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Quando uma indústria deve optar pelo Lucro Real?

O Lucro Real é um dos regimes mais complexos, mas também um dos mais vantajosos em determinadas situações.

A escolha do regime tributário é uma das decisões mais estratégicas para qualquer empresa industrial. Ela impacta diretamente o valor dos impostos, o fluxo de caixa e até mesmo a competitividade do negócio no mercado. 

Neste artigo preparado pela Five Consultant Contabilidade, você vai entender quando uma indústria deve optar pelo Lucro Real, quais são suas vantagens, como funciona o cálculo dos impostos e quais cuidados devem ser tomados antes da decisão.

O que é o Lucro Real

O Lucro Real é o regime tributário no qual o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) são calculados com base no lucro efetivo da empresa, ou seja, na diferença entre receitas e despesas reais, apuradas pela contabilidade.

Isso significa que, se a indústria tiver prejuízo em um determinado período, ela não paga IRPJ e CSLL sobre esse resultado, podendo inclusive compensar o prejuízo nos períodos seguintes.

Além do IRPJ e da CSLL, as empresas no Lucro Real também recolhem PIS e COFINS no regime não cumulativo, o que permite o aproveitamento de créditos fiscais sobre determinadas despesas e insumos usados na produção.

Por exigir uma contabilidade completa e detalhada, o Lucro Real costuma ser adotado por empresas de maior porte ou com estruturas contábeis mais robustas, que conseguem aproveitar seus benefícios de forma planejada.

Quando o Lucro Real é obrigatório

Nem todas as indústrias podem escolher livremente o regime tributário. Em alguns casos, o Lucro Real é obrigatório, conforme determina a legislação fiscal.

A opção é obrigatória para empresas que:

  • Têm faturamento anual superior a R$ 78 milhões;

  • Exercem atividades financeiras (como bancos, seguradoras e factoring);

  • Possuem lucros, rendimentos ou ganhos no exterior;

  • Têm benefícios fiscais específicos que exigem o regime do Lucro Real;

  • Foram autuadas por sonegação ou fraude fiscal.

Mesmo que a indústria não se enquadre nessas condições, o Lucro Real pode ser uma escolha estratégica para negócios que desejam aproveitar créditos fiscais e reduzir a carga tributária com base em resultados reais.

Quando a indústria deve considerar optar pelo Lucro Real

A decisão de adotar o Lucro Real deve ser tomada com base em uma análise técnica do perfil financeiro da empresa.

Algumas situações tornam o regime mais vantajoso, especialmente em indústrias com margens variáveis ou altos custos operacionais.

1. Quando há alta variação de lucro e períodos de prejuízo

O Lucro Real é ideal para indústrias que enfrentam oscilações de faturamento ou sazonalidade.

Como o imposto é calculado sobre o lucro efetivo, se a empresa tiver prejuízo, não haverá IRPJ nem CSLL a pagar, o que evita tributar algo que não foi ganho.

Esse diferencial é importante em setores como metalurgia, têxtil, automotivo e alimentício, que sofrem com variações de custo de insumos e volume de vendas.

2. Quando os custos e despesas são elevados

Empresas industriais com alta carga de despesas operacionais, depreciação e investimentos em maquinário tendem a se beneficiar do Lucro Real. 

Esses gastos são dedutíveis na apuração do lucro, o que reduz a base de cálculo dos impostos.

Por exemplo: se uma indústria investir em máquinas, energia e insumos, poderá abater esses custos do lucro tributável, reduzindo significativamente o IRPJ e a CSLL.

3. Quando há possibilidade de aproveitamento de créditos de PIS e COFINS

No Lucro Real, o PIS e a COFINS são recolhidos no regime não cumulativo, o que significa que a empresa pode gerar créditos sobre suas compras de insumos e serviços.

Esses créditos podem ser abatidos dos tributos devidos mensalmente, gerando economia relevante para indústrias com cadeia produtiva complexa.

É uma vantagem importante frente ao Lucro Presumido, que não permite esse tipo de compensação.

4. Quando há exportação de produtos

Indústrias que exportam produtos têm isenção de PIS e COFINS sobre as receitas de exportação.

Ao mesmo tempo, elas mantêm o direito aos créditos sobre os insumos utilizados, o que pode aumentar a margem de lucro e reduzir a carga tributária total.

5. Quando há incentivo fiscal ou benefício específico

Alguns incentivos fiscais, como os previstos na Lei do Bem (para inovação tecnológica), exigem que a empresa esteja no Lucro Real para poder usufruir das deduções e reduções de impostos.

Portanto, se a indústria realiza pesquisa e desenvolvimento (P&D), pode aproveitar esses benefícios para reduzir o IRPJ e a CSLL de forma expressiva.

Vantagens do Lucro Real para indústrias

Optar pelo Lucro Real pode trazer vantagens significativas, especialmente para empresas com controle contábil estruturado.

Entre os principais benefícios estão:

  • Base tributária justa: Os impostos incidem sobre o lucro efetivo, e não sobre uma presunção;

  • Aproveitamento de prejuízos fiscais: Até 30% do lucro líquido pode ser compensado com prejuízos anteriores;

  • Créditos de PIS e COFINS: Sobre insumos, energia, transporte e serviços;

  • Incentivos fiscais exclusivos: Como Lei do Bem, PAT e deduções de investimentos;

  • Transparência contábil: Valorizando a imagem da empresa perante investidores e instituições financeiras.

Essas vantagens tornam o Lucro Real uma excelente opção para indústrias que buscam crescimento sustentável e economia fiscal de longo prazo.

Como a Five Consultant Contabilidade pode ajudar

Optar pelo Lucro Real pode representar uma grande economia tributária para a sua indústria, desde que o processo seja planejado e acompanhado por especialistas.

A Five Consultant Contabilidade oferece um serviço completo de análise tributária e planejamento contábil, ajudando sua empresa a:

  • Simular a carga tributária em cada regime (Simples, Presumido e Real);

  • Controlar custos e despesas para maximizar deduções;

  • Gerar relatórios de desempenho e lucratividade;

  • Manter a conformidade fiscal com segurança;

  • Aproveitar incentivos fiscais exclusivos do Lucro Real.

Com uma equipe experiente e foco em indústrias de diversos segmentos, a Five Consultant garante que sua empresa pague apenas o necessário em impostos, e nada além disso.

Conclusão

A indústria deve optar pelo Lucro Real quando busca tributação justa, economia legal e planejamento financeiro de longo prazo.

Empresas com custos elevados, margens reduzidas ou operações complexas têm muito a ganhar com esse regime, desde que contem com uma contabilidade especializada e uma gestão eficiente dos dados financeiros.

💡 Quer descobrir se o Lucro Real é o regime ideal para a sua indústria? 

A equipe da Five Consultant Contabilidade pode realizar uma análise detalhada e gratuita do seu negócio.

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Crédito de ICMS na indústria: veja o que é e como aproveitar

O crédito de ICMS na indústria é um dos mecanismos mais importantes para reduzir custos e melhorar a competitividade das empresas do setor produtivo. 

No entanto, muitos empresários ainda não entendem como os créditos funcionam, e acabam deixando de aproveitar um benefício fiscal legítimo que pode gerar grande impacto positivo no fluxo de caixa.

Neste artigo completo, preparado pela equipe da Five Consultant Contabilidade, você vai entender o que é o crédito de ICMS, como ele funciona, quais operações dão direito ao crédito e como aproveitá-lo de forma correta e segura dentro da legislação.

O que é o ICMS e por que ele é tão relevante para a indústria

O ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) é um tributo estadual cobrado sobre a venda de produtos, transporte, energia elétrica, comunicação e importações.

No setor industrial, o ICMS é um dos impostos mais significativos, pois incide em todas as etapas da cadeia produtiva, desde a compra de insumos até a venda do produto final.

A boa notícia é que, por ser um imposto não cumulativo, o ICMS permite que a indústria desconte (ou credite) o valor pago na aquisição de mercadorias, matérias-primas e serviços usados na produção. Esse desconto é o que chamamos de crédito de ICMS.

O que é o crédito de ICMS

O crédito de ICMS é o direito que a empresa tem de compensar o imposto pago nas etapas anteriores da cadeia com o imposto devido na etapa seguinte.

Funciona assim:

  • A indústria paga ICMS ao comprar insumos e matérias-primas. 
  • Quando vende o produto final, ela cobra ICMS do comprador. 
  • No momento da apuração, a empresa pode abater (creditar) o imposto que pagou na compra dos insumos do valor que deve pagar na venda.

Esse mecanismo evita a cobrança em cascata, garantindo que o imposto incida apenas sobre o valor agregado, isto é, a diferença entre o custo de produção e o preço de venda.

Fórmula simplificada:

ICMS a pagar = ICMS sobre as vendas – ICMS pago nas compras

Exemplo prático de crédito de ICMS na indústria:

Imagine uma indústria que fabrica móveis e compra madeira de um fornecedor.

Compra da madeira:

 

    • Valor da compra: R$ 100.000 
    • ICMS (18%): R$ 18.000 
    • Total pago ao fornecedor: R$ 118.000 

Venda do produto final:

 

    • Valor da venda: R$ 200.000 
    • ICMS (18%): R$ 36.000

Na apuração mensal, a empresa pode creditar os R$ 18.000 pagos na compra da madeira e abater esse valor do imposto devido nas vendas.

Resultado:

ICMS a recolher = R$ 36.000 (venda) – R$ 18.000 (compra) = R$ 18.000

Sendo assim, a indústria paga imposto apenas sobre o valor que agregou à mercadoria (R$ 100.000).

Quais operações geram direito ao crédito de ICMS

Nem toda despesa ou compra gera crédito de ICMS. A legislação prevê regras específicas que variam de acordo com o tipo de produto e sua destinação.

As principais situações que geram crédito para a indústria são:

1.Matérias-primas, insumos e produtos intermediários:

Todos os materiais que participam do processo de industrialização e que sofrem alteração física ou química (como aço, madeira, tintas, embalagens, etc.).

2. Energia elétrica utilizada na produção:

O crédito é permitido desde que a energia seja usada diretamente na linha de produção. Energia usada em áreas administrativas não gera crédito.

3.Serviços de transporte e comunicação:

O crédito é permitido quando o transporte é vinculado à circulação de mercadorias (por exemplo, transporte de insumos para a fábrica ou de produtos acabados para o cliente).

4.Bens do ativo imobilizado:

Máquinas, equipamentos e ferramentas usados no processo produtivo podem gerar crédito, mas ele é apropriado de forma parcelada, geralmente em 1/48 por mês (ou seja, em quatro anos).

5.Insumos importados:

A indústria que importa matérias-primas também pode se creditar do ICMS pago na importação desses insumos.

6.Devoluções de mercadorias:

Quando um cliente devolve produtos, a indústria pode recuperar o crédito correspondente ao ICMS destacado na nota original.

Como aproveitar melhor o crédito de ICMS na indústria

Para aproveitar o crédito de ICMS de forma estratégica e segura, siga estas orientações:

1.Faça um mapeamento completo das operações

Identifique todas as entradas de insumos, matérias-primas e serviços que podem gerar crédito.

2.Implemente controles automatizados

Use softwares de gestão fiscal integrados à contabilidade para evitar erros e garantir o registro correto de notas.

3.Mantenha sua escrituração fiscal em dia

Entregas como SPED Fiscal e EFD ICMS/IPI devem estar sempre atualizadas e coerentes com as notas fiscais.

4.Recupere créditos tributários de períodos anteriores

É possível revisar os últimos cinco anos e recuperar créditos de ICMS não aproveitados, desde que devidamente comprovados.

5.Conte com uma contabilidade especializada em indústria

Um contador especializado entende as particularidades de cada Estado e setor industrial, garantindo que a empresa aproveite o máximo de benefícios fiscais sem correr riscos.

Benefícios de um bom gerenciamento do crédito de ICMS

Empresas industriais que fazem o uso correto do crédito de ICMS alcançam vantagens competitivas importantes:

  • Redução direta da carga tributária; 
  • Aumento do fluxo de caixa com menor desembolso de impostos; 
  • Maior competitividade de preços no mercado; 
  • Regularidade fiscal e menor risco de autuações; 
  • Possibilidade de compensar ou ressarcir créditos acumulados.

Quando bem administrado, o crédito de ICMS se torna uma ferramenta de gestão estratégica, e não apenas uma obrigação fiscal.

O papel da contabilidade nesse processo

A Five Consultant Contabilidade atua lado a lado com indústrias de diversos segmentos para garantir o correto aproveitamento dos créditos de ICMS e outras oportunidades fiscais.

Nosso trabalho envolve:

  • Análise das operações e identificação de créditos permitidos; 
  • Revisão tributária para recuperação de créditos passados; 
  • Controle do ativo imobilizado e escrituração contábil completa; 
  • Planejamento fiscal personalizado para reduzir a carga tributária da empresa.

Com uma contabilidade especializada, sua indústria paga menos impostos de forma legal, aumenta a eficiência fiscal e melhora os resultados financeiros.

💬 Entre em contato conosco e descubra como nossa equipe pode ajudar sua indústria a pagar menos impostos com segurança e planejamento fiscal inteligente.

Five Consultant Contabilidade — parceira estratégica da indústria para crescimento com eficiência tributária.

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Como funciona o IPI para indústrias

O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é um dos tributos mais relevantes para o setor industrial brasileiro. Ele incide sobre produtos resultantes de algum processo de industrialização e é cobrado tanto na saída das mercadorias das indústrias quanto na importação de produtos.

Para gestores e empreendedores do setor industrial, compreender como o IPI funciona é essencial para evitar autuações, planejar os custos e aproveitar corretamente os créditos fiscais disponíveis.

Neste artigo, a equipe da Five Consultant Contabilidade explica de forma clara e detalhada tudo o que você precisa saber sobre o IPI: sua base legal, forma de cálculo, quem deve pagar, obrigações acessórias e dicas para otimizar a gestão tributária.

O que é o IPI

O IPI é um tributo federal, regulamentado pelo Decreto nº 7.212/2010, que incide sobre produtos industrializados.

São considerados industrializados todos os produtos que passam por um processo que modifique a sua natureza ou finalidade, ou que os aperfeiçoe para o consumo, como:

  • Transformação de matéria-prima em produto acabado;

  • Montagem de peças para formação de um novo produto;

  • Acondicionamento que altere a apresentação para consumo;

  • Recondicionamento ou renovação de produto usado.

Em outras palavras, qualquer operação que dê origem a um novo produto ou melhore suas características para o consumo final caracteriza industrialização, e o IPI é o imposto que incide sobre esse processo.

Quem deve pagar o IPI

O IPI é devido principalmente por:

  • Indústrias e estabelecimentos equiparados a industrial, ou seja, que realizam atividades consideradas industrialização.

  • Importadores de produtos industrializados, mesmo que não sejam indústrias.

  • Comerciantes que realizem operações específicas de industrialização, como recondicionamento.

Assim, não é apenas a indústria de grande porte que precisa se preocupar com o IPI. Empresas que executam processos de beneficiamento, montagem ou acondicionamento especial também podem ser equiparadas a industrial e ter a obrigação de recolher o imposto.

Fato gerador do IPI

O fato gerador do IPI ocorre em duas situações principais:

1.Saída de produtos industrializados do estabelecimento industrial: Quando a mercadoria deixa a fábrica para ser vendida.

2.Desembaraço aduaneiro de produtos industrializados importados, ou seja, no momento em que o produto importado é liberado pela alfândega.

Na prática, isso significa que o imposto incide tanto sobre a produção nacional quanto sobre produtos fabricados no exterior que entram no Brasil.

Base de cálculo e alíquotas

A base de cálculo do IPI é, em geral, o valor da operação de venda, que inclui:

  • Preço do produto;

  • Despesas acessórias, como frete e seguro (quando cobrados do comprador);

  • Descontos condicionais (que dependem de um evento futuro, não integram a base).

As alíquotas do IPI variam de acordo com a TIPI (Tabela de Incidência do IPI), que classifica os produtos com base no código da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).

Existem produtos com alíquota zero ou isentos (como alguns medicamentos e produtos de primeira necessidade) e outros com alíquotas elevadas, como bebidas alcoólicas e cigarros.

Cálculo do IPI: exemplo prático

Imagine uma indústria que vende determinado produto com preço de R$ 10.000,00 e cuja alíquota de IPI, conforme a TIPI, é de 10%.

O cálculo é simples:

  • Base de cálculo: R$ 10.000,00

  • Alíquota: 10%

  • IPI devido: R$ 10.000,00 x 10% = R$ 1.000,00

O valor do IPI é destacado na nota fiscal e normalmente repassado ao comprador, que em algumas situações pode se creditar do imposto.

Regime de créditos e não cumulatividade

Um dos pontos mais importantes do IPI é o princípio da não cumulatividade. Isso significa que o imposto pago em uma etapa da produção pode ser descontado na etapa seguinte, evitando a cobrança em cascata.

A indústria que compra insumos já tributados pelo IPI pode se creditar do valor pago na aquisição e descontá-lo do IPI devido na venda do produto final.

Exemplo: se a empresa pagou R$ 300,00 de IPI na compra de matéria-prima e, ao vender o produto acabado, apurou R$ 1.000,00 de IPI devido, ela poderá compensar o crédito:

  • IPI a recolher = R$ 1.000,00 – R$ 300,00 = R$ 700,00.

Esse mecanismo garante que o imposto seja pago apenas sobre o valor agregado em cada etapa da cadeia.

Obrigações acessórias

Além do recolhimento do IPI, as indústrias têm diversas obrigações acessórias, entre as quais:

  • Emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) com destaque do imposto;

  • Escrituração fiscal digital por meio do SPED Fiscal, onde são informadas todas as operações e créditos de IPI;

  • Controle de estoque e produção para comprovar a origem e a movimentação dos produtos;

  • Entrega de Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) quando aplicável.

Manter a escrituração correta é fundamental para evitar autuações e multas.

Incentivos e regimes especiais

Alguns setores ou regiões do Brasil contam com incentivos fiscais relacionados ao IPI. Exemplos:

  • Zona Franca de Manaus, com isenção ou redução de alíquotas para determinados produtos.

  • Programas de desenvolvimento regional que oferecem benefícios para indústrias que se instalam em áreas estratégicas.

Para usufruir desses incentivos, a empresa precisa atender a requisitos específicos e manter a regularidade fiscal.

Impacto da Reforma Tributária

Com a aprovação da Reforma Tributária, ao longo dos próximos anos, o IPI será substituído pelo Imposto Seletivo, aplicado apenas a produtos que causem impacto à saúde e ao meio ambiente.

Contudo, enquanto a transição não se concretiza, o cumprimento correto das obrigações relativas ao IPI permanece obrigatório. Por isso, as indústrias precisam manter atenção redobrada às regras atuais e acompanhar as mudanças.

Boas práticas de gestão tributária

Para lidar de forma eficiente com o IPI, as indústrias devem adotar algumas boas práticas:

  • Manter cadastro fiscal atualizado: A correta classificação NCM dos produtos é fundamental para aplicar a alíquota certa e evitar autuações.

  • Organizar os créditos de IPI: Controlar de forma sistemática os créditos e débitos para não perder oportunidades de compensação.

  • Automatizar processos: Utilizar sistemas de gestão integrados que facilitem a emissão de notas fiscais e o cumprimento das obrigações acessórias.

  • Contar com assessoria contábil especializada: Profissionais experientes ajudam a interpretar a legislação, planejar tributos e evitar riscos.

Conclusão

O IPI é um tributo de grande relevância para as indústrias, impactando diretamente o preço final dos produtos e a competitividade no mercado.

Compreender suas regras de incidência, cálculo e regime de créditos é essencial para reduzir custos, garantir conformidade fiscal e evitar penalidades.

Embora a Reforma Tributária aponte para mudanças futuras, a gestão correta do IPI continua indispensável no presente.

Por isso, contar com uma assessoria contábil especializada, como a Five Consultant Contabilidade, é o melhor caminho para garantir que sua empresa cumpra todas as obrigações legais e aproveite ao máximo os créditos e benefícios disponíveis.

Para saber mais, clique no botão do WhatsApp e entre em contato conosco!

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Quais os impactos da reforma tributária na indústria?

A reforma tributária é um dos temas mais discutidos no cenário econômico brasileiro nos últimos anos. 

O objetivo principal é simplificar o sistema atual, considerado complexo e oneroso, ao substituir uma série de tributos federais, estaduais e municipais por um modelo mais moderno e alinhado com práticas internacionais.

Mas a grande pergunta que surge é: como essas mudanças vão impactar a indústria, um dos setores mais relevantes da economia brasileira e também um dos mais prejudicados pela carga tributária atual?

Neste artigo da Five Consultant Contabilidade, você vai entender os principais pontos da reforma, o que muda na tributação da indústria e quais os desafios e oportunidades para o setor

Panorama atual da tributação da indústria

Hoje, a indústria convive com um sistema tributário fragmentado e de difícil gestão. Entre os principais impostos e contribuições incidentes sobre a produção estão:

  • IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados): De competência federal, incide sobre produtos industrializados. 
  • ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços): De competência estadual, com alíquotas que variam conforme o estado e o produto. 
  • PIS e Cofins: Contribuições federais que incidem sobre o faturamento, com regimes cumulativo e não cumulativo. 
  • ISS (Imposto Sobre Serviços): De competência municipal, relevante quando a indústria presta serviços específicos.

Esse conjunto de tributos gera uma série de problemas:

  • Cumulatividade de impostos, que aumenta artificialmente o preço final dos produtos; 
  • Complexidade na apuração e no cumprimento das obrigações acessórias, exigindo forte aparato contábil e fiscal; 
  • Guerra fiscal entre estados, em função dos benefícios de ICMS; 
  • Insegurança jurídica, já que interpretações diferentes levam a frequentes disputas judiciais.

Não é exagero dizer que, atualmente, a indústria brasileira compete em desvantagem tanto no mercado interno quanto no cenário internacional devido à elevada carga tributária.

O que muda com a reforma tributária?

A proposta da reforma tributária prevê a unificação de tributos em um modelo de IVA (Imposto sobre Valor Adicionado), prática já adotada em diversos países.

No Brasil, ele será dividido em duas frentes:

  • CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços): De competência federal, substituindo PIS, Cofins e IPI. 
  • IBS (Imposto sobre Bens e Serviços): De competência compartilhada entre estados e municípios, substituindo ICMS e ISS.

Além disso, haverá um Imposto Seletivo, aplicado a produtos que geram impacto negativo à saúde ou ao meio ambiente, como cigarros e bebidas alcoólicas.

Principais mudanças que afetam a indústria:

  1. Fim da cumulatividade: O crédito tributário passa a ser garantido em todas as etapas da cadeia, reduzindo o efeito cascata. 
  2. Unificação das regras: CBS e IBS terão legislação uniforme, eliminando divergências de ICMS entre estados. 
  3. Tributação no destino: Os tributos serão cobrados no local de consumo, e não de origem, reduzindo a guerra fiscal. 
  4. Transição gradual: Haverá um período de adaptação, previsto para até 2033, com redução progressiva dos tributos antigos.

Impactos positivos para a indústria

Apesar das dúvidas e resistências iniciais, a reforma traz diversos potenciais benefícios para a indústria:

1.Redução da cumulatividade: Hoje, muitos insumos acabam sofrendo bitributação, pois nem sempre geram crédito fiscal. Com o IVA, todo imposto pago em etapas anteriores poderá ser compensado, reduzindo o custo de produção.

2.Maior competitividade: A indústria nacional terá condições mais justas de competir com produtos importados, já que o sistema simplificado reduz distorções tributárias.

3.Simplificação tributária: O setor industrial, que lida com grande variedade de produtos e tributações, terá uma rotina contábil mais simples, com menos declarações e regras unificadas.

4.Segurança jurídica: Com regras padronizadas e claras, a indústria tende a reduzir disputas judiciais e interpretações divergentes.

5.Estímulo a investimentos: A previsibilidade tributária é um fator essencial para atrair novos investimentos, tanto nacionais quanto estrangeiros, especialmente em setores de base como automotivo, siderúrgico, químico e têxtil.

Impactos negativos e desafios

Por outro lado, a reforma também traz desafios e riscos para a indústria, que precisam ser considerados:

1.Aumento da alíquota efetiva: Para manter a carga tributária estável, a alíquota do novo IVA pode ser elevada. Há estimativas de que ela fique entre 25% e 27%, o que preocupa segmentos industriais com margens menores.

2.Setores mais afetados: Indústrias de bens de consumo populares, que não terão benefícios fiscais significativos, podem sentir maior pressão sobre custos e preços.

3.Transição complexa: Apesar de prevista, a fase de transição exigirá adaptação tecnológica e contábil para conviver com dois sistemas em paralelo (o antigo e o novo).

4.Fim de benefícios fiscais estaduais: Muitos estados utilizam a concessão de incentivos de ICMS como estratégia de atração de indústrias. Com a tributação no destino, esses benefícios perderão força, exigindo que empresas reavaliem sua estratégia de localização.

5.Setores específicos com mais tributação: Produtos como bebidas, cigarros e itens considerados prejudiciais à saúde ou ao meio ambiente pagarão o Imposto Seletivo, o que pode aumentar o custo final ao consumidor.

Como a indústria deve se preparar?

Diante desse cenário, não basta esperar a implementação da reforma. As empresas industriais precisam se preparar desde já.

  • Revisão do planejamento tributário

É fundamental simular os impactos da nova tributação no faturamento e nos custos de produção.

  • Adequação de sistemas contábeis e fiscais

A transição exigirá que os sistemas ERP e softwares fiscais sejam adaptados para atender às novas regras.

  • Gestão eficiente de créditos

A nova sistemática dará ainda mais importância ao controle de créditos tributários, que poderá ser usado como diferencial competitivo.

  • Avaliação da cadeia produtiva

Empresas precisam mapear todos os fornecedores e parceiros para entender como os custos serão impactados em cada elo da cadeia.

  • Apoio especializado

Contar com uma contabilidade consultiva será essencial para interpretar a legislação, planejar estratégias e evitar riscos de autuações.

Conclusão

A reforma tributária representa uma transformação histórica no sistema fiscal brasileiro e terá profundos impactos na indústria.

Se, por um lado, ela promete simplificação, redução da cumulatividade e maior competitividade, por outro impõe desafios relevantes, como a possibilidade de aumento de carga em determinados segmentos e o fim dos incentivos estaduais.

A boa notícia é que, com planejamento tributário e acompanhamento especializado, a indústria pode não apenas se adaptar, mas aproveitar a reforma como uma oportunidade para crescer e se modernizar.

Na Five Consultant Contabilidade, ajudamos empresas industriais a enfrentar as mudanças tributárias com segurança e eficiência, elaborando estratégias personalizadas que reduzem custos e garantem conformidade legal.

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Formação de preço de venda na indústria: como garantir lucratividade e competitividade

A formação de preço de venda na indústria é uma etapa estratégica que pode determinar o sucesso ou o fracasso de um negócio. Preços mal calculados podem gerar prejuízos silenciosos, perda de competitividade e até comprometer a continuidade da empresa.

Ao contrário do comércio, onde há uma margem mais direta sobre a revenda, a indústria precisa considerar custos de produção, despesas operacionais, impostos, margem de lucro e ainda analisar o mercado e a concorrência para precificar corretamente seus produtos.

Neste artigo, vamos explicar como funciona o processo de formação de preços na indústria, quais fatores devem ser considerados e como evitar erros comuns. Se você é dono ou gestor de uma empresa industrial, acompanhe este conteúdo até o final!

Por que a formação de preço é tão importante na indústria?

Na indústria, o preço de venda não pode ser definido apenas com base no “achismo” ou na intuição do empresário.

É preciso embasamento técnico e contábil, pois cada produto fabricado carrega uma estrutura complexa de custos que varia conforme:

  • O tipo de matéria-prima

  • O tempo de produção

  • A quantidade de mão de obra envolvida

  • O uso de máquinas e insumos

  • Os tributos incidentes

  • Os canais de distribuição

Uma formação de preço incorreta pode gerar dois cenários:

  • Preço abaixo do ideal: prejuízo por vender com margem negativa ou muito baixa.

  • Preço acima do mercado: perda de competitividade e queda nas vendas.

Por isso, uma boa precificação garante não só lucratividade, mas também equilíbrio financeiro, planejamento tributário eficiente e vantagem competitiva.

Etapas da formação de preço de venda na indústria

Vamos detalhar agora os principais elementos que compõem o preço de venda de um produto industrializado:

1. Custo de produção

O custo de produção é o ponto de partida. Envolve todos os gastos necessários para fabricar o produto.

Custos diretos:

  • Matéria-prima

  • Embalagens

  • Mão de obra direta (operários que atuam diretamente na produção)

Custos indiretos:

  • Energia elétrica

  • Água

  • Manutenção de máquinas

  • Depreciação de equipamentos

  • Supervisão de produção

O ideal é usar uma ficha técnica de produção para cada produto, detalhando os materiais utilizados, tempos de processo e custos de cada etapa. Isso permite calcular o custo unitário de forma precisa.

2. Despesas operacionais

São os custos da estrutura administrativa e comercial da empresa, que não estão diretamente ligados à fabricação, mas fazem parte da operação como um todo. Exemplos:

  • Salários administrativos

  • Contabilidade

  • Marketing e vendas

  • Logística e transporte

  • Aluguéis e serviços de escritório

Essas despesas devem ser rateadas proporcionalmente entre os produtos, com base em critérios como volume de produção ou faturamento.

3. Tributos incidentes

A indústria está sujeita a diversos tributos, que variam conforme o regime tributário adotado:

  • Simples Nacional: alíquota unificada, com base no faturamento e CNAE da empresa.

  • Lucro Presumido: PIS (0,65%), Cofins (3%), IRPJ (8%), CSLL (12%) aplicados sobre uma base presumida.

  • Lucro Real: alíquotas aplicadas sobre o lucro efetivo, com maior detalhamento e controle.

Também é necessário considerar o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), que impacta diretamente o preço de venda interestadual.

💡 Dica: o planejamento tributário deve ser feito junto a um contador para simular a carga tributária ideal e reduzir o impacto fiscal nos preços.

4. Margem de lucro desejada

Após levantar todos os custos e despesas, o próximo passo é definir qual será a margem de lucro desejada. Essa margem pode variar conforme:

  • Valor agregado do produto

  • Posicionamento da marca

  • Volume de vendas

  • Concorrência

  • Objetivos financeiros da empresa

A margem é aplicada sobre o custo total para definir o preço final de venda.

Fórmula básica:

Preço de Venda = (Custo Total) ÷ (1 – Margem de Lucro)

Por exemplo:

  • Custo Total: R$ 80

  • Margem desejada: 30% → 0,30

  • Preço de Venda = R$ 80 ÷ (1 – 0,30) = R$ 114,29

Exemplo prático de formação de preço na indústria

Imagine uma empresa que fabrica mesas de escritório. Veja o exemplo para um modelo específico:

Custo Direto:

  • Madeira MDF: R$ 60

  • Parafusos e ferragens: R$ 10

  • Mão de obra direta: R$ 25

Custo Indireto (rateado): R$ 15
Despesas operacionais (rateadas): R$ 10
Tributos (Simples Nacional – 8%): será considerado após a margem.

Custo Total: R$ 60 + 10 + 25 + 15 + 10 = R$ 120

Margem de Lucro desejada: 25%
Preço sem impostos: R$ 120 ÷ (1 – 0,25) = R$ 160

Imposto (8%): R$ 12,80
Preço final de venda: R$ 160 + R$ 12,80 = R$ 172,80

Erros mais comuns na precificação industrial

Mesmo com fórmulas e planilhas, muitos empresários ainda cometem erros que afetam a lucratividade. Os principais são:

❌ Não considerar todos os custos

Alguns custos indiretos, como manutenção, depreciação e perdas, são negligenciados. Isso reduz a precisão do custo total e leva a margens ilusórias.

❌ Aplicar margem de lucro arbitrária

A margem precisa ser compatível com o mercado e com a realidade da empresa. Margens muito altas podem inviabilizar as vendas.

❌ Ignorar a carga tributária

Impostos não calculados corretamente geram surpresas no caixa e prejudicam o capital de giro.

❌ Copiar o preço da concorrência

Concorrentes podem ter custos diferentes, operar em outro regime tributário ou vender produtos com características diferentes. Copiar o preço sem análise pode gerar prejuízos.

❌ Não revisar os preços periodicamente

Com a inflação, variação cambial e mudanças na demanda, os custos de produção e o mercado mudam com frequência. Os preços devem ser revistos regularmente.

Como a contabilidade pode ajudar na formação de preços?

Uma contabilidade consultiva é fundamental para garantir uma formação de preços correta e sustentável. Veja como a Five Consultant Contabilidade pode ajudar sua indústria:

✅ Elaboração de fichas técnicas e mapeamento de custos
✅ Simulações de margem de lucro e impactos tributários
✅ Acompanhamento de fluxo de caixa e ponto de equilíbrio
✅ Planejamento tributário e escolha do regime mais vantajoso
✅ Revisão periódica da estrutura de custos e precificação

Conclusão: preço bem calculado é sinônimo de rentabilidade

A formação de preço de venda na indústria não pode ser tratada de forma superficial. É preciso conhecer a fundo os custos, tributos e margens para garantir que cada produto gere lucro real.

Além disso, a gestão precisa acompanhar de perto a evolução desses fatores, ajustando preços sempre que necessário para manter a empresa competitiva e financeiramente saudável.

Se você precisa de apoio especializado para precificar corretamente seus produtos industriais, conte com a Five Consultant Contabilidade.

Nosso time possui experiência em contabilidade industrial e pode ajudar sua empresa a crescer com segurança.

📞 Entre em contato agora mesmo e solicite uma consultoria!

CategoriesContabilidade para indústrias

Créditos de ICMS e PIS/Cofins: como recuperar impostos na indústria

A recuperação de créditos tributários tornou-se uma ferramenta estratégica para melhorar o fluxo de caixa, reduzir custos e aumentar a competitividade das indústrias

Entre os principais tributos passíveis de recuperação estão o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e as contribuições de PIS e Cofins.

Empresas industriais que conhecem seus direitos e mantêm uma boa estrutura contábil conseguem identificar créditos acumulados, utilizar esses valores para compensar tributos futuros ou até mesmo pleitear restituições em dinheiro.

No entanto, muitos empresários ainda desconhecem os mecanismos legais que permitem essa recuperação ou deixam de aproveitar oportunidades por falta de organização fiscal.

Neste artigo, a equipe da Five Consultant Contabilidade explica como funciona a recuperação de créditos de ICMS e PIS/Cofins na indústria, quem pode se beneficiar, quais são os principais cuidados e como colocar isso em prática com segurança jurídica.

O que são créditos tributários?

No regime não cumulativo, adotado tanto para o ICMS quanto para o PIS e a Cofins, os contribuintes têm direito a se creditar dos tributos pagos na etapa anterior da cadeia produtiva.

Em outras palavras, o valor do imposto embutido nas compras pode ser abatido do imposto devido sobre as vendas.

Esse mecanismo visa evitar a bitributação e garantir que o tributo incida apenas sobre o valor agregado em cada etapa da cadeia.

Exemplo prático:

Uma indústria compra matéria-prima pagando R$ 1.000, com R$ 180 de ICMS destacado na nota. Ao vender o produto final por R$ 2.500, gera ICMS de R$ 450. Com isso, ela compensa os R$ 180 pagos e recolhe apenas a diferença: R$ 270.

Esse mesmo raciocínio se aplica ao PIS e à Cofins no regime não cumulativo, respeitando regras e exceções específicas de cada legislação.

Quais empresas podem aproveitar créditos de ICMS e PIS/Cofins?

✔️ Créditos de ICMS: Podem ser apropriados por empresas contribuintes do ICMS, como:

  • Indústrias de transformação;

  • Atacadistas e distribuidores;

  • Prestadores de serviços de transporte e energia.

As empresas optantes pelo Simples Nacional não se aproveitam do crédito de ICMS da mesma forma, pois estão em regime tributário diferenciado e cumulativo.

✔️ Créditos de PIS e Cofins: Podem ser aproveitados por empresas tributadas no Lucro Real, obrigadas a apurar as contribuições no regime não cumulativo.

Empresas no Lucro Presumido ou Simples Nacional não têm esse direito, pois recolhem os tributos de forma cumulativa.

Na indústria, a maioria das empresas de médio e grande porte está enquadrada no Lucro Real, tornando-se elegível à recuperação dos créditos.

Créditos de ICMS na indústria: o que pode ser aproveitado?

O ICMS permite crédito de diversas despesas e aquisições, desde que estejam vinculadas à atividade-fim da empresa. Os principais exemplos incluem:

✅ Matérias-primas, insumos e produtos intermediários: Tudo que for consumido diretamente na produção dá direito a crédito.

✅ Energia elétrica: Quando utilizada na produção industrial, a energia dá direito a crédito integral do ICMS.

✅ Ativo imobilizado: Máquinas, equipamentos e veículos utilizados no processo produtivo permitem crédito proporcional, normalmente amortizado em 48 meses.

✅ Embalagens: As embalagens de produtos vendidos também geram crédito de ICMS.

✅ Serviços de transporte: O ICMS pago sobre serviços de transporte de mercadorias pode ser apropriado.

Créditos de PIS e Cofins: o que pode ser recuperado na indústria?

A legislação do PIS/Cofins é mais detalhista, mas também permite diversos créditos no regime não cumulativo. Os principais são:

✅ Insumos: Tudo que for essencial ou relevante para a produção pode gerar crédito, mesmo que não se incorpore ao produto final.

✅ Energia elétrica e água: Desde que utilizadas diretamente no processo de produção.

✅ Aluguéis de prédios e equipamentos: Aluguéis pagos para fins operacionais, como uso de galpões industriais ou máquinas locadas.

✅ Depreciação de ativo imobilizado: Créditos calculados sobre o valor da depreciação mensal de máquinas e equipamentos.

✅ Serviços contratados de pessoas jurídicas: Serviços utilizados nas atividades da empresa, como manutenção de máquinas, consultorias e transporte.

Quais são os benefícios da recuperação de créditos?

A correta apuração e recuperação dos créditos de ICMS e PIS/Cofins pode trazer ganhos financeiros significativos, tais como:

  • Redução do valor mensal a recolher de tributos;

  • Geração de saldo credor, que pode ser compensado com outros tributos;

  • Possibilidade de restituição em dinheiro, especialmente para exportadores e empresas com crédito acumulado;

  • Maior competitividade por redução da carga tributária efetiva;

  • Melhoria no fluxo de caixa, ao evitar pagamentos desnecessários de tributos.

Para empresas industriais com alto volume de compras, a recuperação eficiente dos créditos pode representar centenas de milhares de reais por ano.

Como recuperar créditos de forma segura?

A recuperação de créditos deve ser feita com base documental sólida e apoio técnico especializado, pois o fisco costuma fiscalizar esse tipo de operação com atenção. Veja o passo a passo recomendado:

1. Revisão fiscal e contábil

O primeiro passo é auditar os últimos cinco anos de apuração tributária, identificando créditos que não foram aproveitados ou que foram apropriados incorretamente.

2. Levantamento e organização documental

Todos os créditos precisam ser comprovados com documentos válidos, como:

  • Notas fiscais de entrada;

  • Contratos de prestação de serviços;

  • Comprovantes de pagamentos;

  • Planilhas de controle de estoque e produção.

3. Cálculo dos valores recuperáveis

Com base nos documentos e na legislação vigente, é feito o cálculo do valor que pode ser compensado ou restituído.

4. Escrituração dos créditos

Os créditos devem ser escriturados nos livros fiscais digitais (EFD ICMS/IPI e EFD Contribuições), de acordo com as regras específicas de cada tributo.

5. Compensação ou pedido de restituição

  • A compensação é feita com tributos futuros, por meio da DCTFWeb ou PER/DCOMP;

  • A restituição é solicitada à Receita Federal ou à Secretaria da Fazenda Estadual, dependendo do tributo.

Cuidados importantes para evitar problemas

A recuperação de créditos precisa ser feita com responsabilidade. Alguns erros comuns que devem ser evitados:

  • Apropriar créditos sem documentação fiscal válida;

  • Lançar créditos sobre itens que não dão direito, como despesas administrativas ou produtos para revenda;

  • Misturar regimes tributários (não cumulativo com cumulativo);

  • Não observar as regras estaduais, no caso do ICMS.

Empresas que recuperam créditos indevidamente podem sofrer autuações, multa de até 75% do valor do crédito e juros elevados. Por isso, o ideal é contar com um contador especializado, como os da Five Consultant Contabilidade.

Como a Five Consultant Contabilidade pode ajudar?

Na Five Consultant Contabilidade, oferecemos consultoria tributária completa para o setor industrial, com foco em:

  • Levantamento de créditos não utilizados;

  • Revisão fiscal retroativa de até cinco anos;

  • Planejamento tributário para redução legal da carga fiscal;

  • Escrituração correta dos créditos e apoio na compensação;

  • Evitação de riscos fiscais por apropriação indevida.

Nosso time é especializado em ICMS, PIS, Cofins, SPED Fiscal, Lucro Real e controle de estoque, atuando lado a lado com indústrias de diversos segmentos para garantir compliance e economia de impostos.

Conclusão

A recuperação de créditos de ICMS e PIS/Cofins é uma ferramenta essencial para indústrias que desejam reduzir sua carga tributária, melhorar o fluxo de caixa e ganhar fôlego financeiro para crescer.

No entanto, esse processo exige conhecimento técnico, controle contábil eficiente e apoio de especialistas.

👉 Se sua empresa industrial quer identificar e recuperar créditos fiscais de forma segura e legal, entre em contato com a Five Consultant Contabilidade e conte com quem entende do assunto para gerar resultados concretos.

CategoriesContabilidade para indústrias

Como funciona o Bloco K do Sped Fiscal para indústrias?

A obrigatoriedade do Bloco K do SPED Fiscal é uma das exigências mais desafiadoras para as indústrias brasileiras no contexto da escrituração digital.

Apesar de estar em vigor há alguns anos, muitos empresários e gestores industriais ainda têm dúvidas sobre sua finalidade, exigências e impacto na rotina produtiva.

O Bloco K está inserido na Escrituração Fiscal Digital (EFD ICMS/IPI) e representa um avanço no controle do estoque e da produção por parte do Fisco. Para empresas do setor industrial e atacadista, ele exige organização, precisão e integração entre áreas, sob risco de penalidades e autuações.

Neste artigo, a equipe da Five Consultant Contabilidade explica em detalhes como funciona o Bloco K do Sped Fiscal, quem está obrigado, quais informações devem ser prestadas, os riscos do não cumprimento e como estruturar um bom controle para evitar problemas fiscais.

O que é o Bloco K do Sped Fiscal?

O Bloco K é a parte da EFD ICMS/IPI (Escrituração Fiscal Digital do ICMS e IPI) responsável por registrar de forma digital e detalhada:

  • O controle da produção e do estoque da empresa;

  • Os insumos utilizados no processo produtivo;

  • A quantidade produzida de cada item;

  • O estoque inicial e final de cada período;

  • As movimentações internas de materiais (perdas, transferências, consumo);

  • Informações sobre terceirização de produção.

Esse bloco substitui os antigos livros manuais de produção e controle de estoque, exigindo agora que todas essas informações sejam digitalizadas e enviadas mensalmente por meio do sistema SPED.

Qual o objetivo do Bloco K?

O principal objetivo do Bloco K é aumentar a fiscalização da cadeia produtiva, combatendo fraudes, omissões de receita e desvios de mercadorias.

Com ele, a Receita Estadual e Federal têm acesso a dados detalhados sobre:

  • O que foi produzido;

  • Como foi produzido;

  • Com quais insumos;

  • Quais os saldos e movimentações de estoque;

  • Se há compatibilidade entre a produção e os insumos declarados;

  • Se a tributação está de acordo com a operação.

Dessa forma, o Fisco pode cruzar informações entre empresas da cadeia produtiva e verificar inconsistências que antes passavam despercebidas, como notas fiscais frias, compras sem entrada de estoque, produção maior que os insumos declarados, etc.

Quem está obrigado a entregar o Bloco K?

A obrigatoriedade do Bloco K foi sendo implantada gradualmente, com base no porte da empresa e no CNAE da atividade. Hoje, estão obrigadas a transmitir o Bloco K:

  • Estabelecimentos industriais e equiparados a industriais (inclusive fabricantes sob encomenda);

  • Empresas atacadistas, dependendo da atividade e do faturamento;

  • Empresas enquadradas no Lucro Real ou Lucro Presumido, com faturamento anual acima de R$ 78 milhões (regra válida desde 2017);

  • Empresas do Simples Nacional não são obrigadas, mas devem ficar atentas a eventuais obrigações estaduais.

A obrigatoriedade abrange a entrega dos registros mensais de estoque, produção e insumos utilizados. Além disso, existem exceções específicas para determinados setores, que devem ser verificadas caso a caso com apoio contábil.

O que deve ser informado no Bloco K?

O Bloco K é composto por diversos registros, mas os principais são:

🔹 K200 – Estoque Escriturado

  • Informações do estoque final do mês, por item (matéria-prima, produto acabado, embalagens, etc.);

  • Quantidade em unidade de medida padrão;

  • Itens em poder da empresa ou de terceiros.

🔹 K220 – Outras movimentações internas

  • Lançamentos de consumo de insumos sem relação direta com a produção;

  • Perdas, ajustes, consumo interno.

🔹 K230 – Itens produzidos

  • Quantidade efetivamente produzida de cada item no mês;

  • Local de produção.

🔹 K235 – Insumos consumidos

  • Quantidade de insumos usados na produção declarada no K230;

  • Permite verificar o coeficiente técnico da produção.

🔹 K250 – Industrialização em terceiros

  • Envio de materiais para terceiros;

  • Quantidade retornada com transformação;

  • Saldos em poder de terceiros.

🔹 K255 – Consumo de insumos na industrialização por terceiros

  • Detalhamento dos insumos utilizados pelo terceiro;

  • Crucial para operações terceirizadas.

Essas informações devem estar alinhadas com o controle físico e contábil da empresa, sob pena de inconsistências que podem gerar autuações.

Quais os riscos e penalidades pelo descumprimento?

Empresas que não entregam corretamente o Bloco K ou que informam dados inconsistentes estão sujeitas a diversas penalidades fiscais, como:

  • Multas por omissão ou erro na escrituração;

  • Autuações por falta de recolhimento de ICMS ou outros tributos;

  • Suspensão da Inscrição Estadual;

  • Impedimento de obter certidão negativa de débitos;

  • Dificuldade em participar de licitações ou obter financiamentos;

  • Malha fiscal e cruzamentos eletrônicos com risco de fiscalização.

É importante destacar que os sistemas do Fisco têm capacidade de cruzar automaticamente os dados do Bloco K com outras obrigações (NFe, EFD Contribuições, DCTF, entre outros), o que torna a fiscalização cada vez mais automatizada e eficiente.

Como preparar sua indústria para o Bloco K?

A complexidade do Bloco K exige que as empresas adotem uma gestão integrada entre os setores de produção, estoque, compras, engenharia de produto e contabilidade. Veja as principais medidas:

✅ 1. Mapear os processos produtivos

Tenha documentados os roteiros de produção, com as etapas, insumos utilizados e perdas previstas. Isso facilita o cálculo correto dos coeficientes técnicos exigidos no Bloco K.

✅ 2. Atualizar o cadastro de produtos

  • Defina corretamente as unidades de medida padrão;

  • Classifique os produtos por tipo (acabado, intermediário, matéria-prima, etc.);

  • Identifique produtos sujeitos à industrialização por terceiros.

✅ 3. Implementar ou melhorar o controle de estoque

  • Registre todas as entradas e saídas com precisão;

  • Integre o estoque físico com o sistema ERP ou contábil;

  • Realize inventários regulares e auditorias internas.

✅ 4. Integrar setores internos

A equipe contábil precisa de informações precisas vindas da produção, engenharia, PCP e logística. A falta de comunicação entre áreas é uma das principais causas de erro no Bloco K.

✅ 5. Trabalhar com contabilidade especializada

A Five Consultant Contabilidade oferece suporte completo para a escrituração do Bloco K, com apoio na:

  • Implementação do sistema de controle;

  • Capacitação da equipe interna;

  • Validação de cadastros e processos;

  • Geração e transmissão dos arquivos mensais.

Bloco K e sigilo industrial: devo me preocupar?

Uma dúvida comum entre industriais é se o Bloco K viola segredos de produção ou informações estratégicas. De fato, o detalhamento exigido pode expor parte dos processos, mas a Receita garante que os dados enviados são protegidos por sigilo fiscal e usados apenas para fins de fiscalização tributária.

Ainda assim, empresas com processos industriais altamente sensíveis devem avaliar com sua contabilidade a melhor forma de declarar os dados exigidos, sem comprometer informações confidenciais, sempre dentro dos limites legais.

Conclusão

O Bloco K do Sped Fiscal é um instrumento poderoso de fiscalização do Fisco e, ao mesmo tempo, um grande desafio para as indústrias que ainda não têm um controle de estoque e produção estruturado.

A falta de preparação pode levar a penalidades severas, mas a adoção de um sistema eficiente, com apoio contábil especializado, garante segurança e conformidade fiscal.

Se sua empresa atua na indústria ou comércio atacadista e está obrigada a entregar o Bloco K, conte com a Five Consultant Contabilidade para organizar suas rotinas, validar seus dados e evitar problemas com o Fisco.

👉 Fale com um dos nossos especialistas e descubra como podemos ajudar sua indústria a cumprir o Bloco K de forma precisa e sem dores de cabeça.

CategoriesContabilidade para indústrias

Gestão contábil para pequenas indústrias

A rotina de pequenas indústrias é marcada por múltiplos desafios: produção, controle de insumos, relacionamento com fornecedores, prazos de entrega, gestão de pessoas e, claro, controle das finanças e da contabilidade.

No entanto, muitos empresários industriais ainda tratam essas áreas como algo secundário — e é justamente aí que surgem os riscos que comprometem o crescimento do negócio.

Uma boa gestão contábil e financeira para pequenas indústrias não é apenas uma obrigação legal, mas uma estratégia essencial para tomar decisões com segurança, garantir conformidade fiscal e melhorar a lucratividade.

Neste artigo, a equipe da Five Contabilidade explica tudo que sua indústria precisa saber para manter as finanças organizadas, os tributos em dia e o negócio preparado para crescer com solidez.

Por que a gestão contábil e financeira é tão importante na indústria?

Enquanto comércios e prestadores de serviços lidam com ciclos mais simples de entrada e saída, o setor industrial apresenta operações mais complexas, com etapas como:

  • Compra de matéria-prima;

  • Processos de transformação;

  • Formação de custos industriais (mão de obra, energia, depreciação);

  • Controle de estoques de insumos e produtos acabados;

  • Gestão de prazos de produção e entrega;

  • Negociações com distribuidores e canais de venda.

Neste cenário, qualquer falha financeira ou contábil pode gerar sérios prejuízos, como:

  • Acúmulo de tributos não pagos ou pagos indevidamente;

  • Perda de margem por precificação incorreta;

  • Estoque parado gerando custos desnecessários;

  • Dificuldade de obter crédito por falta de relatórios confiáveis;

  • Penalidades legais e fiscais por ausência de obrigações contábeis.

Portanto, a gestão contábil e financeira precisa estar integrada ao coração da operação industrial, servindo como base para decisões estratégicas.

Quais são os pilares da gestão contábil em uma pequena indústria?

A contabilidade é mais do que um departamento burocrático. Quando bem aplicada, ela oferece visibilidade, previsibilidade e controle. Veja os principais pilares para uma gestão contábil eficaz em indústrias de pequeno porte:

1. Escrituração contábil e fiscal completa

Todas as movimentações financeiras da indústria — vendas, compras, folha de pagamento, investimentos — precisam ser registradas corretamente nos livros contábeis. A contabilidade é o espelho da realidade financeira do negócio.

Além disso, é preciso manter em dia:

  • Obrigações fiscais (DCTF, EFD, GIA, SPED Fiscal e Contábil);

  • Obrigações trabalhistas e previdenciárias (eSocial, SEFIP, GFIP);

  • Emissão de notas fiscais e controle de tributos.

Um contador especializado na área industrial consegue organizar essas entregas com segurança, evitando autuações e multas.

2. Planejamento tributário

A carga tributária no Brasil é alta — e na indústria, pode chegar a 30% ou mais da receita. Com o apoio de um contador estratégico, é possível:

  • Identificar o melhor regime tributário (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real);

  • Aproveitar créditos de ICMS, IPI, PIS e Cofins;

  • Reduzir o pagamento de impostos com benefícios fiscais setoriais;

  • Monitorar o enquadramento e a margem de lucro real.

Empresas que não fazem planejamento tributário acabam pagando mais imposto do que o necessário — o que é dinheiro literalmente jogado fora.

3. Balanços e relatórios gerenciais

O contador precisa entregar mais do que guias de impostos. É essencial que a indústria tenha acesso a relatórios periódicos, como:

  • Balanço Patrimonial;

  • Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE);

  • Análise de custos fixos e variáveis;

  • Indicadores financeiros e de lucratividade;

  • Fluxo de caixa projetado.

Essas informações ajudam o empresário a entender o momento financeiro da empresa, planejar investimentos e corrigir desvios antes que eles se tornem problemas graves.

Como estruturar a gestão financeira da pequena indústria?

A área financeira é o braço operacional da contabilidade. É ela que garante o controle diário dos recursos, a saúde do caixa e a organização de contas a pagar e a receber.

Veja os principais pontos para organizar sua gestão financeira:

1. Separação entre pessoa física e jurídica

Um erro comum entre donos de pequenas indústrias é misturar as finanças pessoais com as da empresa. Isso dificulta o controle, gera confusão nos relatórios e pode trazer problemas até com a Receita Federal.

A empresa deve ter:

  • Conta bancária própria;

  • Cartões separados;

  • Registro formal de pró-labore e distribuição de lucros;

  • Controle de retiradas autorizado.

2. Fluxo de caixa diário e controle de entradas e saídas

O fluxo de caixa é o principal termômetro da saúde financeira. Ele mostra quanto entra e sai de dinheiro, quais são os dias críticos do mês, e onde é possível ajustar para evitar falta de capital.

Dicas práticas:

  • Registre todas as receitas (vendas, financiamentos, aportes);

  • Registre todas as despesas fixas e variáveis;

  • Use ferramentas simples como planilhas ou sistemas integrados;

  • Revise o fluxo de caixa toda semana.

3. Controle de estoques

Na indústria, o estoque é dinheiro parado. É preciso ter controle preciso da entrada de matérias-primas e da saída de produtos acabados, evitando perdas, obsolescência e sobrecarga de capital.

Esse controle impacta:

  • A precificação correta;

  • A formação do custo de produção;

  • O resultado contábil e tributário;

  • A logística de compra e venda.

Um bom sistema de gestão integrado à contabilidade permite cruzar dados de estoque com custos, melhorando a tomada de decisão.

4. Gestão de custos e precificação

Muitas indústrias definem preços sem calcular corretamente todos os custos envolvidos: matéria-prima, mão de obra, energia, impostos, depreciação, despesas administrativas.

Com a ajuda do contador, é possível calcular:

  • Custo direto e indireto;

  • Margem de contribuição;

  • Ponto de equilíbrio;

  • Rentabilidade por produto ou linha de produção.

Assim, a precificação deixa de ser “no achismo” e passa a ser estratégica.

Como a contabilidade ajuda na expansão da pequena indústria?

Uma pequena indústria com gestão contábil e financeira bem estruturada está preparada para:

  • Conseguir crédito bancário com mais facilidade, por ter relatórios confiáveis;

  • Crescer com segurança, com base em indicadores sólidos;

  • Participar de licitações ou contratos com grandes empresas;

  • Planejar expansão de capacidade produtiva ou abertura de novas unidades;

  • Evitar multas e riscos fiscais, mantendo a empresa regularizada.

Ou seja, a contabilidade deixa de ser um custo e passa a ser um investimento — que gera retorno em forma de economia tributária, controle de gastos e base para decisões mais acertadas.

A Five Contabilidade é a parceira certa para sua pequena indústria

Na Five Contabilidade, entendemos os desafios enfrentados pelas indústrias de pequeno porte. Por isso, oferecemos atendimento especializado para o setor industrial, com soluções completas em:

  • Abertura e legalização de indústrias;

  • Contabilidade fiscal, trabalhista e societária;

  • Planejamento tributário;

  • Controle de estoque e formação de custos;

  • Emissão de relatórios para tomada de decisão;

  • Apoio em crédito, incentivos fiscais e expansão empresarial.

Tudo com atendimento consultivo, linguagem simples e foco em resultados.

Conclusão

A gestão contábil e financeira é o alicerce para o crescimento sustentável de qualquer pequena indústria. Ignorá-la é correr riscos; organizá-la é abrir portas para novos mercados, lucros maiores e mais segurança.

Se você é dono de uma pequena indústria e deseja ter mais controle, economia de impostos e crescimento estratégico, fale com a equipe da Five Contabilidade. Estamos prontos para te ajudar a estruturar o presente e preparar o futuro do seu negócio.

👉 Entre em contato conosco e transforme sua indústria com o apoio de uma contabilidade especializada no setor produtivo.

CategoriesContabilidade para indústrias

Indústria pode ser optante do Simples Nacional? Veja regras e quando compensa

O Simples Nacional é um regime tributário que oferece simplificação no recolhimento de tributos e alíquotas reduzidas para micro e pequenas empresas. 

Porém, quando se trata da indústria, surgem diversas dúvidas: indústria pode optar pelo Simples Nacional? Quais são as regras específicas? Em quais casos vale a pena aderir?

Neste artigo, vamos esclarecer essas e outras questões, explicando com detalhes:

  • Se a indústria pode ser optante do Simples Nacional

  • Quais são os limites e restrições

  • Como funciona a tributação para a indústria no Simples

  • Quando compensa optar por esse regime tributário

  • E quais cuidados são essenciais para não ter problemas com o Fisco

O que é o Simples Nacional?

O Simples Nacional é um regime tributário criado para simplificar e unificar o pagamento de tributos federais, estaduais e municipais para microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP). 

Este regime é voltado para empresas com receita bruta anual de até R$ 4,8 milhões.

Dentre seus benefícios, estão:

  • Pagamento unificado de até 8 tributos em uma única guia (DAS)

  • Redução da carga tributária para determinados setores

  • Menos obrigações acessórias

  • Facilidade na apuração e no recolhimento de impostos

Mas será que a indústria pode se beneficiar desse regime?

Indústria pode optar pelo Simples Nacional?

Sim, empresas industriais podem optar pelo Simples Nacional, desde que se enquadrem nas condições estabelecidas pela Lei Complementar nº 123/2006, que rege o regime. 

Contudo, é importante observar algumas regras específicas e limitações aplicáveis a esse segmento.

Requisitos básicos para qualquer empresa optar pelo Simples:

  • Ser uma microempresa (faturamento de até R$ 360 mil por ano) ou empresa de pequeno porte (faturamento de até R$ 4,8 milhões por ano)

  • Não possuir sócio no exterior

  • Não participar do capital de outra pessoa jurídica

  • Não exercer atividade vedada pela legislação (como instituições financeiras, por exemplo).

Anexo do Simples Nacional para indústria

O Simples Nacional possui 5 anexos, e cada um define a forma de tributação de acordo com a atividade. As indústrias são tributadas pelo Anexo II.

Neste anexo, as alíquotas começam em 4,5% sobre o faturamento mensal, conforme a tabela abaixo:

Faixa Receita em 12 meses Alíquota Valor a deduzir
Até 180.000,00 4,50%
De 180.000,01 a 360.000,00 7,80% R$ 5.940,00
De 360.000,01 a 720.000,00 10,00% R$ 13.860,00
De 720.000,01 a 1.800.000,00 11,20% R$ 22.500,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,70% R$ 85.500,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,00% R$ 720.000,00

Vale destacar, que a alíquota efetiva máxima do regime acaba sendo bem inferior a 30%, tendo em vista, o aproveitamento dos valores da coluna “valor a deduzir”.

Atividades industriais que não podem aderir ao Simples

Existem algumas exceções na legislação que proíbem certas atividades de ingressarem no Simples Nacional. Para a indústria, essas vedações podem incluir:

  • Fabricação de cigarros e derivados do fumo

  • Refinarias de petróleo ou gás natural

  • Fabricação de bebidas alcoólicas, salvo quando produzidas de forma artesanal, por optante do selo ARTE ou do SIM (Sistema de Inspeção Municipal)

  • Indústrias que realizam atividades com exigência ambiental ou sanitária especial, sem o devido licenciamento

Por isso, é fundamental analisar o CNAE da empresa e seu código de atividade para verificar se há alguma restrição específica.

Quando compensa aderir ao Simples Nacional?

Nem sempre o Simples Nacional é o regime mais vantajoso para a indústria. Apesar de seus benefícios, ele pode ser menos eficiente do ponto de vista tributário em alguns cenários.

Casos em que o Simples Nacional é vantajoso:

  • Empresas que estão começando agora, com faturamento ainda baixo

  • Indústrias com poucos empregados e baixa folha de pagamento

  • Empresas que não se creditam de ICMS, PIS e COFINS (algo possível apenas no Lucro Real ou Presumido)

  • Quando a atividade se enquadra claramente no Anexo II com alíquotas iniciais reduzidas

Casos em que o Simples pode não compensar:

  • Indústrias com alto volume de compras com ICMS embutido, que não podem recuperar esse imposto no Simples

  • Empresas que ultrapassam a faixa de R$ 3,6 milhões e perdem parte dos benefícios

  • Empresas que exportam e precisam de maior planejamento tributário internacional

  • Negócios com alta folha de pagamento (que podem ter benefícios com créditos no Lucro Real)

Dicas para indústria que deseja entrar ou permanecer no Simples

  1. Revise seu CNAE: Ele é determinante para definir se a atividade industrial é permitida no Simples e em qual anexo será enquadrada.

  2. Simule cenários com contador: Compare os regimes Simples, Lucro Presumido e Real com base nos dados reais do seu negócio.

  3. Fique atento ao fator R: Se sua empresa tiver atividades mistas (como produção e serviços), o fator R pode levar a parte da receita para o Anexo V.

  4. Planeje o crescimento: Empresas próximas ao teto do Simples (R$ 4,8 milhões) precisam se planejar para a possível transição de regime.

  5. Avalie o aproveitamento de créditos tributários: No Lucro Presumido e no Real, é possível recuperar tributos pagos em insumos. No Simples, não.

Conclusão

A resposta para a pergunta “indústria pode ser optante do Simples Nacional?” é sim — desde que atenda aos requisitos legais e não exerça atividade vedada. No entanto, a decisão de aderir ou permanecer nesse regime deve ser estratégica.

O Simples Nacional pode oferecer muitas vantagens para pequenas indústrias, mas em certos casos, principalmente com maior faturamento ou estrutura mais complexa, o Lucro Presumido ou o Lucro Real pode representar economia tributária e mais eficiência financeira.

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CategoriesContabilidade para indústrias

Como fazer o controle financeiro de uma indústria de forma eficiente

Fazer o controle financeiro de uma indústria é, sem dúvida, uma tarefa desafiadora, mas essencial para garantir a sustentabilidade, o crescimento e a competitividade no mercado.

Ao contrário de negócios de comércio ou serviços, o setor industrial envolve uma série de variáveis que tornam a gestão financeira ainda mais complexa, como custos de produção, matéria-prima, mão de obra, depreciação de máquinas, estoque e sazonalidade.

Por isso, ter um controle financeiro eficiente não é apenas uma boa prática — é uma necessidade estratégica para qualquer indústria que deseja manter suas operações saudáveis e lucrativas.

Neste artigo, você vai entender como estruturar o controle financeiro da sua indústria de forma eficiente, quais são os pilares fundamentais, as ferramentas indispensáveis e os erros que você precisa evitar para não comprometer os resultados do seu negócio.


🚀 Por que o controle financeiro é tão importante para a indústria?

Uma indústria lida diariamente com altos custos fixos e variáveis, prazos longos de recebimento, necessidade de capital de giro robusto e constantes oscilações no preço de insumos.

Sem um controle financeiro eficiente, é fácil cair em armadilhas como:

  • Descontrole de estoque e desperdício de matéria-prima.

  • Gastos excessivos com manutenção não planejada.

  • Falta de capital de giro para financiar operações.

  • Aumento dos custos de produção sem perceber.

  • Dificuldade em formar preços de venda competitivos e rentáveis.

  • Endividamento desnecessário ou mau uso do crédito.

Empresas que não fazem gestão financeira correta não sabem se estão lucrando ou apenas girando dinheiro. E isso pode levar até mesmo indústrias com bom volume de vendas à falência.


🔍 Quais são os pilares do controle financeiro eficiente em uma indústria?

1️⃣ Gestão do Fluxo de Caixa

O fluxo de caixa é o coração financeiro de qualquer negócio, especialmente da indústria. É através dele que você controla as entradas (vendas, recebimentos, aportes) e saídas (compras, folha de pagamento, impostos, manutenção, etc.).

👉 Regras básicas para um bom fluxo de caixa:

  • Separar o financeiro da empresa do pessoal dos sócios.

  • Acompanhar diariamente as movimentações.

  • Projetar o fluxo de caixa para pelo menos os próximos 3 a 6 meses.

  • Antecipar períodos de aperto financeiro e planejar soluções (renegociações, crédito, etc.).


2️⃣ Controle de Custos e Despesas

Na indústria, entender exatamente quanto custa produzir cada item é fundamental. Isso envolve:

  • Custos diretos: matéria-prima, mão de obra direta, energia, embalagens.

  • Custos indiretos: depreciação de máquinas, manutenção, aluguel, administrativos.

Um controle rigoroso permite saber se a operação está sendo eficiente e identificar rapidamente onde há desperdícios ou custos fora do padrão.


3️⃣ Gestão de Estoque e Produção

Estoque mal gerido significa dinheiro parado e risco de perdas. Por outro lado, estoque insuficiente gera atrasos na produção e perda de vendas.

👉 É essencial:

  • Controlar entradas e saídas de matéria-prima e produtos acabados.

  • Integrar a gestão de estoque com a produção e com as finanças.

  • Calcular corretamente o custo médio dos itens em estoque.


4️⃣ Precificação Correta dos Produtos

Sem conhecer detalhadamente todos os custos, é impossível precificar de forma correta.

Na indústria, formar preço exige considerar:

  • Custo total de produção.

  • Custos fixos e variáveis rateados.

  • Margem de lucro desejada.

  • Tributos incidentes (ICMS, PIS, COFINS, IPI, ISS, IBS, CBS dependendo da operação).

  • Custos logísticos e comerciais.

👉 Erro clássico: muitas indústrias precificam olhando apenas para o preço da concorrência, sem considerar seus próprios custos — o que pode gerar prejuízo oculto.


5️⃣ Gestão de Capital de Giro

A indústria geralmente compra insumos e paga fornecedores antes de receber dos clientes. Por isso, o capital de giro precisa ser bem dimensionado.

Sem isso, o negócio pode até estar vendendo bem, mas ficará sem caixa para pagar fornecedores, funcionários ou impostos.

👉 Controle os prazos médios de:

  • Recebimento de clientes.

  • Pagamento de fornecedores.

  • Giro de estoque.


6️⃣ Gestão de Tributos

O setor industrial tem uma das cargas tributárias mais complexas do país. É fundamental:

  • Fazer o correto enquadramento tributário (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real).

  • Planejar os tributos incidentes sobre compras, vendas e serviços.

  • Aproveitar créditos tributários, especialmente no Lucro Real (PIS, COFINS, ICMS, IPI, etc.).

  • Monitorar constantemente mudanças na legislação e na Reforma Tributária.


🛠️ Ferramentas essenciais para controle financeiro de indústrias

  • Sistema de gestão ERP específico para indústria (integra financeiro, estoque, produção e fiscal).

  • Planilhas de controle de fluxo de caixa (no mínimo, se não houver ERP).

  • Sistema de gestão de custos industriais (separando custos diretos e indiretos).

  • Dashboards financeiros (para acompanhamento de indicadores em tempo real).

  • Plataforma de controle de notas fiscais, impostos e obrigações acessórias.


📊 Indicadores financeiros que toda indústria precisa acompanhar

  • Fluxo de caixa operacional.

  • Custo dos produtos vendidos (CPV).

  • Margem de contribuição.

  • Ponto de equilíbrio.

  • Giro de estoque.

  • Prazos médios (recebimento, pagamento e estocagem).

  • EBITDA.

  • Rentabilidade líquida.


⚠️ Erros mais comuns no controle financeiro de indústrias

  • Misturar finanças pessoais com as da empresa.

  • Não calcular corretamente os custos indiretos.

  • Precificar olhando só para o concorrente, sem conhecer seus próprios custos.

  • Não fazer controle e análise de fluxo de caixa.

  • Ignorar o planejamento tributário, pagando mais impostos do que deveria.

  • Acompanhar resultados apenas uma vez por mês ou por trimestre (e não diariamente/semanalmente).

  • Não contar com uma contabilidade especializada no setor industrial.


🏆 Benefícios de um controle financeiro eficiente na indústria

  • Redução de desperdícios e custos.

  • Aumento da lucratividade.

  • Mais segurança no planejamento e tomada de decisões.

  • Melhoria da competitividade no mercado.

  • Capacidade de negociar melhor com fornecedores e clientes.

  • Crescimento sustentável e expansão do negócio.


🚀 Conclusão: sua indústria precisa de gestão financeira profissional

Se você quer que sua indústria cresça, seja competitiva e gere lucro de forma sustentável, não existe outro caminho que não seja ter um controle financeiro profissional, eficiente e atualizado.

Isso vai além de simplesmente “ver se sobrou dinheiro no banco”. Envolve gestão de fluxo de caixa, custos, precificação, tributos, estoque e capital de giro — tudo funcionando de forma integrada.


✅ E se você quer ajuda para implementar uma gestão financeira de excelência na sua indústria, conte com a Five Contabilidade.

Somos especialistas no setor industrial e ajudamos dezenas de empresas a:

  • Reduzirem custos.

  • Pagarem menos impostos de forma legal.

  • Organizar o fluxo de caixa.

  • Ter clareza dos números para tomar decisões mais assertivas.

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