CategoriesContabilidade para indústrias

Como fazer o controle financeiro de uma indústria de forma eficiente

Fazer o controle financeiro de uma indústria é, sem dúvida, uma tarefa desafiadora, mas essencial para garantir a sustentabilidade, o crescimento e a competitividade no mercado.

Ao contrário de negócios de comércio ou serviços, o setor industrial envolve uma série de variáveis que tornam a gestão financeira ainda mais complexa, como custos de produção, matéria-prima, mão de obra, depreciação de máquinas, estoque e sazonalidade.

Por isso, ter um controle financeiro eficiente não é apenas uma boa prática — é uma necessidade estratégica para qualquer indústria que deseja manter suas operações saudáveis e lucrativas.

Neste artigo, você vai entender como estruturar o controle financeiro da sua indústria de forma eficiente, quais são os pilares fundamentais, as ferramentas indispensáveis e os erros que você precisa evitar para não comprometer os resultados do seu negócio.


🚀 Por que o controle financeiro é tão importante para a indústria?

Uma indústria lida diariamente com altos custos fixos e variáveis, prazos longos de recebimento, necessidade de capital de giro robusto e constantes oscilações no preço de insumos.

Sem um controle financeiro eficiente, é fácil cair em armadilhas como:

  • Descontrole de estoque e desperdício de matéria-prima.

  • Gastos excessivos com manutenção não planejada.

  • Falta de capital de giro para financiar operações.

  • Aumento dos custos de produção sem perceber.

  • Dificuldade em formar preços de venda competitivos e rentáveis.

  • Endividamento desnecessário ou mau uso do crédito.

Empresas que não fazem gestão financeira correta não sabem se estão lucrando ou apenas girando dinheiro. E isso pode levar até mesmo indústrias com bom volume de vendas à falência.


🔍 Quais são os pilares do controle financeiro eficiente em uma indústria?

1️⃣ Gestão do Fluxo de Caixa

O fluxo de caixa é o coração financeiro de qualquer negócio, especialmente da indústria. É através dele que você controla as entradas (vendas, recebimentos, aportes) e saídas (compras, folha de pagamento, impostos, manutenção, etc.).

👉 Regras básicas para um bom fluxo de caixa:

  • Separar o financeiro da empresa do pessoal dos sócios.

  • Acompanhar diariamente as movimentações.

  • Projetar o fluxo de caixa para pelo menos os próximos 3 a 6 meses.

  • Antecipar períodos de aperto financeiro e planejar soluções (renegociações, crédito, etc.).


2️⃣ Controle de Custos e Despesas

Na indústria, entender exatamente quanto custa produzir cada item é fundamental. Isso envolve:

  • Custos diretos: matéria-prima, mão de obra direta, energia, embalagens.

  • Custos indiretos: depreciação de máquinas, manutenção, aluguel, administrativos.

Um controle rigoroso permite saber se a operação está sendo eficiente e identificar rapidamente onde há desperdícios ou custos fora do padrão.


3️⃣ Gestão de Estoque e Produção

Estoque mal gerido significa dinheiro parado e risco de perdas. Por outro lado, estoque insuficiente gera atrasos na produção e perda de vendas.

👉 É essencial:

  • Controlar entradas e saídas de matéria-prima e produtos acabados.

  • Integrar a gestão de estoque com a produção e com as finanças.

  • Calcular corretamente o custo médio dos itens em estoque.


4️⃣ Precificação Correta dos Produtos

Sem conhecer detalhadamente todos os custos, é impossível precificar de forma correta.

Na indústria, formar preço exige considerar:

  • Custo total de produção.

  • Custos fixos e variáveis rateados.

  • Margem de lucro desejada.

  • Tributos incidentes (ICMS, PIS, COFINS, IPI, ISS, IBS, CBS dependendo da operação).

  • Custos logísticos e comerciais.

👉 Erro clássico: muitas indústrias precificam olhando apenas para o preço da concorrência, sem considerar seus próprios custos — o que pode gerar prejuízo oculto.


5️⃣ Gestão de Capital de Giro

A indústria geralmente compra insumos e paga fornecedores antes de receber dos clientes. Por isso, o capital de giro precisa ser bem dimensionado.

Sem isso, o negócio pode até estar vendendo bem, mas ficará sem caixa para pagar fornecedores, funcionários ou impostos.

👉 Controle os prazos médios de:

  • Recebimento de clientes.

  • Pagamento de fornecedores.

  • Giro de estoque.


6️⃣ Gestão de Tributos

O setor industrial tem uma das cargas tributárias mais complexas do país. É fundamental:

  • Fazer o correto enquadramento tributário (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real).

  • Planejar os tributos incidentes sobre compras, vendas e serviços.

  • Aproveitar créditos tributários, especialmente no Lucro Real (PIS, COFINS, ICMS, IPI, etc.).

  • Monitorar constantemente mudanças na legislação e na Reforma Tributária.


🛠️ Ferramentas essenciais para controle financeiro de indústrias

  • Sistema de gestão ERP específico para indústria (integra financeiro, estoque, produção e fiscal).

  • Planilhas de controle de fluxo de caixa (no mínimo, se não houver ERP).

  • Sistema de gestão de custos industriais (separando custos diretos e indiretos).

  • Dashboards financeiros (para acompanhamento de indicadores em tempo real).

  • Plataforma de controle de notas fiscais, impostos e obrigações acessórias.


📊 Indicadores financeiros que toda indústria precisa acompanhar

  • Fluxo de caixa operacional.

  • Custo dos produtos vendidos (CPV).

  • Margem de contribuição.

  • Ponto de equilíbrio.

  • Giro de estoque.

  • Prazos médios (recebimento, pagamento e estocagem).

  • EBITDA.

  • Rentabilidade líquida.


⚠️ Erros mais comuns no controle financeiro de indústrias

  • Misturar finanças pessoais com as da empresa.

  • Não calcular corretamente os custos indiretos.

  • Precificar olhando só para o concorrente, sem conhecer seus próprios custos.

  • Não fazer controle e análise de fluxo de caixa.

  • Ignorar o planejamento tributário, pagando mais impostos do que deveria.

  • Acompanhar resultados apenas uma vez por mês ou por trimestre (e não diariamente/semanalmente).

  • Não contar com uma contabilidade especializada no setor industrial.


🏆 Benefícios de um controle financeiro eficiente na indústria

  • Redução de desperdícios e custos.

  • Aumento da lucratividade.

  • Mais segurança no planejamento e tomada de decisões.

  • Melhoria da competitividade no mercado.

  • Capacidade de negociar melhor com fornecedores e clientes.

  • Crescimento sustentável e expansão do negócio.


🚀 Conclusão: sua indústria precisa de gestão financeira profissional

Se você quer que sua indústria cresça, seja competitiva e gere lucro de forma sustentável, não existe outro caminho que não seja ter um controle financeiro profissional, eficiente e atualizado.

Isso vai além de simplesmente “ver se sobrou dinheiro no banco”. Envolve gestão de fluxo de caixa, custos, precificação, tributos, estoque e capital de giro — tudo funcionando de forma integrada.


✅ E se você quer ajuda para implementar uma gestão financeira de excelência na sua indústria, conte com a Five Contabilidade.

Somos especialistas no setor industrial e ajudamos dezenas de empresas a:

  • Reduzirem custos.

  • Pagarem menos impostos de forma legal.

  • Organizar o fluxo de caixa.

  • Ter clareza dos números para tomar decisões mais assertivas.

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Diferença entre Lucro Presumido e Lucro Real para o setor industrial

No Brasil, dois dos regimes mais utilizados pelas indústrias são o Lucro Presumido e o Lucro Real. Ambos são permitidos pela legislação, mas possuem regras, características e impactos tributários bem diferentes.

Se você tem uma indústria ou está pensando em abrir uma, este artigo é essencial para entender, de forma prática e detalhada, as diferenças entre o Lucro Presumido e o Lucro Real, e descobrir qual deles pode ser mais vantajoso para o seu negócio.

Escolher o regime tributário correto é uma das decisões mais estratégicas para qualquer empresa, especialmente para quem atua no setor industrial. Afinal, a opção certa pode representar uma economia significativa de impostos, enquanto uma escolha equivocada pode gerar custos desnecessários e até riscos fiscais


🔍 O que é Lucro Presumido?

O Lucro Presumido é um regime tributário simplificado, onde o governo presume qual é a margem de lucro da empresa, de acordo com sua atividade econômica.

No caso das indústrias, essa presunção se dá sobre um percentual do faturamento, e não necessariamente sobre o lucro real obtido.

✅ Principais características do Lucro Presumido para indústrias:

  • Base de cálculo presumida: a Receita Federal estabelece um percentual sobre o faturamento para definir a base de cálculo do IRPJ e da CSLL.

  • Simplicidade: o cálculo é mais simples e há menos obrigações acessórias em comparação com o Lucro Real.

  • Previsibilidade: a empresa sabe quanto vai pagar de imposto, independentemente do lucro real que teve no período.

  • Limite de receita: pode ser adotado por empresas com faturamento de até R$ 78 milhões por ano.

📊 Percentuais de presunção para indústrias:

  • 8% sobre o faturamento para o IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica).

  • 12% sobre o faturamento para a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido).

Além desses, a indústria também paga:

  • PIS: 0,65% (cumulativo).

  • COFINS: 3% (cumulativo).

  • ISS: se houver prestação de serviços atrelada (em alguns casos específicos).

  • ICMS: sobre circulação de mercadorias, conforme a legislação estadual.


🔍 O que é Lucro Real?

O Lucro Real é o regime obrigatório para empresas que faturam acima de R$ 78 milhões por ano, instituições financeiras e algumas atividades específicas, mas pode ser adotado por qualquer empresa, inclusive indústrias, independentemente do faturamento.

Nesse regime, o cálculo dos tributos federais (IRPJ e CSLL) é feito com base no lucro contábil efetivo, ajustado por adições e exclusões previstas na legislação fiscal.

✅ Principais características do Lucro Real para indústrias:

  • Base de cálculo real: os impostos incidem sobre o lucro efetivamente apurado no período.

  • Mais adequado para empresas com margens baixas ou prejuízo: se não houver lucro, não há pagamento de IRPJ e CSLL (apenas os tributos sobre receita, como PIS, COFINS e ICMS).

  • Possibilidade de créditos de PIS e COFINS: no regime não cumulativo, a empresa pode se creditar sobre diversos insumos, o que reduz significativamente a carga tributária.

  • Mais complexo: exige escrituração contábil completa, além de mais obrigações acessórias.

  • Ideal para setores com altos custos operacionais, sazonalidade ou oscilações de lucro.


⚖️ Comparativo prático: Lucro Presumido vs Lucro Real no setor industrial

Característica Lucro Presumido Lucro Real
Base de cálculo IRPJ/CSLL Percentual fixo sobre faturamento (8% e 12%) Lucro líquido contábil ajustado
PIS e COFINS Cumulativo (0,65% e 3%) Não cumulativo (1,65% e 7,6%), com créditos sobre insumos
Complexidade Baixa Alta
Obrigatoriedade de contabilidade completa Não obrigatória para IR e CSLL, mas recomendada Obrigatória
Vantagem principal Simplicidade e previsibilidade Economia em cenários de baixa margem ou alto custo operacional
Risco fiscal Menor controle, mais suscetível a questionamentos se não tiver contabilidade bem feita Menor, pois todos os dados são declarados e apurados rigorosamente
Limite de faturamento Até R$ 78 milhões/ano Sem limite

💰 Impacto prático na indústria: quando escolher cada um?

✅ Quando o Lucro Presumido pode ser mais vantajoso?

  • Empresas industriais que possuem margem de lucro elevada (acima de 20%, por exemplo).

  • Negócios com operação simples, poucos custos com insumos, folha de pagamento enxuta e pouca geração de crédito de PIS/COFINS.

  • Indústrias pequenas ou médias que valorizam simplicidade operacional e previsibilidade de impostos.

❌ Quando o Lucro Presumido pode não ser interessante?

  • Indústrias com custos muito altos de produção, logística, insumos ou mão de obra.

  • Empresas que possuem muita oscilação nos resultados, podendo ter prejuízo em alguns meses.

  • Negócios que poderiam gerar muito crédito de PIS e COFINS, mas que perdem esse benefício no Lucro Presumido.


✅ Quando o Lucro Real é mais vantajoso?

  • Indústrias com altos custos operacionais, matéria-prima cara ou uso intenso de insumos.

  • Empresas que vendem para outras empresas (B2B) e têm forte cadeia de crédito de PIS e COFINS.

  • Negócios que enfrentam sazonalidade ou grandes oscilações de lucro e prejuízo.

  • Quem busca planejamento tributário mais robusto, com gestão contábil e fiscal bem estruturada.

❌ Quando o Lucro Real pode não ser indicado?

  • Indústrias pequenas, com margem alta e operação simples.

  • Empresários que não possuem estrutura contábil adequada ou não querem lidar com a burocracia desse regime.


⚠️ Atenção: Lucro Real não significa necessariamente pagar mais imposto!

Esse é um dos grandes mitos do mercado.

Muitos empresários acreditam que o Lucro Real é sinônimo de mais imposto, mas isso nem sempre é verdade.

Em indústrias que têm margem apertada, alto custo de produção ou muitos insumos (energia, matéria-prima, embalagens, transporte, depreciação), o Lucro Real pode gerar uma carga tributária final muito menor do que o Lucro Presumido.

Além disso, se a empresa tiver prejuízo contábil, não paga IRPJ nem CSLL.


🔥 Exemplos práticos de escolha

🏭 Caso 1 – Indústria com alta margem de lucro

  • Faturamento mensal: R$ 500 mil

  • Custo operacional: baixo (20% do faturamento)

  • Margem de lucro: 30%

👉 Melhor opção: Lucro Presumido (impostos calculados sobre a presunção são menores do que os sobre o lucro real efetivo).

🏗️ Caso 2 – Indústria com margem apertada

  • Faturamento mensal: R$ 500 mil

  • Custo operacional: alto (70% do faturamento)

  • Margem de lucro: 5%

👉 Melhor opção: Lucro Real (no Presumido pagaria imposto sobre 8% do faturamento, enquanto no Real paga sobre 5%, além de aproveitar créditos de PIS e COFINS).


🏆 Conclusão: como escolher o melhor regime tributário para sua indústria?

A decisão entre Lucro Presumido e Lucro Real deve ser feita com base em uma análise personalizada da operação da sua indústria, levando em conta:

  • Faturamento;

  • Margem de lucro;

  • Volume de custos e despesas operacionais;

  • Potencial de geração de créditos de PIS e COFINS;

  • Projeção de crescimento.

Na maioria dos casos, indústrias que operam com margens reduzidas ou altos custos se beneficiam do Lucro Real, enquanto negócios mais enxutos e com margens elevadas podem se sair melhor no Lucro Presumido.


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A Five Contabilidade é especialista no setor industrial e pode te ajudar a fazer um diagnóstico tributário completo, para garantir que sua empresa pague menos impostos, de forma legal e segura.

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CategoriesImposto

Quais são os impostos que indústrias precisam pagar no Brasil?

No Brasil, a carga tributária é um dos principais desafios para as empresas, especialmente para as indústrias, que enfrentam um ambiente fiscal muito complexo e com uma grande variedade de tributos. 

Compreender quais são os impostos uma indústria precisa pagar e como gerenciar essas obrigações fiscais é fundamental para garantir a conformidade com a legislação e otimizar a carga tributária.

Neste artigo, vamos explorar os principais impostos que uma indústria precisa pagar no Brasil, explicando cada um deles e fornecendo informações essenciais para o planejamento tributário das indústrias, com foco nas estratégias para minimizar a carga fiscal e melhorar a competitividade.

O sistema tributário brasileiro e seus impostos sobre indústrias

O sistema tributário brasileiro é composto por tributos federais, estaduais e municipais. Cada um desses tributos tem uma aplicação específica, e as indústrias devem estar cientes de suas obrigações fiscais para garantir que cumpram corretamente a legislação e evitem problemas com o fisco. 

Vamos analisar os impostos mais relevantes para as indústrias, dividindo-os conforme o nível de governo responsável pela cobrança.

Impostos federais sobre indústrias

Os impostos federais são cobrados pela União e aplicam-se a todas as empresas do Brasil, incluindo as indústrias. Os principais impostos federais que uma indústria precisa pagar são:

Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ)

O Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) incide sobre o lucro ou faturamento das empresas, a depender do regime tributário. Para as indústrias, o IRPJ é uma das principais obrigações fiscais. 

A forma de cálculo do IRPJ depende do regime tributário adotado pela empresa. Existem três principais regimes de apuração do IRPJ:

  • Lucro Real: O imposto é calculado sobre o lucro efetivamente apurado pela empresa, após dedução de todas as despesas operacionais. Esse regime é mais complexo e exigente em termos de contabilidade, mas pode ser vantajoso para empresas com lucros baixos ou despesas elevadas.

  • Lucro Presumido: O imposto é calculado com base em uma presunção do lucro da empresa, que varia conforme a atividade e o faturamento da empresa. Este regime é mais simples, com menos exigências contábeis, mas pode não ser vantajoso para empresas com margens de lucro muito baixas.

  • Simples Nacional: O Simples Nacional é um regime simplificado destinado a microempresas e empresas de pequeno porte, que permite o pagamento de uma série de tributos em uma única guia. O IRPJ é cobrado dentro do Simples Nacional, mas com alíquotas reduzidas.

Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)

A Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) é um imposto federal que também incide sobre o lucro das empresas, com a finalidade de financiar a seguridade social. 

O cálculo da CSLL segue regras semelhantes às do IRPJ, e sua alíquota varia conforme o regime de apuração:

  • Lucro Real: A alíquota da CSLL é de 9% sobre o lucro líquido da empresa.

  • Lucro Presumido: A alíquota é de 12% para atividades industriais.

  • Simples Nacional: A alíquota da CSLL é integrada à alíquota do Simples Nacional, dependendo da faixa de receita da empresa.

PIS e Cofins

O PIS (Programa de Integração Social) e a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) são contribuições sociais que incidem sobre a receita bruta das empresas. Para as indústrias, essas contribuições representam uma carga tributária significativa.

  • PIS e Cofins no regime cumulativo (para empresas no Lucro Presumido): As alíquotas do PIS e da Cofins são, respectivamente, 0,65% e 3%. Nesse regime, não há possibilidade de crédito sobre os tributos pagos nas compras de insumos.

  • PIS e Cofins no regime não cumulativo (para empresas no Lucro Real): As alíquotas são 1,65% para o PIS e 7,6% para a Cofins. Nesse regime, a empresa pode compensar os tributos pagos nas compras de insumos, o que pode resultar em uma redução da carga tributária.

Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é um tributo federal que incide sobre a produção e a circulação de produtos industrializados. 

As indústrias são as principais responsáveis pelo pagamento do IPI, que é cobrado de acordo com a categoria e a classificação fiscal do produto.

  • O IPI varia de acordo com a classificação do produto na Tabela de Incidência do IPI (TIPI), com alíquotas que podem ser reduzidas ou isentas para determinados produtos.

  • As empresas podem deduzir o IPI pago na aquisição de insumos, o que pode reduzir o valor a ser pago na venda do produto final.

Impostos estaduais sobre indústrias

Além dos impostos federais, as indústrias também estão sujeitas à cobrança de tributos estaduais. Os principais impostos estaduais para as indústrias são:

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)

O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) é um imposto estadual que incide sobre a circulação de mercadorias e a prestação de alguns serviços, como transportes e comunicação. 

Para as indústrias, o ICMS é um imposto relevante, pois incide sobre a venda de produtos, além de poder ser creditado nas compras de insumos, o que reduz a carga tributária.

  • Alíquotas: As alíquotas do ICMS variam de estado para estado e podem variar entre 7% e 18% para produtos nacionais. Produtos importados e de setores específicos, como combustíveis, podem ter alíquotas diferenciadas.

  • Substituição Tributária: Em alguns casos, o ICMS pode ser cobrado de forma antecipada, por meio da substituição tributária, o que significa que a indústria paga o imposto antes de efetivamente realizar a venda do produto.

IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores)

Embora o IPVA não incida diretamente sobre a produção ou venda de produtos, as indústrias que utilizam veículos próprios para transporte de mercadorias devem pagar esse imposto sobre os veículos registrados em seu nome.

O IPVA é estadual e tem uma alíquota que varia conforme o estado e o tipo de veículo.

Impostos municipais sobre indústrias

Por fim, as indústrias também estão sujeitas a tributos municipais, que são cobrados pelos municípios. Os principais impostos municipais para as indústrias são:

Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU)

O IPTU é um imposto municipal que incide sobre a propriedade de imóveis em áreas urbanas. 

Sendo assim, o IPTU não é um imposto que incide sobre receitas, mas sobre o valor venal dos imóveis em propriedade da indústria.

Taxas de licenciamento e fiscalização

Além dos impostos, as indústrias também estão sujeitas a taxas de licenciamento e fiscalização municipais, que são cobradas para que a empresa possa operar de acordo com as normas locais. Essas taxas variam conforme a localização e o tipo de atividade.

Como minimizar os impostos para indústrias?

Existem algumas estratégias que as indústrias podem adotar para reduzir a carga tributária e otimizar os impostos pagos, incluindo:

Planejamento Tributário: A escolha do regime tributário adequado é crucial para reduzir os custos fiscais. 

A adoção de um regime como o Simples Nacional ou Lucro Presumido pode ser vantajosa para empresas menores, enquanto o Lucro Real pode ser mais adequado para empresas de maior porte.

Aproveitamento de créditos de ICMS e IPI: As indústrias podem compensar os impostos pagos na aquisição de insumos, utilizando créditos de ICMS e IPI nas vendas subsequentes, o que pode reduzir a carga tributária total.

Revisão de despesas e incentivos fiscais: Algumas indústrias podem se beneficiar de incentivos fiscais oferecidos pelos governos federal, estadual e municipal, como isenções ou reduções de impostos em determinados segmentos da economia, como a Zona Franca de Manaus.

Conclusão

Compreender os impostos que uma indústria precisa pagar no Brasil é fundamental para que os empresários possam planejar suas atividades de forma eficaz e evitar surpresas fiscais. 

O sistema tributário brasileiro é complexo e envolve tributos federais, estaduais e municipais, sendo necessário que as indústrias adotem uma estratégia fiscal adequada para minimizar a carga tributária e garantir a competitividade no mercado.

A melhor forma de garantir que sua indústria esteja em conformidade com as obrigações fiscais e ao mesmo tempo aproveite todas as oportunidades de redução de impostos é contar com o apoio de uma consultoria contábil especializada

A Five Consultant Contabilidade pode ajudar a sua empresa a entender e gerenciar sua tributação de maneira eficiente, assegurando que você esteja no caminho certo para o crescimento sustentável e a otimização de custos.

CategoriesContabilidade para Profissionais da Saúde

Passo a passo para abrir uma clínica médica: exigências, CNPJ e alvarás

Abrir uma clínica médica no Brasil é um projeto promissor, mas que exige atenção a diversas etapas legais, tributárias e estruturais. 

Seja para médicos que desejam empreender com maior autonomia ou para investidores do setor da saúde, entender como funciona a legalização é o primeiro passo para garantir segurança jurídica, viabilidade financeira e sucesso no negócio.

Neste guia completo preparado pela Five Consultant Contabilidade, vamos apresentar o passo a passo para abrir uma clínica médica, explicando desde a definição da estrutura jurídica até a obtenção de alvarás essenciais para o funcionamento.

Vale a pena abrir uma clínica médica?

Sim, e por várias razões. A abertura de uma clínica permite maior controle sobre a agenda, os atendimentos e os rendimentos do profissional. Além disso, ao estruturar uma empresa formal, é possível:

  • Reduzir impostos por meio de regimes tributários vantajosos.

  • Emitir notas fiscais e firmar contratos com empresas e convênios.

  • Ter acesso a crédito empresarial, com melhores taxas e condições.

  • Aumentar a credibilidade perante o mercado e os pacientes.

  • Expandir a atuação ao contratar outros profissionais da saúde.

Com planejamento estratégico e assessoria contábil especializada, o profissional da saúde pode empreender com segurança e lucratividade.

1. Escolha do local e definição do projeto

Antes de qualquer registro legal, é necessário planejar a estrutura da clínica:

  • Escolha o imóvel onde funcionará a clínica, preferencialmente com localização acessível, boas condições de ventilação, salas adaptadas e banheiros acessíveis.

  • Elabore um projeto arquitetônico em conformidade com as exigências da Vigilância Sanitária, contemplando ambientes como recepção, consultórios, sala de procedimentos, copa e almoxarifado.

Esse projeto será essencial tanto para a aprovação da licença sanitária quanto para o alvará de funcionamento.

2. Definição do modelo societário

A clínica médica pode ser aberta como:

  • Sociedade Limitada Unipessoal (SLU): Ideal para médicos que desejam atuar sem sócios.

  • Sociedade Simples: Recomendada quando todos os sócios são da área médica.

  • Sociedade Empresária (LTDA): Permite a entrada de sócios investidores, não obrigatoriamente médicos.

A escolha do tipo societário impacta diretamente na responsabilidade dos sócios, no regime tributário e nos registros obrigatórios. A assessoria contábil irá orientar sobre a melhor opção com base nos objetivos e estrutura da clínica.

3. Elaboração e registro do contrato social

O contrato social é o documento que formaliza a criação da empresa. Ele precisa conter:

  • Nome empresarial e nome fantasia;

  • Atividades da clínica (objeto social);

  • Capital social da empresa;

  • Dados dos sócios (se houver);

  • Regras de administração e divisão de lucros.

Após ser elaborado, o contrato deve ser registrado na Junta Comercial do estado onde a clínica atuará.

4. Solicitação do CNPJ e da Inscrição Municipal

Com o contrato registrado, é hora de solicitar o CNPJ da clínica junto à Receita Federal. Em seguida, será necessário:

  • Obter a Inscrição Municipal na prefeitura;

  • Solicitar a autorização para emissão de Nota Fiscal de Serviços (NFS-e).

Esses registros são essenciais para que a clínica opere legalmente e cumpra suas obrigações fiscais.

5. Escolha do regime tributário

O regime tributário define como os impostos da clínica serão calculados. Os principais disponíveis são:

  • Simples Nacional: Pode ser vantajoso para clínicas de menor porte, mas sua viabilidade depende do Fator R (relação entre folha de pagamento e faturamento).

  • Lucro Presumido: É muito utilizado por clínicas de médio porte e permite uma carga tributária mais previsível.

  • Lucro Real: Obrigatório para clínicas com receita acima de R$ 78 milhões ou que realizam certas atividades específicas, e recomendável em alguns casos estratégicos com margem de lucro reduzida.

A Five Consultant Contabilidade realiza simulações detalhadas para indicar o melhor regime tributário de acordo com o faturamento e as despesas da clínica.

6. Obtenção do Alvará de Funcionamento

O alvará de funcionamento é emitido pela prefeitura e autoriza o início das atividades comerciais no local. Para obtê-lo, normalmente é necessário apresentar:

  • Contrato social;

  • CNPJ;

  • Comprovante de endereço da clínica;

  • Projeto arquitetônico aprovado;

  • Laudo dos bombeiros (AVCB);

  • Licença sanitária (ou protocolo de solicitação).

Em algumas cidades, o alvará pode ser provisório até que todas as licenças definitivas estejam em mãos.

7. Licença da Vigilância Sanitária

A licença sanitária é fundamental para clínicas que realizam atendimentos médicos, odontológicos, estéticos ou qualquer outro tipo de procedimento relacionado à saúde.

Para consegui-la, o local precisa atender a critérios como:

  • Estrutura física adequada e conforme o projeto;

  • Equipamentos em bom estado e calibrados;

  • Higiene e segurança nos ambientes;

  • Destinação correta de resíduos de saúde (lixo hospitalar).

O órgão responsável é a Vigilância Sanitária Municipal, e a análise pode envolver vistoria presencial. A não obtenção dessa licença pode acarretar multas, interdição ou até mesmo o cancelamento do alvará de funcionamento.

8. Registro no CRM

Caso a clínica tenha como atividade principal a prestação de serviços médicos, será necessário realizar o registro da empresa no Conselho Regional de Medicina (CRM). Esse registro exige:

  • Cópia do contrato social e CNPJ;

  • Comprovação de que há um diretor técnico (médico registrado);

  • Pagamento das taxas e anuidades do conselho.

Esse é um requisito legal para clínicas que atuam com responsabilidade técnica médica e utilizam o nome da medicina em sua divulgação.

9. Organização contábil e fiscal

Manter a contabilidade em dia é obrigação legal de toda empresa, especialmente de clínicas médicas que desejam evitar riscos fiscais e aproveitar oportunidades de planejamento tributário.

Entre as obrigações mensais e anuais estão:

  • Escrituração contábil completa;

  • Emissão e envio de guias de impostos;

  • Apuração do pró-labore e distribuição de lucros;

  • Entrega de declarações acessórias ao fisco;

  • Assessoria para reinvestimento e crescimento do negócio.

Contar com uma contabilidade especializada no setor da saúde, como a Five Consultant Contabilidade, garante tranquilidade e segurança para focar no que realmente importa: o cuidado com os pacientes.

Conclusão

Abrir uma clínica médica exige planejamento, conhecimento técnico e atenção a uma série de exigências legais. Porém, com o suporte certo, esse processo pode ser mais simples e muito mais vantajoso para o profissional da saúde.

A Five Consultant Contabilidade está pronta para acompanhar você em todas as etapas: da abertura do CNPJ ao acompanhamento tributário mensal da sua clínica, com um time especializado em negócios da área da saúde.

📞 Entre em contato conosco agora mesmo e descubra como abrir sua clínica médica com total segurança e economia!

CategoriesTributário

Como pagar menos impostos em clínicas médicas sem correr riscos com o fisco?

Administrar clínicas médicas envolve não apenas a excelência no atendimento aos pacientes, mas também uma gestão estratégica em todas as áreas, e isso inclui o planejamento tributário. 

Muitos profissionais da saúde pagam mais impostos do que deveriam, seja por desconhecimento das regras fiscais ou por falta de suporte contábil especializado.

A boa notícia é que existem formas legais de pagar menos impostos, desde que tudo seja feito com base na legislação e com o acompanhamento de uma contabilidade que entenda as especificidades do setor da saúde.

Neste artigo, a Five Consultant Contabilidade explica quais são os regimes tributários disponíveis para clínicas médicas, como escolher o mais vantajoso e quais estratégias podem gerar uma economia significativa de forma segura e dentro da lei.

Quais são os regimes tributários disponíveis para clínicas médicas?

Toda clínica médica deve estar enquadrada em um dos três regimes tributários brasileiros:

  • Simples Nacional

  • Lucro Presumido

  • Lucro Real

Cada regime tem suas próprias regras de cálculo e alíquotas, o que impacta diretamente no valor dos tributos pagos. 

A escolha correta depende do faturamento da clínica, da quantidade de funcionários, do tipo de serviço prestado e da estrutura de custos.

Vamos entender as características e possibilidades de economia em cada um deles.

Simples Nacional para clínicas médicas: atenção à regra do Fator R

O Simples Nacional é um regime simplificado voltado para empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. Para clínicas médicas, ele pode ser uma excelente opção — especialmente para aquelas com uma estrutura mais enxuta.

Porém, dentro do Simples, existe uma regra que influencia diretamente na carga tributária: o Fator R.

Na prática, o Fator R é uma fórmula usada para determinar em qual tabela de alíquotas a clínica será enquadrada: Anexo III (mais vantajoso) ou Anexo V (menos vantajoso).

A regra é a seguinte:

  • Se as despesas com folha de pagamento e pró-labore representarem 28% ou mais do faturamento da empresa, a tributação segue o Anexo III.

Anexo III – Quando o Fator R é maior ou igual a 28%

Faixa Receita Bruta 12 meses Alíquota Parcela a Deduzir
1 Até R$ 180.000 6,00% R$ 0,00
2 De R$ 180.000,01 a R$ 360.000 11,20% R$ 9.360,00
3 De R$ 360.000,01 a R$ 720.000 13,50% R$ 17.640,00
4 De R$ 720.000,01 a R$ 1.800.000 16,00% R$ 35.640,00
5 De R$ 1.800.000,01 a R$ 3.600.000 21,00% R$ 125.640,00
6 De R$ 3.600.000,01 a R$ 4.800.000 33,00% R$ 648.000,00
  • Se as despesas com folha de pagamento e pró-labore representarem menos que 28% do faturamento da empresa, a tributação segue o Anexo V.

Anexo V – Quando o Fator R é menor que 28%

Faixa Receita Bruta 12 meses Alíquota Parcela a Deduzir
1 Até R$ 180.000 15,50% R$ 0,00
2 De R$ 180.000,01 a R$ 360.000 18,00% R$ 4.500,00
3 De R$ 360.000,01 a R$ 720.000 19,50% R$ 9.900,00
4 De R$ 720.000,01 a R$ 1.800.000 20,50% R$ 17.100,00
5 De R$ 1.800.000,01 a R$ 3.600.000 23,00% R$ 62.100,00
6 De R$ 3.600.000,01 a R$ 4.800.000 30,50% R$ 540.000,00

Como você pode perceber, a diferença de tributação entre os anexos é enorme. Por isso, clínicas médicas que estão no Simples devem buscar manter o Fator R acima de 28%, investindo no pagamento de pró-labore e contratação com carteira assinada sempre que possível.

Lucro Presumido para clínicas médicas: alternativa vantajosa para clínicas em crescimento

Para clínicas com faturamento acima de R$ 4,8 milhões ou que, por estratégia, optam por sair do Simples, o Lucro Presumido costuma ser o regime mais vantajoso.

Nesse regime, podemos resumir as alíquotas aplicáveis sobre clínicas da seguinte forma:

  • Impostos Federais: 11,33% sobre o faturamento;
  • Imposto Municipal (ISS): 2% a 5% sobre o faturamento da empresa.

Lucro Real para clínicas médicas: indicado para clínicas com despesas muito altas

O Lucro Real é o regime mais complexo, porém o único que considera o lucro real da empresa após deduzir todas as despesas operacionais, administrativas, financeiras e de folha de pagamento.

Ele pode ser vantajoso para clínicas com grande estrutura, alto volume de despesas e margens de lucro reduzidas, pois o IRPJ e a CSLL são calculados sobre o que realmente sobra no caixa — e não sobre um percentual fixo da receita.

Entretanto, por envolver obrigações acessórias mais detalhadas e uma apuração mais exigente, esse regime requer uma contabilidade altamente técnica e um controle interno bem estruturado.

Equiparação hospitalar: uma estratégia legal para reduzir tributos

Uma das estratégias mais eficazes e legais para clínicas médicas que prestam serviços de forma estruturada é a chamada equiparação hospitalar.

Trata-se de um enquadramento especial que permite que a clínica seja tratada como “hospital” para fins tributários, o que reduz em cerca de 50% a carga de impostos como o IRPJ e a CSLL.

Para obter esse benefício, é preciso cumprir alguns requisitos, e contar com o suporte de uma contabilidade especializada, como a Five Consultant.

Como a Five Consultant pode ajudar sua clínica a pagar menos impostos com segurança

A Five Consultant Contabilidade é especializada no atendimento a clínicas médicas e profissionais da saúde. Atuamos com foco na redução legal da carga tributária, respeitando todos os critérios do fisco, para garantir que você:

  • Pague apenas o que é justo;

  • Escolha o melhor regime tributário para o seu momento;

  • Utilize o Fator R de forma estratégica;

  • Explore a equiparação hospitalar, se aplicável;

  • Organize seus processos com segurança e clareza.

Não corra riscos com o fisco e nem pague mais do que deveria. Com um bom planejamento, sua clínica pode crescer com mais lucro, menos tributo e total tranquilidade fiscal.

Conclusão

Pagar menos impostos de forma legal é perfeitamente possível para clínicas médicas — basta escolher o regime tributário correto e, quando possível, adotar estratégias como o uso do Fator R ou a equiparação hospitalar.

A chave para esse equilíbrio está em contar com o apoio de uma contabilidade especializada, que entenda as particularidades do setor da saúde e ofereça um plano personalizado para a sua realidade.

👉 Entre em contato com a Five Consultant Contabilidade e descubra como sua clínica pode economizar tributos, aumentar a rentabilidade e se manter 100% regularizada com o fisco.

CategoriesAbertura de CNPJ

Como abrir CNPJ para uma indústria?

Abrir uma indústria no Brasil é um processo que exige mais do que apenas vontade de empreender. Além de planejamento estratégico, é fundamental cumprir diversas exigências legais, fiscais e operacionais. E uma das primeiras etapas desse processo é a abertura do CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica).

Se você pretende montar uma indústria, seja de pequeno, médio ou grande porte, é essencial entender os trâmites legais para formalizar o negócio da maneira correta. 

Neste artigo, a Five Consultant Contabilidade explica o passo a passo de como abrir CNPJ para uma indústria, os cuidados necessários com a documentação, os tipos de empresa e regime tributário ideais, e por que contar com apoio contábil especializado é fundamental.

Por que formalizar sua indústria com um CNPJ?

O CNPJ é o registro da empresa junto à Receita Federal. Ele é indispensável para que qualquer empresa possa emitir nota fiscal, contratar funcionários, abrir conta bancária empresarial, participar de licitações, importar ou exportar, solicitar financiamentos e operar de forma legal no país.

No caso de uma indústria, o CNPJ também será necessário para:

  • Obter licenças específicas (ambientais, sanitárias e operacionais);

  • Regularizar a atividade junto à prefeitura e ao Estado;

  • Ingressar em programas de incentivos fiscais ou benefícios de inovação;

  • Operar com fornecedores e distribuidores de grande porte

Portanto, abrir o CNPJ é o primeiro grande passo para que sua indústria comece a funcionar de forma estruturada e segura.

Passo a passo para abrir CNPJ de uma indústria

Veja abaixo o passo a passo completo para abrir uma indústria e obter seu CNPJ de forma correta e eficiente.

1. Defina o tipo jurídico da empresa

O primeiro passo é escolher a natureza jurídica mais adequada para sua indústria. As opções mais comuns são:

  • Sociedade Limitada (LTDA): Modelo mais comum e recomendado para quem tem sócios. Garante proteção patrimonial e regras definidas em contrato social.

  • Sociedade Limitada Unipessoal (SLU): Ideal para quem quer empreender sozinho, mas com as proteções da LTDA, como separação de bens pessoais e empresariais.

A escolha do tipo jurídico influencia diretamente nas obrigações legais, modelo de contrato e nos riscos assumidos pelo empreendedor. Por isso, a análise deve ser feita com o suporte de um contador.

2. Elabore o contrato social ou requerimento de empresário

O contrato social é o documento que formaliza a constituição da empresa, define o capital social, atividades desenvolvidas, endereço da sede, responsabilidades dos sócios, entre outros pontos.

É essencial que esse documento seja elaborado por um profissional que compreenda as especificidades do setor industrial, para garantir a regularidade e evitar retrabalho.

3. Escolha o CNAE correto

A Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) é o código que determina qual será a atividade principal e secundárias da sua empresa. 

No caso da indústria, é necessário usar CNAEs específicos do setor de transformação, produção ou beneficiamento de bens.

A escolha do CNAE afeta diretamente o enquadramento tributário e a necessidade de licenças específicas, como ambientais e de operação. Por isso, a seleção deve ser feita com orientação técnica.

4. Faça o registro na Junta Comercial

Após definir os pontos anteriores, o próximo passo é fazer o registro da empresa na Junta Comercial do seu estado. 

Esse processo inclui a entrega do contrato social ou requerimento, Documento Básico de Entrada (DBE) e pagamento das taxas estaduais.

Após aprovação, a empresa será oficialmente registrada e poderá obter seu CNPJ junto à Receita Federal.

5. Obtenha o CNPJ na Receita Federal

Com o registro aprovado, é possível gerar o número do CNPJ da sua indústria por meio da Receita Federal. Esse número é a identidade jurídica da empresa e será utilizado em todos os documentos fiscais, bancários e legais.

A consulta e geração do CNPJ são feitas eletronicamente, e o processo pode levar de 24 a 72 horas após o protocolo completo.

6. Solicite o alvará de funcionamento e licenças específicas

Ao contrário de muitos outros setores, a indústria exige licenças adicionais para funcionar, como:

  • Alvará de funcionamento municipal

  • Licença ambiental (emitida por órgãos como a CETESB ou IBAMA, dependendo da atividade)

  • Licença sanitária, quando aplicável

  • Licença dos bombeiros (AVCB)

  • Cadastro estadual na SEFAZ (para indústrias com ICMS)

Essas licenças são exigidas conforme o porte da indústria, o grau de poluição da atividade e o impacto urbano causado. Por isso, o processo deve ser feito com cuidado, organização e acompanhamento técnico.

7. Escolha o regime tributário ideal

Após a formalização da empresa, será necessário escolher o regime tributário. Os principais são:

  • Simples Nacional: Disponível para indústrias com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões. Tem alíquotas reduzidas e obrigações simplificadas.

  • Lucro Presumido: Para empresas com faturamento de até R$ 78 milhões/ano. A tributação é baseada em percentuais fixos sobre a receita.

  • Lucro Real: Obrigatório para empresas com faturamento superior a R$ 78 milhões, ou aquelas com atividades específicas. Os tributos são apurados com base no lucro real apurado.

Para a indústria, a escolha do regime tributário depende de vários fatores, como margem de lucro, faturamento, custos operacionais e utilização de créditos fiscais. Por isso, um estudo tributário é essencial antes de optar pelo regime.

8. Estruture a contabilidade da sua indústria

A partir da abertura do CNPJ, a empresa passa a ter obrigações contábeis mensais, como:

  • Escrituração contábil completa (balancetes, DRE, livro razão);

  • Apuração e recolhimento de tributos;

  • Emissão de notas fiscais eletrônicas (NF-e);

  • Controle de estoque e insumos;

  • Gestão de folha de pagamento, caso tenha funcionários;

  • Entrega de obrigações acessórias, como SPED Fiscal, EFD Contribuições, DCTF, etc.

A contabilidade para indústrias é mais complexa, principalmente quando envolve produção, transformação, subprodutos e gestão de matéria-prima. 

Por isso, contar com um escritório contábil especializado, como a Five Consultant Contabilidade, faz toda a diferença.

Conclusão

Abrir CNPJ para uma indústria exige atenção aos detalhes e comprometimento com a legalidade. O processo vai além do simples registro: envolve planejamento tributário, estruturação documental, obtenção de licenças e adoção de práticas contábeis eficientes.

A Five Consultant Contabilidade está pronta para te ajudar em cada etapa, desde o registro inicial até o acompanhamento contínuo da sua operação. Atuamos com foco em resultados, segurança jurídica e economia tributária para que sua indústria cresça de forma saudável e sustentável.

👉 Entre em contato com a Five Consultant Contabilidade e abra sua indústria com quem entende do assunto!

CategoriesTributário

Como funciona a tributação em farmácias?

Um dos maiores desafios para empresários do segmento farmacêutico é entender como funciona a tributação sobre suas farmácias.

Afinal, é preciso reconhecer que a carga tributária no Brasil é muito complexa, envolvendo diversos impostos a nível federal, estadual e municipal, que variam conforme o regime de tributação escolhido pela empresa.

Não há como negar, a decisão de abrir e manter uma farmácia ou drogaria exige muito mais do que simplesmente cuidar do estoque de medicamentos e do atendimento ao público. Por sua vez, foi pensando nisso, que a Five Consultant Contabilidade, decidiu preparar este conteúdo.

Para saber mais e conferir o que o nosso time de especialistas preparou para você, fique conosco até o final do artigo.

Quais tributos incidem em farmácias e drogarias?

O mix de impostos que recai sobre a venda de medicamentos e produtos correlatos envolve:

  • ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços): Tributo estadual que costuma representar a maior fatia da carga tributária em farmácias.

  • PIS e COFINS: Contribuições federais sobre o faturamento, aplicadas cumulativa ou não cumulativamente conforme o regime.

  • IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido): Incidem sobre o lucro ou a base presumida de lucro, dependendo do regime.

  • ISS (Imposto Sobre Serviços): Aplicável em operações de prestação de serviços que a drogaria eventualmente realize.

Cada regime tributário reúne esses encargos de uma forma diferente. Na escolha do regime ideal, a farmácia deve considerar o seu volume de faturamento, a sua margem de lucro e a estrutura de custos.

Simples Nacional: opção prática para pequenas farmácias

O Simples Nacional é um regime simplificado que reúne uma série de tributos em uma única guia mensal de pagamento. Para farmácias, a tributação segue as alíquotas do Anexo I, aplicado ao comércio varejista:

Faixa Receita em 12 meses Alíquota Valor a deduzir
Até 180.000,00 4,00%
De 180.000,01 a 360.000,00 7,30% R$ 5.940,00
De 360.000,01 a 720.000,00 9,50% R$ 13.860,00
De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,70% R$ 22.500,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,30% R$ 87.300,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 19,00% R$ 378.000,00

Como é possível observar, neste regime, uma pequena farmácia pode inicia sua atividade pagando apenas 4% em impostos. No entanto, as alíquotas sobem à medida que o volume de faturamento cresce.

No entanto, a alíquota máxima não é de 19%, pois na prática, nós temos que considerar os valores da coluna “Valor a deduzir”. 

Diante disso, a contabilidade precisa utilizar a seguinte fórmula para calcular os impostos:

[(RBT12 x ALIQ) – PD] / RBT12

Onde:

  • RBT12: Receita Bruta Total nos últimos 12 meses;
  • ALIQ: Alíquota no Anexo do Simples Nacional;
  • PD: Parcela a Deduzir.

Veja um exemplo de cálculo, considerando uma farmácia com faturamento anual de R$ 2 milhões, e que no mês de apuração dos tributos, faturou R$ 200 mil:

    • Anexo: I
    • Faturamento últimos 12 meses: R$ 2.000.000,00
  • Faturamento no mês atual: R$ 200.000,00
  • Alíquota do Simples Nacional: 14,30%
  • Parcela a deduzir: R$ 87.300,00

[(RBT12 x ALIQ) – PD] / RBT12

[(R$ 2.000.000,00 x 14,30%) – R$ 87.300,00] / R$ 2.000.000,00

(R$ 286.000,00 – R$ 87.300,00) / R$ 2.000.000,00

R$ 198.700,00/ R$ 2.000.000,00

Alíquota Efetiva: 9,935%

Valor a pagar: R$ 200.000,00 x 9,935 = R$ 19.870,00

Lucro Presumido: quando faz sentido para drogarias

O Lucro Presumido é uma das opções em regime tributário para farmácias que faturam mais de R$ 4,8 milhões, e que não conseguem se enquadrar no Simples, ou então, para negócios menores, que por algum fator, podem pagar menos impostos no Presumido do que no regime simplificado.

No Lucro Presumido, a tributação para farmácias é basicamente a seguinte:

  • IRPJ: 1,20%
  • CSLL: 1,08%
  • COFINS: 3%
  • PIS: 0,65%
  • ICMS: Alíquota variável de acordo com o estado e tipo de medicamento comercializado.

Sendo assim, temos um total de 5,93% em impostos federais, mais a carga tributária de ICMS, que pode variar de acordo com a legislação de cada estado.

Lucro Real: opção para grandes redes e operações com baixa lucratividade

O Lucro Real é um regime obrigatório para farmácias com faturamento anual acima de R$ 78 milhões, mas que também pode ser utilizado por empresas de menor porte, costumando ser vantajoso, para aquelas que operam com baixa lucratividade ou registram prejuízo em determinados períodos.

Na prática, isso acontece, pois no Lucro Real, o IRPJ e a CSLL incidem sobre o lucro, e não sobre o valor faturado. Além disso, prejuízos de períodos anteriores, podem ser utilizados para abater impostos no período vigente.

No Lucro Real, a tributação para farmácias, é baseada nas seguintes alíquotas:

  • IRPJ: 15% sobre o lucro (com acréscimo de 10% sobre o lucro trimestral acima de R$ 60 mil);
  • CSLL: 9% sobre o lucro;
  • COFINS: 7,6% sobre o faturamento (permitidos alguns créditos);
  • PIS: 1,65% sobre o faturamento (permitidos alguns créditos);
  • ICMS: Alíquota variável de acordo com a legislação de cada estado.

ICMS em farmácias: particularidades e benefícios

O ICMS é o imposto estadual que mais pesa no custo do medicamento. Algumas dicas para otimizar:

  • Aproveite créditos: Em estados que mantêm crédito para medicamentos comercializados;

  • Substituição tributária: Entenda quando a drogaria é responsável por recolher ICMS de toda a cadeia (o famoso regime de ST);

  • Benefícios fiscais: Alguns estados oferecem redução de base de cálculo para produtos de saúde ou insumos essenciais.

Uma contabilidade especializada acompanha as mudanças de legislação estadual, evitando autuações e permitindo acesso a incentivos.

A Five Consultant Contabilidade está pronta para ajudar sua farmácia ou drogaria a escolher o melhor regime, organizar estoques, aproveitar créditos fiscais e manter todas as obrigações em dia.

👉 Fale com um de nossos consultores e descubra como podemos reduzir sua carga tributária, otimizar processos e impulsionar o crescimento do seu negócio farmacêutico!

CategoriesImposto

Quando vale a pena optar pelo Lucro Presumido?

Você sabe qual é o momento certo e quando vale a pena optar pelo Lucro Presumido, como estratégia para pagar menos impostos?

A escolha do regime tributário é uma das decisões mais estratégicas na vida de qualquer empresa. Ela afeta de forma direta, não somente o montante de impostos a recolher, mas também a complexidade das obrigações acessórias, a previsibilidade do fluxo de caixa e, em última instância, a competitividade no mercado. 

Entre as três opções principais – Simples Nacional, Lucro Real e Lucro Presumido – este último muitas vezes surge como uma alternativa intermediária que equilibra simplicidade e economia fiscal. 

Mas quando, afinal, vale a pena optar pelo Lucro Presumido? 

Neste artigo, elaborado pelo time da Five Consultant Contabilidade, você encontrará um panorama completo do regime, exemplos práticos, fatores a considerar e orientações para tomar essa decisão com segurança.

Como funciona o Lucro Presumido

Diferentemente do Lucro Real, em que a base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) corresponde ao resultado contábil ajustado, no Lucro Presumido a Receita Federal adota percentuais fixos do faturamento bruto para estimar esse lucro. 

Esses percentuais variam conforme a atividade da empresa:

Alíquota base de IRPJ no Lucro Presumido

Atividades Alíquota
Revenda a varejo de combustíveis e gás natural 1,60%
· Venda de mercadorias ou produtos

· Transporte de cargas

· Atividades imobiliárias

· Serviços hospitalares

· Atividade Rural

· Industrialização com materiais fornecidos pelo encomendante

· Outras atividades não especificadas (exceto prestação de serviços)

8 %
· Serviços de transporte (exceto o de cargas)

· Serviços gerais com receita bruta até R$ 120.000/ano

16%
· Serviços profissionais

· Intermediação de negócios

· Administração, locação ou cessão de bens móveis/imóveis ou direitos

· Serviços em geral, para os quais não haja previsão de percentual específico

32%

 

Alíquota base de CSLL do Lucro Presumido

Atividades Alíquota
Comércio

Indústria

Serviços hospitalares

Serviços de transporte

12%
Serviços em geral, exceto hospitalares e de transporte

Intermediação de negócios;

Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza.

32%

Após aplicar o percentual correspondente ao faturamento mensal, obtém-se a “base de presunção”. Sobre esse valor incidem:

  • IRPJ a 15%, com adicional de 10% sobre a parcela do lucro que exceder R$ 20.000,00 por mês;

  • CSLL a 9%.

Além disso, no Lucro Presumido a empresa recolhe PIS e COFINS em regime cumulativo, com alíquotas de 0,65% e 3% sobre o faturamento, respectivamente, e também deve considerar o ISS ou o ICMS, conforme as operações.

Vantagens e simplificações do regime

A principal atração do Lucro Presumido é a previsibilidade da carga tributária. Sabendo de antemão qual percentual se aplica ao seu ramo, o empresário pode projetar o desembolso mensal de IRPJ e CSLL com grande precisão, facilitando o planejamento financeiro. 

Além disso, a simplicidade de não precisar lidar com demonstrações contábeis complexas, lançamentos de adições e exclusões e verificação de créditos tributários também representa economia de tempo e redução de custos com contabilidade.

Outro ponto forte é a potencial redução de impostos para empresas que apresentam margens de lucro real superiores aos percentuais de presunção. 

Uma startup de software que mantenha 40% de lucro líquido sobre o faturamento, por exemplo, paga menos IRPJ/CSLL no Lucro Presumido (32% de presunção) do que se apurasse o lucro real, pois recolherá tributos sobre base menor que seu ganho efetivo.

Quando o Lucro Presumido é indicado

Margens de lucro elevadas: Se sua empresa opera com margens líquidas superiores às porcentagens de presunção, faz sentido migrar do Simples Nacional (quando próximo ao teto) ou do Lucro Real para o Lucro Presumido. Além de pagar menos IRPJ/CSLL, você mantém processos tributários mais enxutos.

Faturamento acima do teto do Simples Nacional: O Simples Nacional atende negócios com receita anual de até R$ 4,8 milhões, mas, ao se aproximar desse limite, as alíquotas podem saltar para faixas que superam 15%. 

Nesses casos, o Lucro Presumido, com IRPJ e CSLL a partir de cerca de 6% (8% de presunção x 15% + 8% x 9%), mais PIS/COFINS, costuma ser mais vantajoso.

Baixa dedutibilidade de custos: Empresas sem grande volume de custos que possam ser deduzidos no Lucro Real, como folha de pagamento elevada ou investimentos em P&D incentivados, perdem a chance de reduzir a base tributável. 

Para esses casos, o Lucro Presumido libera o empresário de escrutínio contábil em troca de uma presunção que, muitas vezes, reflete bem a realidade da operação.

Redução da complexidade contábil: Negócios que buscam minimizar obrigações acessórias e preferem manter uma escrituração mais leve podem optar pelo Lucro Presumido, que exige apenas a escrituração de receitas e de algumas despesas e a geração de guias mensais de recolhimento.

Fatores de risco e pontos de atenção

Optar pelo Lucro Presumido sem uma análise cuidadosa pode gerar custo tributário superior ao do Lucro Real, caso sua margem seja menor que a presunção. 

Também é preciso atenção à conciliação de PIS/COFINS cumulativos, pois a falta de créditos pode onerar ainda mais o carregamento de impostos.

Outro aspecto é a retenção na fonte: contratos com grandes empresas e órgãos públicos frequentemente impõem retenções de IRPJ (1,5%), CSLL (1%), PIS (0,65%), COFINS (4%) e ISS. Essas retenções afetam o fluxo de caixa e devem ser consideradas no preço de venda dos serviços.

Conclusão

O Lucro Presumido representa uma excelente alternativa para empresas que buscam equilíbrio entre economia de impostos e simplicidade de processos. 

Negócios com margens de lucro superiores aos percentuais de presunção, faturamentos próximos ou acima do limite do Simples Nacional, baixa dedutibilidade de custos e desejo de reduzir obrigações acessórias encontram no Lucro Presumido um caminho vantajoso.

No entanto, essa escolha exige cuidado: simulações detalhadas, análise de riscos de retenção na fonte e um planejamento tributário robusto são indispensáveis. 

A Five Consultant Contabilidade está à disposição para orientar cada etapa desse processo, levando em conta as particularidades do seu setor, os objetivos de crescimento e a estrutura financeira da sua empresa.

Entre em contato conosco e descubra como podemos ajudar você a identificar se o Lucro Presumido é a melhor opção para o seu negócio!

CategoriesAbertura de CNPJ

O que deve constar no Contrato Social de uma empresa?

O contrato social é o documento base para fundação de qualquer sociedade empresária no Brasil. Nele, ficam registradas as regras fundamentais que regem a constituição, o funcionamento e a dissolução da empresa. 

Um contrato social bem elaborado não só atende às exigências legais como também evita conflitos futuros entre os sócios, garante clareza na gestão e fortalece a segurança jurídica do negócio. 

Neste artigo super completo, apresentamos cada elemento que deve constar no contrato social, explicando sua importância e oferecendo dicas práticas para elaborar um documento sólido e eficiente.

Identificação da sociedade

Denominação social: A denominação social é o nome jurídico da empresa, sob o qual ela será registrada e identificada formalmente. 

Deve respeitar as regras de distintividade e não pode se confundir com nomes já existentes na Junta Comercial. 

Ao final da denominação, inclua a sigla da natureza jurídica (por exemplo, “LTDA.” para Sociedade Limitada).

Objeto social: O objeto social descreve as atividades que a empresa pretende exercer, com seus respectivos códigos CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). 

É fundamental definir claramente o objeto para evitar divergências e permitir a correta aplicação de tributos e licenças.

Endereço da sede: Indique o endereço completo da sede social, incluindo rua, número, bairro, CEP, município e UF. 

Natureza jurídica e capital social

Natureza jurídica: Especifique a natureza jurídica da empresa, escolhendo entre as opções previstas em lei, como Sociedade Limitada (LTDA.), Sociedade Anônima (S/A), Sociedade Limitada Unipessoal (SLU) e outras modalidades. 

A natureza jurídica define quais são os aspectos de responsabilidade dos sócios e suas obrigações legais.

Capital social: O capital social representa o montante em dinheiro ou bens investidos pelos sócios para o início das operações. Deve ser descrito em valor numérico e por extenso, incluindo:

  • Valor total do capital social.

  • Participação de cada sócio, em percentuais ou frações ideais.

  • Forma de integralização (dinheiro, bens móveis, imóveis ou direitos), com suas descrições e avaliações.

Quadro societário e responsabilidades

Identificação dos sócios: Para cada sócio, informe:

  • Nome completo, nacionalidade, estado civil, profissão.

  • Número e órgão expedidor do RG, CPF.

  • Endereço residencial completo.

Responsabilidades e poderes: Defina claramente as responsabilidades e poderes de cada sócio, especificando:

  • Quais atos cada sócio pode praticar sozinho ou em conjunto.

  • Limites de alçadas para contratação de empréstimos, assinatura de contratos, abertura de contas bancárias, etc.

Administrações e cargos: Designe os administradores da sociedade (sócios ou terceiros), indicando nome, poderes e prazo de mandato. É recomendável detalhar:

  • Competências exclusivas (ex.: gestão financeira, contratação de funcionários).

  • Necessidade de deliberação (decisões que exigem aprovação unânime ou maioria).

Distribuição de lucros e regras de retirada

Critérios de distribuição de lucros: Estabeleça como será feita a distribuição de lucros, considerando:

  • Periodicidade (mensal, trimestral, anual).

  • Percentual mínimo de distribuição.

  • Possibilidade de antecipações de lucro (adiantamentos futuros).

Pró-labore: Defina o pró-labore (remuneração fixa) dos sócios que exercem funções de administração, detalhando:

  • Valor ou percentual do pró-labore.

  • Periodicidade de pagamento.

  • Obrigatoriedade de recolhimento de INSS sobre o valor.

Deliberações societárias

Convocação de reuniões e assembleias: Estabeleça regras para convocação de reuniões de sócios ou assembleias, incluindo:

  • Prazos para convocação prévia.

  • Forma de convocação (email, carta, publicação em jornal).

  • Quórum mínimo para instalação e deliberação.

Quórum de aprovação: Determine o quórum necessário para aprovação de deliberações, como:

  • Alterações de contrato social.

  • Aprovação de contas.

  • Desembolso de investimentos significativos.

Normalmente, definições de maior relevância exigem quórum qualificado (2/3 ou unanimidade).

Entrada e saída de sócios

Regras de admissão de novos sócios: Descreva o procedimento para inclusão de novos sócios, incluindo:

  • Forma de avaliação da participação.

  • Recomposição percentual do capital social.

  • Direito de preferência dos sócios atuais.

Retirada, exclusão e falecimento: Preveja situações de retirada voluntária, exclusão por justa causa e sucessão por falecimento, estabelecendo:

  • Critérios e prazos para apuração de haveres.

  • Forma de cálculo do valor da cota do sócio retirante ou herdeiros.

  • Prazo para pagamento dos haveres.

Prazo de duração e dissolução

Prazo de duração: Indique se a sociedade tem prazo de duração determinado ou indeterminado. 

A maioria das empresas adota o prazo indeterminado, evitando a necessidade de prorrogação.

Causas de dissolução: Liste as hipóteses de dissolução antecipada, como:

  • Unanimidade dos sócios.

  • Extinção do objeto social.

  • Perda de capital social acima de 50%.

  • Decisão judicial ou administrativa.

Cláusulas especiais

Não concorrência: Em contratos com sócios que também trabalhem em concorrência direta, pode-se incluir cláusula de não concorrência, delimitando prazo e escopo.

Confidencialidade: Estabeleça obrigações de sigilo para sócios e administradores, protegendo segredos comerciais, carteira de clientes e estratégias de negócios.

Solução de conflitos: Previna disputas definindo mecanismos de mediação e arbitragem, indicando instituição arbitral, cidade e regras aplicáveis.

Dito isso, vale lembrar, que o Contrato Social deve ser protocolado na Junta Comercial do Estado, acompanhado de:

  • Requerimento de Empresário ou Requerimento de Registro de Sociedade Limitada.

  • Comprovantes de pagamento de taxas.

  • Reconhecimento de firma dos sócios.

Após o registro, a Junta emite a Certidão de Registro e o número do NIRE, que dará sequência ao pedido de CNPJ.

5 dicas para elaboração do contrato social

1.Consulte sempre um contador ou advogado especializado para adequar cláusulas às peculiaridades do seu negócio.

2.Use linguagem clara e evite termos excessivamente técnicos, garantindo que todos os sócios compreendam o conteúdo.

3.Preveja cenários de crise, como perda de sócios ou dificuldades financeiras, para facilitar a tomada de decisões.

4.Reavalie periodicamente o contrato, atualizando-o conforme o crescimento e mudanças estratégicas da empresa.

5.Digitalize todas as versões e mantenha cópias físicas organizadas, facilitando consultas e comprovações.

Conclusão

O contrato social é a base sobre a qual a sua empresa será erguida. Não tenha dúvidas, incluir todas as informações necessárias, da identificação da sociedade às cláusulas de dissolução, garante maior segurança jurídica, evita litígios e facilita a gestão. 

Um documento bem redigido reflete a maturidade da sociedade e fortalece a confiança entre os sócios, parceiros e instituições financeiras.

Na Five Consultant Contabilidade, somos especialistas no processo de abertura e legalização de empresas, assegurando que o seu negócio, funcione em completa conformidade com a legislação vigente.

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Como controlar estoque de medicamento na farmácia

Como controlar estoque de medicamento na farmácia

A gestão de estoque de medicamentos é um dos aspectos mais críticos para o bom funcionamento de uma farmácia. Controlar adequadamente os medicamentos não só assegura o cumprimento das normas regulatórias e fiscais, como também garante a satisfação dos clientes e a rentabilidade do negócio. 

A falta de controle pode gerar uma série de problemas, como perdas financeiras, falta de medicamentos essenciais e até mesmo problemas legais. Portanto, entender como controlar o estoque de medicamentos de maneira eficaz é fundamental.

Neste artigo, vamos explorar as melhores práticas e estratégias para controlar o estoque de medicamentos em uma farmácia, com foco em otimizar o processo e evitar prejuízos. 

A importância do controle de estoque de medicamentos

O controle de estoque em uma farmácia vai muito além de simplesmente manter um registro do que há disponível. 

Ele envolve uma série de práticas e processos que visam garantir que os medicamentos estejam sempre disponíveis para os clientes, ao mesmo tempo em que minimizam o risco de perdas e expiração de produtos. Aqui estão algumas das razões pelas quais o controle de estoque é crucial:

  1. Prevenção de perdas financeiras: Produtos vencidos ou não vendidos geram perdas diretas para a farmácia, comprometendo a lucratividade. Além disso, a falta de produtos essenciais pode levar a perda de clientes.

  2. Atendimento ao cliente: Manter um estoque bem controlado garante que os clientes encontrem os medicamentos que precisam, evitando frustrações e fidelizando-os à farmácia.

  3. Cumprimento das normas: O setor farmacêutico é altamente regulamentado. A farmácia precisa ter controle rigoroso sobre a entrada, saída e armazenamento de medicamentos, especialmente os controlados, para garantir que esteja em conformidade com as normas da Anvisa e outras autoridades sanitárias.

  4. Gestão de recursos: Um controle adequado do estoque permite a melhor alocação de recursos financeiros, evitando o capital parado em medicamentos que não são vendidos com frequência.

Principais desafios na gestão de estoque de medicamentos

A gestão de estoque de medicamentos pode apresentar alguns desafios, especialmente para farmácias de pequeno e médio porte. Os principais obstáculos enfrentados incluem:

  • Variação na demanda: A demanda por certos medicamentos pode variar ao longo do ano, e a farmácia precisa estar preparada para ajustar seu estoque de acordo.

  • Medicamentos vencidos ou fora de estoque: Muitos medicamentos têm um prazo de validade restrito, e manter um controle rigoroso para evitar perdas por vencimento é um desafio constante.

  • Rastreamento de medicamentos controlados: Medicamentos controlados exigem um controle ainda mais rigoroso, tanto no que diz respeito à quantidade quanto ao registro da venda.

Como controlar o estoque de medicamentos na farmácia?

Agora que entendemos a importância do controle de estoque, vamos discutir algumas práticas eficazes para gerenciar o estoque de medicamentos em uma farmácia.

1.Implementar um sistema de gestão de estoque (SGE)

Uma das melhores formas de controlar o estoque de medicamentos é utilizando um sistema de gestão de estoque (SGE). Esses sistemas ajudam a automatizar o processo de entrada e saída de medicamentos, registrando todas as movimentações e alertando sobre produtos com validade próxima ou em excesso no estoque.

Os principais benefícios do SGE incluem:

  • Monitoramento em Tempo Real: Você pode acompanhar, em tempo real, a quantidade de medicamentos disponíveis e receber alertas quando o estoque estiver baixo ou quando houver medicamentos prestes a vencer.

  • Controle de Medicamentos Controlados: O sistema pode gerar relatórios detalhados sobre a venda e a movimentação de medicamentos controlados, garantindo conformidade com as regulamentações da Anvisa.

  • Relatórios Financeiros: O SGE gera relatórios financeiros automáticos, facilitando a análise de lucros e a tomada de decisões mais assertivas.

2.Classificar e organizar o estoque

A organização física do estoque é outro fator essencial para garantir que a farmácia tenha um controle eficiente dos medicamentos. A classificação adequada dos produtos e a organização do estoque permitem um acesso mais rápido e fácil aos itens, evitando perdas e facilitando o processo de reposição.

Dicas para uma boa organização:

  • Por categorias de medicamentos: Organize os medicamentos por categorias, como medicamentos controlados, analgésicos, antibióticos, vitaminas, etc. Isso facilita a localização e o controle dos produtos.

  • Sistema de codificação: Utilize códigos ou etiquetas de cores para diferenciar os tipos de medicamentos e facilitar a identificação.

  • Armazenamento adequado: Certifique-se de que os medicamentos sejam armazenados de acordo com as recomendações do fabricante, respeitando a temperatura e a umidade ideais.

3.Controle de validade dos medicamentos

A validade dos medicamentos é um dos principais aspectos a serem monitorados. Medicamentos vencidos não podem ser vendidos, e mantê-los no estoque pode gerar prejuízos financeiros.

Estratégias para controlar a validade:

  • FIFO (First In, First Out): Esse método consiste em vender primeiro os medicamentos que chegaram primeiro ao estoque, garantindo que os produtos com data de validade mais próxima sejam vendidos antes.

  • Rotinas de verificação: Realize verificações regulares de validade e remova produtos vencidos imediatamente do estoque.

  • Alertas de validade: Configure alertas no sistema de gestão de estoque para que você seja notificado com antecedência sobre medicamentos prestes a vencer.

4.Gestão de compras e reposição de estoque

A gestão de compras e a reposição de estoque são fundamentais para garantir que a farmácia não fique sem produtos essenciais e, ao mesmo tempo, evite o excesso de estoque que leva a desperdício e aumento de custos.

Dicas para uma boa gestão de compras:

  • Planejamento de compras: Analise o histórico de vendas para planejar a reposição de medicamentos de forma inteligente, comprando apenas o necessário para atender à demanda.

  • Negociação com fornecedores: Estabeleça boas relações com os fornecedores para garantir prazos de entrega rápidos e preços competitivos. Considere comprar em grandes quantidades de medicamentos que têm alta demanda para obter descontos.

Conclusão

Controlar o estoque de medicamentos de forma eficiente é um dos pilares para o sucesso de uma farmácia. 

A adoção de boas práticas e o uso de tecnologias modernas, como sistemas de gestão de estoque, pode aumentar a produtividade, reduzir erros e garantir que a farmácia esteja sempre bem abastecida para atender às necessidades dos clientes.

Além disso, uma boa gestão contábil é fundamental para garantir que o controle de estoque esteja alinhado com as estratégias financeiras da farmácia. 

Ao adotar as estratégias de automação e otimização de processos, a farmácia pode reduzir custos e melhorar a rentabilidade do negócio.

Se você está buscando melhorar a gestão de sua farmácia e precisa de suporte contábil especializado, entre em contato com a Five Consultant Contabilidade.