CategoriesContabilidade para Profissionais da Saúde

Passo a passo para abrir uma clínica médica: exigências, CNPJ e alvarás

Abrir uma clínica médica no Brasil é um projeto promissor, mas que exige atenção a diversas etapas legais, tributárias e estruturais. 

Seja para médicos que desejam empreender com maior autonomia ou para investidores do setor da saúde, entender como funciona a legalização é o primeiro passo para garantir segurança jurídica, viabilidade financeira e sucesso no negócio.

Neste guia completo preparado pela Five Consultant Contabilidade, vamos apresentar o passo a passo para abrir uma clínica médica, explicando desde a definição da estrutura jurídica até a obtenção de alvarás essenciais para o funcionamento.

Vale a pena abrir uma clínica médica?

Sim, e por várias razões. A abertura de uma clínica permite maior controle sobre a agenda, os atendimentos e os rendimentos do profissional. Além disso, ao estruturar uma empresa formal, é possível:

  • Reduzir impostos por meio de regimes tributários vantajosos.

  • Emitir notas fiscais e firmar contratos com empresas e convênios.

  • Ter acesso a crédito empresarial, com melhores taxas e condições.

  • Aumentar a credibilidade perante o mercado e os pacientes.

  • Expandir a atuação ao contratar outros profissionais da saúde.

Com planejamento estratégico e assessoria contábil especializada, o profissional da saúde pode empreender com segurança e lucratividade.

1. Escolha do local e definição do projeto

Antes de qualquer registro legal, é necessário planejar a estrutura da clínica:

  • Escolha o imóvel onde funcionará a clínica, preferencialmente com localização acessível, boas condições de ventilação, salas adaptadas e banheiros acessíveis.

  • Elabore um projeto arquitetônico em conformidade com as exigências da Vigilância Sanitária, contemplando ambientes como recepção, consultórios, sala de procedimentos, copa e almoxarifado.

Esse projeto será essencial tanto para a aprovação da licença sanitária quanto para o alvará de funcionamento.

2. Definição do modelo societário

A clínica médica pode ser aberta como:

  • Sociedade Limitada Unipessoal (SLU): Ideal para médicos que desejam atuar sem sócios.

  • Sociedade Simples: Recomendada quando todos os sócios são da área médica.

  • Sociedade Empresária (LTDA): Permite a entrada de sócios investidores, não obrigatoriamente médicos.

A escolha do tipo societário impacta diretamente na responsabilidade dos sócios, no regime tributário e nos registros obrigatórios. A assessoria contábil irá orientar sobre a melhor opção com base nos objetivos e estrutura da clínica.

3. Elaboração e registro do contrato social

O contrato social é o documento que formaliza a criação da empresa. Ele precisa conter:

  • Nome empresarial e nome fantasia;

  • Atividades da clínica (objeto social);

  • Capital social da empresa;

  • Dados dos sócios (se houver);

  • Regras de administração e divisão de lucros.

Após ser elaborado, o contrato deve ser registrado na Junta Comercial do estado onde a clínica atuará.

4. Solicitação do CNPJ e da Inscrição Municipal

Com o contrato registrado, é hora de solicitar o CNPJ da clínica junto à Receita Federal. Em seguida, será necessário:

  • Obter a Inscrição Municipal na prefeitura;

  • Solicitar a autorização para emissão de Nota Fiscal de Serviços (NFS-e).

Esses registros são essenciais para que a clínica opere legalmente e cumpra suas obrigações fiscais.

5. Escolha do regime tributário

O regime tributário define como os impostos da clínica serão calculados. Os principais disponíveis são:

  • Simples Nacional: Pode ser vantajoso para clínicas de menor porte, mas sua viabilidade depende do Fator R (relação entre folha de pagamento e faturamento).

  • Lucro Presumido: É muito utilizado por clínicas de médio porte e permite uma carga tributária mais previsível.

  • Lucro Real: Obrigatório para clínicas com receita acima de R$ 78 milhões ou que realizam certas atividades específicas, e recomendável em alguns casos estratégicos com margem de lucro reduzida.

A Five Consultant Contabilidade realiza simulações detalhadas para indicar o melhor regime tributário de acordo com o faturamento e as despesas da clínica.

6. Obtenção do Alvará de Funcionamento

O alvará de funcionamento é emitido pela prefeitura e autoriza o início das atividades comerciais no local. Para obtê-lo, normalmente é necessário apresentar:

  • Contrato social;

  • CNPJ;

  • Comprovante de endereço da clínica;

  • Projeto arquitetônico aprovado;

  • Laudo dos bombeiros (AVCB);

  • Licença sanitária (ou protocolo de solicitação).

Em algumas cidades, o alvará pode ser provisório até que todas as licenças definitivas estejam em mãos.

7. Licença da Vigilância Sanitária

A licença sanitária é fundamental para clínicas que realizam atendimentos médicos, odontológicos, estéticos ou qualquer outro tipo de procedimento relacionado à saúde.

Para consegui-la, o local precisa atender a critérios como:

  • Estrutura física adequada e conforme o projeto;

  • Equipamentos em bom estado e calibrados;

  • Higiene e segurança nos ambientes;

  • Destinação correta de resíduos de saúde (lixo hospitalar).

O órgão responsável é a Vigilância Sanitária Municipal, e a análise pode envolver vistoria presencial. A não obtenção dessa licença pode acarretar multas, interdição ou até mesmo o cancelamento do alvará de funcionamento.

8. Registro no CRM

Caso a clínica tenha como atividade principal a prestação de serviços médicos, será necessário realizar o registro da empresa no Conselho Regional de Medicina (CRM). Esse registro exige:

  • Cópia do contrato social e CNPJ;

  • Comprovação de que há um diretor técnico (médico registrado);

  • Pagamento das taxas e anuidades do conselho.

Esse é um requisito legal para clínicas que atuam com responsabilidade técnica médica e utilizam o nome da medicina em sua divulgação.

9. Organização contábil e fiscal

Manter a contabilidade em dia é obrigação legal de toda empresa, especialmente de clínicas médicas que desejam evitar riscos fiscais e aproveitar oportunidades de planejamento tributário.

Entre as obrigações mensais e anuais estão:

  • Escrituração contábil completa;

  • Emissão e envio de guias de impostos;

  • Apuração do pró-labore e distribuição de lucros;

  • Entrega de declarações acessórias ao fisco;

  • Assessoria para reinvestimento e crescimento do negócio.

Contar com uma contabilidade especializada no setor da saúde, como a Five Consultant Contabilidade, garante tranquilidade e segurança para focar no que realmente importa: o cuidado com os pacientes.

Conclusão

Abrir uma clínica médica exige planejamento, conhecimento técnico e atenção a uma série de exigências legais. Porém, com o suporte certo, esse processo pode ser mais simples e muito mais vantajoso para o profissional da saúde.

A Five Consultant Contabilidade está pronta para acompanhar você em todas as etapas: da abertura do CNPJ ao acompanhamento tributário mensal da sua clínica, com um time especializado em negócios da área da saúde.

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CategoriesTributário

Como pagar menos impostos em clínicas médicas sem correr riscos com o fisco?

Administrar clínicas médicas envolve não apenas a excelência no atendimento aos pacientes, mas também uma gestão estratégica em todas as áreas, e isso inclui o planejamento tributário. 

Muitos profissionais da saúde pagam mais impostos do que deveriam, seja por desconhecimento das regras fiscais ou por falta de suporte contábil especializado.

A boa notícia é que existem formas legais de pagar menos impostos, desde que tudo seja feito com base na legislação e com o acompanhamento de uma contabilidade que entenda as especificidades do setor da saúde.

Neste artigo, a Five Consultant Contabilidade explica quais são os regimes tributários disponíveis para clínicas médicas, como escolher o mais vantajoso e quais estratégias podem gerar uma economia significativa de forma segura e dentro da lei.

Quais são os regimes tributários disponíveis para clínicas médicas?

Toda clínica médica deve estar enquadrada em um dos três regimes tributários brasileiros:

  • Simples Nacional

  • Lucro Presumido

  • Lucro Real

Cada regime tem suas próprias regras de cálculo e alíquotas, o que impacta diretamente no valor dos tributos pagos. 

A escolha correta depende do faturamento da clínica, da quantidade de funcionários, do tipo de serviço prestado e da estrutura de custos.

Vamos entender as características e possibilidades de economia em cada um deles.

Simples Nacional para clínicas médicas: atenção à regra do Fator R

O Simples Nacional é um regime simplificado voltado para empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. Para clínicas médicas, ele pode ser uma excelente opção — especialmente para aquelas com uma estrutura mais enxuta.

Porém, dentro do Simples, existe uma regra que influencia diretamente na carga tributária: o Fator R.

Na prática, o Fator R é uma fórmula usada para determinar em qual tabela de alíquotas a clínica será enquadrada: Anexo III (mais vantajoso) ou Anexo V (menos vantajoso).

A regra é a seguinte:

  • Se as despesas com folha de pagamento e pró-labore representarem 28% ou mais do faturamento da empresa, a tributação segue o Anexo III.

Anexo III – Quando o Fator R é maior ou igual a 28%

Faixa Receita Bruta 12 meses Alíquota Parcela a Deduzir
1 Até R$ 180.000 6,00% R$ 0,00
2 De R$ 180.000,01 a R$ 360.000 11,20% R$ 9.360,00
3 De R$ 360.000,01 a R$ 720.000 13,50% R$ 17.640,00
4 De R$ 720.000,01 a R$ 1.800.000 16,00% R$ 35.640,00
5 De R$ 1.800.000,01 a R$ 3.600.000 21,00% R$ 125.640,00
6 De R$ 3.600.000,01 a R$ 4.800.000 33,00% R$ 648.000,00
  • Se as despesas com folha de pagamento e pró-labore representarem menos que 28% do faturamento da empresa, a tributação segue o Anexo V.

Anexo V – Quando o Fator R é menor que 28%

Faixa Receita Bruta 12 meses Alíquota Parcela a Deduzir
1 Até R$ 180.000 15,50% R$ 0,00
2 De R$ 180.000,01 a R$ 360.000 18,00% R$ 4.500,00
3 De R$ 360.000,01 a R$ 720.000 19,50% R$ 9.900,00
4 De R$ 720.000,01 a R$ 1.800.000 20,50% R$ 17.100,00
5 De R$ 1.800.000,01 a R$ 3.600.000 23,00% R$ 62.100,00
6 De R$ 3.600.000,01 a R$ 4.800.000 30,50% R$ 540.000,00

Como você pode perceber, a diferença de tributação entre os anexos é enorme. Por isso, clínicas médicas que estão no Simples devem buscar manter o Fator R acima de 28%, investindo no pagamento de pró-labore e contratação com carteira assinada sempre que possível.

Lucro Presumido para clínicas médicas: alternativa vantajosa para clínicas em crescimento

Para clínicas com faturamento acima de R$ 4,8 milhões ou que, por estratégia, optam por sair do Simples, o Lucro Presumido costuma ser o regime mais vantajoso.

Nesse regime, podemos resumir as alíquotas aplicáveis sobre clínicas da seguinte forma:

  • Impostos Federais: 11,33% sobre o faturamento;
  • Imposto Municipal (ISS): 2% a 5% sobre o faturamento da empresa.

Lucro Real para clínicas médicas: indicado para clínicas com despesas muito altas

O Lucro Real é o regime mais complexo, porém o único que considera o lucro real da empresa após deduzir todas as despesas operacionais, administrativas, financeiras e de folha de pagamento.

Ele pode ser vantajoso para clínicas com grande estrutura, alto volume de despesas e margens de lucro reduzidas, pois o IRPJ e a CSLL são calculados sobre o que realmente sobra no caixa — e não sobre um percentual fixo da receita.

Entretanto, por envolver obrigações acessórias mais detalhadas e uma apuração mais exigente, esse regime requer uma contabilidade altamente técnica e um controle interno bem estruturado.

Equiparação hospitalar: uma estratégia legal para reduzir tributos

Uma das estratégias mais eficazes e legais para clínicas médicas que prestam serviços de forma estruturada é a chamada equiparação hospitalar.

Trata-se de um enquadramento especial que permite que a clínica seja tratada como “hospital” para fins tributários, o que reduz em cerca de 50% a carga de impostos como o IRPJ e a CSLL.

Para obter esse benefício, é preciso cumprir alguns requisitos, e contar com o suporte de uma contabilidade especializada, como a Five Consultant.

Como a Five Consultant pode ajudar sua clínica a pagar menos impostos com segurança

A Five Consultant Contabilidade é especializada no atendimento a clínicas médicas e profissionais da saúde. Atuamos com foco na redução legal da carga tributária, respeitando todos os critérios do fisco, para garantir que você:

  • Pague apenas o que é justo;

  • Escolha o melhor regime tributário para o seu momento;

  • Utilize o Fator R de forma estratégica;

  • Explore a equiparação hospitalar, se aplicável;

  • Organize seus processos com segurança e clareza.

Não corra riscos com o fisco e nem pague mais do que deveria. Com um bom planejamento, sua clínica pode crescer com mais lucro, menos tributo e total tranquilidade fiscal.

Conclusão

Pagar menos impostos de forma legal é perfeitamente possível para clínicas médicas — basta escolher o regime tributário correto e, quando possível, adotar estratégias como o uso do Fator R ou a equiparação hospitalar.

A chave para esse equilíbrio está em contar com o apoio de uma contabilidade especializada, que entenda as particularidades do setor da saúde e ofereça um plano personalizado para a sua realidade.

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CategoriesAbertura de CNPJ

Como abrir CNPJ para uma indústria?

Abrir uma indústria no Brasil é um processo que exige mais do que apenas vontade de empreender. Além de planejamento estratégico, é fundamental cumprir diversas exigências legais, fiscais e operacionais. E uma das primeiras etapas desse processo é a abertura do CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica).

Se você pretende montar uma indústria, seja de pequeno, médio ou grande porte, é essencial entender os trâmites legais para formalizar o negócio da maneira correta. 

Neste artigo, a Five Consultant Contabilidade explica o passo a passo de como abrir CNPJ para uma indústria, os cuidados necessários com a documentação, os tipos de empresa e regime tributário ideais, e por que contar com apoio contábil especializado é fundamental.

Por que formalizar sua indústria com um CNPJ?

O CNPJ é o registro da empresa junto à Receita Federal. Ele é indispensável para que qualquer empresa possa emitir nota fiscal, contratar funcionários, abrir conta bancária empresarial, participar de licitações, importar ou exportar, solicitar financiamentos e operar de forma legal no país.

No caso de uma indústria, o CNPJ também será necessário para:

  • Obter licenças específicas (ambientais, sanitárias e operacionais);

  • Regularizar a atividade junto à prefeitura e ao Estado;

  • Ingressar em programas de incentivos fiscais ou benefícios de inovação;

  • Operar com fornecedores e distribuidores de grande porte

Portanto, abrir o CNPJ é o primeiro grande passo para que sua indústria comece a funcionar de forma estruturada e segura.

Passo a passo para abrir CNPJ de uma indústria

Veja abaixo o passo a passo completo para abrir uma indústria e obter seu CNPJ de forma correta e eficiente.

1. Defina o tipo jurídico da empresa

O primeiro passo é escolher a natureza jurídica mais adequada para sua indústria. As opções mais comuns são:

  • Sociedade Limitada (LTDA): Modelo mais comum e recomendado para quem tem sócios. Garante proteção patrimonial e regras definidas em contrato social.

  • Sociedade Limitada Unipessoal (SLU): Ideal para quem quer empreender sozinho, mas com as proteções da LTDA, como separação de bens pessoais e empresariais.

A escolha do tipo jurídico influencia diretamente nas obrigações legais, modelo de contrato e nos riscos assumidos pelo empreendedor. Por isso, a análise deve ser feita com o suporte de um contador.

2. Elabore o contrato social ou requerimento de empresário

O contrato social é o documento que formaliza a constituição da empresa, define o capital social, atividades desenvolvidas, endereço da sede, responsabilidades dos sócios, entre outros pontos.

É essencial que esse documento seja elaborado por um profissional que compreenda as especificidades do setor industrial, para garantir a regularidade e evitar retrabalho.

3. Escolha o CNAE correto

A Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) é o código que determina qual será a atividade principal e secundárias da sua empresa. 

No caso da indústria, é necessário usar CNAEs específicos do setor de transformação, produção ou beneficiamento de bens.

A escolha do CNAE afeta diretamente o enquadramento tributário e a necessidade de licenças específicas, como ambientais e de operação. Por isso, a seleção deve ser feita com orientação técnica.

4. Faça o registro na Junta Comercial

Após definir os pontos anteriores, o próximo passo é fazer o registro da empresa na Junta Comercial do seu estado. 

Esse processo inclui a entrega do contrato social ou requerimento, Documento Básico de Entrada (DBE) e pagamento das taxas estaduais.

Após aprovação, a empresa será oficialmente registrada e poderá obter seu CNPJ junto à Receita Federal.

5. Obtenha o CNPJ na Receita Federal

Com o registro aprovado, é possível gerar o número do CNPJ da sua indústria por meio da Receita Federal. Esse número é a identidade jurídica da empresa e será utilizado em todos os documentos fiscais, bancários e legais.

A consulta e geração do CNPJ são feitas eletronicamente, e o processo pode levar de 24 a 72 horas após o protocolo completo.

6. Solicite o alvará de funcionamento e licenças específicas

Ao contrário de muitos outros setores, a indústria exige licenças adicionais para funcionar, como:

  • Alvará de funcionamento municipal

  • Licença ambiental (emitida por órgãos como a CETESB ou IBAMA, dependendo da atividade)

  • Licença sanitária, quando aplicável

  • Licença dos bombeiros (AVCB)

  • Cadastro estadual na SEFAZ (para indústrias com ICMS)

Essas licenças são exigidas conforme o porte da indústria, o grau de poluição da atividade e o impacto urbano causado. Por isso, o processo deve ser feito com cuidado, organização e acompanhamento técnico.

7. Escolha o regime tributário ideal

Após a formalização da empresa, será necessário escolher o regime tributário. Os principais são:

  • Simples Nacional: Disponível para indústrias com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. Tem alíquotas reduzidas e obrigações simplificadas.

  • Lucro Presumido: Para empresas com faturamento de até R$ 78 milhões/ano. A tributação é baseada em percentuais fixos sobre a receita.

  • Lucro Real: Obrigatório para empresas com faturamento superior a R$ 78 milhões, ou aquelas com atividades específicas. Os tributos são apurados com base no lucro real apurado.

Para a indústria, a escolha do regime tributário depende de vários fatores, como margem de lucro, faturamento, custos operacionais e utilização de créditos fiscais. Por isso, um estudo tributário é essencial antes de optar pelo regime.

8. Estruture a contabilidade da sua indústria

A partir da abertura do CNPJ, a empresa passa a ter obrigações contábeis mensais, como:

  • Escrituração contábil completa (balancetes, DRE, livro razão);

  • Apuração e recolhimento de tributos;

  • Emissão de notas fiscais eletrônicas (NF-e);

  • Controle de estoque e insumos;

  • Gestão de folha de pagamento, caso tenha funcionários;

  • Entrega de obrigações acessórias, como SPED Fiscal, EFD Contribuições, DCTF, etc.

A contabilidade para indústrias é mais complexa, principalmente quando envolve produção, transformação, subprodutos e gestão de matéria-prima. 

Por isso, contar com um escritório contábil especializado, como a Five Consultant Contabilidade, faz toda a diferença.

Conclusão

Abrir CNPJ para uma indústria exige atenção aos detalhes e comprometimento com a legalidade. O processo vai além do simples registro: envolve planejamento tributário, estruturação documental, obtenção de licenças e adoção de práticas contábeis eficientes.

A Five Consultant Contabilidade está pronta para te ajudar em cada etapa, desde o registro inicial até o acompanhamento contínuo da sua operação. Atuamos com foco em resultados, segurança jurídica e economia tributária para que sua indústria cresça de forma saudável e sustentável.

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CategoriesTributário

Como funciona a tributação em farmácias?

Um dos maiores desafios para empresários do segmento farmacêutico é entender como funciona a tributação sobre suas farmácias.

Afinal, é preciso reconhecer que a carga tributária no Brasil é muito complexa, envolvendo diversos impostos a nível federal, estadual e municipal, que variam conforme o regime de tributação escolhido pela empresa.

Não há como negar, a decisão de abrir e manter uma farmácia ou drogaria exige muito mais do que simplesmente cuidar do estoque de medicamentos e do atendimento ao público. Por sua vez, foi pensando nisso, que a Five Consultant Contabilidade, decidiu preparar este conteúdo.

Para saber mais e conferir o que o nosso time de especialistas preparou para você, fique conosco até o final do artigo.

Quais tributos incidem em farmácias e drogarias?

O mix de impostos que recai sobre a venda de medicamentos e produtos correlatos envolve:

  • ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços): Tributo estadual que costuma representar a maior fatia da carga tributária em farmácias.

  • PIS e COFINS: Contribuições federais sobre o faturamento, aplicadas cumulativa ou não cumulativamente conforme o regime.

  • IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido): Incidem sobre o lucro ou a base presumida de lucro, dependendo do regime.

  • ISS (Imposto Sobre Serviços): Aplicável em operações de prestação de serviços que a drogaria eventualmente realize.

Cada regime tributário reúne esses encargos de uma forma diferente. Na escolha do regime ideal, a farmácia deve considerar o seu volume de faturamento, a sua margem de lucro e a estrutura de custos.

Simples Nacional: opção prática para pequenas farmácias

O Simples Nacional é um regime simplificado que reúne uma série de tributos em uma única guia mensal de pagamento. Para farmácias, a tributação segue as alíquotas do Anexo I, aplicado ao comércio varejista:

Faixa Receita em 12 meses Alíquota Valor a deduzir
Até 180.000,00 4,00%
De 180.000,01 a 360.000,00 7,30% R$ 5.940,00
De 360.000,01 a 720.000,00 9,50% R$ 13.860,00
De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,70% R$ 22.500,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,30% R$ 87.300,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 19,00% R$ 378.000,00

Como é possível observar, neste regime, uma pequena farmácia pode inicia sua atividade pagando apenas 4% em impostos. No entanto, as alíquotas sobem à medida que o volume de faturamento cresce.

No entanto, a alíquota máxima não é de 19%, pois na prática, nós temos que considerar os valores da coluna “Valor a deduzir”. 

Diante disso, a contabilidade precisa utilizar a seguinte fórmula para calcular os impostos:

[(RBT12 x ALIQ) – PD] / RBT12

Onde:

  • RBT12: Receita Bruta Total nos últimos 12 meses;
  • ALIQ: Alíquota no Anexo do Simples Nacional;
  • PD: Parcela a Deduzir.

Veja um exemplo de cálculo, considerando uma farmácia com faturamento anual de R$ 2 milhões, e que no mês de apuração dos tributos, faturou R$ 200 mil:

    • Anexo: I
    • Faturamento últimos 12 meses: R$ 2.000.000,00
  • Faturamento no mês atual: R$ 200.000,00
  • Alíquota do Simples Nacional: 14,30%
  • Parcela a deduzir: R$ 87.300,00

[(RBT12 x ALIQ) – PD] / RBT12

[(R$ 2.000.000,00 x 14,30%) – R$ 87.300,00] / R$ 2.000.000,00

(R$ 286.000,00 – R$ 87.300,00) / R$ 2.000.000,00

R$ 198.700,00/ R$ 2.000.000,00

Alíquota Efetiva: 9,935%

Valor a pagar: R$ 200.000,00 x 9,935 = R$ 19.870,00

Lucro Presumido: quando faz sentido para drogarias

O Lucro Presumido é uma das opções em regime tributário para farmácias que faturam mais de R$ 4,8 milhões, e que não conseguem se enquadrar no Simples, ou então, para negócios menores, que por algum fator, podem pagar menos impostos no Presumido do que no regime simplificado.

No Lucro Presumido, a tributação para farmácias é basicamente a seguinte:

  • IRPJ: 1,20%
  • CSLL: 1,08%
  • COFINS: 3%
  • PIS: 0,65%
  • ICMS: Alíquota variável de acordo com o estado e tipo de medicamento comercializado.

Sendo assim, temos um total de 5,93% em impostos federais, mais a carga tributária de ICMS, que pode variar de acordo com a legislação de cada estado.

Lucro Real: opção para grandes redes e operações com baixa lucratividade

O Lucro Real é um regime obrigatório para farmácias com faturamento anual acima de R$ 78 milhões, mas que também pode ser utilizado por empresas de menor porte, costumando ser vantajoso, para aquelas que operam com baixa lucratividade ou registram prejuízo em determinados períodos.

Na prática, isso acontece, pois no Lucro Real, o IRPJ e a CSLL incidem sobre o lucro, e não sobre o valor faturado. Além disso, prejuízos de períodos anteriores, podem ser utilizados para abater impostos no período vigente.

No Lucro Real, a tributação para farmácias, é baseada nas seguintes alíquotas:

  • IRPJ: 15% sobre o lucro (com acréscimo de 10% sobre o lucro trimestral acima de R$ 60 mil);
  • CSLL: 9% sobre o lucro;
  • COFINS: 7,6% sobre o faturamento (permitidos alguns créditos);
  • PIS: 1,65% sobre o faturamento (permitidos alguns créditos);
  • ICMS: Alíquota variável de acordo com a legislação de cada estado.

ICMS em farmácias: particularidades e benefícios

O ICMS é o imposto estadual que mais pesa no custo do medicamento. Algumas dicas para otimizar:

  • Aproveite créditos: Em estados que mantêm crédito para medicamentos comercializados;

  • Substituição tributária: Entenda quando a drogaria é responsável por recolher ICMS de toda a cadeia (o famoso regime de ST);

  • Benefícios fiscais: Alguns estados oferecem redução de base de cálculo para produtos de saúde ou insumos essenciais.

Uma contabilidade especializada acompanha as mudanças de legislação estadual, evitando autuações e permitindo acesso a incentivos.

A Five Consultant Contabilidade está pronta para ajudar sua farmácia ou drogaria a escolher o melhor regime, organizar estoques, aproveitar créditos fiscais e manter todas as obrigações em dia.

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CategoriesImposto

Quando vale a pena optar pelo Lucro Presumido?

Você sabe qual é o momento certo e quando vale a pena optar pelo Lucro Presumido, como estratégia para pagar menos impostos?

A escolha do regime tributário é uma das decisões mais estratégicas na vida de qualquer empresa. Ela afeta de forma direta, não somente o montante de impostos a recolher, mas também a complexidade das obrigações acessórias, a previsibilidade do fluxo de caixa e, em última instância, a competitividade no mercado. 

Entre as três opções principais – Simples Nacional, Lucro Real e Lucro Presumido – este último muitas vezes surge como uma alternativa intermediária que equilibra simplicidade e economia fiscal. 

Mas quando, afinal, vale a pena optar pelo Lucro Presumido? 

Neste artigo, elaborado pelo time da Five Consultant Contabilidade, você encontrará um panorama completo do regime, exemplos práticos, fatores a considerar e orientações para tomar essa decisão com segurança.

Como funciona o Lucro Presumido

Diferentemente do Lucro Real, em que a base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) corresponde ao resultado contábil ajustado, no Lucro Presumido a Receita Federal adota percentuais fixos do faturamento bruto para estimar esse lucro. 

Esses percentuais variam conforme a atividade da empresa:

Alíquota base de IRPJ no Lucro Presumido

Atividades Alíquota
Revenda a varejo de combustíveis e gás natural 1,60%
· Venda de mercadorias ou produtos

· Transporte de cargas

· Atividades imobiliárias

· Serviços hospitalares

· Atividade Rural

· Industrialização com materiais fornecidos pelo encomendante

· Outras atividades não especificadas (exceto prestação de serviços)

8 %
· Serviços de transporte (exceto o de cargas)

· Serviços gerais com receita bruta até R$ 120.000/ano

16%
· Serviços profissionais

· Intermediação de negócios

· Administração, locação ou cessão de bens móveis/imóveis ou direitos

· Serviços em geral, para os quais não haja previsão de percentual específico

32%

 

Alíquota base de CSLL do Lucro Presumido

Atividades Alíquota
Comércio

Indústria

Serviços hospitalares

Serviços de transporte

12%
Serviços em geral, exceto hospitalares e de transporte

Intermediação de negócios;

Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza.

32%

Após aplicar o percentual correspondente ao faturamento mensal, obtém-se a “base de presunção”. Sobre esse valor incidem:

  • IRPJ a 15%, com adicional de 10% sobre a parcela do lucro que exceder R$ 20.000,00 por mês;

  • CSLL a 9%.

Além disso, no Lucro Presumido a empresa recolhe PIS e COFINS em regime cumulativo, com alíquotas de 0,65% e 3% sobre o faturamento, respectivamente, e também deve considerar o ISS ou o ICMS, conforme as operações.

Vantagens e simplificações do regime

A principal atração do Lucro Presumido é a previsibilidade da carga tributária. Sabendo de antemão qual percentual se aplica ao seu ramo, o empresário pode projetar o desembolso mensal de IRPJ e CSLL com grande precisão, facilitando o planejamento financeiro. 

Além disso, a simplicidade de não precisar lidar com demonstrações contábeis complexas, lançamentos de adições e exclusões e verificação de créditos tributários também representa economia de tempo e redução de custos com contabilidade.

Outro ponto forte é a potencial redução de impostos para empresas que apresentam margens de lucro real superiores aos percentuais de presunção. 

Uma startup de software que mantenha 40% de lucro líquido sobre o faturamento, por exemplo, paga menos IRPJ/CSLL no Lucro Presumido (32% de presunção) do que se apurasse o lucro real, pois recolherá tributos sobre base menor que seu ganho efetivo.

Quando o Lucro Presumido é indicado

Margens de lucro elevadas: Se sua empresa opera com margens líquidas superiores às porcentagens de presunção, faz sentido migrar do Simples Nacional (quando próximo ao teto) ou do Lucro Real para o Lucro Presumido. Além de pagar menos IRPJ/CSLL, você mantém processos tributários mais enxutos.

Faturamento acima do teto do Simples Nacional: O Simples Nacional atende negócios com receita anual de até R$ 4,8 milhões, mas, ao se aproximar desse limite, as alíquotas podem saltar para faixas que superam 15%. 

Nesses casos, o Lucro Presumido, com IRPJ e CSLL a partir de cerca de 6% (8% de presunção x 15% + 8% x 9%), mais PIS/COFINS, costuma ser mais vantajoso.

Baixa dedutibilidade de custos: Empresas sem grande volume de custos que possam ser deduzidos no Lucro Real, como folha de pagamento elevada ou investimentos em P&D incentivados, perdem a chance de reduzir a base tributável. 

Para esses casos, o Lucro Presumido libera o empresário de escrutínio contábil em troca de uma presunção que, muitas vezes, reflete bem a realidade da operação.

Redução da complexidade contábil: Negócios que buscam minimizar obrigações acessórias e preferem manter uma escrituração mais leve podem optar pelo Lucro Presumido, que exige apenas a escrituração de receitas e de algumas despesas e a geração de guias mensais de recolhimento.

Fatores de risco e pontos de atenção

Optar pelo Lucro Presumido sem uma análise cuidadosa pode gerar custo tributário superior ao do Lucro Real, caso sua margem seja menor que a presunção. 

Também é preciso atenção à conciliação de PIS/COFINS cumulativos, pois a falta de créditos pode onerar ainda mais o carregamento de impostos.

Outro aspecto é a retenção na fonte: contratos com grandes empresas e órgãos públicos frequentemente impõem retenções de IRPJ (1,5%), CSLL (1%), PIS (0,65%), COFINS (4%) e ISS. Essas retenções afetam o fluxo de caixa e devem ser consideradas no preço de venda dos serviços.

Conclusão

O Lucro Presumido representa uma excelente alternativa para empresas que buscam equilíbrio entre economia de impostos e simplicidade de processos. 

Negócios com margens de lucro superiores aos percentuais de presunção, faturamentos próximos ou acima do limite do Simples Nacional, baixa dedutibilidade de custos e desejo de reduzir obrigações acessórias encontram no Lucro Presumido um caminho vantajoso.

No entanto, essa escolha exige cuidado: simulações detalhadas, análise de riscos de retenção na fonte e um planejamento tributário robusto são indispensáveis. 

A Five Consultant Contabilidade está à disposição para orientar cada etapa desse processo, levando em conta as particularidades do seu setor, os objetivos de crescimento e a estrutura financeira da sua empresa.

Entre em contato conosco e descubra como podemos ajudar você a identificar se o Lucro Presumido é a melhor opção para o seu negócio!

CategoriesAbertura de CNPJ

O que deve constar no Contrato Social de uma empresa?

O contrato social é o documento base para fundação de qualquer sociedade empresária no Brasil. Nele, ficam registradas as regras fundamentais que regem a constituição, o funcionamento e a dissolução da empresa. 

Um contrato social bem elaborado não só atende às exigências legais como também evita conflitos futuros entre os sócios, garante clareza na gestão e fortalece a segurança jurídica do negócio. 

Neste artigo super completo, apresentamos cada elemento que deve constar no contrato social, explicando sua importância e oferecendo dicas práticas para elaborar um documento sólido e eficiente.

Identificação da sociedade

Denominação social: A denominação social é o nome jurídico da empresa, sob o qual ela será registrada e identificada formalmente. 

Deve respeitar as regras de distintividade e não pode se confundir com nomes já existentes na Junta Comercial. 

Ao final da denominação, inclua a sigla da natureza jurídica (por exemplo, “LTDA.” para Sociedade Limitada).

Objeto social: O objeto social descreve as atividades que a empresa pretende exercer, com seus respectivos códigos CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). 

É fundamental definir claramente o objeto para evitar divergências e permitir a correta aplicação de tributos e licenças.

Endereço da sede: Indique o endereço completo da sede social, incluindo rua, número, bairro, CEP, município e UF. 

Natureza jurídica e capital social

Natureza jurídica: Especifique a natureza jurídica da empresa, escolhendo entre as opções previstas em lei, como Sociedade Limitada (LTDA.), Sociedade Anônima (S/A), Sociedade Limitada Unipessoal (SLU) e outras modalidades. 

A natureza jurídica define quais são os aspectos de responsabilidade dos sócios e suas obrigações legais.

Capital social: O capital social representa o montante em dinheiro ou bens investidos pelos sócios para o início das operações. Deve ser descrito em valor numérico e por extenso, incluindo:

  • Valor total do capital social.

  • Participação de cada sócio, em percentuais ou frações ideais.

  • Forma de integralização (dinheiro, bens móveis, imóveis ou direitos), com suas descrições e avaliações.

Quadro societário e responsabilidades

Identificação dos sócios: Para cada sócio, informe:

  • Nome completo, nacionalidade, estado civil, profissão.

  • Número e órgão expedidor do RG, CPF.

  • Endereço residencial completo.

Responsabilidades e poderes: Defina claramente as responsabilidades e poderes de cada sócio, especificando:

  • Quais atos cada sócio pode praticar sozinho ou em conjunto.

  • Limites de alçadas para contratação de empréstimos, assinatura de contratos, abertura de contas bancárias, etc.

Administrações e cargos: Designe os administradores da sociedade (sócios ou terceiros), indicando nome, poderes e prazo de mandato. É recomendável detalhar:

  • Competências exclusivas (ex.: gestão financeira, contratação de funcionários).

  • Necessidade de deliberação (decisões que exigem aprovação unânime ou maioria).

Distribuição de lucros e regras de retirada

Critérios de distribuição de lucros: Estabeleça como será feita a distribuição de lucros, considerando:

  • Periodicidade (mensal, trimestral, anual).

  • Percentual mínimo de distribuição.

  • Possibilidade de antecipações de lucro (adiantamentos futuros).

Pró-labore: Defina o pró-labore (remuneração fixa) dos sócios que exercem funções de administração, detalhando:

  • Valor ou percentual do pró-labore.

  • Periodicidade de pagamento.

  • Obrigatoriedade de recolhimento de INSS sobre o valor.

Deliberações societárias

Convocação de reuniões e assembleias: Estabeleça regras para convocação de reuniões de sócios ou assembleias, incluindo:

  • Prazos para convocação prévia.

  • Forma de convocação (email, carta, publicação em jornal).

  • Quórum mínimo para instalação e deliberação.

Quórum de aprovação: Determine o quórum necessário para aprovação de deliberações, como:

  • Alterações de contrato social.

  • Aprovação de contas.

  • Desembolso de investimentos significativos.

Normalmente, definições de maior relevância exigem quórum qualificado (2/3 ou unanimidade).

Entrada e saída de sócios

Regras de admissão de novos sócios: Descreva o procedimento para inclusão de novos sócios, incluindo:

  • Forma de avaliação da participação.

  • Recomposição percentual do capital social.

  • Direito de preferência dos sócios atuais.

Retirada, exclusão e falecimento: Preveja situações de retirada voluntária, exclusão por justa causa e sucessão por falecimento, estabelecendo:

  • Critérios e prazos para apuração de haveres.

  • Forma de cálculo do valor da cota do sócio retirante ou herdeiros.

  • Prazo para pagamento dos haveres.

Prazo de duração e dissolução

Prazo de duração: Indique se a sociedade tem prazo de duração determinado ou indeterminado. 

A maioria das empresas adota o prazo indeterminado, evitando a necessidade de prorrogação.

Causas de dissolução: Liste as hipóteses de dissolução antecipada, como:

  • Unanimidade dos sócios.

  • Extinção do objeto social.

  • Perda de capital social acima de 50%.

  • Decisão judicial ou administrativa.

Cláusulas especiais

Não concorrência: Em contratos com sócios que também trabalhem em concorrência direta, pode-se incluir cláusula de não concorrência, delimitando prazo e escopo.

Confidencialidade: Estabeleça obrigações de sigilo para sócios e administradores, protegendo segredos comerciais, carteira de clientes e estratégias de negócios.

Solução de conflitos: Previna disputas definindo mecanismos de mediação e arbitragem, indicando instituição arbitral, cidade e regras aplicáveis.

Dito isso, vale lembrar, que o Contrato Social deve ser protocolado na Junta Comercial do Estado, acompanhado de:

  • Requerimento de Empresário ou Requerimento de Registro de Sociedade Limitada.

  • Comprovantes de pagamento de taxas.

  • Reconhecimento de firma dos sócios.

Após o registro, a Junta emite a Certidão de Registro e o número do NIRE, que dará sequência ao pedido de CNPJ.

5 dicas para elaboração do contrato social

1.Consulte sempre um contador ou advogado especializado para adequar cláusulas às peculiaridades do seu negócio.

2.Use linguagem clara e evite termos excessivamente técnicos, garantindo que todos os sócios compreendam o conteúdo.

3.Preveja cenários de crise, como perda de sócios ou dificuldades financeiras, para facilitar a tomada de decisões.

4.Reavalie periodicamente o contrato, atualizando-o conforme o crescimento e mudanças estratégicas da empresa.

5.Digitalize todas as versões e mantenha cópias físicas organizadas, facilitando consultas e comprovações.

Conclusão

O contrato social é a base sobre a qual a sua empresa será erguida. Não tenha dúvidas, incluir todas as informações necessárias, da identificação da sociedade às cláusulas de dissolução, garante maior segurança jurídica, evita litígios e facilita a gestão. 

Um documento bem redigido reflete a maturidade da sociedade e fortalece a confiança entre os sócios, parceiros e instituições financeiras.

Na Five Consultant Contabilidade, somos especialistas no processo de abertura e legalização de empresas, assegurando que o seu negócio, funcione em completa conformidade com a legislação vigente.

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CategoriesContabilidade para Farmácias

Como controlar estoque de medicamento na farmácia

Como controlar estoque de medicamento na farmácia

A gestão de estoque de medicamentos é um dos aspectos mais críticos para o bom funcionamento de uma farmácia. Controlar adequadamente os medicamentos não só assegura o cumprimento das normas regulatórias e fiscais, como também garante a satisfação dos clientes e a rentabilidade do negócio. 

A falta de controle pode gerar uma série de problemas, como perdas financeiras, falta de medicamentos essenciais e até mesmo problemas legais. Portanto, entender como controlar o estoque de medicamentos de maneira eficaz é fundamental.

Neste artigo, vamos explorar as melhores práticas e estratégias para controlar o estoque de medicamentos em uma farmácia, com foco em otimizar o processo e evitar prejuízos. 

A importância do controle de estoque de medicamentos

O controle de estoque em uma farmácia vai muito além de simplesmente manter um registro do que há disponível. 

Ele envolve uma série de práticas e processos que visam garantir que os medicamentos estejam sempre disponíveis para os clientes, ao mesmo tempo em que minimizam o risco de perdas e expiração de produtos. Aqui estão algumas das razões pelas quais o controle de estoque é crucial:

  1. Prevenção de perdas financeiras: Produtos vencidos ou não vendidos geram perdas diretas para a farmácia, comprometendo a lucratividade. Além disso, a falta de produtos essenciais pode levar a perda de clientes.

  2. Atendimento ao cliente: Manter um estoque bem controlado garante que os clientes encontrem os medicamentos que precisam, evitando frustrações e fidelizando-os à farmácia.

  3. Cumprimento das normas: O setor farmacêutico é altamente regulamentado. A farmácia precisa ter controle rigoroso sobre a entrada, saída e armazenamento de medicamentos, especialmente os controlados, para garantir que esteja em conformidade com as normas da Anvisa e outras autoridades sanitárias.

  4. Gestão de recursos: Um controle adequado do estoque permite a melhor alocação de recursos financeiros, evitando o capital parado em medicamentos que não são vendidos com frequência.

Principais desafios na gestão de estoque de medicamentos

A gestão de estoque de medicamentos pode apresentar alguns desafios, especialmente para farmácias de pequeno e médio porte. Os principais obstáculos enfrentados incluem:

  • Variação na demanda: A demanda por certos medicamentos pode variar ao longo do ano, e a farmácia precisa estar preparada para ajustar seu estoque de acordo.

  • Medicamentos vencidos ou fora de estoque: Muitos medicamentos têm um prazo de validade restrito, e manter um controle rigoroso para evitar perdas por vencimento é um desafio constante.

  • Rastreamento de medicamentos controlados: Medicamentos controlados exigem um controle ainda mais rigoroso, tanto no que diz respeito à quantidade quanto ao registro da venda.

Como controlar o estoque de medicamentos na farmácia?

Agora que entendemos a importância do controle de estoque, vamos discutir algumas práticas eficazes para gerenciar o estoque de medicamentos em uma farmácia.

1.Implementar um sistema de gestão de estoque (SGE)

Uma das melhores formas de controlar o estoque de medicamentos é utilizando um sistema de gestão de estoque (SGE). Esses sistemas ajudam a automatizar o processo de entrada e saída de medicamentos, registrando todas as movimentações e alertando sobre produtos com validade próxima ou em excesso no estoque.

Os principais benefícios do SGE incluem:

  • Monitoramento em Tempo Real: Você pode acompanhar, em tempo real, a quantidade de medicamentos disponíveis e receber alertas quando o estoque estiver baixo ou quando houver medicamentos prestes a vencer.

  • Controle de Medicamentos Controlados: O sistema pode gerar relatórios detalhados sobre a venda e a movimentação de medicamentos controlados, garantindo conformidade com as regulamentações da Anvisa.

  • Relatórios Financeiros: O SGE gera relatórios financeiros automáticos, facilitando a análise de lucros e a tomada de decisões mais assertivas.

2.Classificar e organizar o estoque

A organização física do estoque é outro fator essencial para garantir que a farmácia tenha um controle eficiente dos medicamentos. A classificação adequada dos produtos e a organização do estoque permitem um acesso mais rápido e fácil aos itens, evitando perdas e facilitando o processo de reposição.

Dicas para uma boa organização:

  • Por categorias de medicamentos: Organize os medicamentos por categorias, como medicamentos controlados, analgésicos, antibióticos, vitaminas, etc. Isso facilita a localização e o controle dos produtos.

  • Sistema de codificação: Utilize códigos ou etiquetas de cores para diferenciar os tipos de medicamentos e facilitar a identificação.

  • Armazenamento adequado: Certifique-se de que os medicamentos sejam armazenados de acordo com as recomendações do fabricante, respeitando a temperatura e a umidade ideais.

3.Controle de validade dos medicamentos

A validade dos medicamentos é um dos principais aspectos a serem monitorados. Medicamentos vencidos não podem ser vendidos, e mantê-los no estoque pode gerar prejuízos financeiros.

Estratégias para controlar a validade:

  • FIFO (First In, First Out): Esse método consiste em vender primeiro os medicamentos que chegaram primeiro ao estoque, garantindo que os produtos com data de validade mais próxima sejam vendidos antes.

  • Rotinas de verificação: Realize verificações regulares de validade e remova produtos vencidos imediatamente do estoque.

  • Alertas de validade: Configure alertas no sistema de gestão de estoque para que você seja notificado com antecedência sobre medicamentos prestes a vencer.

4.Gestão de compras e reposição de estoque

A gestão de compras e a reposição de estoque são fundamentais para garantir que a farmácia não fique sem produtos essenciais e, ao mesmo tempo, evite o excesso de estoque que leva a desperdício e aumento de custos.

Dicas para uma boa gestão de compras:

  • Planejamento de compras: Analise o histórico de vendas para planejar a reposição de medicamentos de forma inteligente, comprando apenas o necessário para atender à demanda.

  • Negociação com fornecedores: Estabeleça boas relações com os fornecedores para garantir prazos de entrega rápidos e preços competitivos. Considere comprar em grandes quantidades de medicamentos que têm alta demanda para obter descontos.

Conclusão

Controlar o estoque de medicamentos de forma eficiente é um dos pilares para o sucesso de uma farmácia. 

A adoção de boas práticas e o uso de tecnologias modernas, como sistemas de gestão de estoque, pode aumentar a produtividade, reduzir erros e garantir que a farmácia esteja sempre bem abastecida para atender às necessidades dos clientes.

Além disso, uma boa gestão contábil é fundamental para garantir que o controle de estoque esteja alinhado com as estratégias financeiras da farmácia. 

Ao adotar as estratégias de automação e otimização de processos, a farmácia pode reduzir custos e melhorar a rentabilidade do negócio.

Se você está buscando melhorar a gestão de sua farmácia e precisa de suporte contábil especializado, entre em contato com a Five Consultant Contabilidade.

CategoriesContabilidade Consultiva

Preciso emitir nota fiscal em clínica médica?

Em clínicas médicas, a emissão de Nota Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) não é apenas uma formalidade operacional: trata-se de uma obrigação legal que impacta a conformidade tributária, a relação com convênios e a credibilidade perante pacientes. 

Embora muitos profissionais enxerguem o procedimento como burocrático, a adoção de uma rotina organizada de emissão de notas fiscais traz agilidade, segurança jurídica e transparência financeira.

Para ter acesso a tudo que você precisa saber sobre a emissão de notas fiscais em clínicas médicas, continue conosco e acompanhe este artigo até o final.

A obrigatoriedade da NFS-e em clínicas médicas

A Lei 8.846/1994 deixa claro que a emissão de “nota fiscal, recibo ou documento equivalente, relativo à prestação de serviços, deverá ser efetuada no momento da efetivação da operação”.

Veja o que diz o artigo 1º da referida lei:

“Art. 1º A emissão de nota fiscal, recibo ou documento equivalente, relativo à venda de mercadorias, prestação de serviços ou operações de alienação de bens móveis, deverá ser efetuada, para efeito da legislação do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, no momento da efetivação da operação.

1º O disposto neste artigo também alcança:

a) a locação de bens móveis e imóveis;

b) quaisquer outras transações realizadas com bens e serviços, praticadas por pessoas físicas ou jurídicas.”

Por sua vez, o artigo 2º da mesma lei, diz o seguinte:

“Art. 2º Caracteriza omissão de receita ou de rendimentos, inclusive ganhos de capital para efeito do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza e das contribuições sociais, incidentes sobre o lucro e o faturamento, a falta de emissão da nota fiscal, recibo ou documento equivalente, no momento da efetivação das operações a que se refere o artigo anterior, bem como a sua emissão com valor inferior ao da operação.”

No caso das clínicas médicas, cada consulta, exame ou procedimento deve ser registrado por meio de NFS-e ou documento eletrônico equivalente. 

A não emissão ou a emissão com valor abaixo daquele efetivamente cobrado configura omissão de receita, crime de sonegação fiscal e sujeita o estabelecimento a multas, juros e até ação penal, conforme estabelece o art. 2º da mesma legislação.

Além da lei federal, cada município regulamenta a NFS-e em seu portal, determinando:

  • Os códigos de serviço aplicáveis (CNAE e lista de serviços do ISS);

  • O prazo máximo para emissão (geralmente até o final do expediente ou no dia seguinte);

  • A obrigatoriedade de certificado digital para assinatura;

  • As regras de retenção ou substituição tributária, quando cabíveis.

Por que emitir nota fiscal traz benefícios imediatos

Embora algumas clínicas relutem em implementar a NFS-e, os ganhos são múltiplos:

1.Facilidade de reembolso: Pacientes que buscam ressarcimento junto a planos de saúde ou na declaração de Imposto de Renda exigem a nota fiscal como comprovante legítimo.

2.Gestão de caixa: O registro eletrônico automatiza o controle de contas a pagar e receber, permitindo acompanhar em tempo real quais notas foram pagas e quais estão em aberto, reduzindo esquecimentos e retrabalhos.

3.Transparência fiscal: em eventuais auditorias do fisco municipal, a clínica exibe o histórico de faturamento e o recolhimento de ISS, evitando autuações.

4.Melhoria do relacionamento: pacientes valorizam estabelecimentos organizados, que disponibilizam comprovantes claros e profissionais.

Documentação e pré-requisitos para iniciar a emissão

Antes de emitir qualquer nota, a clínica deve reunir:

  • CNPJ e inscrição municipal ativos;

  • Alvará de funcionamento e registro na Vigilância Sanitária;

  • Certificado digital (nos municípios que exigem assinatura eletrônica);

  • Login e senha do sistema de NFS-e oferecido pela prefeitura.

Em grande parte das cidades, o acesso ao sistema eletrônico é feito pelo portal da prefeitura, onde se cadastram os tomadores de serviço (pacientes, empresas, convênios) e se parametrizam os códigos fiscais. 

Esse credenciamento, embora demore algumas horas ou dias para aprovação, é essencial para garantir a segurança e a autenticidade das notas.

Como funciona o fluxo de emissão de NFS-e

Veja como funciona o fluxo para emissão de uma nota fiscal de serviços em uma clínica médica:

1.Cadastro do tomador: No ambiente eletrônico, a clínica inclui, uma única vez, dados como nome completo ou razão social, CPF/CNPJ e endereço do cliente contratante dos serviços.

2.Registro da nota: No dia da prestação de serviços, o operador seleciona o tomador, escolhe o serviço adequado, informa data, valor e detalha no campo “Descrição do Serviço” o procedimento.

3.Assinatura e emissão: O sistema gera um arquivo XML e PDF, assinado digitalmente. A NFS-e eletrônica é transmitida imediatamente, e fica disponível para download.

5.Entrega ao paciente/convênio: Por e-mail ou impressão, a clínica fornece ao cliente a nota fiscal, conforme determina a legislação.

Por mais que possa parecer inicialmente complexo, a emissão de notas fiscais de serviços é bem simples, e pode ser realizada em questão de segundos, quando os dados do cliente já estão cadastrados.

Tributos incidentes e regimes tributários

De acordo com a legislação em vigor, sobre cada nota fiscal emitida, incidem impostos federais (IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, CPP) e o ISS (imposto municipal).

Por sua vez, as alíquotas aplicáveis e o valor dos impostos devidos, dependerá de itens como o volume de faturamento da clínica e o regime tributário adotado, que pode ser o Simples Nacional, o Lucro Presumido ou o Lucro Real.

Para escolher o regime tributário mais econômico, e não pagar mais impostos que o necessário, contar com o suporte de uma contabilidade especializada é fundamental.

Conclusão

Emitir nota fiscal em clínica médica é muito mais do que cumprir uma exigência legal: é estruturar a operação para ganhar eficiência, evitar riscos de autuações e fortalecer a imagem junto a pacientes e convênios. 

Com processos bem desenhados, sistemas integrados e o apoio de uma contabilidade especializada como a Five Consultant, sua clínica ganha conformidade fiscal, visibilidade financeira e foco no que importa — o atendimento de qualidade.

Quer deixar a NFS-e em dia e ter mais tranquilidade para crescer?

Entre em contato com a Five Consultant Contabilidade e fale com nossos especialistas em contabilidade para clínicas médicas!

CategoriesContabilidade para indústrias

Qual o melhor regime tributário para indústria?

A escolha do regime tributário é uma das decisões mais estratégicas que uma indústria pode tomar, pois impacta diretamente na competitividade, na margem de lucro e no fluxo de caixa. 

No Brasil, existem três opções principais: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. Cada regime possui regras, alíquotas e obrigações acessórias distintas, devendo ser avaliado em função de fatores como faturamento, estrutura de custos, margem de lucro, e perfil de investimentos da empresa. 

Neste artigo da Five Consultant Contabilidade, vamos detalhar cada regime, apontar suas vantagens e desvantagens para o setor industrial e lhe ajudar a decidir qual é o melhor caminho para a sua fábrica.

Simples Nacional para indústrias

O Simples Nacional é um regime simplificado voltado a micro e pequenas empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. Ele unifica até oito tributos (IRPJ, CSLL, PIS, COFINS IPI, ICMS, ISS e CPP) em uma única guia de recolhimento (DAS).

Indústrias optantes pelo Simples Nacional são tributadas com base no Anexo I do regime, com alíquota a partir de 4% sobre o faturamento, conforme tabela abaixo:

 

Faixa Receita em 12 meses Alíquota Valor a deduzir
Até 180.000,00 4,00%
De 180.000,01 a 360.000,00 7,30% R$ 5.940,00
De 360.000,01 a 720.000,00 9,50% R$ 13.860,00
De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,70% R$ 22.500,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,30% R$ 87.300,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 19,00% R$ 378.000,00

Por sua vez, dentre os principais benefícios deste regime, podemos destacar:

  • Burocracia reduzida: Única guia mensal, menor volume de SPEDs e obrigações acessórias simplificadas.

  • Alíquotas progressivas: Variam conforme a faixa de receita, podendo ser atraentes para indústrias de baixo faturamento.

  • Cálculo automático: Sistema da Receita calcula a alíquota conforme a receita acumulada nos últimos 12 meses.

Por outro lado, as principais desvantagens do regime são as seguintes:

  • Limite de faturamento: Restrito a R$ 4,8 milhões/ano, muitas indústrias ultrapassam esse teto.

  • Tributação sobre faturamento: Incide sobre a receita bruta, independente de margem, o que pode onerar indústrias com elevados custos de produção e margens apertadas.

  • IPI incluído no cálculo: Apesar de ser um tributo de competência federal para indústria, o IPI no Anexo I pode elevar a alíquota efetiva.

O Simples Nacional pode ser vantajoso para pequenas indústrias com margens relativamente altas, que consigam se manter confortavelmente abaixo do teto de faturamento. Nesse caso, a simplicidade operacional e a unificação tributária compensam.

Lucro Presumido para indústrias

O Lucro Presumido é um regime para empresas com faturamento anual de até R$ 78 milhões. Nele, a base de cálculo do IRPJ e da CSLL é determinada pela aplicação de um percentual fixo sobre a receita bruta, variando conforme o setor de atividade.

Margem de presunção para indústria:

  • Indústria em geral: 8% da receita bruta para IRPJ e 12% para CSLL.

  • Receita de venda de produtos sujeitos a regime monofásico: margens específicas definidas pela legislação.

Alíquotas aplicáveis:

  • IRPJ: 15% sobre a base presumida + adicional de 10% sobre o que ultrapassar R$ 60.000,00 trimestrais.

  • CSLL: 9% sobre a base presumida.

  • PIS/COFINS: Regime cumulativo, com alíquotas de 0,65% e 3%, respectivamente.

  • ICMS: Recolhido à parte, conforme alíquota do produto e estado de operação.

Por sua vez, dentre as principais vantagens do regime, podemos destacar:

  • Previsibilidade: Alíquotas fixas e conhecidas, facilitando orçamentos e projeções.

  • Possível economia: Quando a margem de lucro efetiva for inferior à margem presumida (por exemplo, indústrias de baixo mark-up).

  • Menor burocracia: Em relação ao Lucro Real, mas mais obrigações que o Simples.

Por outro lado, as principais desvantagens são as seguintes:

  • Sem compensação de prejuízos fiscais: Mesmo se o negócio der prejuízo, a base de cálculo permanece fixa.

  • Tributação cumulativa de PIS/COFINS: Não há créditos na cadeia de produção, elevando a carga tributária sobre insumos.

  • Obrigações acessórias: Mais complexas que o Simples, exigindo controle mais apurado de notas fiscais e balancetes.

Indústrias com margens de lucro altas, que não consigam aproveitar a ampla compensação de custos e despesas no Lucro Real, podem encontrar no Lucro Presumido carga tributária menor. 

Também é opção para quem fatura acima do teto do Simples, mas ainda está em patamar que não justifique o custo de compliance do Lucro Real.

Lucro Real para indústrias

O Lucro Real é obrigatório para empresas com faturamento anual acima de R$ 78 milhões, mas pode ser opcional para negócios menores. Nele, o IRPJ e a CSLL incidem sobre o lucro contábil ajustado pelas adições e exclusões da legislação fiscal.

As alíquotas aplicáveis neste regime são as seguintes:

  • IRPJ: 15% sobre o lucro + 10% adicional sobre a parcela trimestral que exceder R$ 60 mil.

  • CSLL: 9% sobre o lucro.

  • PIS/Cofins: Alíquotas de 1,65% e 7,6% no regime não cumulativo, com créditos sobre insumos.

  • ICMS: Pago conforme legislação estadual.

Por sua vez, dentre as principais vantagens do Lucro Real, podemos destacar:

  • Tributação alinhada ao resultado: Paga-se imposto apenas sobre o lucro real, sendo interessante para indústrias com margens muito variáveis ou menores.

  • Aproveitamento de créditos de PIS/Cofins: Na aquisição de matérias-primas, energia e serviços, reduzindo custos tributários.

  • Compensação de prejuízos fiscais: No Lucro Real, as empresas podem abater prejuízos da base de cálculo do IRPJ e da CSLL.

Por outro lado, as principais desvantagens do regime são as seguintes:

  • Complexidade operacional: Exige contabilidade robusta, sistemas ERP integrados e equipe especializada.

  • Lista de obrigações acessórias extensas: Como SPED Contábil (ECD), SPED Fiscal, ECF, DCTF, além de controles internos rigorosos.

  • Custo de compliance elevado: Que pode não compensar para empresas de menor porte.

O Lucro Real é a melhor opção para indústrias com margens de lucro reduzidas ou que estejam sujeitas a variações volumétricas acentuadas (sazonalidade). 

Também é indicado para quem planeja grandes investimentos, pois facilita a apropriação de créditos e amortizações.

Para saber mais, e contar com o apoio de especialistas para descobrir qual é o melhor regime tributário para sua indústria, clique no botão do WhatsApp e entre em contato conosco!

CategoriesContabilidade para Farmácias

Quais documentos preciso para abrir uma farmácia?

Se você está planejando abrir uma farmácia, é muito importante conhecer todos os documentos necessários para tirar os seus planos do papel. 

Ter a papelada em ordem não só agiliza o registro do estabelecimento junto aos órgãos competentes, mas também garante que sua farmácia esteja em conformidade com as normas sanitárias, tributárias e societárias desde o primeiro dia de funcionamento. 

Neste guia completo, você vai descobrir quais são os principais documentos exigidos em cada esfera (federal, estadual e municipal), entender o passo a passo para reuni-los e conferir dicas valiosas para evitar contratempos na hora de legalizar o seu negócio.

Por que a documentação correta é essencial para abrir uma farmácia?

Ter todos os papéis em dia é muito mais do que mera formalidade: é uma exigência legal que assegura a responsabilidade técnica, a segurança dos clientes e a credibilidade da farmácia no mercado. 

Sem a documentação adequada, você pode enfrentar multas, interdições ou até mesmo o cancelamento do alvará de funcionamento.

Além disso, investidores, parceiros e instituições financeiras costumam avaliar o nível de conformidade documental antes de conceder financiamentos ou firmar parcerias. 

Quanto mais organizado estiver o processo de abertura e legalização, mais confiança você transmite ao mercado.

Documentos essenciais para abrir uma farmácia

Antes de entrar nos detalhes por órgão, veja a seguir uma visão geral dos principais documentos que você precisará reunir:

  • Documentação societária e cadastral dos sócios

  • Alvará de funcionamento

  • Licença da Vigilância Sanitária (VISA)

  • Inscrição estadual e municipal

  • Registro no Conselho Regional de Farmácia

Cada um desses itens envolve etapas específicas e prazos diferentes. Nos tópicos a seguir, vamos detalhar tudo o que você precisa para não ter dúvidas na hora de abrir uma farmácia.

Documentos federais obrigatórios

Antes de tudo, sua empresa deve estar regularmente inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ). Para isso, você precisará:

  1. Contrato social ou requerimento de empresário: Documento que formaliza a constituição da sociedade ou do empresário individual.

  2. CPF e RG dos sócios: Cópias legíveis e atualizadas, necessárias para a identificação dos sócios junto à Receita Federal.

Esses documentos devem ser protocolados na Junta Comercial do seu estado, que solicitará o Número de Identificação do Registro de Empresa (NIRE). Com o NIRE em mãos, você obtém o CNPJ diretamente pela Receita Federal.

Documentos estaduais

Após obter o CNPJ, é preciso realizar a inscrição estadual na Secretaria da Fazenda do seu estado. A inscrição estadual é obrigatória para estabelecimentos que comercializam produtos sujeitos à tributação de ICMS, como medicamentos:

  1. Documento de inscrição estadual: Preenchimento do formulário específico da Sefaz, disponível no portal do governo estadual.

  2. Comprovante de endereço comercial: Conta de água, luz ou contrato de locação com CEP atualizado.

A inscrição estadual libera sua farmácia para emitir notas fiscais eletrônicas de venda ao consumidor e ao atacado, além de recolher o ICMS de forma correta.

Documentos municipais

Cada município possui sua própria legislação sobre alvará de funcionamento e licença sanitária. De modo geral, você deverá providenciar:

  1. Alvará de funcionamento: Emitido pela prefeitura, comprova que a atividade comercial é permitida no local. Normalmente, requer apresentação de planta baixa do imóvel aprovada pela vigilância municipal e pagamento de taxas.

  2. Licença da Vigilância Sanitária (VISA): Documento emitido pela vigilância local que atesta as condições sanitárias e estruturais do estabelecimento.

Antes de protocolar esses pedidos, certifique-se de que a planta do imóvel atende às normas de segurança, acessibilidade e armazenamento de medicamentos, conforme RDC da Anvisa.

Documentação específica para abrir uma farmácia de manipulação

Se o seu objetivo é abrir uma farmácia que também manipula fórmulas, há exigências adicionais:

  1. Alvará de manipulação da Anvisa: Além da licença sanitária municipal, é preciso obter autorização para manipulação de medicamentos, que envolve inspeção criteriosa das instalações.

  2. Manutenção de Livro de Registro de Receituário (LRRF): Documento obrigatório para controlar o recebimento e a dispensação de fórmulas manipuladas. Deve ser atualizado diariamente.

Esses requisitos visam garantir a rastreabilidade dos insumos e a qualidade dos produtos manipulados.

Passo a passo para reunir e validar seus documentos

  1. Defina a estrutura societária: Escolha entre empresário individual, sociedade limitada ou outra modalidade, considerando questões tributárias e de responsabilidade.

  2. Elabore o contrato social: Conte com o auxílio de um contador experiente para evitar erros que possam atrasar o registro.

  3. Protocolize o NIRE e obtenha o CNPJ: Siga as instruções da Junta Comercial e da Receita Federal.

  4. Inscreva-se na Sefaz (estadual) e na prefeitura (municipal): Cada órgão possui sistemas online para protocolo e acompanhamento.

  5. Solicite a licença sanitária: Agende a vistoria e prepare o estabelecimento conforme as normas da Anvisa.

  6. Registre o responsável técnico: O farmacêutico responsável deve estar inscrito no Conselho Regional de Farmácia e designado no contrato social ou documento equivalente.

Realizar cada etapa com atenção aos prazos e exigências evita retrabalhos e garante que sua farmácia entre em operação no tempo planejado.

Dicas para evitar atrasos na abertura da sua farmácia

Confira algumas dicas importantes para evitar atrasos na abertura da sua farmácia:

  • Planeje com antecedência: Inicie a preparação dos documentos pelo menos 60 dias antes da data prevista de inauguração.

  • Conte com um contador especializado: Profissionais experientes em abertura de farmácias conhecem as particularidades do setor e das legislações locais.

  • Verifique a documentação do imóvel: Previna surpresas ao descobrir exigências estruturais de última hora.

  • Mantenha comunicação direta com os órgãos: Acompanhe o status dos protocolos e responda rapidamente a solicitações de correções.

  • Organize seus arquivos digitalmente: Facilite o envio de cópias eletrônicas e o controle das versões dos documentos.

Seguir essas recomendações ajuda a minimizar imprevistos e a reduzir o tempo de espera entre o protocolo e a emissão das autorizações.

Conclusão

Reunir toda a documentação necessária é o primeiro passo para o sucesso de quem deseja abrir uma farmácia. Além de garantir a conformidade legal, esse cuidado proporciona maior segurança jurídica e operacional para o seu negócio. 

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