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Indústria pode ser optante do Simples Nacional? Veja regras e quando compensa

O Simples Nacional é um regime tributário que oferece simplificação no recolhimento de tributos e alíquotas reduzidas para micro e pequenas empresas. 

Porém, quando se trata da indústria, surgem diversas dúvidas: indústria pode optar pelo Simples Nacional? Quais são as regras específicas? Em quais casos vale a pena aderir?

Neste artigo, vamos esclarecer essas e outras questões, explicando com detalhes:

  • Se a indústria pode ser optante do Simples Nacional

  • Quais são os limites e restrições

  • Como funciona a tributação para a indústria no Simples

  • Quando compensa optar por esse regime tributário

  • E quais cuidados são essenciais para não ter problemas com o Fisco

O que é o Simples Nacional?

O Simples Nacional é um regime tributário criado para simplificar e unificar o pagamento de tributos federais, estaduais e municipais para microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP). 

Este regime é voltado para empresas com receita bruta anual de até R$ 4,8 milhões.

Dentre seus benefícios, estão:

  • Pagamento unificado de até 8 tributos em uma única guia (DAS)

  • Redução da carga tributária para determinados setores

  • Menos obrigações acessórias

  • Facilidade na apuração e no recolhimento de impostos

Mas será que a indústria pode se beneficiar desse regime?

Indústria pode optar pelo Simples Nacional?

Sim, empresas industriais podem optar pelo Simples Nacional, desde que se enquadrem nas condições estabelecidas pela Lei Complementar nº 123/2006, que rege o regime. 

Contudo, é importante observar algumas regras específicas e limitações aplicáveis a esse segmento.

Requisitos básicos para qualquer empresa optar pelo Simples:

  • Ser uma microempresa (faturamento de até R$ 360 mil por ano) ou empresa de pequeno porte (faturamento de até R$ 4,8 milhões por ano)

  • Não possuir sócio no exterior

  • Não participar do capital de outra pessoa jurídica

  • Não exercer atividade vedada pela legislação (como instituições financeiras, por exemplo).

Anexo do Simples Nacional para indústria

O Simples Nacional possui 5 anexos, e cada um define a forma de tributação de acordo com a atividade. As indústrias são tributadas pelo Anexo II.

Neste anexo, as alíquotas começam em 4,5% sobre o faturamento mensal, conforme a tabela abaixo:

Faixa Receita em 12 meses Alíquota Valor a deduzir
Até 180.000,00 4,50%
De 180.000,01 a 360.000,00 7,80% R$ 5.940,00
De 360.000,01 a 720.000,00 10,00% R$ 13.860,00
De 720.000,01 a 1.800.000,00 11,20% R$ 22.500,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,70% R$ 85.500,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,00% R$ 720.000,00

Vale destacar, que a alíquota efetiva máxima do regime acaba sendo bem inferior a 30%, tendo em vista, o aproveitamento dos valores da coluna “valor a deduzir”.

Atividades industriais que não podem aderir ao Simples

Existem algumas exceções na legislação que proíbem certas atividades de ingressarem no Simples Nacional. Para a indústria, essas vedações podem incluir:

  • Fabricação de cigarros e derivados do fumo

  • Refinarias de petróleo ou gás natural

  • Fabricação de bebidas alcoólicas, salvo quando produzidas de forma artesanal, por optante do selo ARTE ou do SIM (Sistema de Inspeção Municipal)

  • Indústrias que realizam atividades com exigência ambiental ou sanitária especial, sem o devido licenciamento

Por isso, é fundamental analisar o CNAE da empresa e seu código de atividade para verificar se há alguma restrição específica.

Quando compensa aderir ao Simples Nacional?

Nem sempre o Simples Nacional é o regime mais vantajoso para a indústria. Apesar de seus benefícios, ele pode ser menos eficiente do ponto de vista tributário em alguns cenários.

Casos em que o Simples Nacional é vantajoso:

  • Empresas que estão começando agora, com faturamento ainda baixo

  • Indústrias com poucos empregados e baixa folha de pagamento

  • Empresas que não se creditam de ICMS, PIS e COFINS (algo possível apenas no Lucro Real ou Presumido)

  • Quando a atividade se enquadra claramente no Anexo II com alíquotas iniciais reduzidas

Casos em que o Simples pode não compensar:

  • Indústrias com alto volume de compras com ICMS embutido, que não podem recuperar esse imposto no Simples

  • Empresas que ultrapassam a faixa de R$ 3,6 milhões e perdem parte dos benefícios

  • Empresas que exportam e precisam de maior planejamento tributário internacional

  • Negócios com alta folha de pagamento (que podem ter benefícios com créditos no Lucro Real)

Dicas para indústria que deseja entrar ou permanecer no Simples

  1. Revise seu CNAE: Ele é determinante para definir se a atividade industrial é permitida no Simples e em qual anexo será enquadrada.

  2. Simule cenários com contador: Compare os regimes Simples, Lucro Presumido e Real com base nos dados reais do seu negócio.

  3. Fique atento ao fator R: Se sua empresa tiver atividades mistas (como produção e serviços), o fator R pode levar a parte da receita para o Anexo V.

  4. Planeje o crescimento: Empresas próximas ao teto do Simples (R$ 4,8 milhões) precisam se planejar para a possível transição de regime.

  5. Avalie o aproveitamento de créditos tributários: No Lucro Presumido e no Real, é possível recuperar tributos pagos em insumos. No Simples, não.

Conclusão

A resposta para a pergunta “indústria pode ser optante do Simples Nacional?” é sim — desde que atenda aos requisitos legais e não exerça atividade vedada. No entanto, a decisão de aderir ou permanecer nesse regime deve ser estratégica.

O Simples Nacional pode oferecer muitas vantagens para pequenas indústrias, mas em certos casos, principalmente com maior faturamento ou estrutura mais complexa, o Lucro Presumido ou o Lucro Real pode representar economia tributária e mais eficiência financeira.

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Como fazer o controle financeiro de uma indústria de forma eficiente

Fazer o controle financeiro de uma indústria é, sem dúvida, uma tarefa desafiadora, mas essencial para garantir a sustentabilidade, o crescimento e a competitividade no mercado.

Ao contrário de negócios de comércio ou serviços, o setor industrial envolve uma série de variáveis que tornam a gestão financeira ainda mais complexa, como custos de produção, matéria-prima, mão de obra, depreciação de máquinas, estoque e sazonalidade.

Por isso, ter um controle financeiro eficiente não é apenas uma boa prática — é uma necessidade estratégica para qualquer indústria que deseja manter suas operações saudáveis e lucrativas.

Neste artigo, você vai entender como estruturar o controle financeiro da sua indústria de forma eficiente, quais são os pilares fundamentais, as ferramentas indispensáveis e os erros que você precisa evitar para não comprometer os resultados do seu negócio.


🚀 Por que o controle financeiro é tão importante para a indústria?

Uma indústria lida diariamente com altos custos fixos e variáveis, prazos longos de recebimento, necessidade de capital de giro robusto e constantes oscilações no preço de insumos.

Sem um controle financeiro eficiente, é fácil cair em armadilhas como:

  • Descontrole de estoque e desperdício de matéria-prima.

  • Gastos excessivos com manutenção não planejada.

  • Falta de capital de giro para financiar operações.

  • Aumento dos custos de produção sem perceber.

  • Dificuldade em formar preços de venda competitivos e rentáveis.

  • Endividamento desnecessário ou mau uso do crédito.

Empresas que não fazem gestão financeira correta não sabem se estão lucrando ou apenas girando dinheiro. E isso pode levar até mesmo indústrias com bom volume de vendas à falência.


🔍 Quais são os pilares do controle financeiro eficiente em uma indústria?

1️⃣ Gestão do Fluxo de Caixa

O fluxo de caixa é o coração financeiro de qualquer negócio, especialmente da indústria. É através dele que você controla as entradas (vendas, recebimentos, aportes) e saídas (compras, folha de pagamento, impostos, manutenção, etc.).

👉 Regras básicas para um bom fluxo de caixa:

  • Separar o financeiro da empresa do pessoal dos sócios.

  • Acompanhar diariamente as movimentações.

  • Projetar o fluxo de caixa para pelo menos os próximos 3 a 6 meses.

  • Antecipar períodos de aperto financeiro e planejar soluções (renegociações, crédito, etc.).


2️⃣ Controle de Custos e Despesas

Na indústria, entender exatamente quanto custa produzir cada item é fundamental. Isso envolve:

  • Custos diretos: matéria-prima, mão de obra direta, energia, embalagens.

  • Custos indiretos: depreciação de máquinas, manutenção, aluguel, administrativos.

Um controle rigoroso permite saber se a operação está sendo eficiente e identificar rapidamente onde há desperdícios ou custos fora do padrão.


3️⃣ Gestão de Estoque e Produção

Estoque mal gerido significa dinheiro parado e risco de perdas. Por outro lado, estoque insuficiente gera atrasos na produção e perda de vendas.

👉 É essencial:

  • Controlar entradas e saídas de matéria-prima e produtos acabados.

  • Integrar a gestão de estoque com a produção e com as finanças.

  • Calcular corretamente o custo médio dos itens em estoque.


4️⃣ Precificação Correta dos Produtos

Sem conhecer detalhadamente todos os custos, é impossível precificar de forma correta.

Na indústria, formar preço exige considerar:

  • Custo total de produção.

  • Custos fixos e variáveis rateados.

  • Margem de lucro desejada.

  • Tributos incidentes (ICMS, PIS, COFINS, IPI, ISS, IBS, CBS dependendo da operação).

  • Custos logísticos e comerciais.

👉 Erro clássico: muitas indústrias precificam olhando apenas para o preço da concorrência, sem considerar seus próprios custos — o que pode gerar prejuízo oculto.


5️⃣ Gestão de Capital de Giro

A indústria geralmente compra insumos e paga fornecedores antes de receber dos clientes. Por isso, o capital de giro precisa ser bem dimensionado.

Sem isso, o negócio pode até estar vendendo bem, mas ficará sem caixa para pagar fornecedores, funcionários ou impostos.

👉 Controle os prazos médios de:

  • Recebimento de clientes.

  • Pagamento de fornecedores.

  • Giro de estoque.


6️⃣ Gestão de Tributos

O setor industrial tem uma das cargas tributárias mais complexas do país. É fundamental:

  • Fazer o correto enquadramento tributário (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real).

  • Planejar os tributos incidentes sobre compras, vendas e serviços.

  • Aproveitar créditos tributários, especialmente no Lucro Real (PIS, COFINS, ICMS, IPI, etc.).

  • Monitorar constantemente mudanças na legislação e na Reforma Tributária.


🛠️ Ferramentas essenciais para controle financeiro de indústrias

  • Sistema de gestão ERP específico para indústria (integra financeiro, estoque, produção e fiscal).

  • Planilhas de controle de fluxo de caixa (no mínimo, se não houver ERP).

  • Sistema de gestão de custos industriais (separando custos diretos e indiretos).

  • Dashboards financeiros (para acompanhamento de indicadores em tempo real).

  • Plataforma de controle de notas fiscais, impostos e obrigações acessórias.


📊 Indicadores financeiros que toda indústria precisa acompanhar

  • Fluxo de caixa operacional.

  • Custo dos produtos vendidos (CPV).

  • Margem de contribuição.

  • Ponto de equilíbrio.

  • Giro de estoque.

  • Prazos médios (recebimento, pagamento e estocagem).

  • EBITDA.

  • Rentabilidade líquida.


⚠️ Erros mais comuns no controle financeiro de indústrias

  • Misturar finanças pessoais com as da empresa.

  • Não calcular corretamente os custos indiretos.

  • Precificar olhando só para o concorrente, sem conhecer seus próprios custos.

  • Não fazer controle e análise de fluxo de caixa.

  • Ignorar o planejamento tributário, pagando mais impostos do que deveria.

  • Acompanhar resultados apenas uma vez por mês ou por trimestre (e não diariamente/semanalmente).

  • Não contar com uma contabilidade especializada no setor industrial.


🏆 Benefícios de um controle financeiro eficiente na indústria

  • Redução de desperdícios e custos.

  • Aumento da lucratividade.

  • Mais segurança no planejamento e tomada de decisões.

  • Melhoria da competitividade no mercado.

  • Capacidade de negociar melhor com fornecedores e clientes.

  • Crescimento sustentável e expansão do negócio.


🚀 Conclusão: sua indústria precisa de gestão financeira profissional

Se você quer que sua indústria cresça, seja competitiva e gere lucro de forma sustentável, não existe outro caminho que não seja ter um controle financeiro profissional, eficiente e atualizado.

Isso vai além de simplesmente “ver se sobrou dinheiro no banco”. Envolve gestão de fluxo de caixa, custos, precificação, tributos, estoque e capital de giro — tudo funcionando de forma integrada.


✅ E se você quer ajuda para implementar uma gestão financeira de excelência na sua indústria, conte com a Five Contabilidade.

Somos especialistas no setor industrial e ajudamos dezenas de empresas a:

  • Reduzirem custos.

  • Pagarem menos impostos de forma legal.

  • Organizar o fluxo de caixa.

  • Ter clareza dos números para tomar decisões mais assertivas.

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Qual o melhor regime tributário para indústria?

A escolha do regime tributário é uma das decisões mais estratégicas que uma indústria pode tomar, pois impacta diretamente na competitividade, na margem de lucro e no fluxo de caixa. 

No Brasil, existem três opções principais: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. Cada regime possui regras, alíquotas e obrigações acessórias distintas, devendo ser avaliado em função de fatores como faturamento, estrutura de custos, margem de lucro, e perfil de investimentos da empresa. 

Neste artigo da Five Consultant Contabilidade, vamos detalhar cada regime, apontar suas vantagens e desvantagens para o setor industrial e lhe ajudar a decidir qual é o melhor caminho para a sua fábrica.

Simples Nacional para indústrias

O Simples Nacional é um regime simplificado voltado a micro e pequenas empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. Ele unifica até oito tributos (IRPJ, CSLL, PIS, COFINS IPI, ICMS, ISS e CPP) em uma única guia de recolhimento (DAS).

Indústrias optantes pelo Simples Nacional são tributadas com base no Anexo I do regime, com alíquota a partir de 4% sobre o faturamento, conforme tabela abaixo:

 

Faixa Receita em 12 meses Alíquota Valor a deduzir
Até 180.000,00 4,00%
De 180.000,01 a 360.000,00 7,30% R$ 5.940,00
De 360.000,01 a 720.000,00 9,50% R$ 13.860,00
De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,70% R$ 22.500,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,30% R$ 87.300,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 19,00% R$ 378.000,00

Por sua vez, dentre os principais benefícios deste regime, podemos destacar:

  • Burocracia reduzida: Única guia mensal, menor volume de SPEDs e obrigações acessórias simplificadas.

  • Alíquotas progressivas: Variam conforme a faixa de receita, podendo ser atraentes para indústrias de baixo faturamento.

  • Cálculo automático: Sistema da Receita calcula a alíquota conforme a receita acumulada nos últimos 12 meses.

Por outro lado, as principais desvantagens do regime são as seguintes:

  • Limite de faturamento: Restrito a R$ 4,8 milhões/ano, muitas indústrias ultrapassam esse teto.

  • Tributação sobre faturamento: Incide sobre a receita bruta, independente de margem, o que pode onerar indústrias com elevados custos de produção e margens apertadas.

  • IPI incluído no cálculo: Apesar de ser um tributo de competência federal para indústria, o IPI no Anexo I pode elevar a alíquota efetiva.

O Simples Nacional pode ser vantajoso para pequenas indústrias com margens relativamente altas, que consigam se manter confortavelmente abaixo do teto de faturamento. Nesse caso, a simplicidade operacional e a unificação tributária compensam.

Lucro Presumido para indústrias

O Lucro Presumido é um regime para empresas com faturamento anual de até R$ 78 milhões. Nele, a base de cálculo do IRPJ e da CSLL é determinada pela aplicação de um percentual fixo sobre a receita bruta, variando conforme o setor de atividade.

Margem de presunção para indústria:

  • Indústria em geral: 8% da receita bruta para IRPJ e 12% para CSLL.

  • Receita de venda de produtos sujeitos a regime monofásico: margens específicas definidas pela legislação.

Alíquotas aplicáveis:

  • IRPJ: 15% sobre a base presumida + adicional de 10% sobre o que ultrapassar R$ 60.000,00 trimestrais.

  • CSLL: 9% sobre a base presumida.

  • PIS/COFINS: Regime cumulativo, com alíquotas de 0,65% e 3%, respectivamente.

  • ICMS: Recolhido à parte, conforme alíquota do produto e estado de operação.

Por sua vez, dentre as principais vantagens do regime, podemos destacar:

  • Previsibilidade: Alíquotas fixas e conhecidas, facilitando orçamentos e projeções.

  • Possível economia: Quando a margem de lucro efetiva for inferior à margem presumida (por exemplo, indústrias de baixo mark-up).

  • Menor burocracia: Em relação ao Lucro Real, mas mais obrigações que o Simples.

Por outro lado, as principais desvantagens são as seguintes:

  • Sem compensação de prejuízos fiscais: Mesmo se o negócio der prejuízo, a base de cálculo permanece fixa.

  • Tributação cumulativa de PIS/COFINS: Não há créditos na cadeia de produção, elevando a carga tributária sobre insumos.

  • Obrigações acessórias: Mais complexas que o Simples, exigindo controle mais apurado de notas fiscais e balancetes.

Indústrias com margens de lucro altas, que não consigam aproveitar a ampla compensação de custos e despesas no Lucro Real, podem encontrar no Lucro Presumido carga tributária menor. 

Também é opção para quem fatura acima do teto do Simples, mas ainda está em patamar que não justifique o custo de compliance do Lucro Real.

Lucro Real para indústrias

O Lucro Real é obrigatório para empresas com faturamento anual acima de R$ 78 milhões, mas pode ser opcional para negócios menores. Nele, o IRPJ e a CSLL incidem sobre o lucro contábil ajustado pelas adições e exclusões da legislação fiscal.

As alíquotas aplicáveis neste regime são as seguintes:

  • IRPJ: 15% sobre o lucro + 10% adicional sobre a parcela trimestral que exceder R$ 60 mil.

  • CSLL: 9% sobre o lucro.

  • PIS/Cofins: Alíquotas de 1,65% e 7,6% no regime não cumulativo, com créditos sobre insumos.

  • ICMS: Pago conforme legislação estadual.

Por sua vez, dentre as principais vantagens do Lucro Real, podemos destacar:

  • Tributação alinhada ao resultado: Paga-se imposto apenas sobre o lucro real, sendo interessante para indústrias com margens muito variáveis ou menores.

  • Aproveitamento de créditos de PIS/Cofins: Na aquisição de matérias-primas, energia e serviços, reduzindo custos tributários.

  • Compensação de prejuízos fiscais: No Lucro Real, as empresas podem abater prejuízos da base de cálculo do IRPJ e da CSLL.

Por outro lado, as principais desvantagens do regime são as seguintes:

  • Complexidade operacional: Exige contabilidade robusta, sistemas ERP integrados e equipe especializada.

  • Lista de obrigações acessórias extensas: Como SPED Contábil (ECD), SPED Fiscal, ECF, DCTF, além de controles internos rigorosos.

  • Custo de compliance elevado: Que pode não compensar para empresas de menor porte.

O Lucro Real é a melhor opção para indústrias com margens de lucro reduzidas ou que estejam sujeitas a variações volumétricas acentuadas (sazonalidade). 

Também é indicado para quem planeja grandes investimentos, pois facilita a apropriação de créditos e amortizações.

Para saber mais, e contar com o apoio de especialistas para descobrir qual é o melhor regime tributário para sua indústria, clique no botão do WhatsApp e entre em contato conosco!

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Gestão contábil e financeira para pequenas indústrias: como organizar e crescer com segurança

A gestão contábil e financeira é o coração de qualquer negócio — e nas pequenas indústrias, onde os recursos são mais limitados e os riscos operacionais elevados, organizar bem essas áreas é essencial para garantir a sobrevivência e o crescimento com segurança.

Apesar da complexidade do ambiente industrial, muitas empresas ainda cometem o erro de deixar a contabilidade em segundo plano ou negligenciar a gestão financeira no dia a dia. O resultado? Perda de controle, desperdício de recursos, problemas com o fisco e dificuldade para tomar decisões estratégicas.

Neste artigo, a Five Consultant Contabilidade mostra os pilares para uma gestão contábil e financeira eficiente em pequenas indústrias, explicando como essas áreas se complementam, o que precisa ser monitorado e como uma contabilidade especializada pode ajudar a transformar resultados.

Por que a gestão contábil e financeira é tão importante na indústria?

A indústria, mesmo de pequeno porte, lida com uma estrutura operacional mais robusta que outros segmentos, envolvendo:

  • Compra de insumos e matéria-prima;

  • Controle de estoque e processos produtivos;

  • Custos industriais (fixos e variáveis);

  • Folha de pagamento;

  • Tributação complexa;

  • Necessidade de capital de giro.

Sem controle sobre essas variáveis, a margem de lucro desaparece e a empresa perde competitividade.

Enquanto a gestão financeira cuida do fluxo de caixa, orçamentos, pagamentos e recebimentos, a gestão contábil garante o correto enquadramento tributário, escrituração das obrigações fiscais e apuração precisa dos lucros. Ambas caminham juntas e devem ser vistas como áreas estratégicas, não apenas operacionais.

Principais desafios da pequena indústria na contabilidade e finanças

  1. Mistura entre finanças pessoais e empresariais

  2. Falta de controle de fluxo de caixa

  3. Tributação inadequada ao porte da empresa

  4. Desorganização nos lançamentos contábeis

  5. Desconhecimento sobre indicadores financeiros

  6. Falta de planejamento de investimentos e estoques

Esses problemas comprometem o crescimento e deixam a empresa vulnerável à inadimplência, à alta carga tributária e a autuações fiscais.

Pilares da gestão contábil para pequenas indústrias

1. Escolha do regime tributário ideal

O primeiro passo é escolher o melhor regime de tributação:

  • Simples Nacional: ideal para faturamento anual até R$ 4,8 milhões. Oferece guia única de impostos e simplificação.

  • Lucro Presumido: indicado para empresas com boas margens e faturamento até R$ 78 milhões.

  • Lucro Real: obrigatório para empresas com faturamento superior ou segmentos específicos. Permite dedução de custos e apuração detalhada.

📌 A escolha errada do regime pode gerar pagamento excessivo de impostos ou risco de autuação fiscal.

2. Escrituração contábil regular

A escrituração correta garante:

  • Emissão do Balanço Patrimonial e DRE;

  • Apuração de lucros e prejuízos;

  • Suporte para tomada de decisões;

  • Base para crédito e financiamentos;

  • Conformidade com a legislação fiscal.

Contadores especializados em indústria são capazes de interpretar essas demonstrações e orientar o gestor de forma clara e estratégica.

3. Cumprimento das obrigações fiscais

Toda empresa industrial precisa entregar mensalmente ou anualmente obrigações como:

  • SPED Fiscal e Contábil;

  • DCTF, DIRF, EFD-Contribuições;

  • Apuração de ICMS, IPI, PIS, Cofins e IRPJ/CSLL;

  • Folha de pagamento, GFIP e eSocial.

O não cumprimento ou o atraso na entrega dessas obrigações pode gerar multas expressivas e entraves ao crescimento da empresa.

Pilares da gestão financeira para pequenas indústrias

1. Controle de fluxo de caixa

É vital registrar entradas e saídas diariamente, projetar os próximos meses e identificar gargalos ou folgas de caixa. Um bom controle evita:

  • Atrasos em pagamentos;

  • Uso indevido de capital de giro;

  • Endividamento desnecessário;

  • Falta de recursos para produção.

📌 Utilize planilhas organizadas ou softwares de gestão financeira adaptados ao segmento industrial.

2. Precificação com base em custos reais

Muitas indústrias precificam mal seus produtos por não conhecerem com precisão seus custos. A precificação deve levar em conta:

  • Custos diretos (matéria-prima, mão de obra);

  • Custos indiretos (energia, depreciação);

  • Custos fixos e variáveis;

  • Margem de lucro desejada.

A contabilidade de custos ajuda o gestor a entender quanto realmente custa produzir cada item e qual o ponto de equilíbrio do negócio.

3. Controle de estoque

Estoques mal controlados representam dinheiro parado ou prejuízo com perdas e vencimentos. Uma boa gestão de estoque envolve:

  • Giro dos produtos;

  • Inventário periódico;

  • Curva ABC (produtos mais importantes);

  • Integração com produção e vendas.

Estoque é patrimônio — e deve estar presente nos relatórios contábeis com precisão.

4. Planejamento de investimentos

Pequenas indústrias precisam reinvestir com inteligência. O planejamento financeiro ajuda a:

  • Determinar o melhor momento para investir;

  • Evitar descapitalização;

  • Comparar financiamentos e linhas de crédito;

  • Planejar expansão com segurança.

Como a contabilidade especializada pode ajudar

A Five Consultant Contabilidade é especializada em indústrias e oferece soluções sob medida para:

✅ Escolha do regime tributário ideal
✅ Redução legal da carga tributária
✅ Escrituração contábil com foco em controle e gestão
✅ Apuração precisa de custos e lucros
✅ Análise de viabilidade para investimentos
✅ Cumprimento de obrigações acessórias sem erros
✅ Relatórios e dashboards financeiros mensais

Com o apoio de um contador consultivo, a pequena indústria pode sair da informalidade, se organizar e crescer com base sólida, evitando riscos fiscais e otimizando resultados.

Dicas práticas para melhorar a gestão contábil e financeira da sua indústria

  1. Separe as contas pessoais e da empresa

  2. Tenha um contador especializado no setor industrial

  3. Use um sistema de gestão (ERP) que integre produção, estoque e finanças

  4. Revise seu regime tributário anualmente

  5. Faça conciliações bancárias mensais

  6. Controle a inadimplência com indicadores e limites de crédito

  7. Treine sua equipe administrativa para cuidar bem do fluxo de caixa

  8. Solicite relatórios periódicos do contador para acompanhar a saúde do negócio

Conclusão

A gestão contábil e financeira para pequenas indústrias não é apenas uma obrigação legal — é um instrumento fundamental para o crescimento com segurança, sustentabilidade e rentabilidade.

Se você deseja reduzir impostos, organizar suas finanças, melhorar seus resultados e se preparar para crescer, conte com o time da Five Consultant Contabilidade.

📞 Fale agora com nossos especialistas e descubra como levar a sua indústria ao próximo nível com uma contabilidade verdadeiramente estratégica!

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Lucro Real ou Lucro Presumido para indústria? Entenda o impacto na carga tributária

A escolha entre Lucro Real ou Lucro Presumido é uma das decisões mais importantes para o setor industrial. Essa escolha impacta diretamente a carga tributária, o fluxo de caixa e até mesmo a competitividade do negócio.

Para indústrias de pequeno, médio ou grande porte, é fundamental entender as diferenças entre os regimes e saber qual deles oferece maior economia e segurança fiscal.

Neste artigo, a equipe da Five Consultant Contabilidade explica de forma clara e prática como funciona o Lucro Real e o Lucro Presumido, além de destacar as principais vantagens, desvantagens e critérios que uma indústria deve considerar antes de optar por um desses regimes.

O que é o Lucro Presumido?

O Lucro Presumido é um regime tributário simplificado, voltado a empresas com receita bruta anual de até R$ 78 milhões.

Nele, o governo presume qual é o lucro da empresa com base em uma margem de lucro predefinida, e os tributos são calculados sobre essa base, independentemente do lucro real obtido pela indústria.

Como funciona a base de cálculo no Lucro Presumido?

A Receita Federal estabelece uma margem de lucro presumida sobre a receita bruta da empresa. Para indústrias, essa margem geralmente é de:

  • 8% para IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica)

  • 12% para CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido)

📌 Exemplo: Se a indústria fatura R$ 100.000, o IRPJ será calculado sobre R$ 8.000 (8%), e a CSLL sobre R$ 12.000 (12%).

Sobre esses valores aplicam-se:

  • IRPJ: 15% sobre a base + adicional de 10% sobre o que exceder R$ 20.000 mensais;

  • CSLL: 9% sobre a base;

  • PIS e Cofins (cumulativo): alíquotas fixas de 0,65% e 3%, respectivamente.

O que é o Lucro Real?

O Lucro Real é um regime mais complexo, mas necessário para empresas com receita superior a R$ 78 milhões ou que atuam em segmentos obrigatórios.

Nesse modelo, os tributos são calculados com base no lucro efetivamente apurado, após considerar todas as receitas e despesas da empresa.

Esse regime permite maior controle fiscal e possibilidade de dedução de despesas operacionais, o que pode representar economia para indústrias com margens apertadas ou custos elevados.

Como funciona a base de cálculo no Lucro Real?

No Lucro Real, o IRPJ e a CSLL incidem sobre o lucro contábil ajustado, que leva em conta:

  • Receitas operacionais;

  • Custos e despesas dedutíveis;

  • Adições e exclusões conforme legislação fiscal.

As alíquotas são:

  • IRPJ: 15% sobre o lucro + adicional de 10% sobre lucros mensais acima de R$ 20.000;

  • CSLL: 9% sobre o lucro ajustado;

  • PIS e Cofins (não cumulativo): 1,65% e 7,6%, com possibilidade de créditos sobre insumos.

Comparativo prático: Lucro Real x Lucro Presumido

Critério Lucro Presumido Lucro Real
Base de cálculo Percentual fixo sobre a receita bruta Lucro contábil ajustado
Simplicidade Mais simples de calcular Mais complexo e detalhado
PIS e Cofins Cumulativo (0,65% + 3%) Não cumulativo (1,65% + 7,6%) com créditos
Dedução de despesas Não permite deduções Permite deduzir despesas operacionais
Carga tributária efetiva Pode ser mais alta em empresas com pouco lucro Pode ser menor se bem administrado
Obrigatoriedade Receita até R$ 78 milhões Receita superior a R$ 78 milhões ou obrigatoriedade legal

Quando o Lucro Presumido pode ser mais vantajoso?

O Lucro Presumido costuma ser mais interessante para:

  • Indústrias com margens de lucro elevadas;

  • Empresas com poucas despesas dedutíveis;

  • Negócios com estrutura contábil enxuta, que desejam simplicidade;

  • Indústrias que não geram muitos créditos de PIS e Cofins.

📌 Exemplo: uma indústria que fatura R$ 60.000 por mês e tem uma margem de lucro real próxima de 15% pode pagar menos impostos no Lucro Presumido, já que a base tributável será fixa e previsível.

Quando o Lucro Real é mais indicado?

O Lucro Real é geralmente recomendado quando:

  • A indústria tem margens de lucro reduzidas;

  • Os custos operacionais são elevados;

  • A empresa faz investimentos em pesquisa e inovação;

  • Existem benefícios fiscais e incentivos que podem ser aproveitados;

  • A empresa gera créditos relevantes de PIS e Cofins, especialmente com muitos insumos.

📌 Exemplo: indústrias químicas, de alimentos ou metalúrgicas com custos elevados na cadeia produtiva tendem a se beneficiar mais com o Lucro Real.

Impacto na carga tributária

A escolha do regime impacta diretamente na carga tributária efetiva. Veja dois exemplos hipotéticos:

Cenário 1: Lucro Presumido

  • Receita bruta: R$ 150.000/mês

  • Margem presumida: 8%

  • Base IRPJ: R$ 12.000 (8%)

  • Base CSLL: R$ 18.000 (12%)

  • IRPJ (15%): R$ 1.800

  • CSLL (9%): R$ 1.620

  • PIS + Cofins: R$ 5.475 (3,65%)

  • Total de tributos: R$ 8.895 (~5,9%)

Cenário 2: Lucro Real

  • Receita bruta: R$ 150.000/mês

  • Lucro efetivo: R$ 5.000 (após deduções)

  • IRPJ (15%): R$ 750

  • CSLL (9%): R$ 450

  • PIS + Cofins: R$ 3.825 (após abatimento de créditos)

  • Total de tributos: R$ 5.025 (~3,35%)

🔎 Resultado: dependendo do nível de despesas e da geração de créditos, o Lucro Real pode ser mais vantajoso, mesmo com maior complexidade.

Riscos de escolha errada

Escolher o regime inadequado pode resultar em:

  • Pagamento excessivo de tributos;

  • Risco de autuações fiscais;

  • Perda de oportunidades de créditos tributários;

  • Problemas com o fluxo de caixa da indústria.

Por isso, é fundamental contar com o apoio de um contador experiente em planejamento tributário industrial.

Como escolher o regime certo para sua indústria?

A decisão entre Lucro Real ou Lucro Presumido não deve ser feita com base apenas na simplicidade, mas sim a partir de:

  • Análise da margem de lucro real;

  • Simulações da carga tributária nos dois regimes;

  • Avaliação do volume de créditos fiscais disponíveis;

  • Projeções de crescimento da empresa;

  • Setor de atuação e benefícios fiscais específicos.

Conte com a Five Consultant Contabilidade

A escolha entre Lucro Real ou Lucro Presumido pode representar a diferença entre o crescimento sustentável e a perda de competitividade no mercado.

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