço é tão importante na indústria?

Na indústria, o preço de venda não pode ser definido apenas com base no “achismo” ou na intuição do empresário.

É preciso embasamento técnico e contábil, pois cada produto fabricado carrega uma estrutura complexa de custos que varia conforme:

  • O tipo de matéria-prima

  • O tempo de produção

  • A quantidade de mão de obra envolvida

  • O uso de máquinas e insumos

  • Os tributos incidentes

  • Os canais de distribuição

Uma formação de preço incorreta pode gerar dois cenários:

  • Preço abaixo do ideal: prejuízo por vender com margem negativa ou muito baixa.

  • Preço acima do mercado: perda de competitividade e queda nas vendas.

Por isso, uma boa precificação garante não só lucratividade, mas também equilíbrio financeiro, planejamento tributário eficiente e vantagem competitiva.

Etapas da formação de preço de venda na indústria

Vamos detalhar agora os principais elementos que compõem o preço de venda de um produto industrializado:

1. Custo de produção

O custo de produção é o ponto de partida. Envolve todos os gastos necessários para fabricar o produto.

Custos diretos:

  • Matéria-prima

  • Embalagens

  • Mão de obra direta (operários que atuam diretamente na produção)

Custos indiretos:

  • Energia elétrica

  • Água

  • Manutenção de máquinas

  • Depreciação de equipamentos

  • Supervisão de produção

O ideal é usar uma ficha técnica de produção para cada produto, detalhando os materiais utilizados, tempos de processo e custos de cada etapa. Isso permite calcular o custo unitário de forma precisa.

2. Despesas operacionais

São os custos da estrutura administrativa e comercial da empresa, que não estão diretamente ligados à fabricação, mas fazem parte da operação como um todo. Exemplos:

  • Salários administrativos

  • Contabilidade

  • Marketing e vendas

  • Logística e transporte

  • Aluguéis e serviços de escritório

Essas despesas devem ser rateadas proporcionalmente entre os produtos, com base em critérios como volume de produção ou faturamento.

3. Tributos incidentes

A indústria está sujeita a diversos tributos, que variam conforme o regime tributário adotado:

  • Simples Nacional: alíquota unificada, com base no faturamento e CNAE da empresa.

  • Lucro Presumido: PIS (0,65%), Cofins (3%), IRPJ (8%), CSLL (12%) aplicados sobre uma base presumida.

  • Lucro Real: alíquotas aplicadas sobre o lucro efetivo, com maior detalhamento e controle.

Também é necessário considerar o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que impacta diretamente o preço de venda interestadual.

💡 Dica: o planejamento tributário deve ser feito junto a um contador para simular a carga tributária ideal e reduzir o impacto fiscal nos preços.

4. Margem de lucro desejada

Após levantar todos os custos e despesas, o próximo passo é definir qual será a margem de lucro desejada. Essa margem pode variar conforme:

  • Valor agregado do produto

  • Posicionamento da marca

  • Volume de vendas

  • Concorrência

  • Objetivos financeiros da empresa

A margem é aplicada sobre o custo total para definir o preço final de venda.

Fórmula básica:

Preço de Venda = (Custo Total) ÷ (1 – Margem de Lucro)

Por exemplo:

  • Custo Total: R$ 80

  • Margem desejada: 30% → 0,30

  • Preço de Venda = R$ 80 ÷ (1 – 0,30) = R$ 114,29

Exemplo prático de formação de preço na indústria

Imagine uma empresa que fabrica mesas de escritório. Veja o exemplo para um modelo específico:

Custo Direto:

  • Madeira MDF: R$ 60

  • Parafusos e ferragens: R$ 10

  • Mão de obra direta: R$ 25

Custo Indireto (rateado): R$ 15
Despesas operacionais (rateadas): R$ 10
Tributos (Simples Nacional – 8%): será considerado após a margem.

Custo Total: R$ 60 + 10 + 25 + 15 + 10 = R$ 120

Margem de Lucro desejada: 25%
Preço sem impostos: R$ 120 ÷ (1 – 0,25) = R$ 160

Imposto (8%): R$ 12,80
Preço final de venda: R$ 160 + R$ 12,80 = R$ 172,80

Erros mais comuns na precificação industrial

Mesmo com fórmulas e planilhas, muitos empresários ainda cometem erros que afetam a lucratividade. Os principais são:

❌ Não considerar todos os custos

Alguns custos indiretos, como manutenção, depreciação e perdas, são negligenciados. Isso reduz a precisão do custo total e leva a margens ilusórias.

❌ Aplicar margem de lucro arbitrária

A margem precisa ser compatível com o mercado e com a realidade da empresa. Margens muito altas podem inviabilizar as vendas.

❌ Ignorar a carga tributária

Impostos não calculados corretamente geram surpresas no caixa e prejudicam o capital de giro.

❌ Copiar o preço da concorrência

Concorrentes podem ter custos diferentes, operar em outro regime tributário ou vender produtos com características diferentes. Copiar o preço sem análise pode gerar prejuízos.

❌ Não revisar os preços periodicamente

Com a inflação, variação cambial e mudanças na demanda, os custos de produção e o mercado mudam com frequência. Os preços devem ser revistos regularmente.

Como a contabilidade pode ajudar na formação de preços?

Uma contabilidade consultiva é fundamental para garantir uma formação de preços correta e sustentável. Veja como a Five Consultant Contabilidade pode ajudar sua indústria:

✅ Elaboração de fichas técnicas e mapeamento de custos
✅ Simulações de margem de lucro e impactos tributários
✅ Acompanhamento de fluxo de caixa e ponto de equilíbrio
✅ Planejamento tributário e escolha do regime mais vantajoso
✅ Revisão periódica da estrutura de custos e precificação

Conclusão: preço bem calculado é sinônimo de rentabilidade

A formação de preço de venda na indústria não pode ser tratada de forma superficial. É preciso conhecer a fundo os custos, tributos e margens para garantir que cada produto gere lucro real.

Além disso, a gestão precisa acompanhar de perto a evolução desses fatores, ajustando preços sempre que necessário para manter a empresa competitiva e financeiramente saudável.

Se você precisa de apoio especializado para precificar corretamente seus produtos industriais, conte com a Five Consultant Contabilidade.

Nosso time possui experiência em contabilidade industrial e pode ajudar sua empresa a crescer com segurança.

📞 Entre em contato agora mesmo e solicite uma consultoria!

CategoriesContabilidade para indústrias

Créditos de ICMS e PIS/Cofins: como recuperar impostos na indústria

A recuperação de créditos tributários tornou-se uma ferramenta estratégica para melhorar o fluxo de caixa, reduzir custos e aumentar a competitividade das indústrias

Entre os principais tributos passíveis de recuperação estão o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e as contribuições de PIS e Cofins.

Empresas industriais que conhecem seus direitos e mantêm uma boa estrutura contábil conseguem identificar créditos acumulados, utilizar esses valores para compensar tributos futuros ou até mesmo pleitear restituições em dinheiro.

No entanto, muitos empresários ainda desconhecem os mecanismos legais que permitem essa recuperação ou deixam de aproveitar oportunidades por falta de organização fiscal.

Neste artigo, a equipe da Five Consultant Contabilidade explica como funciona a recuperação de créditos de ICMS e PIS/Cofins na indústria, quem pode se beneficiar, quais são os principais cuidados e como colocar isso em prática com segurança jurídica.

O que são créditos tributários?

No regime não cumulativo, adotado tanto para o ICMS quanto para o PIS e a Cofins, os contribuintes têm direito a se creditar dos tributos pagos na etapa anterior da cadeia produtiva.

Em outras palavras, o valor do imposto embutido nas compras pode ser abatido do imposto devido sobre as vendas.

Esse mecanismo visa evitar a bitributação e garantir que o tributo incida apenas sobre o valor agregado em cada etapa da cadeia.

Exemplo prático:

Uma indústria compra matéria-prima pagando R$ 1.000, com R$ 180 de ICMS destacado na nota. Ao vender o produto final por R$ 2.500, gera ICMS de R$ 450. Com isso, ela compensa os R$ 180 pagos e recolhe apenas a diferença: R$ 270.

Esse mesmo raciocínio se aplica ao PIS e à Cofins no regime não cumulativo, respeitando regras e exceções específicas de cada legislação.

Quais empresas podem aproveitar créditos de ICMS e PIS/Cofins?

✔️ Créditos de ICMS: Podem ser apropriados por empresas contribuintes do ICMS, como:

  • Indústrias de transformação;

  • Atacadistas e distribuidores;

  • Prestadores de serviços de transporte e energia.

As empresas optantes pelo Simples Nacional não se aproveitam do crédito de ICMS da mesma forma, pois estão em regime tributário diferenciado e cumulativo.

✔️ Créditos de PIS e Cofins: Podem ser aproveitados por empresas tributadas no Lucro Real, obrigadas a apurar as contribuições no regime não cumulativo.

Empresas no Lucro Presumido ou Simples Nacional não têm esse direito, pois recolhem os tributos de forma cumulativa.

Na indústria, a maioria das empresas de médio e grande porte está enquadrada no Lucro Real, tornando-se elegível à recuperação dos créditos.

Créditos de ICMS na indústria: o que pode ser aproveitado?

O ICMS permite crédito de diversas despesas e aquisições, desde que estejam vinculadas à atividade-fim da empresa. Os principais exemplos incluem:

✅ Matérias-primas, insumos e produtos intermediários: Tudo que for consumido diretamente na produção dá direito a crédito.

✅ Energia elétrica: Quando utilizada na produção industrial, a energia dá direito a crédito integral do ICMS.

✅ Ativo imobilizado: Máquinas, equipamentos e veículos utilizados no processo produtivo permitem crédito proporcional, normalmente amortizado em 48 meses.

✅ Embalagens: As embalagens de produtos vendidos também geram crédito de ICMS.

✅ Serviços de transporte: O ICMS pago sobre serviços de transporte de mercadorias pode ser apropriado.

Créditos de PIS e Cofins: o que pode ser recuperado na indústria?

A legislação do PIS/Cofins é mais detalhista, mas também permite diversos créditos no regime não cumulativo. Os principais são:

✅ Insumos: Tudo que for essencial ou relevante para a produção pode gerar crédito, mesmo que não se incorpore ao produto final.

✅ Energia elétrica e água: Desde que utilizadas diretamente no processo de produção.

✅ Aluguéis de prédios e equipamentos: Aluguéis pagos para fins operacionais, como uso de galpões industriais ou máquinas locadas.

✅ Depreciação de ativo imobilizado: Créditos calculados sobre o valor da depreciação mensal de máquinas e equipamentos.

✅ Serviços contratados de pessoas jurídicas: Serviços utilizados nas atividades da empresa, como manutenção de máquinas, consultorias e transporte.

Quais são os benefícios da recuperação de créditos?

A correta apuração e recuperação dos créditos de ICMS e PIS/Cofins pode trazer ganhos financeiros significativos, tais como:

  • Redução do valor mensal a recolher de tributos;

  • Geração de saldo credor, que pode ser compensado com outros tributos;

  • Possibilidade de restituição em dinheiro, especialmente para exportadores e empresas com crédito acumulado;

  • Maior competitividade por redução da carga tributária efetiva;

  • Melhoria no fluxo de caixa, ao evitar pagamentos desnecessários de tributos.

Para empresas industriais com alto volume de compras, a recuperação eficiente dos créditos pode representar centenas de milhares de reais por ano.

Como recuperar créditos de forma segura?

A recuperação de créditos deve ser feita com base documental sólida e apoio técnico especializado, pois o fisco costuma fiscalizar esse tipo de operação com atenção. Veja o passo a passo recomendado:

1. Revisão fiscal e contábil

O primeiro passo é auditar os últimos cinco anos de apuração tributária, identificando créditos que não foram aproveitados ou que foram apropriados incorretamente.

2. Levantamento e organização documental

Todos os créditos precisam ser comprovados com documentos válidos, como:

  • Notas fiscais de entrada;

  • Contratos de prestação de serviços;

  • Comprovantes de pagamentos;

  • Planilhas de controle de estoque e produção.

3. Cálculo dos valores recuperáveis

Com base nos documentos e na legislação vigente, é feito o cálculo do valor que pode ser compensado ou restituído.

4. Escrituração dos créditos

Os créditos devem ser escriturados nos livros fiscais digitais (EFD ICMS/IPI e EFD Contribuições), de acordo com as regras específicas de cada tributo.

5. Compensação ou pedido de restituição

  • A compensação é feita com tributos futuros, por meio da DCTFWeb ou PER/DCOMP;

  • A restituição é solicitada à Receita Federal ou à Secretaria da Fazenda Estadual, dependendo do tributo.

Cuidados importantes para evitar problemas

A recuperação de créditos precisa ser feita com responsabilidade. Alguns erros comuns que devem ser evitados:

  • Apropriar créditos sem documentação fiscal válida;

  • Lançar créditos sobre itens que não dão direito, como despesas administrativas ou produtos para revenda;

  • Misturar regimes tributários (não cumulativo com cumulativo);

  • Não observar as regras estaduais, no caso do ICMS.

Empresas que recuperam créditos indevidamente podem sofrer autuações, multa de até 75% do valor do crédito e juros elevados. Por isso, o ideal é contar com um contador especializado, como os da Five Consultant Contabilidade.

Como a Five Consultant Contabilidade pode ajudar?

Na Five Consultant Contabilidade, oferecemos consultoria tributária completa para o setor industrial, com foco em:

  • Levantamento de créditos não utilizados;

  • Revisão fiscal retroativa de até cinco anos;

  • Planejamento tributário para redução legal da carga fiscal;

  • Escrituração correta dos créditos e apoio na compensação;

  • Evitação de riscos fiscais por apropriação indevida.

Nosso time é especializado em ICMS, PIS, Cofins, SPED Fiscal, Lucro Real e controle de estoque, atuando lado a lado com indústrias de diversos segmentos para garantir compliance e economia de impostos.

Conclusão

A recuperação de créditos de ICMS e PIS/Cofins é uma ferramenta essencial para indústrias que desejam reduzir sua carga tributária, melhorar o fluxo de caixa e ganhar fôlego financeiro para crescer.

No entanto, esse processo exige conhecimento técnico, controle contábil eficiente e apoio de especialistas.

👉 Se sua empresa industrial quer identificar e recuperar créditos fiscais de forma segura e legal, entre em contato com a Five Consultant Contabilidade e conte com quem entende do assunto para gerar resultados concretos.

CategoriesContabilidade para indústrias

Como funciona o Bloco K do Sped Fiscal para indústrias?

A obrigatoriedade do Bloco K do SPED Fiscal é uma das exigências mais desafiadoras para as indústrias brasileiras no contexto da escrituração digital.

Apesar de estar em vigor há alguns anos, muitos empresários e gestores industriais ainda têm dúvidas sobre sua finalidade, exigências e impacto na rotina produtiva.

O Bloco K está inserido na Escrituração Fiscal Digital (EFD ICMS/IPI) e representa um avanço no controle do estoque e da produção por parte do Fisco. Para empresas do setor industrial e atacadista, ele exige organização, precisão e integração entre áreas, sob risco de penalidades e autuações.

Neste artigo, a equipe da Five Consultant Contabilidade explica em detalhes como funciona o Bloco K do Sped Fiscal, quem está obrigado, quais informações devem ser prestadas, os riscos do não cumprimento e como estruturar um bom controle para evitar problemas fiscais.

O que é o Bloco K do Sped Fiscal?

O Bloco K é a parte da EFD ICMS/IPI (Escrituração Fiscal Digital do ICMS e IPI) responsável por registrar de forma digital e detalhada:

  • O controle da produção e do estoque da empresa;

  • Os insumos utilizados no processo produtivo;

  • A quantidade produzida de cada item;

  • O estoque inicial e final de cada período;

  • As movimentações internas de materiais (perdas, transferências, consumo);

  • Informações sobre terceirização de produção.

Esse bloco substitui os antigos livros manuais de produção e controle de estoque, exigindo agora que todas essas informações sejam digitalizadas e enviadas mensalmente por meio do sistema SPED.

Qual o objetivo do Bloco K?

O principal objetivo do Bloco K é aumentar a fiscalização da cadeia produtiva, combatendo fraudes, omissões de receita e desvios de mercadorias.

Com ele, a Receita Estadual e Federal têm acesso a dados detalhados sobre:

  • O que foi produzido;

  • Como foi produzido;

  • Com quais insumos;

  • Quais os saldos e movimentações de estoque;

  • Se há compatibilidade entre a produção e os insumos declarados;

  • Se a tributação está de acordo com a operação.

Dessa forma, o Fisco pode cruzar informações entre empresas da cadeia produtiva e verificar inconsistências que antes passavam despercebidas, como notas fiscais frias, compras sem entrada de estoque, produção maior que os insumos declarados, etc.

Quem está obrigado a entregar o Bloco K?

A obrigatoriedade do Bloco K foi sendo implantada gradualmente, com base no porte da empresa e no CNAE da atividade. Hoje, estão obrigadas a transmitir o Bloco K:

  • Estabelecimentos industriais e equiparados a industriais (inclusive fabricantes sob encomenda);

  • Empresas atacadistas, dependendo da atividade e do faturamento;

  • Empresas enquadradas no Lucro Real ou Lucro Presumido, com faturamento anual acima de R$ 78 milhões (regra válida desde 2017);

  • Empresas do Simples Nacional não são obrigadas, mas devem ficar atentas a eventuais obrigações estaduais.

A obrigatoriedade abrange a entrega dos registros mensais de estoque, produção e insumos utilizados. Além disso, existem exceções específicas para determinados setores, que devem ser verificadas caso a caso com apoio contábil.

O que deve ser informado no Bloco K?

O Bloco K é composto por diversos registros, mas os principais são:

🔹 K200 – Estoque Escriturado

  • Informações do estoque final do mês, por item (matéria-prima, produto acabado, embalagens, etc.);

  • Quantidade em unidade de medida padrão;

  • Itens em poder da empresa ou de terceiros.

🔹 K220 – Outras movimentações internas

  • Lançamentos de consumo de insumos sem relação direta com a produção;

  • Perdas, ajustes, consumo interno.

🔹 K230 – Itens produzidos

  • Quantidade efetivamente produzida de cada item no mês;

  • Local de produção.

🔹 K235 – Insumos consumidos

  • Quantidade de insumos usados na produção declarada no K230;

  • Permite verificar o coeficiente técnico da produção.

🔹 K250 – Industrialização em terceiros

  • Envio de materiais para terceiros;

  • Quantidade retornada com transformação;

  • Saldos em poder de terceiros.

🔹 K255 – Consumo de insumos na industrialização por terceiros

  • Detalhamento dos insumos utilizados pelo terceiro;

  • Crucial para operações terceirizadas.

Essas informações devem estar alinhadas com o controle físico e contábil da empresa, sob pena de inconsistências que podem gerar autuações.

Quais os riscos e penalidades pelo descumprimento?

Empresas que não entregam corretamente o Bloco K ou que informam dados inconsistentes estão sujeitas a diversas penalidades fiscais, como:

  • Multas por omissão ou erro na escrituração;

  • Autuações por falta de recolhimento de ICMS ou outros tributos;

  • Suspensão da Inscrição Estadual;

  • Impedimento de obter certidão negativa de débitos;

  • Dificuldade em participar de licitações ou obter financiamentos;

  • Malha fiscal e cruzamentos eletrônicos com risco de fiscalização.

É importante destacar que os sistemas do Fisco têm capacidade de cruzar automaticamente os dados do Bloco K com outras obrigações (NFe, EFD Contribuições, DCTF, entre outros), o que torna a fiscalização cada vez mais automatizada e eficiente.

Como preparar sua indústria para o Bloco K?

A complexidade do Bloco K exige que as empresas adotem uma gestão integrada entre os setores de produção, estoque, compras, engenharia de produto e contabilidade. Veja as principais medidas:

✅ 1. Mapear os processos produtivos

Tenha documentados os roteiros de produção, com as etapas, insumos utilizados e perdas previstas. Isso facilita o cálculo correto dos coeficientes técnicos exigidos no Bloco K.

✅ 2. Atualizar o cadastro de produtos

  • Defina corretamente as unidades de medida padrão;

  • Classifique os produtos por tipo (acabado, intermediário, matéria-prima, etc.);

  • Identifique produtos sujeitos à industrialização por terceiros.

✅ 3. Implementar ou melhorar o controle de estoque

  • Registre todas as entradas e saídas com precisão;

  • Integre o estoque físico com o sistema ERP ou contábil;

  • Realize inventários regulares e auditorias internas.

✅ 4. Integrar setores internos

A equipe contábil precisa de informações precisas vindas da produção, engenharia, PCP e logística. A falta de comunicação entre áreas é uma das principais causas de erro no Bloco K.

✅ 5. Trabalhar com contabilidade especializada

A Five Consultant Contabilidade oferece suporte completo para a escrituração do Bloco K, com apoio na:

  • Implementação do sistema de controle;

  • Capacitação da equipe interna;

  • Validação de cadastros e processos;

  • Geração e transmissão dos arquivos mensais.

Bloco K e sigilo industrial: devo me preocupar?

Uma dúvida comum entre industriais é se o Bloco K viola segredos de produção ou informações estratégicas. De fato, o detalhamento exigido pode expor parte dos processos, mas a Receita garante que os dados enviados são protegidos por sigilo fiscal e usados apenas para fins de fiscalização tributária.

Ainda assim, empresas com processos industriais altamente sensíveis devem avaliar com sua contabilidade a melhor forma de declarar os dados exigidos, sem comprometer informações confidenciais, sempre dentro dos limites legais.

Conclusão

O Bloco K do Sped Fiscal é um instrumento poderoso de fiscalização do Fisco e, ao mesmo tempo, um grande desafio para as indústrias que ainda não têm um controle de estoque e produção estruturado.

A falta de preparação pode levar a penalidades severas, mas a adoção de um sistema eficiente, com apoio contábil especializado, garante segurança e conformidade fiscal.

Se sua empresa atua na indústria ou comércio atacadista e está obrigada a entregar o Bloco K, conte com a Five Consultant Contabilidade para organizar suas rotinas, validar seus dados e evitar problemas com o Fisco.

👉 Fale com um dos nossos especialistas e descubra como podemos ajudar sua indústria a cumprir o Bloco K de forma precisa e sem dores de cabeça.

CategoriesContabilidade para indústrias

Gestão contábil para pequenas indústrias

A rotina de pequenas indústrias é marcada por múltiplos desafios: produção, controle de insumos, relacionamento com fornecedores, prazos de entrega, gestão de pessoas e, claro, controle das finanças e da contabilidade.

No entanto, muitos empresários industriais ainda tratam essas áreas como algo secundário — e é justamente aí que surgem os riscos que comprometem o crescimento do negócio.

Uma boa gestão contábil e financeira para pequenas indústrias não é apenas uma obrigação legal, mas uma estratégia essencial para tomar decisões com segurança, garantir conformidade fiscal e melhorar a lucratividade.

Neste artigo, a equipe da Five Contabilidade explica tudo que sua indústria precisa saber para manter as finanças organizadas, os tributos em dia e o negócio preparado para crescer com solidez.

Por que a gestão contábil e financeira é tão importante na indústria?

Enquanto comércios e prestadores de serviços lidam com ciclos mais simples de entrada e saída, o setor industrial apresenta operações mais complexas, com etapas como:

  • Compra de matéria-prima;

  • Processos de transformação;

  • Formação de custos industriais (mão de obra, energia, depreciação);

  • Controle de estoques de insumos e produtos acabados;

  • Gestão de prazos de produção e entrega;

  • Negociações com distribuidores e canais de venda.

Neste cenário, qualquer falha financeira ou contábil pode gerar sérios prejuízos, como:

  • Acúmulo de tributos não pagos ou pagos indevidamente;

  • Perda de margem por precificação incorreta;

  • Estoque parado gerando custos desnecessários;

  • Dificuldade de obter crédito por falta de relatórios confiáveis;

  • Penalidades legais e fiscais por ausência de obrigações contábeis.

Portanto, a gestão contábil e financeira precisa estar integrada ao coração da operação industrial, servindo como base para decisões estratégicas.

Quais são os pilares da gestão contábil em uma pequena indústria?

A contabilidade é mais do que um departamento burocrático. Quando bem aplicada, ela oferece visibilidade, previsibilidade e controle. Veja os principais pilares para uma gestão contábil eficaz em indústrias de pequeno porte:

1. Escrituração contábil e fiscal completa

Todas as movimentações financeiras da indústria — vendas, compras, folha de pagamento, investimentos — precisam ser registradas corretamente nos livros contábeis. A contabilidade é o espelho da realidade financeira do negócio.

Além disso, é preciso manter em dia:

  • Obrigações fiscais (DCTF, EFD, GIA, SPED Fiscal e Contábil);

  • Obrigações trabalhistas e previdenciárias (eSocial, SEFIP, GFIP);

  • Emissão de notas fiscais e controle de tributos.

Um contador especializado na área industrial consegue organizar essas entregas com segurança, evitando autuações e multas.

2. Planejamento tributário

A carga tributária no Brasil é alta — e na indústria, pode chegar a 30% ou mais da receita. Com o apoio de um contador estratégico, é possível:

  • Identificar o melhor regime tributário (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real);

  • Aproveitar créditos de ICMS, IPI, PIS e Cofins;

  • Reduzir o pagamento de impostos com benefícios fiscais setoriais;

  • Monitorar o enquadramento e a margem de lucro real.

Empresas que não fazem planejamento tributário acabam pagando mais imposto do que o necessário — o que é dinheiro literalmente jogado fora.

3. Balanços e relatórios gerenciais

O contador precisa entregar mais do que guias de impostos. É essencial que a indústria tenha acesso a relatórios periódicos, como:

  • Balanço Patrimonial;

  • Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE);

  • Análise de custos fixos e variáveis;

  • Indicadores financeiros e de lucratividade;

  • Fluxo de caixa projetado.

Essas informações ajudam o empresário a entender o momento financeiro da empresa, planejar investimentos e corrigir desvios antes que eles se tornem problemas graves.

Como estruturar a gestão financeira da pequena indústria?

A área financeira é o braço operacional da contabilidade. É ela que garante o controle diário dos recursos, a saúde do caixa e a organização de contas a pagar e a receber.

Veja os principais pontos para organizar sua gestão financeira:

1. Separação entre pessoa física e jurídica

Um erro comum entre donos de pequenas indústrias é misturar as finanças pessoais com as da empresa. Isso dificulta o controle, gera confusão nos relatórios e pode trazer problemas até com a Receita Federal.

A empresa deve ter:

  • Conta bancária própria;

  • Cartões separados;

  • Registro formal de pró-labore e distribuição de lucros;

  • Controle de retiradas autorizado.

2. Fluxo de caixa diário e controle de entradas e saídas

O fluxo de caixa é o principal termômetro da saúde financeira. Ele mostra quanto entra e sai de dinheiro, quais são os dias críticos do mês, e onde é possível ajustar para evitar falta de capital.

Dicas práticas:

  • Registre todas as receitas (vendas, financiamentos, aportes);

  • Registre todas as despesas fixas e variáveis;

  • Use ferramentas simples como planilhas ou sistemas integrados;

  • Revise o fluxo de caixa toda semana.

3. Controle de estoques

Na indústria, o estoque é dinheiro parado. É preciso ter controle preciso da entrada de matérias-primas e da saída de produtos acabados, evitando perdas, obsolescência e sobrecarga de capital.

Esse controle impacta:

  • A precificação correta;

  • A formação do custo de produção;

  • O resultado contábil e tributário;

  • A logística de compra e venda.

Um bom sistema de gestão integrado à contabilidade permite cruzar dados de estoque com custos, melhorando a tomada de decisão.

4. Gestão de custos e precificação

Muitas indústrias definem preços sem calcular corretamente todos os custos envolvidos: matéria-prima, mão de obra, energia, impostos, depreciação, despesas administrativas.

Com a ajuda do contador, é possível calcular:

  • Custo direto e indireto;

  • Margem de contribuição;

  • Ponto de equilíbrio;

  • Rentabilidade por produto ou linha de produção.

Assim, a precificação deixa de ser “no achismo” e passa a ser estratégica.

Como a contabilidade ajuda na expansão da pequena indústria?

Uma pequena indústria com gestão contábil e financeira bem estruturada está preparada para:

  • Conseguir crédito bancário com mais facilidade, por ter relatórios confiáveis;

  • Crescer com segurança, com base em indicadores sólidos;

  • Participar de licitações ou contratos com grandes empresas;

  • Planejar expansão de capacidade produtiva ou abertura de novas unidades;

  • Evitar multas e riscos fiscais, mantendo a empresa regularizada.

Ou seja, a contabilidade deixa de ser um custo e passa a ser um investimento — que gera retorno em forma de economia tributária, controle de gastos e base para decisões mais acertadas.

A Five Contabilidade é a parceira certa para sua pequena indústria

Na Five Contabilidade, entendemos os desafios enfrentados pelas indústrias de pequeno porte. Por isso, oferecemos atendimento especializado para o setor industrial, com soluções completas em:

  • Abertura e legalização de indústrias;

  • Contabilidade fiscal, trabalhista e societária;

  • Planejamento tributário;

  • Controle de estoque e formação de custos;

  • Emissão de relatórios para tomada de decisão;

  • Apoio em crédito, incentivos fiscais e expansão empresarial.

Tudo com atendimento consultivo, linguagem simples e foco em resultados.

Conclusão

A gestão contábil e financeira é o alicerce para o crescimento sustentável de qualquer pequena indústria. Ignorá-la é correr riscos; organizá-la é abrir portas para novos mercados, lucros maiores e mais segurança.

Se você é dono de uma pequena indústria e deseja ter mais controle, economia de impostos e crescimento estratégico, fale com a equipe da Five Contabilidade. Estamos prontos para te ajudar a estruturar o presente e preparar o futuro do seu negócio.

👉 Entre em contato conosco e transforme sua indústria com o apoio de uma contabilidade especializada no setor produtivo.

CategoriesContabilidade para indústrias

Indústria pode ser optante do Simples Nacional? Veja regras e quando compensa

O Simples Nacional é um regime tributário que oferece simplificação no recolhimento de tributos e alíquotas reduzidas para micro e pequenas empresas. 

Porém, quando se trata da indústria, surgem diversas dúvidas: indústria pode optar pelo Simples Nacional? Quais são as regras específicas? Em quais casos vale a pena aderir?

Neste artigo, vamos esclarecer essas e outras questões, explicando com detalhes:

  • Se a indústria pode ser optante do Simples Nacional

  • Quais são os limites e restrições

  • Como funciona a tributação para a indústria no Simples

  • Quando compensa optar por esse regime tributário

  • E quais cuidados são essenciais para não ter problemas com o Fisco

O que é o Simples Nacional?

O Simples Nacional é um regime tributário criado para simplificar e unificar o pagamento de tributos federais, estaduais e municipais para microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP). 

Este regime é voltado para empresas com receita bruta anual de até R$ 4,8 milhões.

Dentre seus benefícios, estão:

  • Pagamento unificado de até 8 tributos em uma única guia (DAS)

  • Redução da carga tributária para determinados setores

  • Menos obrigações acessórias

  • Facilidade na apuração e no recolhimento de impostos

Mas será que a indústria pode se beneficiar desse regime?

Indústria pode optar pelo Simples Nacional?

Sim, empresas industriais podem optar pelo Simples Nacional, desde que se enquadrem nas condições estabelecidas pela Lei Complementar nº 123/2006, que rege o regime. 

Contudo, é importante observar algumas regras específicas e limitações aplicáveis a esse segmento.

Requisitos básicos para qualquer empresa optar pelo Simples:

  • Ser uma microempresa (faturamento de até R$ 360 mil por ano) ou empresa de pequeno porte (faturamento de até R$ 4,8 milhões por ano)

  • Não possuir sócio no exterior

  • Não participar do capital de outra pessoa jurídica

  • Não exercer atividade vedada pela legislação (como instituições financeiras, por exemplo).

Anexo do Simples Nacional para indústria

O Simples Nacional possui 5 anexos, e cada um define a forma de tributação de acordo com a atividade. As indústrias são tributadas pelo Anexo II.

Neste anexo, as alíquotas começam em 4,5% sobre o faturamento mensal, conforme a tabela abaixo:

Faixa Receita em 12 meses Alíquota Valor a deduzir
Até 180.000,00 4,50%
De 180.000,01 a 360.000,00 7,80% R$ 5.940,00
De 360.000,01 a 720.000,00 10,00% R$ 13.860,00
De 720.000,01 a 1.800.000,00 11,20% R$ 22.500,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,70% R$ 85.500,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,00% R$ 720.000,00

Vale destacar, que a alíquota efetiva máxima do regime acaba sendo bem inferior a 30%, tendo em vista, o aproveitamento dos valores da coluna “valor a deduzir”.

Atividades industriais que não podem aderir ao Simples

Existem algumas exceções na legislação que proíbem certas atividades de ingressarem no Simples Nacional. Para a indústria, essas vedações podem incluir:

  • Fabricação de cigarros e derivados do fumo

  • Refinarias de petróleo ou gás natural

  • Fabricação de bebidas alcoólicas, salvo quando produzidas de forma artesanal, por optante do selo ARTE ou do SIM (Sistema de Inspeção Municipal)

  • Indústrias que realizam atividades com exigência ambiental ou sanitária especial, sem o devido licenciamento

Por isso, é fundamental analisar o CNAE da empresa e seu código de atividade para verificar se há alguma restrição específica.

Quando compensa aderir ao Simples Nacional?

Nem sempre o Simples Nacional é o regime mais vantajoso para a indústria. Apesar de seus benefícios, ele pode ser menos eficiente do ponto de vista tributário em alguns cenários.

Casos em que o Simples Nacional é vantajoso:

  • Empresas que estão começando agora, com faturamento ainda baixo

  • Indústrias com poucos empregados e baixa folha de pagamento

  • Empresas que não se creditam de ICMS, PIS e COFINS (algo possível apenas no Lucro Real ou Presumido)

  • Quando a atividade se enquadra claramente no Anexo II com alíquotas iniciais reduzidas

Casos em que o Simples pode não compensar:

  • Indústrias com alto volume de compras com ICMS embutido, que não podem recuperar esse imposto no Simples

  • Empresas que ultrapassam a faixa de R$ 3,6 milhões e perdem parte dos benefícios

  • Empresas que exportam e precisam de maior planejamento tributário internacional

  • Negócios com alta folha de pagamento (que podem ter benefícios com créditos no Lucro Real)

Dicas para indústria que deseja entrar ou permanecer no Simples

  1. Revise seu CNAE: Ele é determinante para definir se a atividade industrial é permitida no Simples e em qual anexo será enquadrada.

  2. Simule cenários com contador: Compare os regimes Simples, Lucro Presumido e Real com base nos dados reais do seu negócio.

  3. Fique atento ao fator R: Se sua empresa tiver atividades mistas (como produção e serviços), o fator R pode levar a parte da receita para o Anexo V.

  4. Planeje o crescimento: Empresas próximas ao teto do Simples (R$ 4,8 milhões) precisam se planejar para a possível transição de regime.

  5. Avalie o aproveitamento de créditos tributários: No Lucro Presumido e no Real, é possível recuperar tributos pagos em insumos. No Simples, não.

Conclusão

A resposta para a pergunta “indústria pode ser optante do Simples Nacional?” é sim — desde que atenda aos requisitos legais e não exerça atividade vedada. No entanto, a decisão de aderir ou permanecer nesse regime deve ser estratégica.

O Simples Nacional pode oferecer muitas vantagens para pequenas indústrias, mas em certos casos, principalmente com maior faturamento ou estrutura mais complexa, o Lucro Presumido ou o Lucro Real pode representar economia tributária e mais eficiência financeira.

📊 Quer descobrir qual é o regime tributário ideal para sua indústria? 

Fale com a Five Consultant Contabilidade e receba um planejamento completo e personalizado para sua empresa crescer com segurança e pagar menos impostos de forma legal.

CategoriesContabilidade Consultiva

O que é pró-labore e como definir o valor ideal?

Para muitos empreendedores, o termo pró-labore ainda gera dúvidas. Afinal, ele não é exatamente um salário, mas também não deve ser confundido com distribuição de lucros.

Definir corretamente o valor do pró-labore é essencial para manter a saúde financeira do negócio, evitar problemas com o Fisco e garantir que o sócio-administrador seja devidamente remunerado pelo seu trabalho.

Neste artigo da Five Consultant Contabilidade, você vai entender o que é pró-labore, como ele funciona, quais os encargos envolvidos e, principalmente, como definir o valor ideal para a sua empresa.

O que é pró-labore?

O termo “pró-labore” vem do latim e significa “pelo trabalho”. Ou seja, é a remuneração destinada aos sócios que atuam efetivamente na gestão ou operação da empresa.

Diferente dos lucros distribuídos entre os sócios, que são isentos de encargos trabalhistas e previdenciários (quando apurados corretamente), o pró-labore possui obrigatoriedade de contribuição ao INSS e pode incidir IRRF, dependendo do valor.

Em resumo:

  • É obrigatório quando há sócio atuante na empresa;

  • Tem natureza de remuneração (mas não é salário com carteira assinada);

  • Não dá direito ao FGTS, férias ou 13º salário;

  • Deve ser registrado na contabilidade e declarado corretamente.

Quem deve receber pró-labore?

Todo sócio que exerce atividade na empresa deve receber pró-labore. Ou seja, se um dos sócios apenas investe capital e não participa da gestão, ele pode apenas receber distribuição de lucros.

Mas se ele estiver envolvido na administração, comercial, produção, gestão de pessoas ou qualquer outra função, o pagamento de pró-labore se torna obrigatório.

Inclusive, o pagamento regular de pró-labore é um indicativo de conformidade fiscal e previdenciária, já que demonstra que o sócio está contribuindo com o INSS.

Quais são os encargos sobre o pró-labore?

Ao definir o valor do pró-labore, é essencial considerar os encargos obrigatórios que incidem sobre ele:

1. INSS (Previdência Social)

  • A empresa deve recolher 11% sobre o valor bruto do pró-labore (retido do sócio);

  • Também é obrigada a recolher 20% de INSS patronal sobre o valor pago.

Obs.: Empresas do Simples Nacional podem ter tratamento diferenciado quanto ao INSS patronal, dependendo do anexo e da atividade.

2. IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte)

  • Incide conforme a tabela progressiva do IRPF.

  • A partir de um determinado valor, o sócio pode pagar alíquotas que vão de 7,5% até 27,5%.

3. ISS (em alguns casos)

  • Se o sócio prestador de serviços é autônomo sem vínculo societário (ex: clínica com profissionais contratados), pode haver incidência de ISS.

Diferença entre pró-labore, salário e distribuição de lucros

Tipo de rendimento Quem recebe Tem INSS? Tem IRRF? FGTS? Pode ser isento de impostos?
Pró-labore Sócio que trabalha na empresa Sim Sim Não Não
Salário Empregado CLT Sim Sim Sim Não
Distribuição de lucros Sócio (trabalhe ou não) Não Não Não Sim, se feita corretamente

Enquanto o pró-labore é considerado um pagamento obrigatório para o sócio que atua na empresa, a distribuição de lucros é uma remuneração isenta (quando os lucros estão apurados e escriturados corretamente na contabilidade).

Por isso, muitos empresários utilizam o pró-labore como forma de garantir contribuição previdenciária mínima, e distribuem o restante do valor como lucros, com economia tributária.

Qual o valor mínimo do pró-labore?

A legislação não estabelece um valor fixo para o pró-labore, mas ele deve ser compatível com a função exercida e a realidade do mercado.

No entanto, existe uma referência comumente utilizada: o salário mínimo nacional, atualmente em R$ 1.518,00 (2025).

Entretanto, esse valor costuma ser insuficiente para sócios que exercem cargos de alta responsabilidade ou administração geral, e pode gerar questionamentos por parte da Receita Federal e do INSS, principalmente se houver distribuição significativa de lucros paralelamente.

Recomendação prática: O ideal é que o pró-labore esteja de acordo com os salários de mercado para cargos semelhantes ao que o sócio ocupa dentro da empresa.

Para um diretor, gestor, administrador ou profissional de saúde, por exemplo, pró-labores muito baixos podem ser interpretados como tentativa de evasão fiscal.

Como definir o valor ideal do pró-labore?

A definição do valor ideal depende de uma série de fatores. Veja os principais:

1. Porte da empresa

Empresas pequenas, com faturamento reduzido, podem estabelecer pró-labores mais modestos, desde que respeitem o mínimo legal e a coerência com o mercado.

2. Função exercida pelo sócio

Um sócio que atua na administração, comercial ou produção deve receber um valor proporcional à sua carga de trabalho e responsabilidade.

3. Capacidade financeira da empresa

O pró-labore não pode comprometer o caixa da empresa. O ideal é que ele esteja previsto no planejamento financeiro mensal, assim como o pagamento de impostos e fornecedores.

4. Planejamento tributário

Ao equilibrar pró-labore com distribuição de lucros, o empresário pode reduzir a carga tributária total e ainda manter contribuições à previdência. Por isso, é fundamental fazer esse planejamento com o suporte de um contador.

5. Regime tributário da empresa

  • Simples Nacional: O INSS patronal pode estar incluso no DAS, dependendo do anexo.

  • Lucro Presumido ou Real: Recolhimento integral de 20% patronal + encargos do IRRF.

Exemplo prático de definição de pró-labore

Imagine um sócio que trabalha na administração da empresa e quer receber R$ 6.000,00 de pró-labore mensal.

  • INSS (11%) retido: R$ 660,00

  • IRRF: aproximadamente R$ 185,00

  • INSS patronal (20%): R$ 1.200,00 (custo da empresa)

Total líquido para o sócio: R$ 5.155,00
Custo total para a empresa: R$ 7.200,00

Agora, se ele definir um pró-labore de R$ 3.000,00 e complementar com distribuição de lucros, pode reduzir os encargos obrigatórios.

Por isso, a estratégia ideal é equilibrar pró-labore e lucros distribuídos, com apoio de um contador.

Qual a frequência e forma de pagamento do pró-labore?

  • A frequência é mensal, seguindo um cronograma fixo (como o pagamento de salários);

  • O pagamento deve ser feito em conta bancária do sócio, com lançamento na contabilidade;

  • O pró-labore deve estar registrado no livro caixa ou sistema contábil, e os encargos pagos por meio de GPS (Guia da Previdência Social) e DARF do IR, quando aplicável.

O que acontece se não pagar pró-labore?

Empresas que possuem sócios atuantes e não pagam pró-labore estão em desconformidade com a legislação e correm riscos como:

  • Multas e autuações pela Receita Federal e Previdência;

  • Perda de benefícios previdenciários para os sócios (como aposentadoria e auxílio-doença);

  • Questionamento da distribuição de lucros isentos — já que a Receita pode exigir que parte desses valores sejam considerados como remuneração.

Portanto, não pagar pró-labore é um erro que pode sair caro.

Conclusão: defina seu pró-labore com inteligência e segurança

O pró-labore é uma obrigação legal e um componente essencial para a organização financeira da sua empresa.

Mais do que apenas uma remuneração, ele impacta diretamente no planejamento tributário, na aposentadoria do sócio e na regularidade do negócio.

Por isso, é fundamental contar com uma contabilidade especializada, que ajude a:

  • Calcular corretamente o valor ideal do pró-labore;

  • Equilibrar os encargos com a distribuição de lucros;

  • Cumprir todas as obrigações legais e evitar autuações.

Na Five Consultant Contabilidade, ajudamos empresários de todos os portes a tomar decisões estratégicas sobre pró-labore, regime tributário e gestão financeira.

📞 Entre em contato com a Five Consultant Contabilidade e descubra como definir seu pró-labore da forma mais econômica, segura e estratégica para o seu negócio.

CategoriesContabilidade para Farmácias

CNAE para farmácia: qual o mais adequado para o seu modelo de negócio?

Ao abrir uma farmácia, uma das etapas mais importantes — e muitas vezes negligenciada — é a escolha correta do CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas).

Esse código é utilizado para descrever oficialmente as atividades exercidas por uma empresa e tem impacto direto na legalização, tributação, fiscalização e até na possibilidade de adesão a regimes como o Simples Nacional.

No caso das farmácias, que estão sujeitas a normas da ANVISA e da vigilância sanitária municipal, escolher o CNAE correto não é apenas uma obrigação burocrática, mas uma forma de garantir o funcionamento legal e evitar problemas futuros.

Neste artigo, a Five Consultant Contabilidade mostra quais são os CNAEs adequados para diferentes modelos de farmácia, como escolher o ideal e quais os cuidados que devem ser tomados ao registrar ou alterar a atividade da empresa.

O que é CNAE e por que ele é tão importante?

O CNAE é um código padronizado utilizado para identificar as atividades econômicas das empresas brasileiras. Ele é essencial para:

  • Definir os tributos que a empresa deverá recolher;

  • Determinar o regime tributário mais apropriado (Simples, Lucro Presumido ou Real);

  • Estabelecer quais licenças e registros serão exigidos (ANVISA, Prefeitura, CRF etc.);

  • Permitir a emissão de notas fiscais compatíveis com os produtos e serviços ofertados.

Uma farmácia, por exemplo, pode vender medicamentos industrializados, manipular fórmulas, atuar com produtos homeopáticos ou ainda oferecer cosméticos e itens de higiene pessoal. Cada uma dessas atividades exige um ou mais CNAEs específicos.

CNAEs corretos para farmácias: veja quais são

Confira abaixo os CNAEs adequados para diferentes modelos de farmácia, de acordo com a tabela oficial da Receita Federal:

4771-7/01 – Comércio varejista de produtos farmacêuticos, sem manipulação de fórmulas

Este é o CNAE ideal para drogarias convencionais, que comercializam medicamentos industrializados, produtos de higiene pessoal e similares.

Inclui:

  • Comércio de medicamentos industrializados (com receita ou de venda livre);

  • Produtos de saúde, como termômetros, medidores de pressão, seringas;

  • Produtos de higiene, perfumaria e correlatos;

  • Fraldas, absorventes e itens de primeiros socorros.

Não inclui:

  • Manipulação de fórmulas;

  • Produtos homeopáticos preparados no local.

Pode optar pelo Simples Nacional

4771-7/02 – Comércio varejista de produtos farmacêuticos, com manipulação de fórmulas

Esse CNAE é obrigatório para farmácias de manipulação, ou seja, que preparam medicamentos personalizados com base em prescrições médicas (fórmulas magistrais) e da Farmacopeia Brasileira.

Inclui:

  • Manipulação de medicamentos alopáticos e fórmulas personalizadas;

  • Comercialização direta ao consumidor.

Exige:

  • Alvará sanitário;

  • Licenciamento na ANVISA;

  • Responsável técnico farmacêutico.

Pode optar pelo Simples Nacional

4771-7/03 – Comércio varejista de produtos farmacêuticos homeopáticos

Este CNAE é voltado para farmácias com foco em homeopatia e fitoterapia, que manipulam fórmulas homeopáticas e vendem produtos da flora medicinal.

Inclui:

  • Manipulação de fórmulas homeopáticas;

  • Venda de fitoterápicos e produtos naturais com fins terapêuticos.

Importante: este CNAE também exige responsável técnico, alvarás e licenças específicas junto aos órgãos reguladores.

Pode optar pelo Simples Nacional

4772-5/00 – Comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal

Embora não seja exclusivo para farmácias, esse CNAE pode ser incluído como atividade secundária caso a farmácia deseje atuar com:

  • Cosméticos e dermocosméticos;

  • Produtos de beleza e cuidados pessoais;

  • Higiene íntima, fraldas, shampoos, cremes, sabonetes etc.

Esse CNAE é importante para ampliar o portfólio de produtos, especialmente se a farmácia quiser diversificar suas vendas com itens de maior margem de lucro.

Pode optar pelo Simples Nacional

Posso usar mais de um CNAE na farmácia?

Sim! É bastante comum que farmácias atuem com mais de um CNAE, principalmente quando combinam atividades como:

  • Venda de medicamentos industrializados;

  • Manipulação de fórmulas;

  • Venda de cosméticos e itens de higiene pessoal.

Nesses casos, o ideal é cadastrar um CNAE principal, que represente a atividade de maior peso no faturamento, e CNAEs secundários para as demais atividades.

Contudo, é essencial observar que, mesmo que todos os CNAEs sejam permitidos no Simples Nacional, a receita das atividades será tributada conforme o anexo correspondente — e isso pode impactar diretamente na carga tributária.

Farmácias podem atuar com serviços de saúde?

Sim, algumas farmácias oferecem serviços como:

  • Aferição de pressão;

  • Aplicação de injetáveis;

  • Testes rápidos;

  • Acompanhamento farmacêutico.

Essas atividades podem exigir a inclusão de CNAEs complementares como:

  • 8690-9/99 – Outras atividades de atenção à saúde humana não especificadas anteriormente.

No entanto, antes de incluir qualquer código CNAE no CNPJ, é fundamental verificar:

  • Se há permissão legal para a atividade;

  • Se o espaço está adaptado para os serviços;

  • Se há um profissional habilitado para prestar o atendimento.

Também será necessário obter novos alvarás e licenças, como o Alvará Sanitário ampliado e atualizações junto ao Conselho Regional de Farmácia.

Como escolher o CNAE ideal para sua farmácia?

A escolha do CNAE depende do modelo de negócio. Veja alguns exemplos práticos:

Modelo de farmácia CNAE principal sugerido CNAEs secundários
Farmácia tradicional (sem manipulação) 4771-7/01 4772-5/00
Farmácia de manipulação 4771-7/02 4771-7/01, 4772-5/00
Farmácia homeopática 4771-7/03 4771-7/01, 4772-5/00
Farmácia com serviços clínicos 4771-7/01 8690-9/99, 4772-5/00

CNAE e regime tributário: qual a relação?

O CNAE influencia diretamente no regime tributário que a farmácia pode adotar.

  • Simples Nacional: Permitido para todas as opções acima. Porém, a alíquota varia de acordo com o anexo aplicável. Em geral, farmácias se enquadram no Anexo I (comércio), com alíquota inicial de 4%.

  • Lucro Presumido: Usado por empresas com faturamento superior ao limite do Simples. A alíquota efetiva gira em torno de 13,33% a 16,33%.

  • Lucro Real: Exigido apenas em casos específicos (como faturamento superior a R$ 78 milhões ao ano), ou se a empresa for obrigada por atividades não permitidas no Simples.

A definição do CNAE correto é o primeiro passo para aplicar a tributação correta e reduzir o risco de pagar mais impostos do que o necessário.

Conte com apoio especializado para acertar na escolha

A abertura ou legalização de uma farmácia envolve etapas críticas que exigem conhecimento contábil e regulatório. Desde a escolha do CNAE até a definição do regime tributário e a obtenção de alvarás e licenças, tudo deve ser feito com base em normas específicas e atualizadas.

A Five Consultant Contabilidade é especialista no atendimento a empresas da área da saúde e pode te ajudar a:

  • Escolher o CNAE ideal para o seu modelo de farmácia;

  • Definir o melhor regime tributário para reduzir a carga de impostos;

  • Realizar a abertura ou alteração do CNPJ com agilidade;

  • Cuidar da contabilidade mensal, folha, obrigações fiscais e regularizações.

📞 Fale com a Five Consultant Contabilidade agora mesmo e descubra como abrir, legalizar e administrar sua farmácia com segurança, economia e total conformidade com a legislação.

CategoriesContabilidade para indústrias

Como fazer o controle financeiro de uma indústria de forma eficiente

Fazer o controle financeiro de uma indústria é, sem dúvida, uma tarefa desafiadora, mas essencial para garantir a sustentabilidade, o crescimento e a competitividade no mercado.

Ao contrário de negócios de comércio ou serviços, o setor industrial envolve uma série de variáveis que tornam a gestão financeira ainda mais complexa, como custos de produção, matéria-prima, mão de obra, depreciação de máquinas, estoque e sazonalidade.

Por isso, ter um controle financeiro eficiente não é apenas uma boa prática — é uma necessidade estratégica para qualquer indústria que deseja manter suas operações saudáveis e lucrativas.

Neste artigo, você vai entender como estruturar o controle financeiro da sua indústria de forma eficiente, quais são os pilares fundamentais, as ferramentas indispensáveis e os erros que você precisa evitar para não comprometer os resultados do seu negócio.


🚀 Por que o controle financeiro é tão importante para a indústria?

Uma indústria lida diariamente com altos custos fixos e variáveis, prazos longos de recebimento, necessidade de capital de giro robusto e constantes oscilações no preço de insumos.

Sem um controle financeiro eficiente, é fácil cair em armadilhas como:

  • Descontrole de estoque e desperdício de matéria-prima.

  • Gastos excessivos com manutenção não planejada.

  • Falta de capital de giro para financiar operações.

  • Aumento dos custos de produção sem perceber.

  • Dificuldade em formar preços de venda competitivos e rentáveis.

  • Endividamento desnecessário ou mau uso do crédito.

Empresas que não fazem gestão financeira correta não sabem se estão lucrando ou apenas girando dinheiro. E isso pode levar até mesmo indústrias com bom volume de vendas à falência.


🔍 Quais são os pilares do controle financeiro eficiente em uma indústria?

1️⃣ Gestão do Fluxo de Caixa

O fluxo de caixa é o coração financeiro de qualquer negócio, especialmente da indústria. É através dele que você controla as entradas (vendas, recebimentos, aportes) e saídas (compras, folha de pagamento, impostos, manutenção, etc.).

👉 Regras básicas para um bom fluxo de caixa:

  • Separar o financeiro da empresa do pessoal dos sócios.

  • Acompanhar diariamente as movimentações.

  • Projetar o fluxo de caixa para pelo menos os próximos 3 a 6 meses.

  • Antecipar períodos de aperto financeiro e planejar soluções (renegociações, crédito, etc.).


2️⃣ Controle de Custos e Despesas

Na indústria, entender exatamente quanto custa produzir cada item é fundamental. Isso envolve:

  • Custos diretos: matéria-prima, mão de obra direta, energia, embalagens.

  • Custos indiretos: depreciação de máquinas, manutenção, aluguel, administrativos.

Um controle rigoroso permite saber se a operação está sendo eficiente e identificar rapidamente onde há desperdícios ou custos fora do padrão.


3️⃣ Gestão de Estoque e Produção

Estoque mal gerido significa dinheiro parado e risco de perdas. Por outro lado, estoque insuficiente gera atrasos na produção e perda de vendas.

👉 É essencial:

  • Controlar entradas e saídas de matéria-prima e produtos acabados.

  • Integrar a gestão de estoque com a produção e com as finanças.

  • Calcular corretamente o custo médio dos itens em estoque.


4️⃣ Precificação Correta dos Produtos

Sem conhecer detalhadamente todos os custos, é impossível precificar de forma correta.

Na indústria, formar preço exige considerar:

  • Custo total de produção.

  • Custos fixos e variáveis rateados.

  • Margem de lucro desejada.

  • Tributos incidentes (ICMS, PIS, COFINS, IPI, ISS, IBS, CBS dependendo da operação).

  • Custos logísticos e comerciais.

👉 Erro clássico: muitas indústrias precificam olhando apenas para o preço da concorrência, sem considerar seus próprios custos — o que pode gerar prejuízo oculto.


5️⃣ Gestão de Capital de Giro

A indústria geralmente compra insumos e paga fornecedores antes de receber dos clientes. Por isso, o capital de giro precisa ser bem dimensionado.

Sem isso, o negócio pode até estar vendendo bem, mas ficará sem caixa para pagar fornecedores, funcionários ou impostos.

👉 Controle os prazos médios de:

  • Recebimento de clientes.

  • Pagamento de fornecedores.

  • Giro de estoque.


6️⃣ Gestão de Tributos

O setor industrial tem uma das cargas tributárias mais complexas do país. É fundamental:

  • Fazer o correto enquadramento tributário (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real).

  • Planejar os tributos incidentes sobre compras, vendas e serviços.

  • Aproveitar créditos tributários, especialmente no Lucro Real (PIS, COFINS, ICMS, IPI, etc.).

  • Monitorar constantemente mudanças na legislação e na Reforma Tributária.


🛠️ Ferramentas essenciais para controle financeiro de indústrias

  • Sistema de gestão ERP específico para indústria (integra financeiro, estoque, produção e fiscal).

  • Planilhas de controle de fluxo de caixa (no mínimo, se não houver ERP).

  • Sistema de gestão de custos industriais (separando custos diretos e indiretos).

  • Dashboards financeiros (para acompanhamento de indicadores em tempo real).

  • Plataforma de controle de notas fiscais, impostos e obrigações acessórias.


📊 Indicadores financeiros que toda indústria precisa acompanhar

  • Fluxo de caixa operacional.

  • Custo dos produtos vendidos (CPV).

  • Margem de contribuição.

  • Ponto de equilíbrio.

  • Giro de estoque.

  • Prazos médios (recebimento, pagamento e estocagem).

  • EBITDA.

  • Rentabilidade líquida.


⚠️ Erros mais comuns no controle financeiro de indústrias

  • Misturar finanças pessoais com as da empresa.

  • Não calcular corretamente os custos indiretos.

  • Precificar olhando só para o concorrente, sem conhecer seus próprios custos.

  • Não fazer controle e análise de fluxo de caixa.

  • Ignorar o planejamento tributário, pagando mais impostos do que deveria.

  • Acompanhar resultados apenas uma vez por mês ou por trimestre (e não diariamente/semanalmente).

  • Não contar com uma contabilidade especializada no setor industrial.


🏆 Benefícios de um controle financeiro eficiente na indústria

  • Redução de desperdícios e custos.

  • Aumento da lucratividade.

  • Mais segurança no planejamento e tomada de decisões.

  • Melhoria da competitividade no mercado.

  • Capacidade de negociar melhor com fornecedores e clientes.

  • Crescimento sustentável e expansão do negócio.


🚀 Conclusão: sua indústria precisa de gestão financeira profissional

Se você quer que sua indústria cresça, seja competitiva e gere lucro de forma sustentável, não existe outro caminho que não seja ter um controle financeiro profissional, eficiente e atualizado.

Isso vai além de simplesmente “ver se sobrou dinheiro no banco”. Envolve gestão de fluxo de caixa, custos, precificação, tributos, estoque e capital de giro — tudo funcionando de forma integrada.


✅ E se você quer ajuda para implementar uma gestão financeira de excelência na sua indústria, conte com a Five Contabilidade.

Somos especialistas no setor industrial e ajudamos dezenas de empresas a:

  • Reduzirem custos.

  • Pagarem menos impostos de forma legal.

  • Organizar o fluxo de caixa.

  • Ter clareza dos números para tomar decisões mais assertivas.

👉 Fale agora com nosso time de especialistas e descubra como podemos transformar a gestão financeira da sua indústria.

CategoriesSem categoria

Diferença entre Lucro Presumido e Lucro Real para o setor industrial

No Brasil, dois dos regimes mais utilizados pelas indústrias são o Lucro Presumido e o Lucro Real. Ambos são permitidos pela legislação, mas possuem regras, características e impactos tributários bem diferentes.

Se você tem uma indústria ou está pensando em abrir uma, este artigo é essencial para entender, de forma prática e detalhada, as diferenças entre o Lucro Presumido e o Lucro Real, e descobrir qual deles pode ser mais vantajoso para o seu negócio.

Escolher o regime tributário correto é uma das decisões mais estratégicas para qualquer empresa, especialmente para quem atua no setor industrial. Afinal, a opção certa pode representar uma economia significativa de impostos, enquanto uma escolha equivocada pode gerar custos desnecessários e até riscos fiscais


🔍 O que é Lucro Presumido?

O Lucro Presumido é um regime tributário simplificado, onde o governo presume qual é a margem de lucro da empresa, de acordo com sua atividade econômica.

No caso das indústrias, essa presunção se dá sobre um percentual do faturamento, e não necessariamente sobre o lucro real obtido.

✅ Principais características do Lucro Presumido para indústrias:

  • Base de cálculo presumida: a Receita Federal estabelece um percentual sobre o faturamento para definir a base de cálculo do IRPJ e da CSLL.

  • Simplicidade: o cálculo é mais simples e há menos obrigações acessórias em comparação com o Lucro Real.

  • Previsibilidade: a empresa sabe quanto vai pagar de imposto, independentemente do lucro real que teve no período.

  • Limite de receita: pode ser adotado por empresas com faturamento de até R$ 78 milhões por ano.

📊 Percentuais de presunção para indústrias:

  • 8% sobre o faturamento para o IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica).

  • 12% sobre o faturamento para a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).

Além desses, a indústria também paga:

  • PIS: 0,65% (cumulativo).

  • COFINS: 3% (cumulativo).

  • ISS: se houver prestação de serviços atrelada (em alguns casos específicos).

  • ICMS: sobre circulação de mercadorias, conforme a legislação estadual.


🔍 O que é Lucro Real?

O Lucro Real é o regime obrigatório para empresas que faturam acima de R$ 78 milhões por ano, instituições financeiras e algumas atividades específicas, mas pode ser adotado por qualquer empresa, inclusive indústrias, independentemente do faturamento.

Nesse regime, o cálculo dos tributos federais (IRPJ e CSLL) é feito com base no lucro contábil efetivo, ajustado por adições e exclusões previstas na legislação fiscal.

✅ Principais características do Lucro Real para indústrias:

  • Base de cálculo real: os impostos incidem sobre o lucro efetivamente apurado no período.

  • Mais adequado para empresas com margens baixas ou prejuízo: se não houver lucro, não há pagamento de IRPJ e CSLL (apenas os tributos sobre receita, como PIS, COFINS e ICMS).

  • Possibilidade de créditos de PIS e COFINS: no regime não cumulativo, a empresa pode se creditar sobre diversos insumos, o que reduz significativamente a carga tributária.

  • Mais complexo: exige escrituração contábil completa, além de mais obrigações acessórias.

  • Ideal para setores com altos custos operacionais, sazonalidade ou oscilações de lucro.


⚖️ Comparativo prático: Lucro Presumido vs Lucro Real no setor industrial

Característica Lucro Presumido Lucro Real
Base de cálculo IRPJ/CSLL Percentual fixo sobre faturamento (8% e 12%) Lucro líquido contábil ajustado
PIS e COFINS Cumulativo (0,65% e 3%) Não cumulativo (1,65% e 7,6%), com créditos sobre insumos
Complexidade Baixa Alta
Obrigatoriedade de contabilidade completa Não obrigatória para IR e CSLL, mas recomendada Obrigatória
Vantagem principal Simplicidade e previsibilidade Economia em cenários de baixa margem ou alto custo operacional
Risco fiscal Menor controle, mais suscetível a questionamentos se não tiver contabilidade bem feita Menor, pois todos os dados são declarados e apurados rigorosamente
Limite de faturamento Até R$ 78 milhões/ano Sem limite

💰 Impacto prático na indústria: quando escolher cada um?

✅ Quando o Lucro Presumido pode ser mais vantajoso?

  • Empresas industriais que possuem margem de lucro elevada (acima de 20%, por exemplo).

  • Negócios com operação simples, poucos custos com insumos, folha de pagamento enxuta e pouca geração de crédito de PIS/COFINS.

  • Indústrias pequenas ou médias que valorizam simplicidade operacional e previsibilidade de impostos.

❌ Quando o Lucro Presumido pode não ser interessante?

  • Indústrias com custos muito altos de produção, logística, insumos ou mão de obra.

  • Empresas que possuem muita oscilação nos resultados, podendo ter prejuízo em alguns meses.

  • Negócios que poderiam gerar muito crédito de PIS e COFINS, mas que perdem esse benefício no Lucro Presumido.


✅ Quando o Lucro Real é mais vantajoso?

  • Indústrias com altos custos operacionais, matéria-prima cara ou uso intenso de insumos.

  • Empresas que vendem para outras empresas (B2B) e têm forte cadeia de crédito de PIS e COFINS.

  • Negócios que enfrentam sazonalidade ou grandes oscilações de lucro e prejuízo.

  • Quem busca planejamento tributário mais robusto, com gestão contábil e fiscal bem estruturada.

❌ Quando o Lucro Real pode não ser indicado?

  • Indústrias pequenas, com margem alta e operação simples.

  • Empresários que não possuem estrutura contábil adequada ou não querem lidar com a burocracia desse regime.


⚠️ Atenção: Lucro Real não significa necessariamente pagar mais imposto!

Esse é um dos grandes mitos do mercado.

Muitos empresários acreditam que o Lucro Real é sinônimo de mais imposto, mas isso nem sempre é verdade.

Em indústrias que têm margem apertada, alto custo de produção ou muitos insumos (energia, matéria-prima, embalagens, transporte, depreciação), o Lucro Real pode gerar uma carga tributária final muito menor do que o Lucro Presumido.

Além disso, se a empresa tiver prejuízo contábil, não paga IRPJ nem CSLL.


🔥 Exemplos práticos de escolha

🏭 Caso 1 – Indústria com alta margem de lucro

  • Faturamento mensal: R$ 500 mil

  • Custo operacional: baixo (20% do faturamento)

  • Margem de lucro: 30%

👉 Melhor opção: Lucro Presumido (impostos calculados sobre a presunção são menores do que os sobre o lucro real efetivo).

🏗️ Caso 2 – Indústria com margem apertada

  • Faturamento mensal: R$ 500 mil

  • Custo operacional: alto (70% do faturamento)

  • Margem de lucro: 5%

👉 Melhor opção: Lucro Real (no Presumido pagaria imposto sobre 8% do faturamento, enquanto no Real paga sobre 5%, além de aproveitar créditos de PIS e COFINS).


🏆 Conclusão: como escolher o melhor regime tributário para sua indústria?

A decisão entre Lucro Presumido e Lucro Real deve ser feita com base em uma análise personalizada da operação da sua indústria, levando em conta:

  • Faturamento;

  • Margem de lucro;

  • Volume de custos e despesas operacionais;

  • Potencial de geração de créditos de PIS e COFINS;

  • Projeção de crescimento.

Na maioria dos casos, indústrias que operam com margens reduzidas ou altos custos se beneficiam do Lucro Real, enquanto negócios mais enxutos e com margens elevadas podem se sair melhor no Lucro Presumido.


🚀 Quer descobrir qual o regime tributário mais vantajoso para sua indústria?

A Five Contabilidade é especialista no setor industrial e pode te ajudar a fazer um diagnóstico tributário completo, para garantir que sua empresa pague menos impostos, de forma legal e segura.

👉 Fale agora com nossos especialistas e descubra como podemos ajudar sua indústria a ser mais lucrativa e eficiente.

CategoriesImposto

Quais são os impostos que indústrias precisam pagar no Brasil?

No Brasil, a carga tributária é um dos principais desafios para as empresas, especialmente para as indústrias, que enfrentam um ambiente fiscal muito complexo e com uma grande variedade de tributos. 

Compreender quais são os impostos uma indústria precisa pagar e como gerenciar essas obrigações fiscais é fundamental para garantir a conformidade com a legislação e otimizar a carga tributária.

Neste artigo, vamos explorar os principais impostos que uma indústria precisa pagar no Brasil, explicando cada um deles e fornecendo informações essenciais para o planejamento tributário das indústrias, com foco nas estratégias para minimizar a carga fiscal e melhorar a competitividade.

O sistema tributário brasileiro e seus impostos sobre indústrias

O sistema tributário brasileiro é composto por tributos federais, estaduais e municipais. Cada um desses tributos tem uma aplicação específica, e as indústrias devem estar cientes de suas obrigações fiscais para garantir que cumpram corretamente a legislação e evitem problemas com o fisco. 

Vamos analisar os impostos mais relevantes para as indústrias, dividindo-os conforme o nível de governo responsável pela cobrança.

Impostos federais sobre indústrias

Os impostos federais são cobrados pela União e aplicam-se a todas as empresas do Brasil, incluindo as indústrias. Os principais impostos federais que uma indústria precisa pagar são:

Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ)

O Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) incide sobre o lucro ou faturamento das empresas, a depender do regime tributário. Para as indústrias, o IRPJ é uma das principais obrigações fiscais. 

A forma de cálculo do IRPJ depende do regime tributário adotado pela empresa. Existem três principais regimes de apuração do IRPJ:

  • Lucro Real: O imposto é calculado sobre o lucro efetivamente apurado pela empresa, após dedução de todas as despesas operacionais. Esse regime é mais complexo e exigente em termos de contabilidade, mas pode ser vantajoso para empresas com lucros baixos ou despesas elevadas.

  • Lucro Presumido: O imposto é calculado com base em uma presunção do lucro da empresa, que varia conforme a atividade e o faturamento da empresa. Este regime é mais simples, com menos exigências contábeis, mas pode não ser vantajoso para empresas com margens de lucro muito baixas.

  • Simples Nacional: O Simples Nacional é um regime simplificado destinado a microempresas e empresas de pequeno porte, que permite o pagamento de uma série de tributos em uma única guia. O IRPJ é cobrado dentro do Simples Nacional, mas com alíquotas reduzidas.

Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)

A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) é um imposto federal que também incide sobre o lucro das empresas, com a finalidade de financiar a seguridade social. 

O cálculo da CSLL segue regras semelhantes às do IRPJ, e sua alíquota varia conforme o regime de apuração:

  • Lucro Real: A alíquota da CSLL é de 9% sobre o lucro líquido da empresa.

  • Lucro Presumido: A alíquota é de 12% para atividades industriais.

  • Simples Nacional: A alíquota da CSLL é integrada à alíquota do Simples Nacional, dependendo da faixa de receita da empresa.

PIS e Cofins

O PIS (Programa de Integração Social) e a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) são contribuições sociais que incidem sobre a receita bruta das empresas. Para as indústrias, essas contribuições representam uma carga tributária significativa.

  • PIS e Cofins no regime cumulativo (para empresas no Lucro Presumido): As alíquotas do PIS e da Cofins são, respectivamente, 0,65% e 3%. Nesse regime, não há possibilidade de crédito sobre os tributos pagos nas compras de insumos.

  • PIS e Cofins no regime não cumulativo (para empresas no Lucro Real): As alíquotas são 1,65% para o PIS e 7,6% para a Cofins. Nesse regime, a empresa pode compensar os tributos pagos nas compras de insumos, o que pode resultar em uma redução da carga tributária.

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é um tributo federal que incide sobre a produção e a circulação de produtos industrializados. 

As indústrias são as principais responsáveis pelo pagamento do IPI, que é cobrado de acordo com a categoria e a classificação fiscal do produto.

  • O IPI varia de acordo com a classificação do produto na Tabela de Incidência do IPI (TIPI), com alíquotas que podem ser reduzidas ou isentas para determinados produtos.

  • As empresas podem deduzir o IPI pago na aquisição de insumos, o que pode reduzir o valor a ser pago na venda do produto final.

Impostos estaduais sobre indústrias

Além dos impostos federais, as indústrias também estão sujeitas à cobrança de tributos estaduais. Os principais impostos estaduais para as indústrias são:

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)

O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é um imposto estadual que incide sobre a circulação de mercadorias e a prestação de alguns serviços, como transportes e comunicação. 

Para as indústrias, o ICMS é um imposto relevante, pois incide sobre a venda de produtos, além de poder ser creditado nas compras de insumos, o que reduz a carga tributária.

  • Alíquotas: As alíquotas do ICMS variam de estado para estado e podem variar entre 7% e 18% para produtos nacionais. Produtos importados e de setores específicos, como combustíveis, podem ter alíquotas diferenciadas.

  • Substituição Tributária: Em alguns casos, o ICMS pode ser cobrado de forma antecipada, por meio da substituição tributária, o que significa que a indústria paga o imposto antes de efetivamente realizar a venda do produto.

IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores)

Embora o IPVA não incida diretamente sobre a produção ou venda de produtos, as indústrias que utilizam veículos próprios para transporte de mercadorias devem pagar esse imposto sobre os veículos registrados em seu nome.

O IPVA é estadual e tem uma alíquota que varia conforme o estado e o tipo de veículo.

Impostos municipais sobre indústrias

Por fim, as indústrias também estão sujeitas a tributos municipais, que são cobrados pelos municípios. Os principais impostos municipais para as indústrias são:

Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU)

O IPTU é um imposto municipal que incide sobre a propriedade de imóveis em áreas urbanas. 

Sendo assim, o IPTU não é um imposto que incide sobre receitas, mas sobre o valor venal dos imóveis em propriedade da indústria.

Taxas de licenciamento e fiscalização

Além dos impostos, as indústrias também estão sujeitas a taxas de licenciamento e fiscalização municipais, que são cobradas para que a empresa possa operar de acordo com as normas locais. Essas taxas variam conforme a localização e o tipo de atividade.

Como minimizar os impostos para indústrias?

Existem algumas estratégias que as indústrias podem adotar para reduzir a carga tributária e otimizar os impostos pagos, incluindo:

Planejamento Tributário: A escolha do regime tributário adequado é crucial para reduzir os custos fiscais. 

A adoção de um regime como o Simples Nacional ou Lucro Presumido pode ser vantajosa para empresas menores, enquanto o Lucro Real pode ser mais adequado para empresas de maior porte.

Aproveitamento de créditos de ICMS e IPI: As indústrias podem compensar os impostos pagos na aquisição de insumos, utilizando créditos de ICMS e IPI nas vendas subsequentes, o que pode reduzir a carga tributária total.

Revisão de despesas e incentivos fiscais: Algumas indústrias podem se beneficiar de incentivos fiscais oferecidos pelos governos federal, estadual e municipal, como isenções ou reduções de impostos em determinados segmentos da economia, como a Zona Franca de Manaus.

Conclusão

Compreender os impostos que uma indústria precisa pagar no Brasil é fundamental para que os empresários possam planejar suas atividades de forma eficaz e evitar surpresas fiscais. 

O sistema tributário brasileiro é complexo e envolve tributos federais, estaduais e municipais, sendo necessário que as indústrias adotem uma estratégia fiscal adequada para minimizar a carga tributária e garantir a competitividade no mercado.

A melhor forma de garantir que sua indústria esteja em conformidade com as obrigações fiscais e ao mesmo tempo aproveite todas as oportunidades de redução de impostos é contar com o apoio de uma consultoria contábil especializada

A Five Consultant Contabilidade pode ajudar a sua empresa a entender e gerenciar sua tributação de maneira eficiente, assegurando que você esteja no caminho certo para o crescimento sustentável e a otimização de custos.